Para os 1ºs anos do André Andreatta.9Borda do Campo).http://www.blogers.com.br/o-que-e-feudalismo/
O que é o Absolutismo?
Pode-se definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
O rei concentrava praticamente todos os poderes, criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
O que é feudalismo?
O feudalismo surgiu na Europa, logo após a queda do Império Romano Ocidental. Com a grande quantidade de invasões bárbaras, o território ficava cada vez mais dividido, forçando os nobres a fugirem das polis em direção ao interior. Atrás desses nobres vinham também muitos camponeses e escravos, todos com medo das invasões.
Um Feudo é dividido, segundo eles, em 3 partes fundamentais: Os que trabalham, os que lutam e os que rezam. Se formos ver, há mais toda a população de um feudo é dividida em partes: Clero, Nobreza, Camponeses e Escravos.
Fazia parte do Clero aqueles que rezavam (sacerdotes, padres, etc.). A Nobreza consistia da parte rica do feudo, eles decidiam praticamente tudo. Os camponeses e os escravos eram os que cultivavam alimento, algodão e animais, sobretudo, as terras não eram deles, eram do Senhor Feudal (“rei” do feudo), para o qual eles tinham que pagar certas quantias para que eles continuassem utilizando as terras. Os camponeses, além de serem responsáveis por mexer com a terra, eram também quem defendia o feudo de ataques bárbaros.
O último país do mundo a sair do regime feudal foi a Rússia, com a queda do último “czar” (senhor feudal russo) em pleno século 20.
http://www.algosobre.com.br/historia/sistema-feudal-o.html
Sistema Feudal, O
Alguns rezam, outros combatem e outros trabalham
A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema começou a se estruturar na Europa ao final do Império Romano do Ocidente (século V), atingiu seu apogeu no século X e praticamente desapareceu ao final do século XV.
"A ordem eclesiástica foram um só corpo, mas a divisão da sociedade compreende três ordens. A lei humana distingue duas condições. O nobre e o não-livre não são governados por uma lei idêntica. Os nobres são os guerreiros os protetores da igreja. Defendem a todos os homens do povo, grandes ou modestos, e também a si mesmos. A outra classe é a dos não-livres. Esta desgraçada raça nada possui sem sofrimento. Provisões, vestimentas são providas para todos pelos não-livres, pois nenhum homem livre é capaz de viver sem eles. Portanto, a cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: alguns rezam, outros combatem e outros trabalham"
Adalberto, Bispo de Laon. In: Boutruche, R.
Senõrio e feudalismo. Madri, Siglo Veintiuno, 1972
O texto acima foi escrito pelo bispo Adalberto em plena Idade Média. Ele descreve a divisão de funções entre os homens na sociedade européia de sua época. A forma de relação entre os homens daquele período não se cristalizou repentinamente. Foi fruto de um processo iniciado no século V, com a destruição do Império Romano do Ocidente. Ganhou maior intensidade após as invasões dos muçulmanos, no século VIII, e normandos e magiares no século IX. Atingiu seu apogeu, no século X nas terras da Europa Centro-Ocidental.
As Origens do Feudalismo
Por volta do ano 400, os escritores latinos ainda dedicavam elogios à grandeza de Roma. Esse entusiasmo fundamentava-se na extensão do império que, para os romanos atingia a todo o universo civilizado. Era difícil aos romanos perceber o quanto estava próximo o fim de seu império.
Para o historiador atual, no entanto, os sinais de decadência e desagregação do Império Romano já eram visíveis antes mesmo do início do século V. A crise econômica e os seguidos ataques dos povos germânicos vinham minando a civilização romana desde o século IV.
