vaga de emprego que está aberta no Magazine Luiza.
Interessados devem acessar o Link: http://www.contratebem.com.br/PortalAcesso/PortalAcesso_Main.aspx?TP= , ou então entrar no site do Magazine Luiza e acessar: Carreira: Trabalhe no Magazine Luiza.
Os candidatos deverão cadastrar o currículum e preencher um teste no final, chamado PPA. Responder o teste é imprescindível para a visualização dos currículuns.
A loja que me refiro fica no Novo Mundo, mas a maioria das lojas de Curitiba e Região Metropolitana tem vagas abertas e os cadastros valerão para toda a rede.
O salário inicial fica em torno de:
R$640,00 +
VR(R$230,00) +
VT (opcional) +
Plano de saúde (custo de R$50,00 por mês - opcional) +
Plano Odontológico (custo de R$12,00 por mês - opcional).
Para mais informações os interessados podem ir até o Magazine Luiza do Novo Mundo, que fica na Av. República Argentina, 4821 - Novo Mundo - Curitiba, próximo ao Terminal do Capão Raso. Qualquer contato antecipado pode ser feito através de mensagem para: 9840-9480 - Marília. Identifique-se como contato do Prof° André/Libras.
Boa sorte a todos!
Abraços,
Marília Alarcon
Magazine Luiza - Novo Mundo
Fone: 041-3341-9651
www.magazineluiza.com.br
terça-feira, 31 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
amizade
Amor e Amizade.
Um * diα * o * αmor * virou-se * pαrα α *
αmizαde * e * disse: * Pαrα * que * existes * tu * se * já * existo *
eu? ** A * αmizade * respondeu: * Pαrα * repor * um * sorriso * onde *
tu * deixαste * umα * lágrimα.* * ** * * * * * * * * * * * * * * * * * *
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Envie * estα * mensαgem
* α * todαs * αs * pessoαs * que * podem* sempre * CONTAR * contigo. Se
* eu * poder * contαr * com * vc * me * mande * de * voltα! Se *
receberes * menos * de * 3 * és * indiferente, * 5 * és * αmαdo, * 7 *
é** * * * * ******VOCÊ É INESQUECIVEL.
Da minha querida aluna Nicole.
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Da minha querida aluna Nicole.
sábado, 28 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
Para os 1ºs anos do André Andreatta.9Borda do Campo).http://www.blogers.com.br/o-que-e-feudalismo/
O que é o Absolutismo?
Pode-se definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
O rei concentrava praticamente todos os poderes, criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
O que é feudalismo?
O feudalismo surgiu na Europa, logo após a queda do Império Romano Ocidental. Com a grande quantidade de invasões bárbaras, o território ficava cada vez mais dividido, forçando os nobres a fugirem das polis em direção ao interior. Atrás desses nobres vinham também muitos camponeses e escravos, todos com medo das invasões.
Um Feudo é dividido, segundo eles, em 3 partes fundamentais: Os que trabalham, os que lutam e os que rezam. Se formos ver, há mais toda a população de um feudo é dividida em partes: Clero, Nobreza, Camponeses e Escravos.
Fazia parte do Clero aqueles que rezavam (sacerdotes, padres, etc.). A Nobreza consistia da parte rica do feudo, eles decidiam praticamente tudo. Os camponeses e os escravos eram os que cultivavam alimento, algodão e animais, sobretudo, as terras não eram deles, eram do Senhor Feudal (“rei” do feudo), para o qual eles tinham que pagar certas quantias para que eles continuassem utilizando as terras. Os camponeses, além de serem responsáveis por mexer com a terra, eram também quem defendia o feudo de ataques bárbaros.
O último país do mundo a sair do regime feudal foi a Rússia, com a queda do último “czar” (senhor feudal russo) em pleno século 20.
http://www.algosobre.com.br/historia/sistema-feudal-o.html
Sistema Feudal, O
Alguns rezam, outros combatem e outros trabalham
A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema começou a se estruturar na Europa ao final do Império Romano do Ocidente (século V), atingiu seu apogeu no século X e praticamente desapareceu ao final do século XV.
"A ordem eclesiástica foram um só corpo, mas a divisão da sociedade compreende três ordens. A lei humana distingue duas condições. O nobre e o não-livre não são governados por uma lei idêntica. Os nobres são os guerreiros os protetores da igreja. Defendem a todos os homens do povo, grandes ou modestos, e também a si mesmos. A outra classe é a dos não-livres. Esta desgraçada raça nada possui sem sofrimento. Provisões, vestimentas são providas para todos pelos não-livres, pois nenhum homem livre é capaz de viver sem eles. Portanto, a cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: alguns rezam, outros combatem e outros trabalham"
Adalberto, Bispo de Laon. In: Boutruche, R.
Senõrio e feudalismo. Madri, Siglo Veintiuno, 1972
O texto acima foi escrito pelo bispo Adalberto em plena Idade Média. Ele descreve a divisão de funções entre os homens na sociedade européia de sua época. A forma de relação entre os homens daquele período não se cristalizou repentinamente. Foi fruto de um processo iniciado no século V, com a destruição do Império Romano do Ocidente. Ganhou maior intensidade após as invasões dos muçulmanos, no século VIII, e normandos e magiares no século IX. Atingiu seu apogeu, no século X nas terras da Europa Centro-Ocidental.
As Origens do Feudalismo
Por volta do ano 400, os escritores latinos ainda dedicavam elogios à grandeza de Roma. Esse entusiasmo fundamentava-se na extensão do império que, para os romanos atingia a todo o universo civilizado. Era difícil aos romanos perceber o quanto estava próximo o fim de seu império.
Para o historiador atual, no entanto, os sinais de decadência e desagregação do Império Romano já eram visíveis antes mesmo do início do século V. A crise econômica e os seguidos ataques dos povos germânicos vinham minando a civilização romana desde o século IV.
Feudalismo: sistema econômico, político e social que caracterizou a Europa durante a Idade Média (476/1453)
Formalmente costuma-se considerar o ano de 476, data em que os hérulos invadem Roma, como o fim do IMpério Romano do Ocidente e o início da chamada Idade Média. Da mesma forma, é aceito o ano de 1453, quando os turcos otamanos conquistam Constantinopla pondo fim o Império Bizantino, como o término da Idade Média. Estas datas servem, apenas, para uma divisão didática da História. Da mesma maneira como as estruturas do Império Romano já estavam abaladas muito antes de 476, as características que marcaram a Idade Média européia encontravam-se bastante modificadas alguns séculos antes de 1453.
A Idade Média, na Europa, caracterizou-se pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema foi fruto de uma lenta integração entre alguns traços da estrutura social romana e outros da estrutura social germânica. Esse processo de integração que resultou na formação do feudalismo, ocorreu no período histórico compreendido entre os séculos VI e IX.
As bases romanas do feudalismo europeu: as vilas romanas, o colonato e o Cristianismo
Por volta do fim do Império Romano do Ocidente, os grande senhores romanos abandonavam as cidades, fugindo da crise econômica e das invasões germânicas. Iam para seus latifúndios no campo, onde passavam a desenvolver uma economia agrária voltada para a subsistência. Esses centros rurais eram conhecidos por vilas romanas, originando os feudos medievais.
Homens romanos de menos posse iam buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, eram obrigados a ceder ao proprietário parte do que produziam. Essa relação entre o senhor das terras e aquele que produzia ficou conhecida por colonato. Também o grande número de escravos da época foi utilizado nas vilas romanas. Com o tempo tornou-se mais rendoso libertar os escravos e aproveitá-los sob regime de colonato. Com algumas alterações futuras, esse sistema de trabalho resultou nas relações servis de produção, traço fundamental do feudalismo.
Com a ininterrupta ruralização do Império Romano, o poder central foi perdendo seu controle sobre os grandes senhores agrários. Aos poucos, as vilas romanas aumentavam sua autonomia. Cada vez mais o poder político descentralizava-se, permitindo ao proprietário de terras administrar de forma independente a sua vida.
O Cristianismo foi outra contribuição fundamental da civilização romana para a formação do feudalismo. Originário do Oriente, o Cristianismo se enraizou na cultura romana, passando a ser a religião oficial do império no século IV. No início da Idade Média, a religião cristã já havia triunfado sobre as seitas rivais da Europa. Em pouco, a Igreja tornou-se a instituição mais poderosa do continente europeu, determinando a cultura do período medieval.
As bases germânicas: a sociedade agropastoril, o particularismo, o comitatus e o direito não-escrito.
A contribuição dos povos germânicos para a formação do feudalismo se deu principalmente ao nível dos costumes. A sociedade feudal, assim como a germânica, organizou-se economicamente sobre atividades agropastoris.
A descentralização do poder é herança da cultura germânica. As várias tribos viviam de maneira autônoma, relacionando-se apenas quando se defrontavam com um inimigo comum. Então, uniam-se sob o comando de um só chefe.
As relações entre o suserano e o vassalo, baseadas na honra, lealdade e liberdade tiveram suas origens no comitatus germânico. O comitatus era um grupo formado pelos guerreiros e seu chefe. Possuía obrigações mútuas de serviço e lealdade. Os guerreiros juravam defender seu chefe e este se comprometia a equipá-los com cavalos e armas. Mais tarde, no feudalismo, essas relações de honra e lealdade geraram as relações de suserania e vassalagem. A prática da homenagem, típica do Império Carolígio, pela qual os vassalos juravam fidelidade ao suserano, provavelmente tinha derivado do comitatus.
Também o direito no feudalismo teve influência germânica. Baseava-se nos costumes e não na lei escrita. Era considerado uma propriedade do indivíduo, inerente a ele em qualquer local que estivesse. Tal forma do Direito, considerado produto dos costumes e não da autoridade, é conhecido por direito consuetudinário.
As novas invasões ao continente europeu nos séculos VIII e IX e o apogeu do sistema feudal
O processo de declínio do comércio, agrarização da economia, ruralização da sociedade e descentralização do poder político teve início no final do Império Romano do Ocidente. A lenta integração entre os aspectos da sociedade romana e da sociedade germânica foi acelerada com as invasões dos séculos VIII e IX.
Em 711, os muçulmanos, vindos da África, conquistaram a Península Ibérica, a Sicília, a Córsega e a Ardenha, "fechando" o mar Mediterrâneo à navegação e ao comércio europeus. Ao norte, no século IX, os normandos também se lançaram à conquista da Europa. Conquistaram a Bretanha e o noroeste da França. Penetraram no continente europeu através de seus reios, saqueando suas cidades. A leste, os magiares, cavaleiros nômades provenientes das estepes euro-asiáticas, invadiram a Europa Oriental.
Isolada dos outros continentes, a Europa fragmentou-se internamente. Os constantes ataques e saques criaram uma insegurança geral. As vias de comunicação ficaram bloqueadas. As últimas invasões amadureceram as condições para o pleno estabelecimento do sistema feudal.
O comércio regrediu ao nível de troca direta. A economia agrarizou-se plenamente. As cidades despovoaram-se, completando o processo de ruralização da sociedade. O poder político se descentralizou em uma multiplicidade de poderes localizados e particularistas. O feudalismo se estabeleceu em sua plenitude.
Características gerais do feudalismo
Denomina-se feudalismo o sistema econômico, político e social dominante na Europa durantes a Idade Média. Alguns historiadores preferem utilizar, em lugar do termo sistema, o conceito de modo de produção.
A forma como uma sociedade, em um determinado período histórico, organiza sua produção de bens materiais, a relação entre seus homens e a sua produção intelectual é chamada de modo de produção. Independente de sua localização geográfica, ou do período de sua existência, toda sociedade possui um modo de produção que a caracteriza.
Como todo modo de produção também o feudalismo é composto de estruturas econômicas, políticas, sociais e ideológicas (culturais) que se articulam mutuamente, relacionando-se e modificando-se umas às outras.
Feudo: unidade de produção do feudalismo. O manso servil e o manso senhorial
Toda forma que o homem encontra de estruturar a produção de bens materiais pode ser considerada uma unidade de produção. Assim, em nossos dias, a fábrica, e a fazenda são unidade de produção. Alguns senhores feudais eram proprietários de centenas, às vezes até mais de mil desses domínios. Não há certeza absoluta sobre o tamanho médio dessas unidades econômicas. Mas sabe-se que as menos compreendiam no mínimo 120 hectares (1 200 000 m3), extensão correspondente a uma fazenda de tamanho médio.
Cada um dos feudos era composto por um castelo onde moravam o senhor feudal, sua família e empregados; a vila ou aldeia, onde moravam os servos; a igreja; uma casa paroquial; celeiros; fornos; açudes; pastagens comuns e mercado, onde nos fins de semana trocavam o que era produzido. As terras eram divididas em manso senhorial, cuja produção destinava-se ao senhor feudal e o manso servil, onde o produto do trabalho ficavam para os servos.
Dividia-se a terra arável em três partes: o terreno de plantio da primavera, o de plantio do outono e outro que ficava em pousio (descanso). A cada ano se invertia a utilização dos terrenos, de forma a que sempre um tivesse período de recuperação. Esses sistema surgiu na Europa, no século VIII, ficando conhecido como sistema dos três campos.
Sociedade estamental. Divisão social: senhores feudais (nobreza e clero) e dependentes (servos e vilões)
Nessa sociedade rural, de economia essencialmente agrária, a propriedade ou posse da terra determinava a posição do indivíduo na hierarquia social. A terra era a expressão da riqueza, da influência, da autoridade e do poder.
A sociedade feudal era estamental, isto é, não havia mobilidade social. Os grupos sociais mantinham-se rigidamente estanques. O acesso ou não à posse ou propriedade da terra dividia a sociedade feudal em dois estamentos: os senhores e o dependentes.
Os senhores feudais eram os possuidores ou proprietários de feudos. Formavam uma aristocracia dominante, sendo originários da nobreza e do clero. A nobreza se subdividia em duques, condes, barões e marqueses. Os senhores feudais eclesiásticos, vinculados à Igreja Romana, pertenciam à alta hierarquia do clero. Eram, geralmente, bispos, arcebispos e abades.
O estamento dos dependentes, incorporando a maioria da população medieval, cumpunha-se de servos e vilões. Os servos não tinham a propriedade ou posse da terra e estavam presos a ela. Eram trabalhadores semi livre. Não podiam ser vendidos fora de suas terras, como se fazia com os escravos, mas não tinham liberdade para abandonar as terras onde nasceram. Em número reduzido, havia um outro tipo de trabalhador medieval, o vilão.
Este não estava preso à terra. Descendia de antigos pequenos proprietários romanos. Não podendo defender suas propriedades, entregava suas propriedades, entregava suas terras em troca da proteção de um grande senhor feudal. Recebia tratamento mais brando que os servos.
A atribuição de um feudo compreendia uma série de atos solenes. Primeiro o vassalo prestava a homenagem, colocando-se de joelhos, com a cabeça descoberta e sem espada, pondo suas mãos entre as mãos do suserano e pronunciando as palavras sacramentais de juramento. Em seguida, o senhoria permitia que se levantasse, beijava-o e realizava a investidura com a entrega de um objeto simbólico, punhado de terra, ramo, lança ou chave, representando a terra ofertada.
Os laços de suserania e vassalagem vinculavam toda a nobreza feudal. Por exemplo, um barão doava um feudo a um marquês. Este, ao receber o feudo, prestava-lhe homenagem. O barão tornava-se suserano do marquês e este, vassalo do barão. O barão, entretanto, havia recebido feudos de um conde, prestando-lhe o juramento de vassalagem. Assim, o barão suserano do marquês, era, o mesmo tempo, vassalo do conde.
Cultura feudal: teocêntrica, divulgada pela Igreja. Nas artes, letras e ciência, apenas temas religiosos
A cultura feudal foi caracterizada por uma visão do homem voltada para Deus e para a vida, após a morte na Terra. Esse tipo de visão de mundo, em que Deus é considerado o centro do Universo, chama-se teocentrismo.
A Igreja consegui sobreviver às invasões germânicas e logo depois iniciou o processo da conversão dos bárbaros. Com isso, transformou-se na mais poderosa e influente instituição do sistema feudal, sendo a principal divulgadora da cultura teocêntrica. Todas as relações típicas do feudalismo foram justificadas e legitimadas pelo teocentrismo.
A moral religiosa condenava o comércio, o lucro e a usura (empréstimo com cobrança de juros). As artes, as letras, as ciências e a filosofia eram determinadas pela visão religiosa divulgada pela Igreja.
Nas artes, predominavam temas de inspiração religiosa. Nas letras, os sábios e eruditos só escreviam e falavam no idioma oficial da Igreja, o latim. A ciência reproduzia em suas explicações sobre a natureza interpretações feitas sobre os escritos bíblicos. Na filosofia, a últimas palavra cabia aos doutores da Igreja.
O mundo feudal estabeleceu-se de forma rigorosamente hierárquica e o lugar mais importante coube à Igreja, Possuía, ao mesmo tempo, ascendência econômica e moral. Seus domínios territoriais suplantavam os da nobreza e sua cultura demonstrava ser incomparavelmente superior.
Em uma sociedade onde a ignorância era generalizada, a Igreja detinha dois instrumentos indispensáveis: a leitura e a escrita. Os reis nobres, recrutavam, forçosamente, no clero, os seus chanceleres, secretários, funcionários burocráticos, enfim, todo o pessoal letrado imprescindível.
O monopólio da Igreja só começaria a desaparecer no século XIV, com o fortalecimento do Humanismo e com o Renascimento Cultural.
O Cotidiano na sociedade feudal
Na sociedade feudal, o clero e os nobres constituíam-se no setor dominante. Os nobres orgulhavam-se da vida que levavam, dedicada às batalhas, torneios e caçadas. Dentro de seus feudos garantiam sua autonomia inclusive em relação aos reis. Já os servos passavam a vida de maneira radicalmente diversa, trabalhando o dia inteiro na época da colheita, pouco conservando para si e para sua família do produto do seu trabalho.
A vida dos nobres: batalhas, torneios e caçadas. Costumes rudes e violentos
Os romances ou filmes sobre a nobreza feudal costumam transmitir uma imagem distorcida da vida da época. Antes do século XI, os castelos feudais, em sua maioria, eram pouco confortáveis fortificações de madeira. Mesmo os enormes castelos de pedra de época posterior, eram escuros e frios. Forravam os pisos com esteiras de junco ou palha. Só após o restabelecimento do comércio com o Oriente, no século XII, é que se tornou comum o uso de tapetes e estofados.
A alimentação dos nobres e seus familiares era farta, mas pouco variada. Seus pratos se resumiam em carne, peixe, queijo, couve, nabos, cenouras, cebola, feijão e ervilha. Para sobremesa, tinham em abundância maçãs e pêras. O açúcar só chegou à mesa da nobreza após o século XIV, mesmo assim a preços elevadíssimos.
Os nobres não trabalhavam, sendo esta uma condição de sua situação social. Os costumes da época impunham-lhes uma vida ativa em outros aspectos: guerras, torneios e caçadas. Qualquer pretexto era suficiente para a tentativa de conquista de feudos vizinhos. O gosto pela violência convulsionava de tal forma a sociedade que a Igreja resolveu intervir no século XI, proclamando a Trégua de Deus. Proibiu lutas durante as sextas-feiras, sábados e domingos, durante quaisquer dias do Natal ao Dia de Reis e na maior parte da primavera, fim do verão e começo do outro. O nobre que violasse essa regra era excomungado.
Até o século XII, as maneiras da nobreza em nada assemelhavam ao que hoje se considera boa educação. Nas refeições, partiam alguns alimentos com um punhal e comiam com as mãos. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Esses costumes só começaram a ser alterados com a difusão dos ideais de cavalaria (código social e moral do feudalismo), nos séculos XII e XIII.
