quarta-feira, 30 de abril de 2014

TREZE NAVIOS E MUITOS FIDALGOS - continuação do primeiro texto.




Cabral era capitão – mor da frota. Seu posto era militar, nada tinha com a navegação, cujo comando estava entregue a pilotos e mestres. A segunda pessoa de importância na quadra de 13 navios era Sancho Tovar. Mas havia gente importante em cada barco – fidalgos, alguns já famosos na arte de marear, como Bartolomeu Dias, o que dobrara o cabo das Tormentas; religiosos,16, dirigidos pelo superior franciscano Frei Henrique de Coimbra; funcionários de várias categorias, entre eles um certo escrivão chamado Pero Vaz de Caminha; e ainda um cientista, o físico Mestre João, especialista em Sol, Lua, estrelas e outros assuntos astronômicos.

    Se houvesse jornais como os do século XX, certamente seu assunto de primeira página, no dia 10 de março de 1500, seria o embarque, na véspera, da frota de Cabral. Pois a partida se deu em meio a grandiosas cerimônias: lá estava o rei com sua corte e todos vestidos de preto, como era o costume em ocasiões semelhantes. Houve missa e, depois dela, D. Manuel em pessoa entregou a Cabral o estandarte real – símbolo do seu poder. Era a despedida.  Logo a seguir, à vista do povo que se apinhava nas praias, zarparam as naus, que já no dia 14 estavam ao largo das Canárias.


         UM DESASTRE, UM ACHADO.


Poucos dias depois, acontece um desastre até hoje inexplicado. “ Sem haver tempo forte ou contrário, para isso pode ser”, como escreveria espantado Pero Vaz de Caminha em sua carta, perde-se a caravela de Vasco de Ataíde. Procura- que procura e nada. Passam-se dois dias, perdem-se as esperanças e Cabral decide prosseguir por aquele “mar de longo”.

   De repente – teria sido de repente mesmo? Na terça feira das Oitavas de Páscoa – 21 de abril de 1500 – surgem sinais de terra: “ muita quantidade de ervas compridas, e que os mareantes (deve ser marinheiros) chamam de botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo – de – asno”. Era o Brasil por perto.

    No dia seguinte, pela manhã, outro indicio de terra próxima: aves a que chamam de fura – buxos, reporta Caminha. E , entrando em detalhes, fala primeiramente
De um monte muito alto e redondo; e depois de serras mais baixas, ao sul dele, em seguida, terra chã, (desculpe mas não descobri o significado e se alguém souber pode postar) com grandes arvoredos.

   Cabral chamou o monte de Pascoal – estava-se na Páscoa, não esqueçam. Á terra toda deu o nome de Vera Cruz. Essa terra toda era parte do atual Estado da Bahia, ao sul de sua capital, Salvador.



Atividades:

1º O que o grupo achou como algo inexplicável nessa viagem?
2º O que seria o mar longo na visão de Cabral?
3º Quais os nomes dado ao Brasil quando foi descoberto?

Não esqueça de deixar seu comentário ou a resposta. Vou corrigir e depois postarei a resposta de cada um. Profª Rosí.




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