Feudalismo: sistema econômico, político e social que caracterizou a Europa durante a Idade Média (476/1453)
Formalmente costuma-se considerar o ano de 476, data em que os hérulos invadem Roma, como o fim do IMpério Romano do Ocidente e o início da chamada Idade Média. Da mesma forma, é aceito o ano de 1453, quando os turcos otamanos conquistam Constantinopla pondo fim o Império Bizantino, como o término da Idade Média. Estas datas servem, apenas, para uma divisão didática da História. Da mesma maneira como as estruturas do Império Romano já estavam abaladas muito antes de 476, as características que marcaram a Idade Média européia encontravam-se bastante modificadas alguns séculos antes de 1453.
A Idade Média, na Europa, caracterizou-se pelo aparecimentos, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Este sistema foi fruto de uma lenta integração entre alguns traços da estrutura social romana e outros da estrutura social germânica. Esse processo de integração que resultou na formação do feudalismo, ocorreu no período histórico compreendido entre os séculos VI e IX.
As bases romanas do feudalismo europeu: as vilas romanas, o colonato e o Cristianismo
Por volta do fim do Império Romano do Ocidente, os grande senhores romanos abandonavam as cidades, fugindo da crise econômica e das invasões germânicas. Iam para seus latifúndios no campo, onde passavam a desenvolver uma economia agrária voltada para a subsistência. Esses centros rurais eram conhecidos por vilas romanas, originando os feudos medievais.
Homens romanos de menos posse iam buscar proteção e trabalho nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as terras, eram obrigados a ceder ao proprietário parte do que produziam. Essa relação entre o senhor das terras e aquele que produzia ficou conhecida por colonato. Também o grande número de escravos da época foi utilizado nas vilas romanas. Com o tempo tornou-se mais rendoso libertar os escravos e aproveitá-los sob regime de colonato. Com algumas alterações futuras, esse sistema de trabalho resultou nas relações servis de produção, traço fundamental do feudalismo.
Com a ininterrupta ruralização do Império Romano, o poder central foi perdendo seu controle sobre os grandes senhores agrários. Aos poucos, as vilas romanas aumentavam sua autonomia. Cada vez mais o poder político descentralizava-se, permitindo ao proprietário de terras administrar de forma independente a sua vida.
O Cristianismo foi outra contribuição fundamental da civilização romana para a formação do feudalismo. Originário do Oriente, o Cristianismo se enraizou na cultura romana, passando a ser a religião oficial do império no século IV. No início da Idade Média, a religião cristã já havia triunfado sobre as seitas rivais da Europa. Em pouco, a Igreja tornou-se a instituição mais poderosa do continente europeu, determinando a cultura do período medieval.
As bases germânicas: a sociedade agropastoril, o particularismo, o comitatus e o direito não-escrito.
A contribuição dos povos germânicos para a formação do feudalismo se deu principalmente ao nível dos costumes. A sociedade feudal, assim como a germânica, organizou-se economicamente sobre atividades agropastoris.
A descentralização do poder é herança da cultura germânica. As várias tribos viviam de maneira autônoma, relacionando-se apenas quando se defrontavam com um inimigo comum. Então, uniam-se sob o comando de um só chefe.
As relações entre o suserano e o vassalo, baseadas na honra, lealdade e liberdade tiveram suas origens no comitatus germânico. O comitatus era um grupo formado pelos guerreiros e seu chefe. Possuía obrigações mútuas de serviço e lealdade. Os guerreiros juravam defender seu chefe e este se comprometia a equipá-los com cavalos e armas. Mais tarde, no feudalismo, essas relações de honra e lealdade geraram as relações de suserania e vassalagem. A prática da homenagem, típica do Império Carolígio, pela qual os vassalos juravam fidelidade ao suserano, provavelmente tinha derivado do comitatus.
Também o direito no feudalismo teve influência germânica. Baseava-se nos costumes e não na lei escrita. Era considerado uma propriedade do indivíduo, inerente a ele em qualquer local que estivesse. Tal forma do Direito, considerado produto dos costumes e não da autoridade, é conhecido por direito consuetudinário.
As novas invasões ao continente europeu nos séculos VIII e IX e o apogeu do sistema feudal
O processo de declínio do comércio, agrarização da economia, ruralização da sociedade e descentralização do poder político teve início no final do Império Romano do Ocidente. A lenta integração entre os aspectos da sociedade romana e da sociedade germânica foi acelerada com as invasões dos séculos VIII e IX.
