domingo, 4 de dezembro de 2011
teatro
TEATRO
Antes, os atores se alinhavam, estáticos, e declamavam polidamente os versos que compunham o texto. A Comedia dell Arte transformou o teatro. Substituiu o texto por um roteiro, e deu ao ator completa liberdade: foi o reino da improvisação. O ator criava, e com isso enriquecia a arte da interpretação.
Uma cidade da Itália, ou de outra região da Europa. Século XVI,XVII ou mesmo XVIII. A multidão agitada comprime-se na praça principal. Um tablado foi construído ás pressas, numa das suas esquinas. Em volta do tablado, uns poucos bancos, destinados as pessoas mais importantes. O povo aboleta-se ao redor, em semicírculo. Foi anunciada a encenação da peça “Arcádia Encantada” pelos atores ambulantes.
Uma cidade da Itália, ou de outra região da Europa. Século XVI,XVII ou mesmo XVIII. A multidão agitada comprime-se na praça principal. Um tablado foi construído ás pressas, numa das suas esquinas. Em volta do tablado, uns poucos bancos, destinados as pessoas mais importantes. O povo aboleta-se ao redor, em semicírculo. Foi anunciada a encenação da peça “Arcádia Encantada” pelos atores ambulantes.
Abre-se a cortina, a multidão silencia. Ao fundo, uma tenda reproduz um bosque. Surge um ator, numa túnica enfeitada de símbolos astrais. Na mão direita traz um livro enorme, encadernado em couro: na outra, uma bengala entelhada. A caracterização já define o personagem: é um mágico, sozinho no meio do palco, conta ao público que é senhor da ilha de Arcádia, de seu solo e de seus pacíficos habitantes. Mas está preocupado com o fato revelado pelos seus poderes mágicos: a tranquilidade vai ser perturbada por estrangeiros que se aproximam.
Retira-se o mago e muda a tela: em vez do bosque, surge um barco, chocando-se contra as rochas de um mar tempestuoso. Cambaleando, entra em cena um personagem, corcunda e barrigudo ao mesmo tempo. Enverga um traje estranho: roupas brancas, enormes, sobrando –lhe por todos os lados. A máscara escura, onde uma verruga domina o nariz, não deixa ver seu rosto. Mas sem dúvida alguma é Polichinelo. Gesticulando sem parar, Polichinelo relata sua aventura: é o único sobrevivente de um naufrágio que acabou de acontecer.
Enquanto Polichinelo fala, chega por outro lado do palco um ator ainda mais ridículo. Também narigudo tem sobre a testa óculos enormes. Veste calças largas, uma camisola, e uma capa curta por cima de tudo. Na cabeça traz uma boina cheia de plumas. É Coviello. Repete a mesma cena do Polichinelo, como se não o visse. Vai-se movendo até o centro do palco, dizendo que sozinho salvou-se do naufrágio, e...Os dois se encontram de repente. Assustados criam uma confusão terrível, pulando e correndo como se vissem fantasmas. No meio de toda a correria finalmente se reconhecem. Trocam abraços e começam a conversar, tristemente sobre o destino dos demais náufragos.
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