A vida cotidiana dos servos de gleba: a produção no campo, a ignorância e a superstição
Os servos habitavam choupanas de varas traçadas, com cobertura de barro. Como o piso não possuía qualquer revestimento, constantemente absorvia a umidade das chuvas. Suas camas eram algumas tábuas recobertas de palhas. Toscos bancos completavam a mobília. Alimentavam-se de pão preto, verduras de sua horta, queijo, sopa e, às vezes, carne e peixe, normalmente meio apodrecidos. Não eram raras as mortes por fome. Invariavelmente analfabetos, apegavam-se às mais diversas superstições. Por vezes, suas colheitas eram arrasas pelas patas dos cavalos da nobreza empenhada em caçadas ou combates.
Minorando tanta miséria, possuíam alguns direitos. Não poderia ser privado de sua terra. Se o feudo fosse vendido, os servos conservavam o direito de ali permanecer, cultivando seu lote. Quando envelheciam, o senhor tinha obrigação de mantê-lo até o fim de seus dias. Seus períodos de folga eram maiores que o dos trabalhadores de hoje, atingindo quase um sexto do ano, sem contar os domingos. Finalmente, não tinham obrigações de prestar serviço militar ou empenhar-se em guerras decididas por seus senhores.
O sistema feudal não possuía, na realidade, as mesmas características em todas as regiões da Europa.
Todas as características do feudalismo, que foram descritas neste texto, são fruto de um processo muito lento, iniciado com a decadência do Império Romano do Ocidente. Somente nos séculos IX, X e XI é que se pôde perceber na Europa uma situação como a que foi expressa neste texto. O feudalismo não foi igual em todo o continente europeu, sendo algumas de suas características mais acentuadas em algumas regiões e menos em outras. Apenas na região onde hoje se localiza a França é que o sistema feudal se estabeleceu de forma mais pura.
Nos últimos anos do século XI, com o início das Cruzadas, o feudalismo começava sua vagarosa decadência. Suas estruturas passam a ser progressivamente modificadas com o Renascimento Comercial, ressurgimento das cidades, progressiva centralização do poder na figura do rei e gradual substituição da cultura teocência pela antropocêntrica (o homem como centro do universo).
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo/
Socialismo
Teoria Socialista, comunismo, Karl Marx e Engels, a experiência socialista na URSS, Cuba, China e
países da Europa Oriental, a queda da União Soviética, Glasnost e Perestroika, marxismo
Introdução
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo.
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris).
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Comunismo
Definição
O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.
As idéias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.
O grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.
Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.
http://www.capitalismo.com.br/o-que-e-capitalismo/
O que é capitalismo
Capitalismo é o sistema social baseado no reconhecimento dos direitos do indivíduo, incluindo o direito à propriedade, em que toda propriedade é privada.
O reconhecimento dos direitos do indivíduo inclui o banimento de violência física em relacionamentos humanos: basicamente, direitos só podem ser violados com o uso da força física. Em uma sociedade capitalista, nenhum homem ou grupo pode iniciar o uso de força física contra outros. A única função do governo, nesta sociedade, é a tarefa de proteger os direitos do homem, ou seja, a tarefa de protegê-lo de violência; o governo age como o agente do direito do homem de autodefesa, e pode usar força somente em retaliação e somente contra aqueles que iniciaram seu uso; portanto, o governo é o jeito de colocar o uso retaliatório de força sob controle objetivo.
Em uma sociedade capitalista, todo relacionamento humano é voluntário. Os homens são livres para cooperar ou não, para lidar com o outro ou não, de acordo com seus julgamentos, convicções e interesses. Os homens só podem lidar com o outro em termos e através da razão, ou seja, através da discussão, da persuasão, e de acordos contratuais, por escolha voluntária e para benefício mútuo. O direito de concordar com outros não é um problema em nenhuma sociedade; é o direito de discordar que é crucial. É a instituição da propriedade privada que protege e implementa o direito de discordar – e, portanto, mantém a estrada aberta para o atributo de maior valor do homem: a mente criativa.
RAND, Ayn – Capitalism: The Unknown Ideal
Porque pessoas muitas vezes usam o termo “capitalismo” para designar sistemas econômicos existentes hoje, “capitalismo laissez-faire” é algumas vezes usado para descrever um sistema puramente capitalista. Na realidade, a expressão é redundante: o que temos hoje não é capitalismo, e sim uma mistura de capitalismo e socialismo, de liberdades e controles
http://www.infoescola.com/filosofia/socialismo-utopico/
Socialismo Utópico
Por Emerson Santiago
Socialismo Utópico é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Estes primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção tradicional deveria ser considerada irracional e combatida.
O cenário de nascimento do socialismo utópico, a França do início do século XIX, abundavam as crises provocadas pelo avanço do sistema liberal, que produzia miséria em série, proporcionando precárias condições de vida aos cidadãos que então chegavam recentemente do meio rural. A jornada de trabalho absurda e o uso de mão de obra infantil completavam o cenário de horror que a Revolução Industrial criou inadvertidamente.
Nesse ambiente onde as promessas da Revolução Francesa acabaram de certo modo por não se concretizar, onde a única liberdade existente era a de mercado, com o capitalista tendo passe livre para realizar a exploração do trabalhador comum. De tal decepção e frente à uma realidade desesperadora, surgem os questionamentos por parte dos intelectuais. De uma dessas correntes de questionamentos temos a origem do socialismo utópico. O termo “utopia” é um resgate literário do título do livro de Thomas Morus, de 1516, e tal expressão passa assim a designar toda filosofia defensora da igualdade social, onde era pregado um modelo idealizado, mas a “receita” para se atingir tal caminho não era discutida.
Autores como Marx mais tarde iriam distanciar-se de certo modo de tais fórmulas, rotulando-a de burguesas, assim como fariam outros pensadores de esquerda contemporâneos a ele, pois os pensadores do socialismo utópico tinham como expectatva a “iluminação” ou súbita consciência dos indivíduos das classes dominantes de, um determinado dia, esclarecidos da desigualdade e falibilidade do sistema em voga, fariam então as reformas que dariam igualdade social a todos os cidadãos. Marx e os socialistas modernos obviamente não viam desse modo a composição e funcionamento da sociedade em geral, e muito menos esperavam pela benesse das classes dominantes em um dia distribuir igualdades às suas respectivas populações.
Bibliografia:
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch01.htm
http://tdvproducoes.com/site/?p=4
http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=19&item=4
Socialismo científico
O socialismo científico iniciou-se no século XIX, por Karl Marx e Friedrich Engels, o qual foi chamado de socialismo marxista. Rompeu com os socialistas "Utópicos", porque não apresentava na prática como combater o capitalismo, mas reconheceram a importância e aproveitaram a análise crítica da realidade política e econômica de toda a história das sociedades e do capitalismo.
Karl Marx (1818-1883) filósofo alemão, criador das teorias: materialismo histórico e da luta de classes. Estudou filosofia nas universidades de Berlim e Iema. Escreveu artigos radicais a favor da democracia, quando era chefe da redação do jornal Rheinische zeitung em colônia no ano 1842. Foi para Paris onde conheceu o escritor Friedrich Engels, no ano de 1844. Acreditava que a solidariedade dos trabalhadores deveria superar o poder dos estados nacionais.
Karl cientista social, historiador e revolucionário, foi o pensador socialista de maior influência sobre o pensamento filosófico e social da humanidade, embora fora ignorado pelos estudiosos acadêmicos, que não acreditaram em sua tese. Ele acreditava que só uma revolução internacional para por fim a burguesia e o capitalismo e implantar o comunismo, então foi expulso de Paris.
Foi estudar história e economia em Londres, escreveu para a imprensa, e ajuda a fundar o movimento pró-socialista primeiro internacional, a associação nacional dos operários 1864 e o partido social-democrático alemão. Sua maior obra foi editada e 1867 "O capital", onde expressara os principais conceitos do marxismo a teoria do valor, da mais- valia e do acumulo de capital..
Anarquismo
Saiba o que é anarquismo, ideologia, anarquistas, história, definição, símbolo, idéias
Definição
Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840).
O que é burguesia?
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico.
Frase Exemplo:
A burguesia participou do renascimento comercial e urbano.
Explicação da frase:
Durante grande parte da Idade Média (do século V ao XII) o comércio praticamente
inexistiu. Com o final das Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo, o comércio começou a crescer novamente. A burguesia contribuiu para este processo.
Quem foram os burgueses?
Burgueses eram aqueles mercadores que vondiam suas mercadorias nos BURGOS, que eram as cidades erguidas ao redor das muralhas dos castelos medievais. Nesses cidades começou a haver um reaquecimento do comercios, com ferreiros, tecelões, moleiros, enfim, diversas profissoes que voltaram a comercializar com esses burgueses que vendiam esses mercadorias para fora, assim como compravam mercadorias de fora para venderem nos burgos.
Podemos dizer que os burgueses foram os GRANDES RESPONSAVEIS PELO RESSURGIMENTO DAS CIDADES, devido a reaquecer o comercio. No mais, esses burgueses começaram a enrriquecer e buscar ESPAÇO NA VIDA PUBLICA, ou seja, na politica, mas como nao tinham linhagem nobre, passaram a negociar com reis os titulos nobiliarquicos.
Espero ter ajudado
O que é o Absolutismo?
Pode-se definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
O rei concentrava praticamente todos os poderes, criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
O que é feudalismo?
O feudalismo surgiu na Europa, logo após a queda do Império Romano Ocidental. Com a grande quantidade de invasões bárbaras, o território ficava cada vez mais dividido, forçando os nobres a fugirem das polis em direção ao interior. Atrás desses nobres vinham também muitos camponeses e escravos, todos com medo das invasões.
Um Feudo é dividido, segundo eles, em 3 partes fundamentais: Os que trabalham, os que lutam e os que rezam. Se formos ver, há mais toda a população de um feudo é dividida em partes: Clero, Nobreza, Camponeses e Escravos.
Fazia parte do Clero aqueles que rezavam (sacerdotes, padres, etc.). A Nobreza consistia da parte rica do feudo, eles decidiam praticamente tudo. Os camponeses e os escravos eram os que cultivavam alimento, algodão e animais, sobretudo, as terras não eram deles, eram do Senhor Feudal (“rei” do feudo), para o qual eles tinham que pagar certas quantias para que eles continuassem utilizando as terras. Os camponeses, além de serem responsáveis por mexer com a terra, eram também quem defendia o feudo de ataques bárbaros.
O último país do mundo a sair do regime feudal foi a Rússia, com a queda do último “czar” (senhor feudal russo) em pleno século 20.
http://www.algosobre.com.br/historia/sistema-feudal-o.html
Sistema Feudal, O
Alguns rezam, outros combatem e outros trabalham
A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema começou a se estruturar na Europa ao final do Império Romano do Ocidente (século V), atingiu seu apogeu no século X e praticamente desapareceu ao final do século XV.
"A ordem eclesiástica foram um só corpo, mas a divisão da sociedade compreende três ordens. A lei humana distingue duas condições. O nobre e o não-livre não são governados por uma lei idêntica. Os nobres são os guerreiros os protetores da igreja. Defendem a todos os homens do povo, grandes ou modestos, e também a si mesmos. A outra classe é a dos não-livres. Esta desgraçada raça nada possui sem sofrimento. Provisões, vestimentas são providas para todos pelos não-livres, pois nenhum homem livre é capaz de viver sem eles. Portanto, a cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: alguns rezam, outros combatem e outros trabalham"
Adalberto, Bispo de Laon. In: Boutruche, R.
Senõrio e feudalismo. Madri, Siglo Veintiuno, 1972
O texto acima foi escrito pelo bispo Adalberto em plena Idade Média. Ele descreve a divisão de funções entre os homens na sociedade européia de sua época. A forma de relação entre os homens daquele período não se cristalizou repentinamente. Foi fruto de um processo iniciado no século V, com a destruição do Império Romano do Ocidente. Ganhou maior intensidade após as invasões dos muçulmanos, no século VIII, e normandos e magiares no século IX. Atingiu seu apogeu, no século X nas terras da Europa Centro-Ocidental.
As Origens do Feudalismo
Por volta do ano 400, os escritores latinos ainda dedicavam elogios à grandeza de Roma. Esse entusiasmo fundamentava-se na extensão do império que, para os romanos atingia a todo o universo civilizado. Era difícil aos romanos perceber o quanto estava próximo o fim de seu império.
Para o historiador atual, no entanto, os sinais de decadência e desagregação do Império Romano já eram visíveis antes mesmo do início do século V. A crise econômica e os seguidos ataques dos povos germânicos vinham minando a civilização romana desde o século IV.
Feudalismo: sistema econômico, político e social que caracterizou a Europa durante a Idade Média (476/1453)
Formalmente costuma-se considerar o ano de 476, data em que os hérulos invadem Roma, como o fim do IMpério Romano do Ocidente e o início da chamada Idade Média. Da mesma forma, é aceito o ano de 1453, quando os turcos otamanos conquistam Constantinopla pondo fim o Império Bizantino, como o término da Idade Média. Estas datas servem, apenas, para uma divisão didática da História. Da mesma maneira como as estruturas do Império Romano já estavam abaladas muito antes de 476, as características que marcaram a Idade Média européia encontravam-se bastante modificadas alguns séculos antes de 1453.
A Idade Média, na Europa, caracterizou-se pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema foi fruto de uma lenta integração entre alguns traços da estrutura social romana e outros da estrutura social germânica. Esse processo de integração que resultou na formação do feudalismo, ocorreu no período histórico compreendido entre os séculos VI e IX.
As bases romanas do feudalismo europeu: as vilas romanas, o colonato e o Cristianismo
Por volta do fim do Império Romano do Ocidente, os grande senhores romanos abandonavam as cidades, fugindo da crise econômica e das invasões germânicas. Iam para seus latifúndios no campo, onde passavam a desenvolver uma economia agrária voltada para a subsistência. Esses centros rurais eram conhecidos por vilas romanas, originando os feudos medievais.
Homens romanos de menos posse iam buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, eram obrigados a ceder ao proprietário parte do que produziam. Essa relação entre o senhor das terras e aquele que produzia ficou conhecida por colonato. Também o grande número de escravos da época foi utilizado nas vilas romanas. Com o tempo tornou-se mais rendoso libertar os escravos e aproveitá-los sob regime de colonato. Com algumas alterações futuras, esse sistema de trabalho resultou nas relações servis de produção, traço fundamental do feudalismo.
Com a ininterrupta ruralização do Império Romano, o poder central foi perdendo seu controle sobre os grandes senhores agrários. Aos poucos, as vilas romanas aumentavam sua autonomia. Cada vez mais o poder político descentralizava-se, permitindo ao proprietário de terras administrar de forma independente a sua vida.
O Cristianismo foi outra contribuição fundamental da civilização romana para a formação do feudalismo. Originário do Oriente, o Cristianismo se enraizou na cultura romana, passando a ser a religião oficial do império no século IV. No início da Idade Média, a religião cristã já havia triunfado sobre as seitas rivais da Europa. Em pouco, a Igreja tornou-se a instituição mais poderosa do continente europeu, determinando a cultura do período medieval.
As bases germânicas: a sociedade agropastoril, o particularismo, o comitatus e o direito não-escrito.
A contribuição dos povos germânicos para a formação do feudalismo se deu principalmente ao nível dos costumes. A sociedade feudal, assim como a germânica, organizou-se economicamente sobre atividades agropastoris.
A descentralização do poder é herança da cultura germânica. As várias tribos viviam de maneira autônoma, relacionando-se apenas quando se defrontavam com um inimigo comum. Então, uniam-se sob o comando de um só chefe.
As relações entre o suserano e o vassalo, baseadas na honra, lealdade e liberdade tiveram suas origens no comitatus germânico. O comitatus era um grupo formado pelos guerreiros e seu chefe. Possuía obrigações mútuas de serviço e lealdade. Os guerreiros juravam defender seu chefe e este se comprometia a equipá-los com cavalos e armas. Mais tarde, no feudalismo, essas relações de honra e lealdade geraram as relações de suserania e vassalagem. A prática da homenagem, típica do Império Carolígio, pela qual os vassalos juravam fidelidade ao suserano, provavelmente tinha derivado do comitatus.
Também o direito no feudalismo teve influência germânica. Baseava-se nos costumes e não na lei escrita. Era considerado uma propriedade do indivíduo, inerente a ele em qualquer local que estivesse. Tal forma do Direito, considerado produto dos costumes e não da autoridade, é conhecido por direito consuetudinário.
As novas invasões ao continente europeu nos séculos VIII e IX e o apogeu do sistema feudal
O processo de declínio do comércio, agrarização da economia, ruralização da sociedade e descentralização do poder político teve início no final do Império Romano do Ocidente. A lenta integração entre os aspectos da sociedade romana e da sociedade germânica foi acelerada com as invasões dos séculos VIII e IX.
Em 711, os muçulmanos, vindos da África, conquistaram a Península Ibérica, a Sicília, a Córsega e a Ardenha, "fechando" o mar Mediterrâneo à navegação e ao comércio europeus. Ao norte, no século IX, os normandos também se lançaram à conquista da Europa. Conquistaram a Bretanha e o noroeste da França. Penetraram no continente europeu através de seus reios, saqueando suas cidades. A leste, os magiares, cavaleiros nômades provenientes das estepes euro-asiáticas, invadiram a Europa Oriental.
Isolada dos outros continentes, a Europa fragmentou-se internamente. Os constantes ataques e saques criaram uma insegurança geral. As vias de comunicação ficaram bloqueadas. As últimas invasões amadureceram as condições para o pleno estabelecimento do sistema feudal.
O comércio regrediu ao nível de troca direta. A economia agrarizou-se plenamente. As cidades despovoaram-se, completando o processo de ruralização da sociedade. O poder político se descentralizou em uma multiplicidade de poderes localizados e particularistas. O feudalismo se estabeleceu em sua plenitude.
Características gerais do feudalismo
Denomina-se feudalismo o sistema econômico, político e social dominante na Europa durantes a Idade Média. Alguns historiadores preferem utilizar, em lugar do termo sistema, o conceito de modo de produção.
A forma como uma sociedade, em um determinado período histórico, organiza sua produção de bens materiais, a relação entre seus homens e a sua produção intelectual é chamada de modo de produção. Independente de sua localização geográfica, ou do período de sua existência, toda sociedade possui um modo de produção que a caracteriza.
Como todo modo de produção também o feudalismo é composto de estruturas econômicas, políticas, sociais e ideológicas (culturais) que se articulam mutuamente, relacionando-se e modificando-se umas às outras.
Feudo: unidade de produção do feudalismo. O manso servil e o manso senhorial
Toda forma que o homem encontra de estruturar a produção de bens materiais pode ser considerada uma unidade de produção. Assim, em nossos dias, a fábrica, e a fazenda são unidade de produção. Alguns senhores feudais eram proprietários de centenas, às vezes até mais de mil desses domínios. Não há certeza absoluta sobre o tamanho médio dessas unidades econômicas. Mas sabe-se que as menos compreendiam no mínimo 120 hectares (1 200 000 m3), extensão correspondente a uma fazenda de tamanho médio.
Cada um dos feudos era composto por um castelo onde moravam o senhor feudal, sua família e empregados; a vila ou aldeia, onde moravam os servos; a igreja; uma casa paroquial; celeiros; fornos; açudes; pastagens comuns e mercado, onde nos fins de semana trocavam o que era produzido. As terras eram divididas em manso senhorial, cuja produção destinava-se ao senhor feudal e o manso servil, onde o produto do trabalho ficavam para os servos.
Dividia-se a terra arável em três partes: o terreno de plantio da primavera, o de plantio do outono e outro que ficava em pousio (descanso). A cada ano se invertia a utilização dos terrenos, de forma a que sempre um tivesse período de recuperação. Esses sistema surgiu na Europa, no século VIII, ficando conhecido como sistema dos três campos.
Sociedade estamental. Divisão social: senhores feudais (nobreza e clero) e dependentes (servos e vilões)
Nessa sociedade rural, de economia essencialmente agrária, a propriedade ou posse da terra determinava a posição do indivíduo na hierarquia social. A terra era a expressão da riqueza, da influência, da autoridade e do poder.