Em 711, os muçulmanos, vindos da África, conquistaram a Península Ibérica, a Sicília, a Córsega e a Ardenha, "fechando" o mar Mediterrâneo à navegação e ao comércio europeus. Ao norte, no século IX, os normandos também se lançaram à conquista da Europa. Conquistaram a Bretanha e o noroeste da França. Penetraram no continente europeu através de seus reios, saqueando suas cidades. A leste, os magiares, cavaleiros nômades provenientes das estepes euro-asiáticas, invadiram a Europa Oriental.
Isolada dos outros continentes, a Europa fragmentou-se internamente. Os constantes ataques e saques criaram uma insegurança geral. As vias de comunicação ficaram bloqueadas. As últimas invasões amadureceram as condições para o pleno estabelecimento do sistema feudal.
O comércio regrediu ao nível de troca direta. A economia agrarizou-se plenamente. As cidades despovoaram-se, completando o processo de ruralização da sociedade. O poder político se descentralizou em uma multiplicidade de poderes localizados e particularistas. O feudalismo se estabeleceu em sua plenitude.
Características gerais do feudalismo
Denomina-se feudalismo o sistema econômico, político e social dominante na Europa durantes a Idade Média. Alguns historiadores preferem utilizar, em lugar do termo sistema, o conceito de modo de produção.
A forma como uma sociedade, em um determinado período histórico, organiza sua produção de bens materiais, a relação entre seus homens e a sua produção intelectual é chamada de modo de produção. Independente de sua localização geográfica, ou do período de sua existência, toda sociedade possui um modo de produção que a caracteriza.
Como todo modo de produção também o feudalismo é composto de estruturas econômicas, políticas, sociais e ideológicas (culturais) que se articulam mutuamente, relacionando-se e modificando-se umas às outras.
Feudo: unidade de produção do feudalismo. O manso servil e o manso senhorial
Toda forma que o homem encontra de estruturar a produção de bens materiais pode ser considerada uma unidade de produção. Assim, em nossos dias, a fábrica, e a fazenda são unidade de produção. Alguns senhores feudais eram proprietários de centenas, às vezes até mais de mil desses domínios. Não há certeza absoluta sobre o tamanho médio dessas unidades econômicas. Mas sabe-se que as menos compreendiam no mínimo 120 hectares (1 200 000 m3), extensão correspondente a uma fazenda de tamanho médio.
Cada um dos feudos era composto por um castelo onde moravam o senhor feudal, sua família e empregados; a vila ou aldeia, onde moravam os servos; a igreja; uma casa paroquial; celeiros; fornos; açudes; pastagens comuns e mercado, onde nos fins de semana trocavam o que era produzido. As terras eram divididas em manso senhorial, cuja produção destinava-se ao senhor feudal e o manso servil, onde o produto do trabalho ficavam para os servos.
Dividia-se a terra arável em três partes: o terreno de plantio da primavera, o de plantio do outono e outro que ficava em pousio (descanso). A cada ano se invertia a utilização dos terrenos, de forma a que sempre um tivesse período de recuperação. Esses sistema surgiu na Europa, no século VIII, ficando conhecido como sistema dos três campos.
Sociedade estamental. Divisão social: senhores feudais (nobreza e clero) e dependentes (servos e vilões)
Nessa sociedade rural, de economia essencialmente agrária, a propriedade ou posse da terra determinava a posição do indivíduo na hierarquia social. A terra era a expressão da riqueza, da influência, da autoridade e do poder.
A sociedade feudal era estamental, isto é, não havia mobilidade social. Os grupos sociais mantinham-se rigidamente estanques. O acesso ou não à posse ou propriedade da terra dividia a sociedade feudal em dois estamentos: os senhores e o dependentes.
