domingo, 27 de agosto de 2017

FEUDALISMO.

O cidadão na passagem do feudalismo ao capitalismo.

Sabe-se que a emergência do cidadão livre ocorreu lentamente na Europa, entre os séculos XVII e XIX. Mas o que, exatamente, permitiu aos indivíduos se libertarem das amarras do modo de produção feudal. De inicio, o fator  trabalho teve um papel decisivo.

Definição de Feudalismo.

A ênfase dessa definição (de feudalismo), estará baseada não na relação jurídica entre vassalo e suserano, nem na relação  entre produção  e destinação  do produto, mas na relação entre o produtor direto (seja  ele artesão em alguma oficina ou camponês cultivador de terra) e seu superior imediato, ou senhor, e no teor socioeconômico da obrigação  que os liga entre si.

O feudalismo caracterizou -se pela conjunção entre servidão e exploração do produtor direto (os camponeses) em uma relação de dependência com seu senhor.

O declínio da relação senhor - servo e a possibilidade de vender livremente, no mercado, a sua força de trabalho foram características que melhor definiram o processo de emergência do cidadão livre, tal como se entende na atualidade, e a nova estratificação social ( isto e ignorar, a nova forma de hierarquia e de distribuição das classes na sociedade) que então começou a se organizar.
Este cidadão livre rompeu com a obrigação devida ao senhor feudal (a talha, a corveia, as banalidades e toda uma serie de tributos tradicionais) e conquistou direitos e mobilidade social, anunciando lentamente o fim do feudalismo. O capitalismo beneficiou -se dessas mudanças e foi se impondo com pequenas variações em cada país europeu. Em termos gerais, entre séculos XVII e XIX, o individuo passou a ser livre não apenas em termos econômicos, mas igualmente em termos políticos e sociais, embora o conceito de liberdade apresentasse significados diferentes em cada país ou região. Mas sem existência desse cidadão  que se movimentou e vendeu livremente a sua força de trabalho, não seria possível pensar na auto expansão  do capitalismo, que se sustentou graças a capacidade de extrair cada vez mais lucro dos processos produtivos industriais.

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