A sociedade feudal era estamental, isto é, não havia mobilidade social. Os grupos sociais mantinham-se rigidamente estanques. O acesso ou não à posse ou propriedade da terra dividia a sociedade feudal em dois estamentos: os senhores e o dependentes.
Os senhores feudais eram os possuidores ou proprietários de feudos. Formavam uma aristocracia dominante, sendo originários da nobreza e do clero. A nobreza se subdividia em duques, condes, barões e marqueses. Os senhores feudais eclesiásticos, vinculados à Igreja Romana, pertenciam à alta hierarquia do clero. Eram, geralmente, bispos, arcebispos e abades.
O estamento dos dependentes, incorporando a maioria da população medieval, cumpunha-se de servos e vilões. Os servos não tinham a propriedade ou posse da terra e estavam presos a ela. Eram trabalhadores semi livre. Não podiam ser vendidos fora de suas terras, como se fazia com os escravos, mas não tinham liberdade para abandonar as terras onde nasceram. Em número reduzido, havia um outro tipo de trabalhador medieval, o vilão.
Este não estava preso à terra. Descendia de antigos pequenos proprietários romanos. Não podendo defender suas propriedades, entregava suas propriedades, entregava suas terras em troca da proteção de um grande senhor feudal. Recebia tratamento mais brando que os servos.
A atribuição de um feudo compreendia uma série de atos solenes. Primeiro o vassalo prestava a homenagem, colocando-se de joelhos, com a cabeça descoberta e sem espada, pondo suas mãos entre as mãos do suserano e pronunciando as palavras sacramentais de juramento. Em seguida, o senhoria permitia que se levantasse, beijava-o e realizava a investidura com a entrega de um objeto simbólico, punhado de terra, ramo, lança ou chave, representando a terra ofertada.
Os laços de suserania e vassalagem vinculavam toda a nobreza feudal. Por exemplo, um barão doava um feudo a um marquês. Este, ao receber o feudo, prestava-lhe homenagem. O barão tornava-se suserano do marquês e este, vassalo do barão. O barão, entretanto, havia recebido feudos de um conde, prestando-lhe o juramento de vassalagem. Assim, o barão suserano do marquês, era, o mesmo tempo, vassalo do conde.
Cultura feudal: teocêntrica, divulgada pela Igreja. Nas artes, letras e ciência, apenas temas religiosos
A cultura feudal foi caracterizada por uma visão do homem voltada para Deus e para a vida, após a morte na Terra. Esse tipo de visão de mundo, em que Deus é considerado o centro do Universo, chama-se teocentrismo.
A Igreja consegui sobreviver às invasões germânicas e logo depois iniciou o processo da conversão dos bárbaros. Com isso, transformou-se na mais poderosa e influente instituição do sistema feudal, sendo a principal divulgadora da cultura teocêntrica. Todas as relações típicas do feudalismo foram justificadas e legitimadas pelo teocentrismo.
A moral religiosa condenava o comércio, o lucro e a usura (empréstimo com cobrança de juros). As artes, as letras, as ciências e a filosofia eram determinadas pela visão religiosa divulgada pela Igreja.
Nas artes, predominavam temas de inspiração religiosa. Nas letras, os sábios e eruditos só escreviam e falavam no idioma oficial da Igreja, o latim. A ciência reproduzia em suas explicações sobre a natureza interpretações feitas sobre os escritos bíblicos. Na filosofia, a últimas palavra cabia aos doutores da Igreja.
O mundo feudal estabeleceu-se de forma rigorosamente hierárquica e o lugar mais importante coube à Igreja, Possuía, ao mesmo tempo, ascendência econômica e moral. Seus domínios territoriais suplantavam os da nobreza e sua cultura demonstrava ser incomparavelmente superior.
Em uma sociedade onde a ignorância era generalizada, a Igreja detinha dois instrumentos indispensáveis: a leitura e a escrita. Os reis nobres, recrutavam, forçosamente, no clero, os seus chanceleres, secretários, funcionários burocráticos, enfim, todo o pessoal letrado imprescindível.
O monopólio da Igreja só começaria a desaparecer no século XIV, com o fortalecimento do Humanismo e com o Renascimento Cultural.
O Cotidiano na sociedade feudal
Na sociedade feudal, o clero e os nobres constituíam-se no setor dominante. Os nobres orgulhavam-se da vida que levavam, dedicada às batalhas, torneios e caçadas. Dentro de seus feudos garantiam sua autonomia inclusive em relação aos reis. Já os servos passavam a vida de maneira radicalmente diversa, trabalhando o dia inteiro na época da colheita, pouco conservando para si e para sua família do produto do seu trabalho.
A vida dos nobres: batalhas, torneios e caçadas. Costumes rudes e violentos
Os romances ou filmes sobre a nobreza feudal costumam transmitir uma imagem distorcida da vida da época. Antes do século XI, os castelos feudais, em sua maioria, eram pouco confortáveis fortificações de madeira. Mesmo os enormes castelos de pedra de época posterior, eram escuros e frios. Forravam os pisos com esteiras de junco ou palha. Só após o restabelecimento do comércio com o Oriente, no século XII, é que se tornou comum o uso de tapetes e estofados.
A alimentação dos nobres e seus familiares era farta, mas pouco variada. Seus pratos se resumiam em carne, peixe, queijo, couve, nabos, cenouras, cebola, feijão e ervilha. Para sobremesa, tinham em abundância maçãs e pêras. O açúcar só chegou à mesa da nobreza após o século XIV, mesmo assim a preços elevadíssimos.
Os nobres não trabalhavam, sendo esta uma condição de sua situação social. Os costumes da época impunham-lhes uma vida ativa em outros aspectos: guerras, torneios e caçadas. Qualquer pretexto era suficiente para a tentativa de conquista de feudos vizinhos. O gosto pela violência convulsionava de tal forma a sociedade que a Igreja resolveu intervir no século XI, proclamando a Trégua de Deus. Proibiu lutas durante as sextas-feiras, sábados e domingos, durante quaisquer dias do Natal ao Dia de Reis e na maior parte da primavera, fim do verão e começo do outro. O nobre que violasse essa regra era excomungado.
Até o século XII, as maneiras da nobreza em nada assemelhavam ao que hoje se considera boa educação. Nas refeições, partiam alguns alimentos com um punhal e comiam com as mãos. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Esses costumes só começaram a ser alterados com a difusão dos ideais de cavalaria (código social e moral do feudalismo), nos séculos XII e XIII.
A vida cotidiana dos servos de gleba: a produção no campo, a ignorância e a superstição
Os servos habitavam choupanas de varas traçadas, com cobertura de barro. Como o piso não possuía qualquer revestimento, constantemente absorvia a umidade das chuvas. Suas camas eram algumas tábuas recobertas de palhas. Toscos bancos completavam a mobília. Alimentavam-se de pão preto, verduras de sua horta, queijo, sopa e, às vezes, carne e peixe, normalmente meio apodrecidos. Não eram raras as mortes por fome. Invariavelmente analfabetos, apegavam-se às mais diversas superstições. Por vezes, suas colheitas eram arrasas pelas patas dos cavalos da nobreza empenhada em caçadas ou combates.
Minorando tanta miséria, possuíam alguns direitos. Não poderia ser privado de sua terra. Se o feudo fosse vendido, os servos conservavam o direito de ali permanecer, cultivando seu lote. Quando envelheciam, o senhor tinha obrigação de mantê-lo até o fim de seus dias. Seus períodos de folga eram maiores que o dos trabalhadores de hoje, atingindo quase um sexto do ano, sem contar os domingos. Finalmente, não tinham obrigações de prestar serviço militar ou empenhar-se em guerras decididas por seus senhores.
O sistema feudal não possuía, na realidade, as mesmas características em todas as regiões da Europa.
Todas as características do feudalismo, que foram descritas neste texto, são fruto de um processo muito lento, iniciado com a decadência do Império Romano do Ocidente. Somente nos séculos IX, X e XI é que se pôde perceber na Europa uma situação como a que foi expressa neste texto. O feudalismo não foi igual em todo o continente europeu, sendo algumas de suas características mais acentuadas em algumas regiões e menos em outras. Apenas na região onde hoje se localiza a França é que o sistema feudal se estabeleceu de forma mais pura.
Nos últimos anos do século XI, com o início das Cruzadas, o feudalismo começava sua vagarosa decadência. Suas estruturas passam a ser progressivamente modificadas com o Renascimento Comercial, ressurgimento das cidades, progressiva centralização do poder na figura do rei e gradual substituição da cultura teocência pela antropocêntrica (o homem como centro do universo).
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo/
Socialismo
Teoria Socialista, comunismo, Karl Marx e Engels, a experiência socialista na URSS, Cuba, China e
países da Europa Oriental, a queda da União Soviética, Glasnost e Perestroika, marxismo
Introdução
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo.
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris).
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Comunismo
Definição
O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.
As idéias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.
O grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.
Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.
http://www.capitalismo.com.br/o-que-e-capitalismo/
O que é capitalismo
Capitalismo é o sistema social baseado no reconhecimento dos direitos do indivíduo, incluindo o direito à propriedade, em que toda propriedade é privada.
O reconhecimento dos direitos do indivíduo inclui o banimento de violência física em relacionamentos humanos: basicamente, direitos só podem ser violados com o uso da força física. Em uma sociedade capitalista, nenhum homem ou grupo pode iniciar o uso de força física contra outros. A única função do governo, nesta sociedade, é a tarefa de proteger os direitos do homem, ou seja, a tarefa de protegê-lo de violência; o governo age como o agente do direito do homem de autodefesa, e pode usar força somente em retaliação e somente contra aqueles que iniciaram seu uso; portanto, o governo é o jeito de colocar o uso retaliatório de força sob controle objetivo.
Em uma sociedade capitalista, todo relacionamento humano é voluntário. Os homens são livres para cooperar ou não, para lidar com o outro ou não, de acordo com seus julgamentos, convicções e interesses. Os homens só podem lidar com o outro em termos e através da razão, ou seja, através da discussão, da persuasão, e de acordos contratuais, por escolha voluntária e para benefício mútuo. O direito de concordar com outros não é um problema em nenhuma sociedade; é o direito de discordar que é crucial. É a instituição da propriedade privada que protege e implementa o direito de discordar – e, portanto, mantém a estrada aberta para o atributo de maior valor do homem: a mente criativa.
RAND, Ayn – Capitalism: The Unknown Ideal
Porque pessoas muitas vezes usam o termo “capitalismo” para designar sistemas econômicos existentes hoje, “capitalismo laissez-faire” é algumas vezes usado para descrever um sistema puramente capitalista. Na realidade, a expressão é redundante: o que temos hoje não é capitalismo, e sim uma mistura de capitalismo e socialismo, de liberdades e controles
http://www.infoescola.com/filosofia/socialismo-utopico/
Socialismo Utópico
Por Emerson Santiago
Socialismo Utópico é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Estes primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção tradicional deveria ser considerada irracional e combatida.
O cenário de nascimento do socialismo utópico, a França do início do século XIX, abundavam as crises provocadas pelo avanço do sistema liberal, que produzia miséria em série, proporcionando precárias condições de vida aos cidadãos que então chegavam recentemente do meio rural. A jornada de trabalho absurda e o uso de mão de obra infantil completavam o cenário de horror que a Revolução Industrial criou inadvertidamente.
Nesse ambiente onde as promessas da Revolução Francesa acabaram de certo modo por não se concretizar, onde a única liberdade existente era a de mercado, com o capitalista tendo passe livre para realizar a exploração do trabalhador comum. De tal decepção e frente à uma realidade desesperadora, surgem os questionamentos por parte dos intelectuais. De uma dessas correntes de questionamentos temos a origem do socialismo utópico. O termo “utopia” é um resgate literário do título do livro de Thomas Morus, de 1516, e tal expressão passa assim a designar toda filosofia defensora da igualdade social, onde era pregado um modelo idealizado, mas a “receita” para se atingir tal caminho não era discutida.
Autores como Marx mais tarde iriam distanciar-se de certo modo de tais fórmulas, rotulando-a de burguesas, assim como fariam outros pensadores de esquerda contemporâneos a ele, pois os pensadores do socialismo utópico tinham como expectatva a “iluminação” ou súbita consciência dos indivíduos das classes dominantes de, um determinado dia, esclarecidos da desigualdade e falibilidade do sistema em voga, fariam então as reformas que dariam igualdade social a todos os cidadãos. Marx e os socialistas modernos obviamente não viam desse modo a composição e funcionamento da sociedade em geral, e muito menos esperavam pela benesse das classes dominantes em um dia distribuir igualdades às suas respectivas populações.
Bibliografia:
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch01.htm
http://tdvproducoes.com/site/?p=4
http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=19&item=4
Socialismo científico
O socialismo científico iniciou-se no século XIX, por Karl Marx e Friedrich Engels, o qual foi chamado de socialismo marxista. Rompeu com os socialistas "Utópicos", porque não apresentava na prática como combater o capitalismo, mas reconheceram a importância e aproveitaram a análise crítica da realidade política e econômica de toda a história das sociedades e do capitalismo.
Karl Marx (1818-1883) filósofo alemão, criador das teorias: materialismo histórico e da luta de classes. Estudou filosofia nas universidades de Berlim e Iema. Escreveu artigos radicais a favor da democracia, quando era chefe da redação do jornal Rheinische zeitung em colônia no ano 1842. Foi para Paris onde conheceu o escritor Friedrich Engels, no ano de 1844. Acreditava que a solidariedade dos trabalhadores deveria superar o poder dos estados nacionais.
Karl cientista social, historiador e revolucionário, foi o pensador socialista de maior influência sobre o pensamento filosófico e social da humanidade, embora fora ignorado pelos estudiosos acadêmicos, que não acreditaram em sua tese. Ele acreditava que só uma revolução internacional para por fim a burguesia e o capitalismo e implantar o comunismo, então foi expulso de Paris.
Foi estudar história e economia em Londres, escreveu para a imprensa, e ajuda a fundar o movimento pró-socialista primeiro internacional, a associação nacional dos operários 1864 e o partido social-democrático alemão. Sua maior obra foi editada e 1867 "O capital", onde expressara os principais conceitos do marxismo a teoria do valor, da mais- valia e do acumulo de capital..
Anarquismo
Saiba o que é anarquismo, ideologia, anarquistas, história, definição, símbolo, idéias
Definição
Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840).
O que é burguesia?
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico.
Frase Exemplo:
A burguesia participou do renascimento comercial e urbano.
Explicação da frase:
Durante grande parte da Idade Média (do século V ao XII) o comércio praticamente
inexistiu. Com o final das Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo, o comércio começou a crescer novamente. A burguesia contribuiu para este processo.
Quem foram os burgueses?
Burgueses eram aqueles mercadores que vondiam suas mercadorias nos BURGOS, que eram as cidades erguidas ao redor das muralhas dos castelos medievais. Nesses cidades começou a haver um reaquecimento do comercios, com ferreiros, tecelões, moleiros, enfim, diversas profissoes que voltaram a comercializar com esses burgueses que vendiam esses mercadorias para fora, assim como compravam mercadorias de fora para venderem nos burgos.
Podemos dizer que os burgueses foram os GRANDES RESPONSAVEIS PELO RESSURGIMENTO DAS CIDADES, devido a reaquecer o comercio. No mais, esses burgueses começaram a enrriquecer e buscar ESPAÇO NA VIDA PUBLICA, ou seja, na politica, mas como nao tinham linhagem nobre, passaram a negociar com reis os titulos nobiliarquicos.
Espero ter ajudado
terça-feira, 17 de maio de 2011
URGENTE
Procuro desesperadamente meu filho de 3 anos desaparecido desde 21/06/2010.
AJUDEM POR FAVOR, A DIVULGAR A FOTO DELE NA NET...
Peço ajudas a todos, que, por favor, dIvulguem estas fotos dele na net.
Pois ele sumiu da cidade de São Carlos, interior de São Paulo.
Ele nasceu no Rio de Janeiro. Vindo com ele para minha terra natal,onde eu
jamais poderia imaginar que eu passaria por este pesadelo.
A policia não tem nenhuma informação concreta sobre seu paradeiro esta
sendo um mistério a forma de como este anjinho sumiu.
Peço encarecidamente que orem a Deus por ele.
Desde já grata a todos.
(11)8687-5361 (11)8687-5361 (11)8687-5361 (11)8687-5361
Laércio Garcia
AMIGOS VAMOS AJUDAR ! SÓ REPASSAR
NUNCA SABEMOS O DIA DE AMANHÃ, LEVA MENOS DE 1 MINUTO.
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Peço encarecidamente que orem a Deus por ele.
Desde já grata a todos.
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Laércio Garcia
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sexta-feira, 13 de maio de 2011
A vida dos negros depois da abolição.
O 13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada?
Em 13 de maio de 2008, comemoram-se os 120 anos da assinatura da lei Áurea pela princesa Isabel, que ocupava então a Regência do Império do Brasil, em virtude de um tratamento de saúde que seu pai, o imperador dom Pedro 2º, realizava na Europa.
História
A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.
De acordo com essa perspectiva, o 13 de maio seria uma data que representaria a abolição como um ato de "generosidade" da elite branca e transformaria a princesa na personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, seria um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de fato, não aceitaram passivamente a escravidão.
Aos poucos, o dia nacional da consciência negra ganhou prestígio, até ser incluído no calendário escolar brasileiro, pelo artigo 79-B, da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo escolar a obrigatoriedade da temática "história e cultura afro-brasileira". Tornou-se também, segundo a Agência Brasil, um feriado em 225 municípios brasileiros, inclusive São Paulo, a maior metrópole do país.
Comemorar o 13 de maio
A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.
Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.
Assim, o que se valoriza numa determinada época, pode simplesmente ser considerado menos importante ou até se pôr de lado numa ocasião posterior. Um outro exemplo da história ajuda a esclarecer a questão: a comemoração de 21 de abril, que relembra o martírio de Tiradentes só passou a existir após a Independência do Brasil. Enquanto éramos colônia portuguesa, Tiradentes não era considerado um herói, muito pelo contrário.
Depois da abolição
Enfim, a lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país. Independentemente disso, não se pode deixar de reconhecer que a abolição não resolveu diversas questões essenciais acerca da inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei Áurea, o Estado brasileiro não tomou medidas que favorecessem sua integração social, abandonando-os à própria sorte.
Essa dívida social, porém, não pode ser imputada somente à princesa Isabel e à monarquia. A situação social dos negros não melhorou com a República. Sobre isso, o Estado só veio a se pronunciar com mais veemência no ano 2003, com a instituição da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tem desenvolvido projetos visando a inclusão social do negro.
Apesar disso, as estatísticas do IBGE ainda registram grande desigualdade em relação a negros e brancos. Alguns exemplos referentes à educação são bastante significativos. Os dados mais recentes apontam a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais: 8,3% de brancos e 21% de negros.
A média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase seis anos para os brancos e cerca de três e meio para negros. Enquanto 22,7% dos brancos com 18 anos ou mais concluíram o ensino médio, somente o fizeram 13% dos negros.
Brasil Império
A Abolição da Escravidão
13 de Maio: A Revolução Social Brasileira
Por Henrique Cunha Júnior *
13 de maio tem sido uma data pouco comemorada e pouco analisada no calendário nacional e escolar. Já foi feriado nacional e depois deixou de ser. Mas deveria ser uma reivindicação da população que datas como 13 de maio e 20 de novembro fossem cercadas por grandes manifestações, que tivéssemos na escola e na sociedade um símbolo importante marcado por estas datas para refletirmos sobre a realidade brasileira, sobre a nossa história e sobre as conquistas populares. Em todos os países da América onde houve escravismo recente, a data da abolição é comemorada com grandes festas, muitos discursos e uma ampla revisão histórica. Aqui no Brasil, pelo contrário, se quer fazer esquecer o 13 de maio, pois uma parte da sociedade não quer ser considerada culpada pela criminalidade do escravismo, enquanto outra parte perdeu o referencial do que o 13 de maio representa para as lutas do povo brasileiro.