Os senhores feudais eram os possuidores ou proprietários de feudos. Formavam uma aristocracia dominante, sendo originários da nobreza e do clero. A nobreza se subdividia em duques, condes, barões e marqueses. Os senhores feudais eclesiásticos, vinculados à Igreja Romana, pertenciam à alta hierarquia do clero. Eram, geralmente, bispos, arcebispos e abades.
O estamento dos dependentes, incorporando a maioria da população medieval, cumpunha-se de servos e vilões. Os servos não tinham a propriedade ou posse da terra e estavam presos a ela. Eram trabalhadores semi livre. Não podiam ser vendidos fora de suas terras, como se fazia com os escravos, mas não tinham liberdade para abandonar as terras onde nasceram. Em número reduzido, havia um outro tipo de trabalhador medieval, o vilão.
Este não estava preso à terra. Descendia de antigos pequenos proprietários romanos. Não podendo defender suas propriedades, entregava suas propriedades, entregava suas terras em troca da proteção de um grande senhor feudal. Recebia tratamento mais brando que os servos.
A atribuição de um feudo compreendia uma série de atos solenes. Primeiro o vassalo prestava a homenagem, colocando-se de joelhos, com a cabeça descoberta e sem espada, pondo suas mãos entre as mãos do suserano e pronunciando as palavras sacramentais de juramento. Em seguida, o senhoria permitia que se levantasse, beijava-o e realizava a investidura com a entrega de um objeto simbólico, punhado de terra, ramo, lança ou chave, representando a terra ofertada.
Os laços de suserania e vassalagem vinculavam toda a nobreza feudal. Por exemplo, um barão doava um feudo a um marquês. Este, ao receber o feudo, prestava-lhe homenagem. O barão tornava-se suserano do marquês e este, vassalo do barão. O barão, entretanto, havia recebido feudos de um conde, prestando-lhe o juramento de vassalagem. Assim, o barão suserano do marquês, era, o mesmo tempo, vassalo do conde.
Cultura feudal: teocêntrica, divulgada pela Igreja. Nas artes, letras e ciência, apenas temas religiosos
A cultura feudal foi caracterizada por uma visão do homem voltada para Deus e para a vida, após a morte na Terra. Esse tipo de visão de mundo, em que Deus é considerado o centro do Universo, chama-se teocentrismo.
A Igreja consegui sobreviver às invasões germânicas e logo depois iniciou o processo da conversão dos bárbaros. Com isso, transformou-se na mais poderosa e influente instituição do sistema feudal, sendo a principal divulgadora da cultura teocêntrica. Todas as relações típicas do feudalismo foram justificadas e legitimadas pelo teocentrismo.
A moral religiosa condenava o comércio, o lucro e a usura (empréstimo com cobrança de juros). As artes, as letras, as ciências e a filosofia eram determinadas pela visão religiosa divulgada pela Igreja.
Nas artes, predominavam temas de inspiração religiosa. Nas letras, os sábios e eruditos só escreviam e falavam no idioma oficial da Igreja, o latim. A ciência reproduzia em suas explicações sobre a natureza interpretações feitas sobre os escritos bíblicos. Na filosofia, a últimas palavra cabia aos doutores da Igreja.
O mundo feudal estabeleceu-se de forma rigorosamente hierárquica e o lugar mais importante coube à Igreja, Possuía, ao mesmo tempo, ascendência econômica e moral. Seus domínios territoriais suplantavam os da nobreza e sua cultura demonstrava ser incomparavelmente superior.
Em uma sociedade onde a ignorância era generalizada, a Igreja detinha dois instrumentos indispensáveis: a leitura e a escrita. Os reis nobres, recrutavam, forçosamente, no clero, os seus chanceleres, secretários, funcionários burocráticos, enfim, todo o pessoal letrado imprescindível.
O monopólio da Igreja só começaria a desaparecer no século XIV, com o fortalecimento do Humanismo e com o Renascimento Cultural.
