quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A origem do casamento na idade média

A origem do casamento na idade média
Os casamentos medievais estiveram na origem de algumas das actuais tradições ligadas ao casamento. Neste tempo em que a Fé dominava os acontecimentos artísticos, intelectuais, sociais e políticos, o casamento era claramente do domínio da Igreja
A maioria das mulheres da nobreza casava antes dos 19 anos, e os seus noivos eram, regra geral, muito mais velhos que elas.
As Leis do Casamento
Foi durante a Idade Média que as leis do casamento iniciaram a sua evolução.
Em 1076, o Concílio de Westminster decretou que nenhum homem devia entregar a sua filha a alguém sem a bênção de um sacerdote.
Mais tarde, foi decretado que o casamento não devia ser secreto, mas antes um acto público.
No entanto, apenas no século XVI, o Concílio de Trento decretou que o casamento devia ser obrigatoriamente celebrado por um sacerdote.
Muitas das vezes o casamento significava a celebração de um contrato entre os noivos, estipulando os direitos de cada um. A herança e a propriedade eram os principais motivos que fundamentavam estes casamentos arranjados.
É claro que também existiam casamentos por amor, mas estes verificavam-se sobretudo entre as classes sociais mais baixas.
Nesta época, a separação dos casais era tolerada e, embora não houvesse divórcio legal, a anulação do casamento era possível, mediante circunstâncias especiais.


As Tradições Medievais
O Vestido de Noiva
Contrariamente à tradição actual, o vestido de noiva não era branco.
O azul era o símbolo tradicional da pureza, embora o vestido pudesse ser de qualquer outra cor.
É também na Idade Média que a liga passa a ser parte integrante da indumentária de uma noiva.
As Flores
Os Cruzados que regressavam da Terra Santa trouxeram consigo uma tradição Islâmica: a flor de laranjeira.
Estas flores eram, no entanto, muito caras e apenas os nobres as podiam comprar.
O Bolo de Noiva
O bolo de noiva teve a sua origem numa antiga tradição Romana que consistia em partir um pequeno pedaço de pão sobre a cabeça da noiva, a fim de lhe desejar fertilidade.
O bolo de noiva de "andares" teve a sua origem na Idade Média.
Era costume os convidados trazerem pequenos bolos que eram colocados uns em cima dos outros. Os noivos tentavam então beijar-se sobre os bolos sem os derrubar para dar sorte e prosperidade.
Os Presentes de Casamento
Na Idade Média, pelo menos três presentes de casamento eram trocados:
- A família da noiva era responsável pelo dote da noiva;
- À família do noivo cabia o papel de dar aos noivos uma casa apropriada, bem como um rendimento adequado;
- O sacerdote que celebrava o matrimónio recebia o terceiro presente.
Os presentes de casamento incluíam ainda pequenas peças de mobiliário que o noivo oferecia à noiva na manhã após o casamento ser consumado. Este "presente da manhã" ou "oferta de agradecimento" era dado para compensar a noiva pela perda da sua virgindade.
A Festa de Casamento
Os casamentos medievais, quando celebrados entre membros da nobreza, tinham muitas vezes lugar nos seus castelos. Eram grandes festas com vários divertimentos e comida farta. Nesse dia, os mendigos vinham de longe para receberem as sobras do banquete e era tradição o senhor do castelo libertar alguns prisioneiros.
Entre os camponeses os casamentos eram celebrados na casa da noiva. Toda a aldeia se reunia para festejar a ocasião e presentear os noivos com alguns utensílios de madeira e outras ferramentas.
Como não havia dinheiro para alianças, era tradição que uma moeda partida fosse dada à noiva, sendo a outra metade entregue ao noivo.
Outra tradição era atirar sementes ou grãos de trigo aos noivos para lhes desejar uma família numerosa.
Independentemente da classe social, o casamento era sempre um acontecimento grandemente celebrado. Havia sempre um banquete para celebrar a ocasião e nele podiam ser servidos até seis pratos diferentes!
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