O primeiro fato importante que tem sido omitido da população brasileira sobre o 13 de maio - me é daí que leva a não darmos importância a ele -, é o que permite uma parcela da população fazer de conta que não tem importância o escravismo e o quanto foi criminoso. Por outro lado, o 13 de maio tem sido omitido enquanto resultado de um longo processo de lutas do negro brasileiro e da população consciente contra o regime criminoso do escravismo.
O Escravismo foi Crime Contra a Humanidade
A maioria das pessoas tem vergonha de dizer que são descendentes de escravizados. Isto porque existem informações errôneas e antiéticas sobre a história brasileira. Se tivéssemos a informação correta, moral e ética, diríamos que o escravismo foi um regime criminoso contra a humanidade, de leis e fatos, imorais, antiéticos, condenáveis em qualquer sociedade que fizesse bom juízo dos fatos. Quem deveria ter vergonha, pois roubou e matou, viveram na continuidade dos benefícios do roubo.
Algumas pessoas vão erradamente argumentar: mas era lei da época. Não justifica. Vejamos como comparação o que ocorreu durante o nazismo na Alemanha. As leis da época do nazismo permitiam a prisão e o massacre dos judeus. Passado o nazismo, todos que governaram e se beneficiaram do regime foram julgados e condenados. Tinham estabelecido lei de estado criminosos que atentavam contra a humanidade. Portanto, crime é crime, com lei ou sem lei que os proteja. Assim deveria ter ocorrido com o escravismo. Atualmente, apenas a Igreja Católica, através do Papa admitiu o erro, demonstrou ter vergonha do erro, do regime. Deveria ser referencial para começar a discutir o 13 de maio.
O enfoque sobre o escravismo como crime contra a humanidade, leva a uma possibilidade de discutir melhor o 13 de maio, como ele foi e não como é pensado agora. O 13 de maio é o fim da criminalidade praticada pelo estado brasileiro e por todos aqueles que se beneficiavam vergonhosamente do trabalho roubado da população negra.
Mas o que realmente ocorreu no 13 de maio?
Onda Negra Medo Branco
Azevedo (1987)¹ elucida parte do que provocou assinatura da abolição do escravismo em 13 de maio de 1888. Primeiro, boas parte da população africana e Afro-descendente que vivia no Brasil já tinha conseguido reconstituir a liberdade perdida por diversas formas de luta contra o escravismo. Entretanto, no 13 de maio 700.000 pessoas que ainda eram mantidas injusta e criminosamente no regime de cativo readquirem a liberdade. Esta é, portanto, a maior mudança constitucional do país. A população do país nesta época era de 6.000.000 habitantes. Portanto, uma parcela considerável ascende à liberdade. O dobro desta população já tinha a liberdade através das lutas de Quilombos e de outras formas como a compra de alforrias, através de leis anteriores como a do ventre livre e a dos sexagenários. Possivelmente, mais do dobro dos negros, africanos e descendentes já estavam livres no momento do 13 de maio. Isto produzia, também, um medo dos brancos poderosos de que a população negra, tanto livre como escrava produzisse uma revolução total e conjunta, depusesse os brancos do poder como tinha ocorrido a quase um século antes do Haiti.
No Brasil, as revoltas dos escravizados eram muito comuns. Os quilombos eram numerosos em todas as partes do país e os brancos proprietários viviam em clima de pavor contra possível reação da população livre escravizada. Mesmo porque, nem todos os brancos apoiavam o regime criminoso do escravismo. Pelo contrário, muitos deles se uniram aos negros para lutar contra o regime. Antes da guerra do Paraguai (terminada em 1872), o governo brasileiro usava o exército para controlar as revoltas da população negra. Foi assim que Caxias e outros militares fizeram carreira, destruindo Quilombos, eliminando revoltas populares. Mas a guerra do Paraguai trouxe nova consciência ao exército ao exército nacional. Ficou evidente que a função do exército não era defender os grandes proprietários e mantê-los no seu estado criminoso de beneficiados pelo escravismo. O exército existia para defender a nação e manter a soberania nacional, não para servir contra o povo. Depois da guerra do Paraguai o exército passou a se negar a perseguir os negros revoltosos, ficando estes casos para a polícia e os militares locais. Assim aumentou o medo branco, eles mesmos começaram a pensar na abolição como forma de evitar uma revolta maior da população negra. Entretanto, a abolição foi discutida num longo processo na sociedade brasileira. Negros ilustres como Luís Gama, Quintino de Lacerda, José do patrocínio participaram ativamente destes debates. Daí que, a Assembléia Nacional reunida no Rio de Janeiro em 1888 votou a abolição do escravismo. Decidido o fim do escravismo, o Estado brasileiro saia da situação de criminalidade contra a humanidade que se mantinha até então. Logo, em 13 de maio de 1888 a lei foi assinada. Portanto, não foi princesa nenhuma que deu liberdade aos negros. A liberdade foi uma conquista da população brasileira, uma vitória dos movimentos populares. Temos assim, uma confirmação de que governantes estavam criminosamente errados e neste dia, o erro foi abolido.
É neste sentido que a abolição foi comemorada pela população brasileira nos dias 13 e 14 de maio e deveria ser comemorada até o presente.
A lei existiu, mas não foi completa
Os poderosos capitularam, perderam, mas não se entregaram. A lei deveria ter sido votada com um amplo apoio, indenização e reintegração dos escravizados à sociedade brasileira. Entretanto, os poderosos omitiam a discussão do direito da população que tinha sido escravizada. Fizeram um esforço e conseguiram que a sociedade nunca discutisse o escravismo a luz dos valores éticos e morais. Fizeram uso dos meios de propaganda para transformar pessoas criminosas em generosas. Generosas por terem "dado" a liberdade aos negros. Isto foi e ainda é uma manipulação de informação histórica. É a omissão dos culpados pelo crime e a manipulação de informação destes por histórias deturpadas. Hoje chega a se dizer que o escravismo no Brasil foi brando, que os chamados senhores foram bondosos, que até cruzarem com os negros. Escravidão é crime, os escravistas foram criminosos, não existe nada que os isentem, a não ser o nosso esquecimento da verdade ou a nossa inconsciência produzida pela informação malévola.
A lei de 13 de maio foi incompleta, poderia ter resolvido problemas nacionais dos quais até padecemos como é o caso da reforma agrária e do aceso das populações a terra. Poderia ter promovido uma repartição da renda retornando aos ex-escravizados, através de políticas o que nos seria de direito. Visto não ter sido feito, o país até hoje sofre destes erros. Existe, portanto, mais motivos para festejarmos e realizarmos uma revisão ética da nossa verdadeira história nacional nesta data. O 13 de maio é uma revolução nas datas nacionais, é uma verdade para a população negra e brasileira. As classes escravistas foram criminosas e a humanidade deve julgá-las.
O que ocorre depois da aula do 13 de Maio nas escolas
No enfoque tradicional do 13 de maio as alunas e alunos negros vivem um pesadelo. Depois da são motivos de chacotas, gracinhas e xingamentos pelos estudantes que se acham brancos, mesmo porque a aula sobre 13 de maio costuma ser duplamente falha. O que temos é o reforço mais eloqüente de desinformações históricas e deseducativas alinhadas aos esforços dos discursos racistas. As gracinhas e piadas não são inocentes, não são coisas de crianças ou brincadeiras. Elas são manifestações de racismo e preconceitos que tiveram suporte no processo deseducativo propiciado pela sala de aula repetindo as formulações antigas e impensadas sobre o 13 de maio.
O que ocorre na aula dos educadores e educadoras desinformadas? Aqueles que não passaram por uma reflexão nova, por uma visão renovada do 13 de maio? Eles repetem as fórmulas da cultura do racismo e do preconceito. Não adianta dizer que os educadores não são racistas e preconceituosos. São sim. Façam uma revisão de consciência sobre o que elas e eles pensam sobre o negro, sobre o escravismo e sobre a África. Vejam se existe alguma coisa de positivo é um forte sinal da presença do racismo nas próprias idéias. Idéias que não são só suas, foram transmitidas continuamente nos processos do cotidiano e nos processos educacionais. Vejam o que a sociedade no senso comum repete: negro não presta, a negra fede, negro é preguiçoso. Repetem daí o que a escola também fala: o negro foi escravo, os negros vêm de tribos africanas de homens nus. São informações erradas. O que sai destes dois diálogos, o do cotidiano da rua com o da escola? Saem apenas visões negativas sobre os africanos e os descendentes destes fortalece a cultura do racismo. No 13 de maio estes discursos ficam eloqüentes, o escravo é o negro coitadinho, humilhado. Os alunos que se pensam brancos reforçam as idéias de inferioridade dos negros e aí expressam seus racismos através de piadas. Um exemplo: hei negão, se não fosse a Isabel tu estarias apanhando! Isto é racismo.
Outro aspecto que a escola não foi capaz de trazer à realidade nacional em discussão está na manutenção das idéias sobre raças e cores de pele. Não foi capaz de ver que a maioria daqueles que estão ali na sala são descendentes de africanos escravizados no Brasil. A escola não foi capaz de mostrar um horizonte mais amplo sobre a história da humanidade. História, na qual, os portugueses, mesmo antes de 1500 já tinham forte miscigenação com os africanos da mesma forma os italianos e os franceses. Não foi capaz, também de trazer para a consciência dos alunos que os europeus tinham sido escravizados muito antes da vinda para o Brasil, que houve na história da humanidade os dias em que os europeus escravizaram europeus. Por isto, de uma maneira geral todos, negros ou brancos são, de alguma maneira, descendentes de escravos. Apenas mudou o período histórico e o lugar, ou seja, os negros no Brasil entre 1532 e 1888 foram escravizados por criminosos brancos.
Henrique Cunha Júnior é professor da Universidade Federal do Ceará e colaborador do Historianet
Imagem: Litografia de Rugendas
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Composição : Caetano Veloso
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O fim da escravidão
Da escravidão
O fim da escravidão
Tanta pindoba!
Lembro do aluá
Lembro da maniçoba
Foguetes no ar
Pra saudar Isabel
Ô Isabé
Pra saudar Isabé
Anúncios Google
Sound City Estúd
Em 13 de maio de 2008, comemoram-se os 120 anos da assinatura da lei Áurea pela princesa Isabel, que ocupava então a Regência do Império do Brasil, em virtude de um tratamento de saúde que seu pai, o imperador dom Pedro 2º, realizava na Europa.
História
A data está um pouco desprestigiada desde a década de 1970, quando os movimentos negros brasileiros resolveram instituir um dia da consciência negra para ressaltar o papel dos próprios negros no processo de sua emancipação. Assim, o dia 20 de novembro, que relembra a execução de Zumbi, seria um contraponto ao 13 de maio.
De acordo com essa perspectiva, o 13 de maio seria uma data que representaria a abolição como um ato de "generosidade" da elite branca e transformaria a princesa na personagem principal da libertação dos escravos. Ao contrário, o 20 de novembro, homenageando Zumbi e o quilombo de Palmares, seria um símbolo da resistência e da combatividade dos negros, que, de fato, não aceitaram passivamente a escravidão.
Aos poucos, o dia nacional da consciência negra ganhou prestígio, até ser incluído no calendário escolar brasileiro, pelo artigo 79-B, da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que incluiu no currículo escolar a obrigatoriedade da temática "história e cultura afro-brasileira". Tornou-se também, segundo a Agência Brasil, um feriado em 225 municípios brasileiros, inclusive São Paulo, a maior metrópole do país.
Comemorar o 13 de maio
A questão que se pode levantar a partir disso é: há ou não motivos para a comemoração do 13 de maio? A efeméride tem, sim, seu valor histórico. Ela comemora a vitória do movimento abolicionista e do parlamento brasileiro. A campanha abolicionista, um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil, ao lado da campanha pelas Diretas Já, atingiu o êxito no exato momento que a princesa Isabel assinou a célebre lei.
Por outro lado, é importante ter em mente que a história trata de fatos do passado, mas as interpretações desses fatos dependem da época em que elas são feitas. O significado dos fatos, portanto, varia de acordo com as gerações de historiadores que se debruçam sobre eles e, também, segundo a ideologia que está por trás de suas interpretações.
Assim, o que se valoriza numa determinada época, pode simplesmente ser considerado menos importante ou até se pôr de lado numa ocasião posterior. Um outro exemplo da história ajuda a esclarecer a questão: a comemoração de 21 de abril, que relembra o martírio de Tiradentes só passou a existir após a Independência do Brasil. Enquanto éramos colônia portuguesa, Tiradentes não era considerado um herói, muito pelo contrário.
Depois da abolição
Enfim, a lei Áurea serviu para libertar 700 mil escravos que ainda existiam no Brasil em 1888 e proibir a escravidão no país. Independentemente disso, não se pode deixar de reconhecer que a abolição não resolveu diversas questões essenciais acerca da inclusão dos negros libertos na sociedade brasileira. Depois da lei Áurea, o Estado brasileiro não tomou medidas que favorecessem sua integração social, abandonando-os à própria sorte.
Essa dívida social, porém, não pode ser imputada somente à princesa Isabel e à monarquia. A situação social dos negros não melhorou com a República. Sobre isso, o Estado só veio a se pronunciar com mais veemência no ano 2003, com a instituição da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que tem desenvolvido projetos visando a inclusão social do negro.
Apesar disso, as estatísticas do IBGE ainda registram grande desigualdade em relação a negros e brancos. Alguns exemplos referentes à educação são bastante significativos. Os dados mais recentes apontam a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos de idade ou mais: 8,3% de brancos e 21% de negros.
A média de anos de estudo das pessoas com 10 anos de idade ou mais é de quase seis anos para os brancos e cerca de três e meio para negros. Enquanto 22,7% dos brancos com 18 anos ou mais concluíram o ensino médio, somente o fizeram 13% dos negros.
Brasil Império
A Abolição da Escravidão
13 de Maio: A Revolução Social Brasileira
Por Henrique Cunha Júnior *
13 de maio tem sido uma data pouco comemorada e pouco analisada no calendário nacional e escolar. Já foi feriado nacional e depois deixou de ser. Mas deveria ser uma reivindicação da população que datas como 13 de maio e 20 de novembro fossem cercadas por grandes manifestações, que tivéssemos na escola e na sociedade um símbolo importante marcado por estas datas para refletirmos sobre a realidade brasileira, sobre a nossa história e sobre as conquistas populares. Em todos os países da América onde houve escravismo recente, a data da abolição é comemorada com grandes festas, muitos discursos e uma ampla revisão histórica. Aqui no Brasil, pelo contrário, se quer fazer esquecer o 13 de maio, pois uma parte da sociedade não quer ser considerada culpada pela criminalidade do escravismo, enquanto outra parte perdeu o referencial do que o 13 de maio representa para as lutas do povo brasileiro.
O primeiro fato importante que tem sido omitido da população brasileira sobre o 13 de maio - me é daí que leva a não darmos importância a ele -, é o que permite uma parcela da população fazer de conta que não tem importância o escravismo e o quanto foi criminoso. Por outro lado, o 13 de maio tem sido omitido enquanto resultado de um longo processo de lutas do negro brasileiro e da população consciente contra o regime criminoso do escravismo.
O Escravismo foi Crime Contra a Humanidade
A maioria das pessoas tem vergonha de dizer que são descendentes de escravizados. Isto porque existem informações errôneas e antiéticas sobre a história brasileira. Se tivéssemos a informação correta, moral e ética, diríamos que o escravismo foi um regime criminoso contra a humanidade, de leis e fatos, imorais, antiéticos, condenáveis em qualquer sociedade que fizesse bom juízo dos fatos. Quem deveria ter vergonha, pois roubou e matou, viveram na continuidade dos benefícios do roubo.
Algumas pessoas vão erradamente argumentar: mas era lei da época. Não justifica. Vejamos como comparação o que ocorreu durante o nazismo na Alemanha. As leis da época do nazismo permitiam a prisão e o massacre dos judeus. Passado o nazismo, todos que governaram e se beneficiaram do regime foram julgados e condenados. Tinham estabelecido lei de estado criminosos que atentavam contra a humanidade. Portanto, crime é crime, com lei ou sem lei que os proteja. Assim deveria ter ocorrido com o escravismo. Atualmente, apenas a Igreja Católica, através do Papa admitiu o erro, demonstrou ter vergonha do erro, do regime. Deveria ser referencial para começar a discutir o 13 de maio.
O enfoque sobre o escravismo como crime contra a humanidade, leva a uma possibilidade de discutir melhor o 13 de maio, como ele foi e não como é pensado agora. O 13 de maio é o fim da criminalidade praticada pelo estado brasileiro e por todos aqueles que se beneficiavam vergonhosamente do trabalho roubado da população negra.
Mas o que realmente ocorreu no 13 de maio?
Onda Negra Medo Branco
Azevedo (1987)¹ elucida parte do que provocou assinatura da abolição do escravismo em 13 de maio de 1888. Primeiro, boas parte da população africana e Afro-descendente que vivia no Brasil já tinha conseguido reconstituir a liberdade perdida por diversas formas de luta contra o escravismo. Entretanto, no 13 de maio 700.000 pessoas que ainda eram mantidas injusta e criminosamente no regime de cativo readquirem a liberdade. Esta é, portanto, a maior mudança constitucional do país. A população do país nesta época era de 6.000.000 habitantes. Portanto, uma parcela considerável ascende à liberdade. O dobro desta população já tinha a liberdade através das lutas de Quilombos e de outras formas como a compra de alforrias, através de leis anteriores como a do ventre livre e a dos sexagenários. Possivelmente, mais do dobro dos negros, africanos e descendentes já estavam livres no momento do 13 de maio. Isto produzia, também, um medo dos brancos poderosos de que a população negra, tanto livre como escrava produzisse uma revolução total e conjunta, depusesse os brancos do poder como tinha ocorrido a quase um século antes do Haiti.
No Brasil, as revoltas dos escravizados eram muito comuns. Os quilombos eram numerosos em todas as partes do país e os brancos proprietários viviam em clima de pavor contra possível reação da população livre escravizada. Mesmo porque, nem todos os brancos apoiavam o regime criminoso do escravismo. Pelo contrário, muitos deles se uniram aos negros para lutar contra o regime. Antes da guerra do Paraguai (terminada em 1872), o governo brasileiro usava o exército para controlar as revoltas da população negra. Foi assim que Caxias e outros militares fizeram carreira, destruindo Quilombos, eliminando revoltas populares. Mas a guerra do Paraguai trouxe nova consciência ao exército ao exército nacional. Ficou evidente que a função do exército não era defender os grandes proprietários e mantê-los no seu estado criminoso de beneficiados pelo escravismo. O exército existia para defender a nação e manter a soberania nacional, não para servir contra o povo. Depois da guerra do Paraguai o exército passou a se negar a perseguir os negros revoltosos, ficando estes casos para a polícia e os militares locais. Assim aumentou o medo branco, eles mesmos começaram a pensar na abolição como forma de evitar uma revolta maior da população negra. Entretanto, a abolição foi discutida num longo processo na sociedade brasileira. Negros ilustres como Luís Gama, Quintino de Lacerda, José do patrocínio participaram ativamente destes debates. Daí que, a Assembléia Nacional reunida no Rio de Janeiro em 1888 votou a abolição do escravismo. Decidido o fim do escravismo, o Estado brasileiro saia da situação de criminalidade contra a humanidade que se mantinha até então. Logo, em 13 de maio de 1888 a lei foi assinada. Portanto, não foi princesa nenhuma que deu liberdade aos negros. A liberdade foi uma conquista da população brasileira, uma vitória dos movimentos populares. Temos assim, uma confirmação de que governantes estavam criminosamente errados e neste dia, o erro foi abolido.
É neste sentido que a abolição foi comemorada pela população brasileira nos dias 13 e 14 de maio e deveria ser comemorada até o presente.
A lei existiu, mas não foi completa
Os poderosos capitularam, perderam, mas não se entregaram. A lei deveria ter sido votada com um amplo apoio, indenização e reintegração dos escravizados à sociedade brasileira. Entretanto, os poderosos omitiam a discussão do direito da população que tinha sido escravizada. Fizeram um esforço e conseguiram que a sociedade nunca discutisse o escravismo a luz dos valores éticos e morais. Fizeram uso dos meios de propaganda para transformar pessoas criminosas em generosas. Generosas por terem "dado" a liberdade aos negros. Isto foi e ainda é uma manipulação de informação histórica. É a omissão dos culpados pelo crime e a manipulação de informação destes por histórias deturpadas. Hoje chega a se dizer que o escravismo no Brasil foi brando, que os chamados senhores foram bondosos, que até cruzarem com os negros. Escravidão é crime, os escravistas foram criminosos, não existe nada que os isentem, a não ser o nosso esquecimento da verdade ou a nossa inconsciência produzida pela informação malévola.
A lei de 13 de maio foi incompleta, poderia ter resolvido problemas nacionais dos quais até padecemos como é o caso da reforma agrária e do aceso das populações a terra. Poderia ter promovido uma repartição da renda retornando aos ex-escravizados, através de políticas o que nos seria de direito. Visto não ter sido feito, o país até hoje sofre destes erros. Existe, portanto, mais motivos para festejarmos e realizarmos uma revisão ética da nossa verdadeira história nacional nesta data. O 13 de maio é uma revolução nas datas nacionais, é uma verdade para a população negra e brasileira. As classes escravistas foram criminosas e a humanidade deve julgá-las.
O que ocorre depois da aula do 13 de Maio nas escolas
No enfoque tradicional do 13 de maio as alunas e alunos negros vivem um pesadelo. Depois da são motivos de chacotas, gracinhas e xingamentos pelos estudantes que se acham brancos, mesmo porque a aula sobre 13 de maio costuma ser duplamente falha. O que temos é o reforço mais eloqüente de desinformações históricas e deseducativas alinhadas aos esforços dos discursos racistas. As gracinhas e piadas não são inocentes, não são coisas de crianças ou brincadeiras. Elas são manifestações de racismo e preconceitos que tiveram suporte no processo deseducativo propiciado pela sala de aula repetindo as formulações antigas e impensadas sobre o 13 de maio.
O que ocorre na aula dos educadores e educadoras desinformadas? Aqueles que não passaram por uma reflexão nova, por uma visão renovada do 13 de maio? Eles repetem as fórmulas da cultura do racismo e do preconceito. Não adianta dizer que os educadores não são racistas e preconceituosos. São sim. Façam uma revisão de consciência sobre o que elas e eles pensam sobre o negro, sobre o escravismo e sobre a África. Vejam se existe alguma coisa de positivo é um forte sinal da presença do racismo nas próprias idéias. Idéias que não são só suas, foram transmitidas continuamente nos processos do cotidiano e nos processos educacionais. Vejam o que a sociedade no senso comum repete: negro não presta, a negra fede, negro é preguiçoso. Repetem daí o que a escola também fala: o negro foi escravo, os negros vêm de tribos africanas de homens nus. São informações erradas. O que sai destes dois diálogos, o do cotidiano da rua com o da escola? Saem apenas visões negativas sobre os africanos e os descendentes destes fortalece a cultura do racismo. No 13 de maio estes discursos ficam eloqüentes, o escravo é o negro coitadinho, humilhado. Os alunos que se pensam brancos reforçam as idéias de inferioridade dos negros e aí expressam seus racismos através de piadas. Um exemplo: hei negão, se não fosse a Isabel tu estarias apanhando! Isto é racismo.
Outro aspecto que a escola não foi capaz de trazer à realidade nacional em discussão está na manutenção das idéias sobre raças e cores de pele. Não foi capaz de ver que a maioria daqueles que estão ali na sala são descendentes de africanos escravizados no Brasil. A escola não foi capaz de mostrar um horizonte mais amplo sobre a história da humanidade. História, na qual, os portugueses, mesmo antes de 1500 já tinham forte miscigenação com os africanos da mesma forma os italianos e os franceses. Não foi capaz, também de trazer para a consciência dos alunos que os europeus tinham sido escravizados muito antes da vinda para o Brasil, que houve na história da humanidade os dias em que os europeus escravizaram europeus. Por isto, de uma maneira geral todos, negros ou brancos são, de alguma maneira, descendentes de escravos. Apenas mudou o período histórico e o lugar, ou seja, os negros no Brasil entre 1532 e 1888 foram escravizados por criminosos brancos.
Henrique Cunha Júnior é professor da Universidade Federal do Ceará e colaborador do Historianet
Imagem: Litografia de Rugendas
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13 de Maio
Caetano Veloso
Composição : Caetano Veloso
Dia 13 de maio em Santo Amaro
Na Praça do Mercado
Os pretos celebravam
(Talvez hoje inda o façam)
O fim da escravidão
Da escravidão
O fim da escravidão
Tanta pindoba!
Lembro do aluá
Lembro da maniçoba
Foguetes no ar
Pra saudar Isabel
Ô Isabé
Pra saudar Isabé
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13 de Maio - Abolição da Escravatura.
Abolição da Escravatura - Lei Áurea
A História da Abolição da Escravatura, a Lei Áurea, Movimento Abolicionista, 13 de maio, libertação dos escravos, História do Brasil, abolição dos escravos, escravidão no Brasil, os abolicionistas, escravos no Brasil, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, abolição da escravidão no Brasil
Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888
Introdução
Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Processo de abolição da escravatura no Brasil
Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
Abolicionismo
Saiba o que foi o Abolicionismo, movimento abolicionista no Brasil, leis, abolição da escravatura no Brasil
José do Patrocínio: um dos principais representantes do abolicionismo brasileiro
Definição
O Abolicionismo pode ser definido como um movimento político e social que defendeu e lutou pelo fim da escravidão no Brasil, na segunda metade do século XIX. O abolicionismo contou com participação de vários segmentos sociais como, por exemplo, políticos, advogados, médicos, jornalistas, artistas, estudantes, etc.
As grandes conquistas do movimento abolicionista no Brasil foram: Lei do ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1885) e Lei Áurea (1888).
Principais representantes do abolicionismo:
- Rui Barbosa
- José do Patrocínio
Escravidão no Brasil
A história da escravidão no Brasil, escravidão negra africana no Brasil Colônia, tráfico de escravos, os navios negreiros, trabalho escravo nos engenhos e nas minas de ouro, os castigos, as revoltas, os quilombos, carta de alforria, fim da escravidão, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea, Abolição da escravatura
História da Escravidão: Introdução
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.
Escravidão no Brasil
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura
A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
A vida dos negros após a abolição da escravidão
Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
História da Escravidão: Introdução
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.
Escravidão no Brasil
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura
A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
A vida dos negros após a abolição da escravidão
Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm
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Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888
Introdução
Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Processo de abolição da escravatura no Brasil
Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação.
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
Abolicionismo
Saiba o que foi o Abolicionismo, movimento abolicionista no Brasil, leis, abolição da escravatura no Brasil
José do Patrocínio: um dos principais representantes do abolicionismo brasileiro
Definição
O Abolicionismo pode ser definido como um movimento político e social que defendeu e lutou pelo fim da escravidão no Brasil, na segunda metade do século XIX. O abolicionismo contou com participação de vários segmentos sociais como, por exemplo, políticos, advogados, médicos, jornalistas, artistas, estudantes, etc.
As grandes conquistas do movimento abolicionista no Brasil foram: Lei do ventre Livre (1871), Lei dos Sexagenários (1885) e Lei Áurea (1888).
Principais representantes do abolicionismo:
- Rui Barbosa
- José do Patrocínio
Escravidão no Brasil
A história da escravidão no Brasil, escravidão negra africana no Brasil Colônia, tráfico de escravos, os navios negreiros, trabalho escravo nos engenhos e nas minas de ouro, os castigos, as revoltas, os quilombos, carta de alforria, fim da escravidão, Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea, Abolição da escravatura
História da Escravidão: Introdução
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.
Escravidão no Brasil
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura
A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
A vida dos negros após a abolição da escravidão
Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
História da Escravidão: Introdução
Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.
Escravidão no Brasil
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura
A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.
A vida dos negros após a abolição da escravidão
Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito e discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/escravidao.htm
História das religiões no Brasil
Religiões no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Religiões no Brasil (Censo de 2000)[1]
Religião Porcentagem
Catolicismo romano
73,8%
Protestantismo
15,4%
Sem religião
7,4%
Espiritismo
1,3%
Outros cristãos
1,2%
Outros
0,9%
A religião no Brasil é muito diversificada e caracteriza-se pelo sincretismo.
A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado oficialmente laico,[2] embora muitos grupos tenham reivindicados direitos sociais no Brasil alegando que eles ainda não existem por questões religiosas.[3] A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto privilegiado[4] e, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial.[5]
O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões. A população brasileira é majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte católica (70%).[1] Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas são: protestantes, pentecostais, episcopais, metodistas, luteranas e batistas. Há mais de um milhão e meio de espíritas ou kardecistas que seguem a doutrina de Allan Kardec. Existem também seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria de judeus, muçulmanos, budistas, neopagãos e seguidores do Candomblé e da Umbanda.[6] Cerca de 7,4% da população (cerca de 12,5 milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.[1]
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras.[7] Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado.[8]
O censo demográfico realizado em 2000, pelo IBGE, apontou a seguinte composição religiosa no Brasil:[1][9]
73,8% dos brasileiros (cerca de 125 milhões) declaram-se católicos;
15,4% (cerca de 26,2 milhões) declaram-se evangélicos (evangélicos tradicionais, pentecostais e neopentecostais);
7,4% (cerca de 12,5 milhões) declaram-se sem religião, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas;
1,3% (cerca de 2,3 milhões) declaram-se espíritas;
0,3% declaram-se seguidores de religiões tradicionais africanas tais como o Candomblé, o Tambor-de-mina, além da Umbanda;
1,8% declaram-se seguidores de outras religiões, tais como: as testemunhas de Jeová (1,1 milhão), os budistas (215 mil), os santos dos Últimos Dias ou mórmons (200 mil), os messiânicos (109 mil), os judeus (87 mil), os esotéricos (58 mil), os muçulmanos (27 mil) e os espiritualistas (26 mil).
Índice [esconder]
1 Cristianismo
1.1 Catolicismo
1.2 Protestantismo
1.3 Adventismo
1.4 Mormonismo
1.5 Testemunhas de Jeová
1.6 Cristianismo Ortodoxo
1.7 Espiritismo
2 Não-religiosos
3 Religiões afro-brasileiras
3.1 Umbanda
4 Neopaganismo
5 Xamanismo
6 Religiões Hoasqueiras
7 Islamismo
8 Judaísmo
9 Conclusão
10 Variação da afiliação religiosa por grupo
11 Distribuição das crenças em 2000
12 Referências
13 Ver também
14 Ligações externas
[editar]Cristianismo
[editar]Catolicismo
Ver artigo principal: Catolicismo no Brasil
Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil.
A principal religião do Brasil, desde o século XVI, tem sido o catolicismo romano. Ela foi introduzida por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do país recém-descoberto. O Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais, com 73,8% da população brasileira declarando-se católica, de acordo com o Censo do IBGE de 2000. Porém, sua hegemonia deve ser relativizada devido ao grande sincretismo religioso existente no país
Entre as tradições populares do catolicismo no Brasil estão as peregrinações à Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Nossa Senhora Aparecida acabou por tornar-se a Padroeira do Brasil. Outras festas católicas importantes são o Círio de Nazaré, Festa do Divino e a Festa do Divino Pai Eterno, mais conhecida como Romaria de Trindade, em Goiás.
No transcorrer do século XX, foi perceptível uma diminuição no interesse pelas formas tradicionais de religiosidade no país. Um reflexo disso é o aparecimento de grande número de pessoas que se intitulam católicos não-praticantes.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida.
Atualmente, pesquisas mostram que o número de católicos parou de cair no Brasil depois de mais de 130 anos de queda.[10]
A Renovação Carismática Católica (RCC) chegou ao Brasil no começo dos anos 1970, e ganhou força em meados dos anos 1990. O movimento busca dar uma nova abordagem à evangelização e renovar algumas práticas da tradição católica, incentivando uma experiência pessoal com Deus através do Espírito Santo. Assemelha-se em certos aspectos às Igrejas Pentecostais, como no uso dos dons do Espírito Santo, na adoção de posturas que poderiam ser rotuladas como fundamentalistas e numa maior rejeição ao sincretismo religioso por parte de seus integrantes.
Com forte presença leiga, a RCC responde hoje por grande parte dos católicos praticantes do país. Uma das comunidades carismáticas mais conhecidas é a Canção Nova que possui um canal de televisão mantido por doações e é presidida pelo monsenhor Jonas Abib. Outro ícone da RCC no Brasil é o Padre Marcelo Rossi, fenômeno de mídia e cultura de massas que surgiu no final da década de 1990, cantando e fazendo coreografias tanto em programas de televisão quanto em missas, propondo-se a pregar a mensagem de Cristo conforme ensinada pela Igreja Católica.
Apesar de manter grande homogeneidade denominacional, o catolicismo conta com algumas dissidências, dentre as quais a Igreja Católica Apostólica do Brasil
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 61% dos brasileiros são católicos e os evangélicos são 25%[11].
[editar]Protestantismo
Ver artigo principal: Protestantismo
Ver página anexa: Lista de denominações evangélicas no Brasil
Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
O Protestantismo é o segundo maior segmento religioso do Brasil, representado principalmente pelas igrejas evangélicas com, aproximadamente, 26,1 milhões de fiéis.[1]
O protestantismo caracteriza-se pela grande diversidade denominacional, livre interpretação da Bíblia, e nenhuma instituição, concílio ou convenção geral que agregue e represente os protestantes como um todo. Cada denominação religiosa protestante tem plena autonomia administrativa e eclesiástica em relação as outras igrejas congêneres, porém todas fazem parte de um mesmo movimento religioso interno ao cristianismo, que começou com a Reforma Protestante de Martinho Lutero em 1517. A maioria das denominações religiosas protestantes mantêm relações fraternais umas com as outras.
O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
Por volta de 1630, durante o domínio holandês em Pernambuco, a Igreja Cristã Reformada (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil Foram fundadas 22 igrejas protestantes no Nordeste, sendo que a maior era a do Recife e contava, inclusive, com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no templo gálico, que tinha no conde Maurício de Nassau seu membro mais ilustre. A Igreja Cristã Reformada batizou índios, lutou por sua libertação e pretendia traduzir a Bíblia para o tupi e ordenar pastores indígenas. Esse período se encerrou com a guerra de Restauração portuguesa. Quando não houve mais condições de manter Recife, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava assim a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.[12]
As primeiras igrejas chegaram ao Brasil quando, com a chegada da família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos a nações amigas por meio do Tratado de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1811. Seguiu-se a implantação de outras igrejas de imigração: alemães trouxeram a Igreja Luterana, em 1824, e também a Igreja Adventista, em 1890, e imigrantes americanos trouxeram as Igrejas Batista e Metodista. Os missionários Robert Kalley e Ashbel Green Simonton trouxeram as Igrejas Congregacional (em 1855) e Presbiteriana (em 1859), respectivamente, estas voltadas ao público brasileiro.
Assembleia de Deus de Gama Oeste (Brasília).
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil (1910) e da Assembleia de Deus (1911). A partir de 1950, o pentecostalismo transformou-se com a influência de movimentos de cura divina que geraram diferentes denominações, tais como a Igreja "O Brasil Para Cristo" e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Nessa época, algumas denominações protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplo, a Convenção Batista Nacional e as igrejas Presbiteriana Renovada e Igreja Cristã Maranata, ambas surgidas a partir da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Na década de 1970, surgiu o movimento neopentecostal, com igrejas mais secularizadas, padrões morais menos rígidos, e ênfase na teologia da prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus. A partir dos anos 1980, surgiram igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, trazendo um discurso ainda mais liberal quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Dentre essas igrejas se destacam a Igreja Renascer em Cristo e a Igreja Evangélica Cristo Vive.
Nas últimas décadas, o protestantismo principalmente as Igrejas Pentecostais vem ganhando muitos adeptos, sendo o segmento religioso com maior índice de crescimento. A maioria das igrejas protestantes estão presentes: no Rio Grande do Sul( descendentes de alemães, que trouxeram a Igreja Luterana, maior grupo religioso da Alemanha até os dias de hoje), nas grandes capitais do sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte(onde as igrejas Batistas têm grande espaço), Goiânia e Brasília( onde a igreja Sara Nossa Terra têm grande percentual da população). Os protestantes estão em número bastante significativo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e em toda a região centro-oeste.[13]
Restauracionistas-Protestantismo incluem Igreja Universal do Reino de Deus (incluindo seus setores) e Membros da Igreja de Deus Internacional. O Membros da Igreja de Deus Internacional, conhecido por a "O Caminho Antigo" espetáculo de televisão, tem um número crescente de membros no Norte do Brasil. [14]
[editar]Adventismo
Ver artigo principal: Igreja Adventista do Sétimo Dia
No Brasil são 1.200.000 membros da IASD em 2000 sob a coordenação de seis Uniões que administram as Associações e Missões. As instituições da IASD do Brasil e de sete países latino-americanos formam a Divisão Sul Americana, com sede em Brasília, Distrito Federal.
Primeira Igreja Adventista do Brasil em Gaspar Alto-SC
O adventismo chegou no Brasil em 1884 através de publicações que chegaram pelo porto de Itajaí com destino a cidade de Brusque, no interior de Santa Catarina. Em maio de 1893 chegou o primeiro missionário adventista, Alberto B. Stauffer que introduziu formalmente através da Colportagem os primeiros contatos com a população. Em abril de 1895 foi realizado o primeiro batismo em Piracicaba, SP, sendo Guilherme Stein Jr o primeiro converso. Inicialmente os estados brasileiros com maior presença germânica foram atingidos pela literatura adventista. Conforme informações repassadas pelo pastor F Westphal, a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em solo nacional foi estabelecida na região de Gaspar, em Santa Catarina, em 1895, seguida por congregações no Rio de Janeiro e em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, todas no mesmo ano.
Com a fundação da gráfica adventista em 1905 em Taquari, RS (atual Casa Publicadora Brasileira[15] localizada em Tatuí-SP), o trabalho se estabeleceu entre os brasileiros e se expandiu em todos os estados. A primeira Escola Adventista no Brasil surgiu em 1896 na cidade de Curitiba. Em 2005 somam-se 393 escolas de ensino fundamental e 118 do ensino médio com o total de 111.453 alunos e seis instituições de Ensino Superior (IES) com mais de cinco mil alunos que tem no Centro Universitário Adventista de São Paulo, sua matriz educacional. O UNASP[16] como é conhecida esta IES, surgiu em 1915, no Capão Redondo, SP e hoje conta com três campi: na cidade de São Paulo, em Engenheiro Coelho e Hortolândia.
[editar]Mormonismo
Ver artigos principais: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no Brasil, Os Santos dos Últimos Dias.
Chegou no Brasil em 1923, por meio de imigrantes alemães, porém o trabalho de proselitismo só se iniciou em 1927, com a chegada de uma dupla de missionários. Esses missionários não falavam o português muito bem, então as reuniões no início eram dirigidas em alemão. A Missão São Paulo Brasil (uma espécie de departamento regional de proselitismo) Foi a primeira criada no país, atualmente são 28. Hoje, existem mais de 1800 capelas mórmons em todas as Unidades da Federação Brasileira.[carece de fontes]
Templo de Campinas em Campinas.
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecidos como mórmons, tem aqui no Brasil o 2° maior país com população mórmon do mundo,[17] mais de 1 milhão de membros atualmente, superado apenas pelos Estados Unidos. Em 2000, o censo do IBGE mostrou haver no Brasil somente 200 mil pessoas que se dizem membros desta denominação. Entre 2000 e 2006 a Igreja Mórmon cresceu cerca de 460% no Brasil.[carece de fontes]
A Igreja Mórmon no Brasil é presidida pelos Élderes (título que significa "senhor","Irmao mais velho", "ancião") Ulisses Soares (Presidente), Stanley G. Ellis (Primeiro Conselheiro) e Carlos A. Godoy (Segundo Conselheiro). Até abril de 2007, os mórmons eram divididos em duas áreas geográficas distintas, a Área Brasil Norte (sediada em Recife), e a Área Brasil Sul (sediada em São Paulo).
Só no Brasil os mórmons tem cinco templos construídos, dedicados e em funcionamento (em São Paulo, Recife, Porto Alegre, Campinas e Curitiba), um em construção (em Manaus) e um a construir em Fortaleza. Pela crença mórmon, nesses templo são realizadas ordenanças como batismo vicário e selamento de famílias, além de ser um lugar de aprendizado e espiritualidade.
Hoje a Igreja vem crescendo muito em Curitiba e Porto Alegre, se espalhando pelo país. Muitos missonarios estrangeiros estão vindo para o Brasil a cada mes, pregando o evangelho por toda parte do país, e estão obtendo sucesso.
É brasileiro o primeiro mórmon negro a receber um chamado de Autoridade Geral (autoridade a nível mundial), seu nome é Helvécio Martins. Hoje há cinco brasileiros servindo como Autoridades Gerais: Cláudio R. M. Costa, Marcos A. Aidukaitis, Carlos A. Godoi e Ulisses Soares e Jairo Mazzagardi. Durante todos os anos desde a chegada da Igreja Mórmon ao Brasil, somente um mórmon foi eleito ao Congresso Nacional, Moroni Torgan, do estado do Ceará.
[editar]Testemunhas de Jeová
Ver artigo principal: Testemunhas de Jeová
No Brasil, as Testemunhas de Jeová vem crescendo consideravelmente. Estima-se que mais de 700.000 membros servem ativamente como publicadores e missionários neste país.
Foi em 1899 que Sarah Bellona Ferguson,[18] de São Paulo, recebeu pela primeira vez dos Estados Unidos, por correio, algumas publicações da Sociedade Torre de Vigia. Ao passo que aprendia o que as Testemunhas chamam de "as preciosas verdades bíblicas", fazia o possível para transmiti-las a outros. Quando surgiu a oportunidade para isso, ela foi batizada, depois de uns 25 anos.
No ínterim, oito jovens marinheiros brasileiros,[18] de licença do seu navio na cidade de Nova York, ficaram interessados nas reuniões dos Estudantes da Bíblia (como se chamavam então as Testemunhas de Jeová). Obtiveram ali uma Bíblia em português. Foram também ajudados a entendê-la. Quando voltaram ao Brasil, em março de 1920, depois de se terem associado por alguns meses com os Estudantes da Bíblia em Nova York, eles continuaram a se reunir e a falar a outros sobre o que haviam aprendido. No começo, usavam as publicações da Torre de Vigia em espanhol como ajudas para o estudo, porque não havia nada disponível em português. Poucos anos depois, George Young foi o primeiro missionário enviado ao Brasil, e foi providenciado que se traduzissem e imprimissem publicações em português. Em 1923, foi aberta no Rio de Janeiro uma congênere da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos EUA), a fim de promover a educação bíblica neste vasto país.
Mas as Testemunhas de Jeová tornaram-se grandes no Brasil, estando presentes em todos os estados do país, em mais de 10.000 congregações, segundo o Anuário das Testemunhas de Jeová. A Sede das Testemunhas de Jeová aqui no Brasil localiza-se em Cesário Lange, no interior de São Paulo.
As reuniões das Testemunhas de Jeová já ultrapassam uma média de um milhão pessoas presentes ao ano, sendo que 1,646,123[19] pessoas estiveram presentes em sua principal reunião anual de 2008, a Comemoração da Morte de Cristo. Os Estados com maior número de Testemunhas de Jeová são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul
Se ressalta o trabalho voluntário realizado com os surdos e cegos. Por exemplo, em todo o Brasil, voluntários Testemunhas de Jeová ajudam milhares de surdos, desde a alfabetização na sua primeira língua, como a LIBRAS, passando pelo idioma escrito, quando se aplica. Traduzem e distribuem Bíblias e outros livros para DVDs em vídeos[20] para distribuição gratuita aos surdos. Tem-se dado atenção especial a estes, oferecendo seu trabalho voluntário como intérpretes em língua de sinais, acompanhando os surdos em escolas, médicos, advogados, entrevista de emprego, etc. Elas têm oferecido também aos familiares e até mesmo colegas de trabalho dos surdos a oportunidade de conhecerem a língua de sinais, e para isso usam DVDs visuais ou outra publicação produzida pelas próprias Testemunhas com o objetivo de facilitar o aprendizado e a inclusão social e espiritual dos surdos à suas famílias e às suas comunidades.
[editar]Cristianismo Ortodoxo
Ver artigo principal: Igreja Ortodoxa
Catedral vista da Avenida Paulista.
A Igreja Ortodoxa também se faz presente no Brasil.
A Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada em São Paulo, na rua Vergueiro, além de ser a Sé da Arquidiocese da Igreja Católica Ortodoxa Antioquina de São Paulo é, também, de todo o Brasil. É um exemplo de construção arquitetônica bizantina que pode ser apreciado na América do Sul. Seu projeto, cuja edificação teve início da década de 1940, foi inspirado na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla (atual Istambul) e foi inaugurada em janeiro de 1954. Contudo, ainda tem pequena representação no país, apesar de já ter alguma visibilidade.
[editar]Espiritismo
Ver artigo principal: Doutrina espírita
Sede da Federação Espírita Brasileira em Brasília.
O espiritismo é uma das religiões que mais tem crescido no Brasil. Em 2000, o Brasil concentrava 2,3 milhões de espíritas. Em 2005, estimava-se a existência de 10 milhões de espíritas no mundo inteiro (Encyclopaedia Britannica). Desse total, aproximadamente 3 milhões vivem no Brasil, fazendo dessa a maior nação espírita do planeta. Estima-se, porém, que o número de simpatizantes do espiritismo no Brasil gire em torno de 20 milhões.[carece de fontes]
Como doutrina filosófica, o espiritismo foi sistematizado pelo pedagogo francês Allan Kardec n'O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857. No Brasil, contudo, houve uma forte ressignificação das idéias espíritas, que foram carregadas de um viés muito mais religioso do que o existente na Europa. Foi dentro dessa perspectiva que o espiritismo foi amplamente divulgado no Brasil, ainda na segunda metade do século XIX, atraindo principalmente a classe média. Em setembro de 1865, em Salvador, Bahia, foi criado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o primeiro centro espírita brasileiro. Em 1873, fundou-se a "Sociedade de Estudos Espíritas", com o lema "Sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita". Esse grupo dedicou-se a traduzir para o português as obras de Kardec, como "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese".
Foi nesse contexto que Adolfo Bezerra de Menezes aderiu à doutrina espírita, tornando-se um dos maiores expoentes do espiritismo do país. Bezerra de Menezes foi presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) por duas gestões. A FEB foi fundada em janeiro de 1884, pelo Sr. Elias da Silva, com a finalidade de unificar o pensamento espírita no Brasil.
No dia 2 de abril de 1910, nasceu Francisco Cândido Xavier, conhecido simplesmente como Chico Xavier. Aos 5 anos de idade, Chico afirmou conversar com o espírito de sua mãe. Humanitário, o médium foi indicado duas vezes ao prêmio Nobel da Paz[carece de fontes]. Responsável direto pelo grande número de adeptos que a religião conseguiu no Brasil, Chico Xavier é reconhecido mundialmente pela comunidade espírita[carece de fontes]. Os mais de 400 livros psicografados por ele foram traduzidos em inúmeras línguas, entre elas o esperanto[carece de fontes]. Chico Xavier morreu em 30 de junho de 2002.
[editar]Não-religiosos
Ver artigos principais: Sem religião, Ateísmo e Agnosticismo.
De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE, por volta de 13 milhões de brasileiros (7,4% da população total) consideram-se ateus, agnósticos ou declaram acreditar em um Deus sem estarem filiados a alguma religião específica. Cabe salientar que o IBGE, órgão oficial de pesquisas, não pergunta quem de fato é ateu, quem é agnóstico, e quem apenas não segue alguma religião preestabelecida, embora conserve a sua fé em algo transcendental, denominando todos estes grupos pelo termo "sem religião".
Entretanto, uma pesquisa com dados do período entre 2000 e 2003 mostra que o número de pessoas sem-religião caiu de pouco mais de 7% em 2000 para aproximadamente 5% em 2003 no Brasil.[10]
Atualmente, apenas os ditos católicos e evangélicos superam em número os não-religiosos. Em comparação, estima-se que a média mundial de não-religiosos é de 23,5% da população total.[21]
[editar]Religiões afro-brasileiras
Mãe Stella de Oxóssi Iyálorixá do Candomblé, Salvador, Bahia.
Com a vinda dos escravos para o Brasil, seus costumes deram origem a diversas religiões, tais como o candomblé, que tem milhões de seguidores, principalmente entre a população negra, descendente de africanos. Estão concentradas em maior número nos grandes centros urbanos do Norte, como Pará, no Nordeste, Salvador, Recife, Maranhão, Piauí e Alagoas, no sudeste, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, e no Rio Grande do Sul. Diferente do candomblé, que é a religião sobrevivente da África ocidental, há também a Umbanda, que representa o sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e os orixás africanos.
As chamadas Religiões Afro-Brasileiras: o candomblé que é dividido em várias nações, o batuque, o Xangô do Recife e o Xambá foram trazidas originalmente pelos escravos. Estes escravos cultuavam seu Deus, e as divindades chamadas Orixás, Voduns ou inkices com cantos e danças trazidos da África.
Estas religiões foram perseguidas, e acredita-se terem o poder para o bem e o mal. Hoje são consideradas como religiões legais no país, mas mesmo assim, muitos de seus seguidores preferem dizer que são "católicos" para evitar algum tipo de discriminação, principalmente na área profissional. Porém, aos poucos, vão sendo mais bem compreendidos.
Nas práticas atuais, os seguidores da umbanda deixam oferendas de alimentos, velas e flores em lugares públicos para os espíritos. Os terreiros de candomblé são discretos da vista geral, exceto em festas famosas, tais como a Festa de Iemanjá em todo o litoral brasileiro e Festa do Bonfim na Bahia. Estas religiões estão em todo o país.
O Brasil é bastante conhecido pelos ritmos alegres de sua música, como o Samba e a conhecida como MPB (música popular brasileira). Isto pode relacionar-se ao fato de que os antigos proprietários de escravos no Brasil permitiam que seus escravos continuassem sua tradição de tocar tambores (ao contrário dos proprietários de escravos dos Estados Unidos que temiam o uso dos tambores para comunicações).
[editar]Umbanda
A Umbanda é considerado por muitos uma religião nascida no Brasil em 15 de novembro de 1908 no Rio de Janeiro. Embora existam relatos de outras datas e locais de manifestação desta religião antes e durante este período[22][23] seus adeptos aceitam esta data como o início histórico da mesma.
[editar]Neopaganismo
Começam a se difundir entre os brasileiros, atualmente, as religiões neo-pagãs, como a Wicca e o Neo-druidismo. Com a Wicca acontece um fator mais expressivo e especial. No Censo 2000, os wiccanos foram incluídos no grupo de "outras religisidades" e "não determinadas", que representavam 0,009% e 0,211% da população, respectivamente.[1] De qualquer forma, desde a década de 1990 a Wicca, ou a Bruxaria em geral, têm crescido muito no país, especialmente em Brasília e São Paulo.[24]
[editar]Xamanismo
Ver artigo principal: Xamanismo
Do Estado da Bahia para o Norte há também práticas diferentes tais como Pajelança, Catimbó, Jurema, Tambor-de-Mina e Terecô com fortes elementos indígenas.
[editar]Religiões Hoasqueiras
Nas décadas mais recentes, tem crescido no Brasil o número de adeptos de religiões que fazem uso do chá Hoasca (também conhecido como ayahuasca) em seus rituais. São as religiões hoasqueiras, que se originaram na Floresta Amazônica e hoje se expandem nos grandes centros urbanos. Entre elas, as mais representativas e organizadas são a União do Vegetal, o Santo Daime e A Barquinha. [25]
Em 2004, o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD), atual órgão do Ministério da Justiça brasileiro, reconheceu a legitimidade do uso religioso da ayahuasca e a legalidade de sua prática. Seu uso para fins religiosos foi regulamentado pelo CONAD em 25 de janeiro de 2010, em resolução na qual se estabelece as normas legais para a utilização do chá pelas instituições religiosas.[26]
[editar]Islamismo
Ver artigo principal: Islã no Brasil
Existem inúmeras mesquitas espalhadas por todo o Brasil, onde é possível encontrar muçulmanos, geralmente às sextas-feiras, congragados em torno da oração.
[editar]Judaísmo
Ver artigos principais: Judaísmo no Brasil, Judeus no Brasil Colônia.
Sinagoga Kahal Zur Israel, a mais antiga sinagoga das Américas, localizada em Recife, Pernambuco.
Apesar de ser uma religião minoritária no contexto brasileiro, o Judaísmo tem no Brasil uma das mais numerosas comunidades judaicas do mundo, ocupando o nono lugar. A imigração judaica para o Brasil começou logo após à época do descobrimento.
Os judeus portugueses e espanhóis, fugindo das perseguições, migraram para o país em busca de liberdade religiosa. A primeira sinagoga das Américas, Sinagoga Kahal Zur Israel foi construída em Recife, em 1637.
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração.
[editar]Conclusão
Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em reunião com adeptos de diferentes religiões durante inauguração da exposição "Diversidade Religiosa no Brasil".
As religiões afro-brasileiras, adicionadas às religiões orientais como o Budismo e o Xintoísmo, ao Judaísmo, à Fé Bahá'í e outras, representam uma percentagem pequena da população total do Brasil - menos de 5%. O restante da população auto denomina-se católica, evangélica ou não professa nenhuma religião preestabelecida (7,4% da população, de acordo com o Censo IBGE). Entretanto, é perceptível o crescimento de formas de religiosidade não-cristãs no Brasil, que ainda estão sub representadas em razão do forte sincretismo religioso existente no país.
Outro fato importante é que o percentual de católicos parou de cair depois de 130 anos, conforme pesquisa mostrada pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, bem como a queda do número de pessoas ditas sem religião.[10]
Os líderes das mais variadas religiões participaram da cerimônia de criação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, realizada em Brasília no dia 21 de janeiro de 2008.
[editar]Variação da afiliação religiosa por grupo
Em porcentagem da população
Religião 1970 1980 1991 2000
Catolicismo 91,8 89,0 83,3 73,9
Protestantismo 5,2 6,6 9,0 15,6
Sem religião 0,8 1,6 4,7 7,4
Espiritismo 0,7 1,1 1,3
Religiões afro-brasileiras 0,6 0,4 0,3
Outras religiões 1,3 1,4 1,8
Fonte: Recenseamentos demográficos do IBGE de 1970, 1980, 1991, 2000. Livro 'Atlas da filiacão religiosa e indicadores sociais no Brasil'.
[editar]Distribuição das crenças em 2000
Distribuição da população segundo a religião ou crença, no Brasil em 2000 [27]
Religião ou crença Total por situação domiciliar por sexo
urbana rural homens mulheres
contingente % contingente % contingente % contingente % contingente %
(total) 169.872.856 100,00 137.925.238 100,00 31.947.618 100,00 83.602.317 100,00 86.270.539 100,00
Católicas (total) 125.518.774 73,89 98.939.872 71,73 26.578.903 83,20 62.171.584 74,37 63.347.189 73,43
· Católica apostólica romana 124.980.132 73,57 98.475.959 71,40 26.504.174 82,96 61.901.888 74,04 63.078.244 73,12
· Católica apostólica brasileira 500.582 0,295 430.245 0,312 70.337 0,220 250.201 0,299 250.380 0,290
· Católica ortodoxa 38.060 0,022 33.668 0,024 4.392 0,014 19.495 0,023 18.565 0,022
Igrejas evangélicas (total) 26.184.941 15,41 22.736.910 16,48 3.448.031 10,79 11.444.063 13,69 14.740.878 17,09
· de missão (total) 6.939.765 4,085 6.008.100 4,356 931.665 2,916 3.062.194 3,663 3.877.571 4,495
· · Batista 3.162.691 1,862 2.912.163 2,111 250.528 0,784 1.344.946 1,609 1.817.745 2,107
· · Adventista 1.209.842 0,712 1.029.949 0,747 179.893 0,563 538.981 0,645 670.860 0,778
· · Luteranas 1.062.145 0,625 681.345 0,494 380.800 1,192 523.994 0,627 538.152 0,624
· · Presbiteriana 981.064 0,578 904.552 0,656 76.512 0,239 427.458 0,511 553.606 0,642
· · Metodista 340.963 0,201 325.342 0,236 15.620 0,049 146.236 0,175 194.727 0,226
· · Congregacional 148.836 0,088 125.117 0,091 23.719 0,074 64.937 0,078 83.899 0,097
· · outras 34.224 0,020 29.630 0,021 4.593 0,014 15.642 0,019 18.582 0,022
· de origem pentecostal (total) 17.617.307 10,37 15.256.085 11,06 2.361.222 7,391 7.677.125 9,183 9.940.182 11,52
· · Assembleia de Deus 8.418.140 4,956 6.857.429 4,972 1.560.711 4,885 3.804.658 4,551 4.613.482 5,348
· · Congregação Cristã no Brasil 2.489.113 1,465 2.148.941 1,558 340.172 1,065 1.130.329 1,352 1.358.785 1,575
· · Igreja Universal do Reino de Deus 2.101.887 1,237 1.993.488 1,445 108.399 0,339 800.227 0,957 1.301.660 1,509
· · Evangelho quadrangular 1.318.805 0,776 1.253.276 0,909 65.529 0,205.5214 545.016 0,6526445 773.789 0,897
· · Deus é amor 774.830 0,456 649.252 0,471 125.577 0,393 331.707 0,397 443.123 0,514
· · Maranata 277.342 0,163 266.539 0,193 10.803 0,034 117.789 0,141 159.553 0,185
· · Brasil para Cristo 175.618 0,103 159.713 0,116 15.904 0,050 76.132 0,091 99.485 0,115
· · Casa da bênção 128.676 0,076 120.891 0,088 7.785 0,024 51.557 0,062 77.119 0,089
· · Nova vida 92.315 0,054 91.008 0,066 1.307 0,004 35.352 0,042 56.964 0,066
· · outras 1.840.581 1,084 1.715.548 1,244 125.033 0,391 784.359 0,938 1.056.222 1,224
· sem vínculo institucional (total) 1.046.487 0,616 945.874 0,686 100.612 0,315 454.087 0,543 592.400 0,687
· · de origem pentecostal 336.259 0,198 305.734 0,222 30.525 0,096 144.707 0,173 191.552 0,222
· · outros 710.227 0,418 640.140 0,464 70.087 0,219 309.380 0,370 400.847 0,465
· outras religiões evangélicas 581.383 0,342 526.850 0,382 54.532 0,171 250.657 0,300 330.725 0,383
Espírita 2.262.401 1,332 2.206.418 1,600 55.983 0,175 928.967 1,111 1.333.434 1,546
Outras cristãs (total) 1.540.064 0,907 1.441.888 1,045 98.175 0,307 646.264 0,773 893.800 1,036
· Testemunhas de Jeová 1.104.886 0,650 1.045.600 0,758 59.286 0,186 450.583 0,539 654.303 0,758
· Mórmon 199.645 0,118 195.198 0,142 4.446 0,014 92.197 0,110 107.448 0,125
· outras 235.533 0,139 201.090 0,146 34.443 0,108 103.484 0,124 132.049 0,153
Umbanda 397.431 0,234 385.148 0,279 12.283 0,038 172.393 0,206 225.038 0,261
Budismo 214.873 0,126 203.772 0,148 11.101 0,035 96.722 0,116 118.152 0,137
Novas religiões orientais (total) 151.080 0,089 145.914 0,106 5.166 0,016 58.784 0,070 92.295 0,107
· Messiânica mundial 109.310 0,064 106.467 0,077 2.843 0,009 41.478 0,050 67.831 0,079
· outras 41.770 0,025 39.447 0,029 2.323 0,007 17.306 0,021 24.464 0,028
Candomblé 127.582 0,075 123.214 0,089 4.368 0,014 57.200 0,068 70.382 0,082
Judaísmo 86.825 0,051 86.316 0,063 509 0,002 43.597 0,052 43.228 0,050
Tradições esotéricas 58.445 0,034 55.693 0,040 2.752 0,009 27.637 0,033 30.808 0,036
Islâmica 27.239 0,016 27.055 0,020 183 0,001 16.232 0,019 11.007 0,013
Espiritualista 25.889 0,015 24.507 0,018 1.382 0,004 10.901 0,013 14.987 0,017
Tradições indígenas 17.088 0,010 6.463 0,005 10.625 0,033 9.175 0,011 7.913 0,009
Hinduísmo 2.905 0,002 2.861 0,002 43 0,000 1.521 0,002 1.383 0,002
Outras religiosidades 15.484 0,009 13.243 0,010 2.241 0,007 7.393 0,009 8.091 0,009
Outras religiões orientais 7.832 0,005 7.244 0,005 588 0,002 3.764 0,005 4.068 0,005
Sem religião 12.492.403 7,354 10.895.989 7,900 1.596.414 4,997 7.540.682 9,020 4.951.721 5,740
sem declaração 383.953 0,226 312.011 0,226 71.943 0,225 206.245 0,247 177.708 0,206
não determinadas 357.648 0,211 310.720 0,225 46.929 0,147 159.191 0,190 198.458 0,230
Referências
↑ a b c d e f IBGE, População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião, Censo Demográfico 2000. Acessado em 13 de dezembro de 2007
↑ Fernando Fonseca de Queiroz (Outubro de 2005). Brasil: Estado laico e a inconstitucionalidade da existência de símbolos religiosos em prédios públicos. Jus Navigandi. Página visitada em 30/11/2009.
↑ Vide o caso, por exemplo, dos homossexuais e os Direitos LGBT no Brasil. Programa Nacional de Direitos Humanos 2009 (PNDH-3) – Brazil.
(em inglês) Julio Severo."Behind The Homosexual Tsunami in Brazil"
União homossexual é mantida no Programa de Direitos Humanos – Janeiro de 2010. Ligações externas acessadas em 19 de novembro, 2010.
↑ Senado aprova acordo com o Vaticano
↑ Brazil. U.S. Department of State (2005-11-08). Página visitada em 2008-06-08.
↑ History of Religion in Brazil
↑ Brasil, um país com mais evangélicos e menos católicos
↑ IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística. Pesquisa de Opinião Pública sobre Criacionismo. Dec. 2004.
↑ Censo 2000, IBGE. "População residente por cor ou raça e religião".
↑ a b c http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL30391-5598,00.html
↑ Folha de S.Paulo. (26 de abril de 2010). Segundo o Datafolha, 25% dos brasileiros são evangélicos
↑ http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/indios_protestantes_no_brasil_holandes_2.html
↑ Cesar Romero Jacob, Dora Rodrigues Hees, Philippe Waniez e Violette Brustlein . Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais no Brasil. Edições Loyola, 2004
↑ "Members Church of God International Exposição da Bíblia em todo o mundo" Saipan Tribune
↑ http://www.cpb.com.br
↑ http://www.unasp.br
↑ http://newsroom.lds.org/ldsnewsroom/eng/contact-us/brazil
↑ a b Anuário das Testemunhas de Jeová yb97 p. 126 Brasil
↑ estatisticas do site Oficial das Testemunhas de Jeová.
↑ Publicações em vídeos DVDs para surdos em mais de 30 Línguas de sinais.
↑ Número estimado de não-religiosos na população mundial: Fonte: Zuckerman, Phil. "Atheism: Contemporary Rates and Patterns", in The Cambridge Companion to Atheism, Cambridge University Press: Cambridge, UK (2005). Citado no site www.Adherents.com.
↑ F. Rivas Neto, Lições Básicas de Umbanda - 1997, ISBN 85-274-0292-0, Pag.25
↑ W. W. da Mata e Silva, Umbanda e o poder da mediunidade - 1997, ISBN 85-274-0462-1, Pag.40
↑ Heloísa Noronha. "Atualizada, bruxaria está na moda" (1/08/2010). UOL. Acesso: 13 de novembro, 2010.
↑ LABATE, Beatriz C.; SANTANA, Isabel; GUIMARÃES DOS SANTOS, Rose e Rafael – Religiões Ayahuasqueiras. Um Balanço Bibliográfico. Mercado de Letras, Campinas – SP, 2008
↑ Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas. Resolução nº1, de 25 de janeiro de 2010. Página visitada em 10 de maio 2011.
↑ IBGE, População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião, Censo Demográfico 2000. Algumas linhas da tabela, com a marca "(total)", são subtotais de linhas subseqüentes, que são mais claras e indicadas por um ponto (·) à esquerda. As crenças e grupos de crenças estão organizadas por ordem decrescente de crentes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_no_Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Religiões no Brasil (Censo de 2000)[1]
Religião Porcentagem
Catolicismo romano
73,8%
Protestantismo
15,4%
Sem religião
7,4%
Espiritismo
1,3%
Outros cristãos
1,2%
Outros
0,9%
A religião no Brasil é muito diversificada e caracteriza-se pelo sincretismo.
A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado oficialmente laico,[2] embora muitos grupos tenham reivindicados direitos sociais no Brasil alegando que eles ainda não existem por questões religiosas.[3] A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto privilegiado[4] e, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial.[5]
O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões. A população brasileira é majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte católica (70%).[1] Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas são: protestantes, pentecostais, episcopais, metodistas, luteranas e batistas. Há mais de um milhão e meio de espíritas ou kardecistas que seguem a doutrina de Allan Kardec. Existem também seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria de judeus, muçulmanos, budistas, neopagãos e seguidores do Candomblé e da Umbanda.[6] Cerca de 7,4% da população (cerca de 12,5 milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.[1]
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras.[7] Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado.[8]
O censo demográfico realizado em 2000, pelo IBGE, apontou a seguinte composição religiosa no Brasil:[1][9]
73,8% dos brasileiros (cerca de 125 milhões) declaram-se católicos;
15,4% (cerca de 26,2 milhões) declaram-se evangélicos (evangélicos tradicionais, pentecostais e neopentecostais);
7,4% (cerca de 12,5 milhões) declaram-se sem religião, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas;
1,3% (cerca de 2,3 milhões) declaram-se espíritas;
0,3% declaram-se seguidores de religiões tradicionais africanas tais como o Candomblé, o Tambor-de-mina, além da Umbanda;
1,8% declaram-se seguidores de outras religiões, tais como: as testemunhas de Jeová (1,1 milhão), os budistas (215 mil), os santos dos Últimos Dias ou mórmons (200 mil), os messiânicos (109 mil), os judeus (87 mil), os esotéricos (58 mil), os muçulmanos (27 mil) e os espiritualistas (26 mil).
Índice [esconder]
1 Cristianismo
1.1 Catolicismo
1.2 Protestantismo
1.3 Adventismo
1.4 Mormonismo
1.5 Testemunhas de Jeová
1.6 Cristianismo Ortodoxo
1.7 Espiritismo
2 Não-religiosos
3 Religiões afro-brasileiras
3.1 Umbanda
4 Neopaganismo
5 Xamanismo
6 Religiões Hoasqueiras
7 Islamismo
8 Judaísmo
9 Conclusão
10 Variação da afiliação religiosa por grupo
11 Distribuição das crenças em 2000
12 Referências
13 Ver também
14 Ligações externas
[editar]Cristianismo
[editar]Catolicismo
Ver artigo principal: Catolicismo no Brasil
Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil.
A principal religião do Brasil, desde o século XVI, tem sido o catolicismo romano. Ela foi introduzida por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do país recém-descoberto. O Brasil é considerado o maior país do mundo em número de católicos nominais, com 73,8% da população brasileira declarando-se católica, de acordo com o Censo do IBGE de 2000. Porém, sua hegemonia deve ser relativizada devido ao grande sincretismo religioso existente no país
Entre as tradições populares do catolicismo no Brasil estão as peregrinações à Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Nossa Senhora Aparecida acabou por tornar-se a Padroeira do Brasil. Outras festas católicas importantes são o Círio de Nazaré, Festa do Divino e a Festa do Divino Pai Eterno, mais conhecida como Romaria de Trindade, em Goiás.
No transcorrer do século XX, foi perceptível uma diminuição no interesse pelas formas tradicionais de religiosidade no país. Um reflexo disso é o aparecimento de grande número de pessoas que se intitulam católicos não-praticantes.
Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida.
Atualmente, pesquisas mostram que o número de católicos parou de cair no Brasil depois de mais de 130 anos de queda.[10]
A Renovação Carismática Católica (RCC) chegou ao Brasil no começo dos anos 1970, e ganhou força em meados dos anos 1990. O movimento busca dar uma nova abordagem à evangelização e renovar algumas práticas da tradição católica, incentivando uma experiência pessoal com Deus através do Espírito Santo. Assemelha-se em certos aspectos às Igrejas Pentecostais, como no uso dos dons do Espírito Santo, na adoção de posturas que poderiam ser rotuladas como fundamentalistas e numa maior rejeição ao sincretismo religioso por parte de seus integrantes.
Com forte presença leiga, a RCC responde hoje por grande parte dos católicos praticantes do país. Uma das comunidades carismáticas mais conhecidas é a Canção Nova que possui um canal de televisão mantido por doações e é presidida pelo monsenhor Jonas Abib. Outro ícone da RCC no Brasil é o Padre Marcelo Rossi, fenômeno de mídia e cultura de massas que surgiu no final da década de 1990, cantando e fazendo coreografias tanto em programas de televisão quanto em missas, propondo-se a pregar a mensagem de Cristo conforme ensinada pela Igreja Católica.
Apesar de manter grande homogeneidade denominacional, o catolicismo conta com algumas dissidências, dentre as quais a Igreja Católica Apostólica do Brasil
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 61% dos brasileiros são católicos e os evangélicos são 25%[11].
[editar]Protestantismo
Ver artigo principal: Protestantismo
Ver página anexa: Lista de denominações evangélicas no Brasil
Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.
O Protestantismo é o segundo maior segmento religioso do Brasil, representado principalmente pelas igrejas evangélicas com, aproximadamente, 26,1 milhões de fiéis.[1]
O protestantismo caracteriza-se pela grande diversidade denominacional, livre interpretação da Bíblia, e nenhuma instituição, concílio ou convenção geral que agregue e represente os protestantes como um todo. Cada denominação religiosa protestante tem plena autonomia administrativa e eclesiástica em relação as outras igrejas congêneres, porém todas fazem parte de um mesmo movimento religioso interno ao cristianismo, que começou com a Reforma Protestante de Martinho Lutero em 1517. A maioria das denominações religiosas protestantes mantêm relações fraternais umas com as outras.
O protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
Por volta de 1630, durante o domínio holandês em Pernambuco, a Igreja Cristã Reformada (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil Foram fundadas 22 igrejas protestantes no Nordeste, sendo que a maior era a do Recife e contava, inclusive, com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no templo gálico, que tinha no conde Maurício de Nassau seu membro mais ilustre. A Igreja Cristã Reformada batizou índios, lutou por sua libertação e pretendia traduzir a Bíblia para o tupi e ordenar pastores indígenas. Esse período se encerrou com a guerra de Restauração portuguesa. Quando não houve mais condições de manter Recife, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava assim a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.[12]
As primeiras igrejas chegaram ao Brasil quando, com a chegada da família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos a nações amigas por meio do Tratado de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1811. Seguiu-se a implantação de outras igrejas de imigração: alemães trouxeram a Igreja Luterana, em 1824, e também a Igreja Adventista, em 1890, e imigrantes americanos trouxeram as Igrejas Batista e Metodista. Os missionários Robert Kalley e Ashbel Green Simonton trouxeram as Igrejas Congregacional (em 1855) e Presbiteriana (em 1859), respectivamente, estas voltadas ao público brasileiro.
Assembleia de Deus de Gama Oeste (Brasília).
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil (1910) e da Assembleia de Deus (1911). A partir de 1950, o pentecostalismo transformou-se com a influência de movimentos de cura divina que geraram diferentes denominações, tais como a Igreja "O Brasil Para Cristo" e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Nessa época, algumas denominações protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplo, a Convenção Batista Nacional e as igrejas Presbiteriana Renovada e Igreja Cristã Maranata, ambas surgidas a partir da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Na década de 1970, surgiu o movimento neopentecostal, com igrejas mais secularizadas, padrões morais menos rígidos, e ênfase na teologia da prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus. A partir dos anos 1980, surgiram igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, trazendo um discurso ainda mais liberal quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Dentre essas igrejas se destacam a Igreja Renascer em Cristo e a Igreja Evangélica Cristo Vive.
Nas últimas décadas, o protestantismo principalmente as Igrejas Pentecostais vem ganhando muitos adeptos, sendo o segmento religioso com maior índice de crescimento. A maioria das igrejas protestantes estão presentes: no Rio Grande do Sul( descendentes de alemães, que trouxeram a Igreja Luterana, maior grupo religioso da Alemanha até os dias de hoje), nas grandes capitais do sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte(onde as igrejas Batistas têm grande espaço), Goiânia e Brasília( onde a igreja Sara Nossa Terra têm grande percentual da população). Os protestantes estão em número bastante significativo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e em toda a região centro-oeste.[13]
Restauracionistas-Protestantismo incluem Igreja Universal do Reino de Deus (incluindo seus setores) e Membros da Igreja de Deus Internacional. O Membros da Igreja de Deus Internacional, conhecido por a "O Caminho Antigo" espetáculo de televisão, tem um número crescente de membros no Norte do Brasil. [14]
[editar]Adventismo
Ver artigo principal: Igreja Adventista do Sétimo Dia
No Brasil são 1.200.000 membros da IASD em 2000 sob a coordenação de seis Uniões que administram as Associações e Missões. As instituições da IASD do Brasil e de sete países latino-americanos formam a Divisão Sul Americana, com sede em Brasília, Distrito Federal.
Primeira Igreja Adventista do Brasil em Gaspar Alto-SC
O adventismo chegou no Brasil em 1884 através de publicações que chegaram pelo porto de Itajaí com destino a cidade de Brusque, no interior de Santa Catarina. Em maio de 1893 chegou o primeiro missionário adventista, Alberto B. Stauffer que introduziu formalmente através da Colportagem os primeiros contatos com a população. Em abril de 1895 foi realizado o primeiro batismo em Piracicaba, SP, sendo Guilherme Stein Jr o primeiro converso. Inicialmente os estados brasileiros com maior presença germânica foram atingidos pela literatura adventista. Conforme informações repassadas pelo pastor F Westphal, a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia em solo nacional foi estabelecida na região de Gaspar, em Santa Catarina, em 1895, seguida por congregações no Rio de Janeiro e em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, todas no mesmo ano.
Com a fundação da gráfica adventista em 1905 em Taquari, RS (atual Casa Publicadora Brasileira[15] localizada em Tatuí-SP), o trabalho se estabeleceu entre os brasileiros e se expandiu em todos os estados. A primeira Escola Adventista no Brasil surgiu em 1896 na cidade de Curitiba. Em 2005 somam-se 393 escolas de ensino fundamental e 118 do ensino médio com o total de 111.453 alunos e seis instituições de Ensino Superior (IES) com mais de cinco mil alunos que tem no Centro Universitário Adventista de São Paulo, sua matriz educacional. O UNASP[16] como é conhecida esta IES, surgiu em 1915, no Capão Redondo, SP e hoje conta com três campi: na cidade de São Paulo, em Engenheiro Coelho e Hortolândia.
[editar]Mormonismo
Ver artigos principais: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no Brasil, Os Santos dos Últimos Dias.
Chegou no Brasil em 1923, por meio de imigrantes alemães, porém o trabalho de proselitismo só se iniciou em 1927, com a chegada de uma dupla de missionários. Esses missionários não falavam o português muito bem, então as reuniões no início eram dirigidas em alemão. A Missão São Paulo Brasil (uma espécie de departamento regional de proselitismo) Foi a primeira criada no país, atualmente são 28. Hoje, existem mais de 1800 capelas mórmons em todas as Unidades da Federação Brasileira.[carece de fontes]
Templo de Campinas em Campinas.
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecidos como mórmons, tem aqui no Brasil o 2° maior país com população mórmon do mundo,[17] mais de 1 milhão de membros atualmente, superado apenas pelos Estados Unidos. Em 2000, o censo do IBGE mostrou haver no Brasil somente 200 mil pessoas que se dizem membros desta denominação. Entre 2000 e 2006 a Igreja Mórmon cresceu cerca de 460% no Brasil.[carece de fontes]
A Igreja Mórmon no Brasil é presidida pelos Élderes (título que significa "senhor","Irmao mais velho", "ancião") Ulisses Soares (Presidente), Stanley G. Ellis (Primeiro Conselheiro) e Carlos A. Godoy (Segundo Conselheiro). Até abril de 2007, os mórmons eram divididos em duas áreas geográficas distintas, a Área Brasil Norte (sediada em Recife), e a Área Brasil Sul (sediada em São Paulo).
Só no Brasil os mórmons tem cinco templos construídos, dedicados e em funcionamento (em São Paulo, Recife, Porto Alegre, Campinas e Curitiba), um em construção (em Manaus) e um a construir em Fortaleza. Pela crença mórmon, nesses templo são realizadas ordenanças como batismo vicário e selamento de famílias, além de ser um lugar de aprendizado e espiritualidade.
Hoje a Igreja vem crescendo muito em Curitiba e Porto Alegre, se espalhando pelo país. Muitos missonarios estrangeiros estão vindo para o Brasil a cada mes, pregando o evangelho por toda parte do país, e estão obtendo sucesso.
É brasileiro o primeiro mórmon negro a receber um chamado de Autoridade Geral (autoridade a nível mundial), seu nome é Helvécio Martins. Hoje há cinco brasileiros servindo como Autoridades Gerais: Cláudio R. M. Costa, Marcos A. Aidukaitis, Carlos A. Godoi e Ulisses Soares e Jairo Mazzagardi. Durante todos os anos desde a chegada da Igreja Mórmon ao Brasil, somente um mórmon foi eleito ao Congresso Nacional, Moroni Torgan, do estado do Ceará.
[editar]Testemunhas de Jeová
Ver artigo principal: Testemunhas de Jeová
No Brasil, as Testemunhas de Jeová vem crescendo consideravelmente. Estima-se que mais de 700.000 membros servem ativamente como publicadores e missionários neste país.
Foi em 1899 que Sarah Bellona Ferguson,[18] de São Paulo, recebeu pela primeira vez dos Estados Unidos, por correio, algumas publicações da Sociedade Torre de Vigia. Ao passo que aprendia o que as Testemunhas chamam de "as preciosas verdades bíblicas", fazia o possível para transmiti-las a outros. Quando surgiu a oportunidade para isso, ela foi batizada, depois de uns 25 anos.
No ínterim, oito jovens marinheiros brasileiros,[18] de licença do seu navio na cidade de Nova York, ficaram interessados nas reuniões dos Estudantes da Bíblia (como se chamavam então as Testemunhas de Jeová). Obtiveram ali uma Bíblia em português. Foram também ajudados a entendê-la. Quando voltaram ao Brasil, em março de 1920, depois de se terem associado por alguns meses com os Estudantes da Bíblia em Nova York, eles continuaram a se reunir e a falar a outros sobre o que haviam aprendido. No começo, usavam as publicações da Torre de Vigia em espanhol como ajudas para o estudo, porque não havia nada disponível em português. Poucos anos depois, George Young foi o primeiro missionário enviado ao Brasil, e foi providenciado que se traduzissem e imprimissem publicações em português. Em 1923, foi aberta no Rio de Janeiro uma congênere da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos EUA), a fim de promover a educação bíblica neste vasto país.
Mas as Testemunhas de Jeová tornaram-se grandes no Brasil, estando presentes em todos os estados do país, em mais de 10.000 congregações, segundo o Anuário das Testemunhas de Jeová. A Sede das Testemunhas de Jeová aqui no Brasil localiza-se em Cesário Lange, no interior de São Paulo.
As reuniões das Testemunhas de Jeová já ultrapassam uma média de um milhão pessoas presentes ao ano, sendo que 1,646,123[19] pessoas estiveram presentes em sua principal reunião anual de 2008, a Comemoração da Morte de Cristo. Os Estados com maior número de Testemunhas de Jeová são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul
Se ressalta o trabalho voluntário realizado com os surdos e cegos. Por exemplo, em todo o Brasil, voluntários Testemunhas de Jeová ajudam milhares de surdos, desde a alfabetização na sua primeira língua, como a LIBRAS, passando pelo idioma escrito, quando se aplica. Traduzem e distribuem Bíblias e outros livros para DVDs em vídeos[20] para distribuição gratuita aos surdos. Tem-se dado atenção especial a estes, oferecendo seu trabalho voluntário como intérpretes em língua de sinais, acompanhando os surdos em escolas, médicos, advogados, entrevista de emprego, etc. Elas têm oferecido também aos familiares e até mesmo colegas de trabalho dos surdos a oportunidade de conhecerem a língua de sinais, e para isso usam DVDs visuais ou outra publicação produzida pelas próprias Testemunhas com o objetivo de facilitar o aprendizado e a inclusão social e espiritual dos surdos à suas famílias e às suas comunidades.
[editar]Cristianismo Ortodoxo
Ver artigo principal: Igreja Ortodoxa
Catedral vista da Avenida Paulista.
A Igreja Ortodoxa também se faz presente no Brasil.
A Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada em São Paulo, na rua Vergueiro, além de ser a Sé da Arquidiocese da Igreja Católica Ortodoxa Antioquina de São Paulo é, também, de todo o Brasil. É um exemplo de construção arquitetônica bizantina que pode ser apreciado na América do Sul. Seu projeto, cuja edificação teve início da década de 1940, foi inspirado na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla (atual Istambul) e foi inaugurada em janeiro de 1954. Contudo, ainda tem pequena representação no país, apesar de já ter alguma visibilidade.
[editar]Espiritismo
Ver artigo principal: Doutrina espírita
Sede da Federação Espírita Brasileira em Brasília.
O espiritismo é uma das religiões que mais tem crescido no Brasil. Em 2000, o Brasil concentrava 2,3 milhões de espíritas. Em 2005, estimava-se a existência de 10 milhões de espíritas no mundo inteiro (Encyclopaedia Britannica). Desse total, aproximadamente 3 milhões vivem no Brasil, fazendo dessa a maior nação espírita do planeta. Estima-se, porém, que o número de simpatizantes do espiritismo no Brasil gire em torno de 20 milhões.[carece de fontes]
Como doutrina filosófica, o espiritismo foi sistematizado pelo pedagogo francês Allan Kardec n'O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857. No Brasil, contudo, houve uma forte ressignificação das idéias espíritas, que foram carregadas de um viés muito mais religioso do que o existente na Europa. Foi dentro dessa perspectiva que o espiritismo foi amplamente divulgado no Brasil, ainda na segunda metade do século XIX, atraindo principalmente a classe média. Em setembro de 1865, em Salvador, Bahia, foi criado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o primeiro centro espírita brasileiro. Em 1873, fundou-se a "Sociedade de Estudos Espíritas", com o lema "Sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita". Esse grupo dedicou-se a traduzir para o português as obras de Kardec, como "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno" e "A Gênese".
Foi nesse contexto que Adolfo Bezerra de Menezes aderiu à doutrina espírita, tornando-se um dos maiores expoentes do espiritismo do país. Bezerra de Menezes foi presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) por duas gestões. A FEB foi fundada em janeiro de 1884, pelo Sr. Elias da Silva, com a finalidade de unificar o pensamento espírita no Brasil.
No dia 2 de abril de 1910, nasceu Francisco Cândido Xavier, conhecido simplesmente como Chico Xavier. Aos 5 anos de idade, Chico afirmou conversar com o espírito de sua mãe. Humanitário, o médium foi indicado duas vezes ao prêmio Nobel da Paz[carece de fontes]. Responsável direto pelo grande número de adeptos que a religião conseguiu no Brasil, Chico Xavier é reconhecido mundialmente pela comunidade espírita[carece de fontes]. Os mais de 400 livros psicografados por ele foram traduzidos em inúmeras línguas, entre elas o esperanto[carece de fontes]. Chico Xavier morreu em 30 de junho de 2002.
[editar]Não-religiosos
Ver artigos principais: Sem religião, Ateísmo e Agnosticismo.
De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE, por volta de 13 milhões de brasileiros (7,4% da população total) consideram-se ateus, agnósticos ou declaram acreditar em um Deus sem estarem filiados a alguma religião específica. Cabe salientar que o IBGE, órgão oficial de pesquisas, não pergunta quem de fato é ateu, quem é agnóstico, e quem apenas não segue alguma religião preestabelecida, embora conserve a sua fé em algo transcendental, denominando todos estes grupos pelo termo "sem religião".
Entretanto, uma pesquisa com dados do período entre 2000 e 2003 mostra que o número de pessoas sem-religião caiu de pouco mais de 7% em 2000 para aproximadamente 5% em 2003 no Brasil.[10]
Atualmente, apenas os ditos católicos e evangélicos superam em número os não-religiosos. Em comparação, estima-se que a média mundial de não-religiosos é de 23,5% da população total.[21]
[editar]Religiões afro-brasileiras
Mãe Stella de Oxóssi Iyálorixá do Candomblé, Salvador, Bahia.
Com a vinda dos escravos para o Brasil, seus costumes deram origem a diversas religiões, tais como o candomblé, que tem milhões de seguidores, principalmente entre a população negra, descendente de africanos. Estão concentradas em maior número nos grandes centros urbanos do Norte, como Pará, no Nordeste, Salvador, Recife, Maranhão, Piauí e Alagoas, no sudeste, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, e no Rio Grande do Sul. Diferente do candomblé, que é a religião sobrevivente da África ocidental, há também a Umbanda, que representa o sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e os orixás africanos.
As chamadas Religiões Afro-Brasileiras: o candomblé que é dividido em várias nações, o batuque, o Xangô do Recife e o Xambá foram trazidas originalmente pelos escravos. Estes escravos cultuavam seu Deus, e as divindades chamadas Orixás, Voduns ou inkices com cantos e danças trazidos da África.
Estas religiões foram perseguidas, e acredita-se terem o poder para o bem e o mal. Hoje são consideradas como religiões legais no país, mas mesmo assim, muitos de seus seguidores preferem dizer que são "católicos" para evitar algum tipo de discriminação, principalmente na área profissional. Porém, aos poucos, vão sendo mais bem compreendidos.
Nas práticas atuais, os seguidores da umbanda deixam oferendas de alimentos, velas e flores em lugares públicos para os espíritos. Os terreiros de candomblé são discretos da vista geral, exceto em festas famosas, tais como a Festa de Iemanjá em todo o litoral brasileiro e Festa do Bonfim na Bahia. Estas religiões estão em todo o país.
O Brasil é bastante conhecido pelos ritmos alegres de sua música, como o Samba e a conhecida como MPB (música popular brasileira). Isto pode relacionar-se ao fato de que os antigos proprietários de escravos no Brasil permitiam que seus escravos continuassem sua tradição de tocar tambores (ao contrário dos proprietários de escravos dos Estados Unidos que temiam o uso dos tambores para comunicações).
[editar]Umbanda
A Umbanda é considerado por muitos uma religião nascida no Brasil em 15 de novembro de 1908 no Rio de Janeiro. Embora existam relatos de outras datas e locais de manifestação desta religião antes e durante este período[22][23] seus adeptos aceitam esta data como o início histórico da mesma.
[editar]Neopaganismo
Começam a se difundir entre os brasileiros, atualmente, as religiões neo-pagãs, como a Wicca e o Neo-druidismo. Com a Wicca acontece um fator mais expressivo e especial. No Censo 2000, os wiccanos foram incluídos no grupo de "outras religisidades" e "não determinadas", que representavam 0,009% e 0,211% da população, respectivamente.[1] De qualquer forma, desde a década de 1990 a Wicca, ou a Bruxaria em geral, têm crescido muito no país, especialmente em Brasília e São Paulo.[24]
[editar]Xamanismo
Ver artigo principal: Xamanismo
Do Estado da Bahia para o Norte há também práticas diferentes tais como Pajelança, Catimbó, Jurema, Tambor-de-Mina e Terecô com fortes elementos indígenas.
[editar]Religiões Hoasqueiras
Nas décadas mais recentes, tem crescido no Brasil o número de adeptos de religiões que fazem uso do chá Hoasca (também conhecido como ayahuasca) em seus rituais. São as religiões hoasqueiras, que se originaram na Floresta Amazônica e hoje se expandem nos grandes centros urbanos. Entre elas, as mais representativas e organizadas são a União do Vegetal, o Santo Daime e A Barquinha. [25]
Em 2004, o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD), atual órgão do Ministério da Justiça brasileiro, reconheceu a legitimidade do uso religioso da ayahuasca e a legalidade de sua prática. Seu uso para fins religiosos foi regulamentado pelo CONAD em 25 de janeiro de 2010, em resolução na qual se estabelece as normas legais para a utilização do chá pelas instituições religiosas.[26]
[editar]Islamismo
Ver artigo principal: Islã no Brasil
Existem inúmeras mesquitas espalhadas por todo o Brasil, onde é possível encontrar muçulmanos, geralmente às sextas-feiras, congragados em torno da oração.
[editar]Judaísmo
Ver artigos principais: Judaísmo no Brasil, Judeus no Brasil Colônia.
Sinagoga Kahal Zur Israel, a mais antiga sinagoga das Américas, localizada em Recife, Pernambuco.
Apesar de ser uma religião minoritária no contexto brasileiro, o Judaísmo tem no Brasil uma das mais numerosas comunidades judaicas do mundo, ocupando o nono lugar. A imigração judaica para o Brasil começou logo após à época do descobrimento.
Os judeus portugueses e espanhóis, fugindo das perseguições, migraram para o país em busca de liberdade religiosa. A primeira sinagoga das Américas, Sinagoga Kahal Zur Israel foi construída em Recife, em 1637.
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração.
[editar]Conclusão
Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em reunião com adeptos de diferentes religiões durante inauguração da exposição "Diversidade Religiosa no Brasil".
As religiões afro-brasileiras, adicionadas às religiões orientais como o Budismo e o Xintoísmo, ao Judaísmo, à Fé Bahá'í e outras, representam uma percentagem pequena da população total do Brasil - menos de 5%. O restante da população auto denomina-se católica, evangélica ou não professa nenhuma religião preestabelecida (7,4% da população, de acordo com o Censo IBGE). Entretanto, é perceptível o crescimento de formas de religiosidade não-cristãs no Brasil, que ainda estão sub representadas em razão do forte sincretismo religioso existente no país.
Outro fato importante é que o percentual de católicos parou de cair depois de 130 anos, conforme pesquisa mostrada pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, bem como a queda do número de pessoas ditas sem religião.[10]
Os líderes das mais variadas religiões participaram da cerimônia de criação do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, realizada em Brasília no dia 21 de janeiro de 2008.
[editar]Variação da afiliação religiosa por grupo
Em porcentagem da população
Religião 1970 1980 1991 2000
Catolicismo 91,8 89,0 83,3 73,9
Protestantismo 5,2 6,6 9,0 15,6
Sem religião 0,8 1,6 4,7 7,4
Espiritismo 0,7 1,1 1,3
Religiões afro-brasileiras 0,6 0,4 0,3
Outras religiões 1,3 1,4 1,8
Fonte: Recenseamentos demográficos do IBGE de 1970, 1980, 1991, 2000. Livro 'Atlas da filiacão religiosa e indicadores sociais no Brasil'.
[editar]Distribuição das crenças em 2000
Distribuição da população segundo a religião ou crença, no Brasil em 2000 [27]
Religião ou crença Total por situação domiciliar por sexo
urbana rural homens mulheres
contingente % contingente % contingente % contingente % contingente %
(total) 169.872.856 100,00 137.925.238 100,00 31.947.618 100,00 83.602.317 100,00 86.270.539 100,00
Católicas (total) 125.518.774 73,89 98.939.872 71,73 26.578.903 83,20 62.171.584 74,37 63.347.189 73,43
· Católica apostólica romana 124.980.132 73,57 98.475.959 71,40 26.504.174 82,96 61.901.888 74,04 63.078.244 73,12
· Católica apostólica brasileira 500.582 0,295 430.245 0,312 70.337 0,220 250.201 0,299 250.380 0,290
· Católica ortodoxa 38.060 0,022 33.668 0,024 4.392 0,014 19.495 0,023 18.565 0,022
Igrejas evangélicas (total) 26.184.941 15,41 22.736.910 16,48 3.448.031 10,79 11.444.063 13,69 14.740.878 17,09
· de missão (total) 6.939.765 4,085 6.008.100 4,356 931.665 2,916 3.062.194 3,663 3.877.571 4,495
· · Batista 3.162.691 1,862 2.912.163 2,111 250.528 0,784 1.344.946 1,609 1.817.745 2,107
· · Adventista 1.209.842 0,712 1.029.949 0,747 179.893 0,563 538.981 0,645 670.860 0,778
· · Luteranas 1.062.145 0,625 681.345 0,494 380.800 1,192 523.994 0,627 538.152 0,624
· · Presbiteriana 981.064 0,578 904.552 0,656 76.512 0,239 427.458 0,511 553.606 0,642
· · Metodista 340.963 0,201 325.342 0,236 15.620 0,049 146.236 0,175 194.727 0,226
· · Congregacional 148.836 0,088 125.117 0,091 23.719 0,074 64.937 0,078 83.899 0,097
· · outras 34.224 0,020 29.630 0,021 4.593 0,014 15.642 0,019 18.582 0,022
· de origem pentecostal (total) 17.617.307 10,37 15.256.085 11,06 2.361.222 7,391 7.677.125 9,183 9.940.182 11,52
· · Assembleia de Deus 8.418.140 4,956 6.857.429 4,972 1.560.711 4,885 3.804.658 4,551 4.613.482 5,348
· · Congregação Cristã no Brasil 2.489.113 1,465 2.148.941 1,558 340.172 1,065 1.130.329 1,352 1.358.785 1,575
· · Igreja Universal do Reino de Deus 2.101.887 1,237 1.993.488 1,445 108.399 0,339 800.227 0,957 1.301.660 1,509
· · Evangelho quadrangular 1.318.805 0,776 1.253.276 0,909 65.529 0,205.5214 545.016 0,6526445 773.789 0,897
· · Deus é amor 774.830 0,456 649.252 0,471 125.577 0,393 331.707 0,397 443.123 0,514
· · Maranata 277.342 0,163 266.539 0,193 10.803 0,034 117.789 0,141 159.553 0,185
· · Brasil para Cristo 175.618 0,103 159.713 0,116 15.904 0,050 76.132 0,091 99.485 0,115
· · Casa da bênção 128.676 0,076 120.891 0,088 7.785 0,024 51.557 0,062 77.119 0,089
· · Nova vida 92.315 0,054 91.008 0,066 1.307 0,004 35.352 0,042 56.964 0,066
· · outras 1.840.581 1,084 1.715.548 1,244 125.033 0,391 784.359 0,938 1.056.222 1,224
· sem vínculo institucional (total) 1.046.487 0,616 945.874 0,686 100.612 0,315 454.087 0,543 592.400 0,687
· · de origem pentecostal 336.259 0,198 305.734 0,222 30.525 0,096 144.707 0,173 191.552 0,222
· · outros 710.227 0,418 640.140 0,464 70.087 0,219 309.380 0,370 400.847 0,465
· outras religiões evangélicas 581.383 0,342 526.850 0,382 54.532 0,171 250.657 0,300 330.725 0,383
Espírita 2.262.401 1,332 2.206.418 1,600 55.983 0,175 928.967 1,111 1.333.434 1,546
Outras cristãs (total) 1.540.064 0,907 1.441.888 1,045 98.175 0,307 646.264 0,773 893.800 1,036
· Testemunhas de Jeová 1.104.886 0,650 1.045.600 0,758 59.286 0,186 450.583 0,539 654.303 0,758
· Mórmon 199.645 0,118 195.198 0,142 4.446 0,014 92.197 0,110 107.448 0,125
· outras 235.533 0,139 201.090 0,146 34.443 0,108 103.484 0,124 132.049 0,153
Umbanda 397.431 0,234 385.148 0,279 12.283 0,038 172.393 0,206 225.038 0,261
Budismo 214.873 0,126 203.772 0,148 11.101 0,035 96.722 0,116 118.152 0,137
Novas religiões orientais (total) 151.080 0,089 145.914 0,106 5.166 0,016 58.784 0,070 92.295 0,107
· Messiânica mundial 109.310 0,064 106.467 0,077 2.843 0,009 41.478 0,050 67.831 0,079
· outras 41.770 0,025 39.447 0,029 2.323 0,007 17.306 0,021 24.464 0,028
Candomblé 127.582 0,075 123.214 0,089 4.368 0,014 57.200 0,068 70.382 0,082
Judaísmo 86.825 0,051 86.316 0,063 509 0,002 43.597 0,052 43.228 0,050
Tradições esotéricas 58.445 0,034 55.693 0,040 2.752 0,009 27.637 0,033 30.808 0,036
Islâmica 27.239 0,016 27.055 0,020 183 0,001 16.232 0,019 11.007 0,013
Espiritualista 25.889 0,015 24.507 0,018 1.382 0,004 10.901 0,013 14.987 0,017
Tradições indígenas 17.088 0,010 6.463 0,005 10.625 0,033 9.175 0,011 7.913 0,009
Hinduísmo 2.905 0,002 2.861 0,002 43 0,000 1.521 0,002 1.383 0,002
Outras religiosidades 15.484 0,009 13.243 0,010 2.241 0,007 7.393 0,009 8.091 0,009
Outras religiões orientais 7.832 0,005 7.244 0,005 588 0,002 3.764 0,005 4.068 0,005
Sem religião 12.492.403 7,354 10.895.989 7,900 1.596.414 4,997 7.540.682 9,020 4.951.721 5,740
sem declaração 383.953 0,226 312.011 0,226 71.943 0,225 206.245 0,247 177.708 0,206
não determinadas 357.648 0,211 310.720 0,225 46.929 0,147 159.191 0,190 198.458 0,230
Referências
↑ a b c d e f IBGE, População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião, Censo Demográfico 2000. Acessado em 13 de dezembro de 2007
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↑ Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas. Resolução nº1, de 25 de janeiro de 2010. Página visitada em 10 de maio 2011.
↑ IBGE, População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião, Censo Demográfico 2000. Algumas linhas da tabela, com a marca "(total)", são subtotais de linhas subseqüentes, que são mais claras e indicadas por um ponto (·) à esquerda. As crenças e grupos de crenças estão organizadas por ordem decrescente de crentes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es_no_Brasil
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