O Cotidiano na sociedade feudal
Na sociedade feudal, o clero e os nobres constituíam-se no setor dominante. Os nobres orgulhavam-se da vida que levavam, dedicada às batalhas, torneios e caçadas. Dentro de seus feudos garantiam sua autonomia inclusive em relação aos reis. Já os servos passavam a vida de maneira radicalmente diversa, trabalhando o dia inteiro na época da colheita, pouco conservando para si e para sua família do produto do seu trabalho.
A vida dos nobres: batalhas, torneios e caçadas. Costumes rudes e violentos
Os romances ou filmes sobre a nobreza feudal costumam transmitir uma imagem distorcida da vida da época. Antes do século XI, os castelos feudais, em sua maioria, eram pouco confortáveis fortificações de madeira. Mesmo os enormes castelos de pedra de época posterior, eram escuros e frios. Forravam os pisos com esteiras de junco ou palha. Só após o restabelecimento do comércio com o Oriente, no século XII, é que se tornou comum o uso de tapetes e estofados.
A alimentação dos nobres e seus familiares era farta, mas pouco variada. Seus pratos se resumiam em carne, peixe, queijo, couve, nabos, cenouras, cebola, feijão e ervilha. Para sobremesa, tinham em abundância maçãs e pêras. O açúcar só chegou à mesa da nobreza após o século XIV, mesmo assim a preços elevadíssimos.
Os nobres não trabalhavam, sendo esta uma condição de sua situação social. Os costumes da época impunham-lhes uma vida ativa em outros aspectos: guerras, torneios e caçadas. Qualquer pretexto era suficiente para a tentativa de conquista de feudos vizinhos. O gosto pela violência convulsionava de tal forma a sociedade que a Igreja resolveu intervir no século XI, proclamando a Trégua de Deus. Proibiu lutas durante as sextas-feiras, sábados e domingos, durante quaisquer dias do Natal ao Dia de Reis e na maior parte da primavera, fim do verão e começo do outro. O nobre que violasse essa regra era excomungado.
Até o século XII, as maneiras da nobreza em nada assemelhavam ao que hoje se considera boa educação. Nas refeições, partiam alguns alimentos com um punhal e comiam com as mãos. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Esses costumes só começaram a ser alterados com a difusão dos ideais de cavalaria (código social e moral do feudalismo), nos séculos XII e XIII.
A vida cotidiana dos servos de gleba: a produção no campo, a ignorância e a superstição
Os servos habitavam choupanas de varas traçadas, com cobertura de barro. Como o piso não possuía qualquer revestimento, constantemente absorvia a umidade das chuvas. Suas camas eram algumas tábuas recobertas de palhas. Toscos bancos completavam a mobília. Alimentavam-se de pão preto, verduras de sua horta, queijo, sopa e, às vezes, carne e peixe, normalmente meio apodrecidos. Não eram raras as mortes por fome. Invariavelmente analfabetos, apegavam-se às mais diversas superstições. Por vezes, suas colheitas eram arrasas pelas patas dos cavalos da nobreza empenhada em caçadas ou combates.
Minorando tanta miséria, possuíam alguns direitos. Não poderia ser privado de sua terra. Se o feudo fosse vendido, os servos conservavam o direito de ali permanecer, cultivando seu lote. Quando envelheciam, o senhor tinha obrigação de mantê-lo até o fim de seus dias. Seus períodos de folga eram maiores que o dos trabalhadores de hoje, atingindo quase um sexto do ano, sem contar os domingos. Finalmente, não tinham obrigações de prestar serviço militar ou empenhar-se em guerras decididas por seus senhores.
O sistema feudal não possuía, na realidade, as mesmas características em todas as regiões da Europa.
Todas as características do feudalismo, que foram descritas neste texto, são fruto de um processo muito lento, iniciado com a decadência do Império Romano do Ocidente. Somente nos séculos IX, X e XI é que se pôde perceber na Europa uma situação como a que foi expressa neste texto. O feudalismo não foi igual em todo o continente europeu, sendo algumas de suas características mais acentuadas em algumas regiões e menos em outras. Apenas na região onde hoje se localiza a França é que o sistema feudal se estabeleceu de forma mais pura.
Nos últimos anos do século XI, com o início das Cruzadas, o feudalismo começava sua vagarosa decadência. Suas estruturas passam a ser progressivamente modificadas com o Renascimento Comercial, ressurgimento das cidades, progressiva centralização do poder na figura do rei e gradual substituição da cultura teocência pela antropocêntrica (o homem como centro do universo).
http://www.suapesquisa.com/geografia/socialismo/
Socialismo
Teoria Socialista, comunismo, Karl Marx e Engels, a experiência socialista na URSS, Cuba, China e
países da Europa Oriental, a queda da União Soviética, Glasnost e Perestroika, marxismo
Introdução
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo.
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris).
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Comunismo
Definição
O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.
As idéias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.
O grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.
Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.
http://www.capitalismo.com.br/o-que-e-capitalismo/
O que é capitalismo
Capitalismo é o sistema social baseado no reconhecimento dos direitos do indivíduo, incluindo o direito à propriedade, em que toda propriedade é privada.
O reconhecimento dos direitos do indivíduo inclui o banimento de violência física em relacionamentos humanos: basicamente, direitos só podem ser violados com o uso da força física. Em uma sociedade capitalista, nenhum homem ou grupo pode iniciar o uso de força física contra outros. A única função do governo, nesta sociedade, é a tarefa de proteger os direitos do homem, ou seja, a tarefa de protegê-lo de violência; o governo age como o agente do direito do homem de autodefesa, e pode usar força somente em retaliação e somente contra aqueles que iniciaram seu uso; portanto, o governo é o jeito de colocar o uso retaliatório de força sob controle objetivo.
Em uma sociedade capitalista, todo relacionamento humano é voluntário. Os homens são livres para cooperar ou não, para lidar com o outro ou não, de acordo com seus julgamentos, convicções e interesses. Os homens só podem lidar com o outro em termos e através da razão, ou seja, através da discussão, da persuasão, e de acordos contratuais, por escolha voluntária e para benefício mútuo. O direito de concordar com outros não é um problema em nenhuma sociedade; é o direito de discordar que é crucial. É a instituição da propriedade privada que protege e implementa o direito de discordar – e, portanto, mantém a estrada aberta para o atributo de maior valor do homem: a mente criativa.
RAND, Ayn – Capitalism: The Unknown Ideal
Porque pessoas muitas vezes usam o termo “capitalismo” para designar sistemas econômicos existentes hoje, “capitalismo laissez-faire” é algumas vezes usado para descrever um sistema puramente capitalista. Na realidade, a expressão é redundante: o que temos hoje não é capitalismo, e sim uma mistura de capitalismo e socialismo, de liberdades e controles
http://www.infoescola.com/filosofia/socialismo-utopico/
Socialismo Utópico
Por Emerson Santiago
Socialismo Utópico é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Estes primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção tradicional deveria ser considerada irracional e combatida.
O cenário de nascimento do socialismo utópico, a França do início do século XIX, abundavam as crises provocadas pelo avanço do sistema liberal, que produzia miséria em série, proporcionando precárias condições de vida aos cidadãos que então chegavam recentemente do meio rural. A jornada de trabalho absurda e o uso de mão de obra infantil completavam o cenário de horror que a Revolução Industrial criou inadvertidamente.
Nesse ambiente onde as promessas da Revolução Francesa acabaram de certo modo por não se concretizar, onde a única liberdade existente era a de mercado, com o capitalista tendo passe livre para realizar a exploração do trabalhador comum. De tal decepção e frente à uma realidade desesperadora, surgem os questionamentos por parte dos intelectuais. De uma dessas correntes de questionamentos temos a origem do socialismo utópico. O termo “utopia” é um resgate literário do título do livro de Thomas Morus, de 1516, e tal expressão passa assim a designar toda filosofia defensora da igualdade social, onde era pregado um modelo idealizado, mas a “receita” para se atingir tal caminho não era discutida.
Autores como Marx mais tarde iriam distanciar-se de certo modo de tais fórmulas, rotulando-a de burguesas, assim como fariam outros pensadores de esquerda contemporâneos a ele, pois os pensadores do socialismo utópico tinham como expectatva a “iluminação” ou súbita consciência dos indivíduos das classes dominantes de, um determinado dia, esclarecidos da desigualdade e falibilidade do sistema em voga, fariam então as reformas que dariam igualdade social a todos os cidadãos. Marx e os socialistas modernos obviamente não viam desse modo a composição e funcionamento da sociedade em geral, e muito menos esperavam pela benesse das classes dominantes em um dia distribuir igualdades às suas respectivas populações.
Bibliografia:
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1880/soc-utop/ch01.htm
http://tdvproducoes.com/site/?p=4
http://www.sociedadedigital.com.br/artigo.php?artigo=19&item=4
Socialismo científico
O socialismo científico iniciou-se no século XIX, por Karl Marx e Friedrich Engels, o qual foi chamado de socialismo marxista. Rompeu com os socialistas "Utópicos", porque não apresentava na prática como combater o capitalismo, mas reconheceram a importância e aproveitaram a análise crítica da realidade política e econômica de toda a história das sociedades e do capitalismo.
Karl Marx (1818-1883) filósofo alemão, criador das teorias: materialismo histórico e da luta de classes. Estudou filosofia nas universidades de Berlim e Iema. Escreveu artigos radicais a favor da democracia, quando era chefe da redação do jornal Rheinische zeitung em colônia no ano 1842. Foi para Paris onde conheceu o escritor Friedrich Engels, no ano de 1844. Acreditava que a solidariedade dos trabalhadores deveria superar o poder dos estados nacionais.
Karl cientista social, historiador e revolucionário, foi o pensador socialista de maior influência sobre o pensamento filosófico e social da humanidade, embora fora ignorado pelos estudiosos acadêmicos, que não acreditaram em sua tese. Ele acreditava que só uma revolução internacional para por fim a burguesia e o capitalismo e implantar o comunismo, então foi expulso de Paris.
Foi estudar história e economia em Londres, escreveu para a imprensa, e ajuda a fundar o movimento pró-socialista primeiro internacional, a associação nacional dos operários 1864 e o partido social-democrático alemão. Sua maior obra foi editada e 1867 "O capital", onde expressara os principais conceitos do marxismo a teoria do valor, da mais- valia e do acumulo de capital..
Anarquismo
Saiba o que é anarquismo, ideologia, anarquistas, história, definição, símbolo, idéias
Definição
Anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840).
O que é burguesia?
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico.
Frase Exemplo:
A burguesia participou do renascimento comercial e urbano.
Explicação da frase:
Durante grande parte da Idade Média (do século V ao XII) o comércio praticamente
inexistiu. Com o final das Cruzadas e a abertura do Mar Mediterrâneo, o comércio começou a crescer novamente. A burguesia contribuiu para este processo.
Quem foram os burgueses?
Burgueses eram aqueles mercadores que vondiam suas mercadorias nos BURGOS, que eram as cidades erguidas ao redor das muralhas dos castelos medievais. Nesses cidades começou a haver um reaquecimento do comercios, com ferreiros, tecelões, moleiros, enfim, diversas profissoes que voltaram a comercializar com esses burgueses que vendiam esses mercadorias para fora, assim como compravam mercadorias de fora para venderem nos burgos.
Podemos dizer que os burgueses foram os GRANDES RESPONSAVEIS PELO RESSURGIMENTO DAS CIDADES, devido a reaquecer o comercio. No mais, esses burgueses começaram a enrriquecer e buscar ESPAÇO NA VIDA PUBLICA, ou seja, na politica, mas como nao tinham linhagem nobre, passaram a negociar com reis os titulos nobiliarquicos.
Espero ter ajudado
domingo, 22 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário