quarta-feira, 30 de novembro de 2011
MITOLOGIA
MITOLOGIA
No mundo antigo, não só gregos e egípcios cultuavam deuses e heróis.
Os germânicos também tinham suas divindades, e reservavam para os mortos valorosos um lugar de honra.
Para lá eram transportados pelas valquírias, nobres mulheres guerreiras. Por sua vez, os japoneses até hoje veneram a divindade mitológica que preside o sagrado monte Fuji. E outros povos orientais vivem sob o eco de seus mitos.
TRÂNSITO PASSADO - PRESENTE - FUTURO.
AUTOMÓVEL - SÉCULO XIX.
Londres, meados do século XIX. Um novo tipo de carruagem – sem cavalos – circula pelas ruas, provocando interesse e espanto. Movido a vapor, o ruidoso e curioso veiculo roda a notável velocidade de 10km por hora. Cem anos depois, esse calhambeque será peça de museu, crianças brincarão de monta-lo em miniatura. Mas o ancestral do automóvel – produto de engenho inventivo de muitos e muitos lugares – terá cumprido o sua função e o homem descoberto que não dependia só de animais para viajar e transportar coisas.
Não é difícil precisar o lugar, a data e a hora em que o primeiro avião levantou vôo; mas ninguém diria com segurança quando, onde e em que exato momento se pôs em marcha o primeiro automóvel. Pois é muito difícil traçar sua genealogia : o veiculo que se move por si mesmo não nasceu da genialidade de um homem ou de um grupo de homens concentrados em algum centro de pesquisas; é o resultado de buscas, ensaios, tentativas, provas e planos realizados por numerosos pioneiros, em tempos diferentes e em quase todos os países da Europa.
Os antecessores do automóvel são remotos que fatos históricos não comprovados praticamente se confundem. Só não há confusão quanto a um ponto: não fossem as duas grandes Revoluções Industriais, o automóvel não teria surgido.
A primeira, cujo período costuma ser delimitado entre 1760 e 1860, corresponde a maquinização e organização do trabalho em fábricas. Nasce a máquina a vapor, começa a desenvolver - se a Indústria do Ferro. Inova-se no setor dos transportes, com a adoção da máquina a vapor como fonte de energia. Tenta-se adaptar o vapor às diligências. Richard Trevithick constrói em 1803 um veiculo assim , o qual chega a percorrer 150 quilômetros nas estrada Londres – Plymouth. Mas outra idéia ganha corpo: é mais proveitoso usar a máquina a vapor para puxar uma fileira de carruagens sobre trilhos de ferro. A partir dessa idéia surgirá o trem.
A segunda Revolução Industrial, cujo inicio ocorre em torno de 1860, traz melhoramentos fundamentais para o futuro automóvel, entre eles o aperfeiçoamento do dínamo em 1873, a invenção do motos de combustão interna por Nikolau Otto em 1876. Dezenove anos depois, Edwin L. Drake perfura o primeiro poço de petróleo , na Pensilvânia, Estados Unidos. Aos poucos, novos usos serão descobertos para o produto, embora durante muitos anos a maior parte do liquido extraído seja destinada a fabricação de querosene para lampiões. É a aurora da era motorizada.
TRÂNSITO E CARROS SÉCULO XXI.
A eterna luta do homem contra o relógio desenrola-se nas estradas e nas ruas das cidades.
O homem conta, porém com uma arma: o veiculo – carro, caminhão ou ônibus – aperfeiçoamento dia a dia, a fim de que tenha maior capacidade de transporte e atinja maiores velocidades. A pressa universal envolve milhões de indivíduos que se utilizam de outros milhões de veículos. O campo onde se trava a batalha – ruas e avenidas, praças e estradas – exige um mediador: o transito.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
POESIA DAS CAPITAIS
POESIA DAS CAPITAIS
De Luiz de Miranda.
ARACAJU.
Sete mil gaivotas brancas
Beijam o mar de Aracaju,
E se despedem do concreto dos edifícios,
O amor morre na areia.
Os livros estão quietos
Na biblioteca de mogno.
Estive aqui em mil
Novecentos e sessenta e sete.
Meus olhos lêem os livros
E guardam os poemas,
Para agora cantar-te.
Vejo a vigília dos teus sonhos
Que amanhecem todos
Os dias nos bancos
De tuas praças.
O verdadeiro é lua de prata
Que te incendeia as ruas
E nos põe um gosto de despedida.
O melhor da minha vida
Deixo escondido onde drobra o sol
E a noite se levanta.
Coberta de luzes e estrelas.
Ah, Aracaju, como não amar-te
Sempre
E a velha toalha do tempo de tecê-la.
BELÉM
Dim –dom, bate o sino de Belém.
Todo o Pará se envolve e estremece,
Em todas as almas batem também,
Em forma de uma longa prece,
As nossas extraviadas esperanças.
Um homem com o infinito adiante
Caminha e espalha seu semblante
Por tuas ruas e por tuas praças,
É Jesus de novo quem nos abraça.
Daqui a mil anos, estaremos frente
A este rio caudaloso,puro espelho,
Frágeis,iluminados,sós ou carentes.
Todos em pé nestes aluviões de cidade.
Depois caminharemos o mundo,
Até que nosso rosto vire saudade.
BELO HORIZONTE
Murilo Rubião bebe vinho tinto comigo,
Num belo horizonte,
É um escritor e um amigo,
Que recria novas estrelas,
Que serão para nós
Mais que uma ponte.
Wander Piroli dirige um caminhão
Com a força louca de sua palavra.
Por estradas,lavra a dura lavra,
O pó de todos os caminhos,
Num belo horizonte,
Que estará além de uma ponte.
Affonso Romano de Sant’Anna,
Que das Gerais é dos que mais te ama,
O verso emergente caminha no fronte,
Belo,
Reto,
Eterno,
Só para ti belo horizonte.
De longe te canto, de perto te amo,
Cidade de mistérios e beleza,
Conclamo o melhor verso
Para deixar em ti pousado,
Entre versos azuis para ti tombados,
A cavalo chego,com meu cão do lado.
BOA VISTA
Boa Vista,
É de longe que se avista
O sonho que em ti dorme.
As nuvens do teu céu disformes
Desenham a palavra amor
E toda a dor
Que vem
Quando ele nos abandona.
Quem ama vive em ti,
Como um velho relógio,
Deixado escondido
Em tuas ruas e tuas praças.
Passa em luz,
Ó cidade,
Sobre nossos olhos,
Quase cegos
De tanta paz
Que irradias.
Assim inventas
As noites e os dias.
És a reinvenção
De tudo o que bate no coração.
BRASILIA
A mão de Oscar Niemeyer
Pousa encantada no planalto.
Ave de mil vôos,de mil ternuras
Levanta do chão o edifício alto.
Distorce
Genialmente
O concreto
Alvura da pedra.
A cidade é criada do seu olho mágico,
Já nasce amada.
O poder mora ao lado,
Ás vezes isolado
Nos caminhos dos partidos.
Todos tão velhos,
Idos para o fim da história.
E a Pátria espera dos seus filhos
O amor mais gentil
Para que nasça um País
Para todos,
Um novo Brasil.
Brasília é especial,
Talvez para naves de outro planeta,
Que vejam nela seu hábitat natural.
Ar seco,
Céu de nuvens
E cometa
Fazem-na magnífica e eterna,
Que Deus abençoe quem nos governa.
CAMPO GRANDE
Salve, salve, Campo Grande,
Que em tudo se expande
E cresce a árvore pequena
E a gigante,
Em torno de tuas
Longas avenidas,
Que dão à vida
Um tino de eternidade.
Salve, salve, cidade
De todos os amores,
Coberta de flores
E de frutas,
Que passam à tua mesa.
És beleza que ressuscita
E ninguém te imita,
Rosa bendita,
Solitária,
No alto de uma igreja.
Tens os mantos
Dos homens santos.
Tens a mata
Em torno do teu seio.
Morres de amor
E renasces para a paixão.
CUIABÁ
Cuiabá,cidade de mata,
Mata eterna,de índios velhos,
Como as tuas casas,
Já desbotadas, e os mil anjos
Que te suspendem, ó cidade,
Levada aos céus
Pelo milagre da fé.
Os teus filhos te conhecem bem,
E vão mais além,
Ás pilastras de Deus,
E deixam depositada
Uma rosa púrpura,
Para que todos possam
Voltar um dia a ti,
Plena luz e alegria.
Bater ás tuas portas mais queridas.
Assim te reconhecemos, plena de vida.
CURITIBA
O vampiro de Curitiba
Marca em luz o céu da cidade.
Dalton Trevisan baixa a cabeça e escreve,
Sabe que a vida é sábia mas é breve.
A rua vinte e quatro horas
Chega todo dia ao raiar da aurora.
Felicidade é sonhar no linho da noite,
Quando todos dormem,
E ser o adivinho das mensagens celestes,
Que ao meio- dia somem,
No torvelinho dos carros e das pessoas.
Uma ave branca ainda voa
No linho da manhã,
Estanca o olhar da febre terçã,
Que desperta nossa alma
Na pedreira Leminski.
Cidade livre,cidade aberta,
Que voa para o futuro,
Que tem pressa
E não está mais aqui,
Repleta de um coração maduro,
Estará sem mais ali, brilhando.
FLORIANÓPOLIS
Paraíso à beira – mar plantado,
Ilha de todos os amores santos,
Só tens amanhã,
Não tens ontem,
Nem passado.
Divina beleza envolta em manto,
Todo bordado de estrelas raras.
Do escuro, em ti,tudo se aclara.
Tabajara Ruas escreve na Lagoa
O que voa antes e depois da aurora.
Salim Miguel vive escondido,
Talvez debaixo do teu vestido.
O sol beija tuas praias:
Joaquina,Canavieiras,Jurerê,
O que se vê é beleza,
Que declina todos os nomes
Que fazem o homem feliz,
Um amor que funda um país.
Ilha dourada,Ilha dourada,
És mulher da minha vida,
Tão perdida, mas ainda amada.
Te canto alto ao som da lua,
Ao tom das marés,eterniza o vento,
És imortal, fora do tempo.
FORTALEZA
Caminhos as fortalezas da paixão,
Onde dormem minhas esperanças
Mais antigas,
Depois visitam teus mares
De azuis sempiternos.
Te canto, ó Fortaleza,
És o santo dos milagres sagrados
E a beleza que anuncia sempre
No portal do dia.
Por tuas praias,Iracema traz
José de Alencar a contar
O que é vasto e eternidade.
De ti, tudo vira saudade,
Animal selvagem
Guardando em nossa alma.
A vida espalma mais vida,
Ruas bordadas de árvores
E sem despedidas.
Voltarei sempre a tuas praças serenas,
A teus casarões e á igreja
Que bate o sino,
Chamando cada um pelo nome,
Chamando cada um pelo nome,
Para rezarem e cantarem os hinos
Que louvam a Deus
E ganham novo destino.
Fortaleza,teus olhos são de princesa,
Que liberta o teu reino
A todos os navegadores e peregrinos.
Fortaleza, de noite ou de dia,
A certeza de que és
A cidade dos amores perenes,
E o umbral da vida se deixa sereno
Aberto ás estrelas que guardam teus céus.
Em ti a felicidade sempre nos dá seu aceno.
GOIÂNIA
Cora Coralina
Dobra todas as esquinas
Das ruas de Goiânia.
O céu luminoso escaneia
O verbo encarnado
Da esperança.
Os anjos povoam
Os santuários de suas Igrejas,
E em tudo
O que de ti se veja
Brilha
Um povo de eternidade.
JOÃO PESSOA
O tiro que matou João Pessoa
Continua vivo
No grito das avenidas.
A vida muda em estações
E o passado está morto.
Tu és porto
Para as esperanças
Mais lindas do mundo.
O eterno se faz presente,
No teu céu de estanho e de luz
Onde brilha sempre
A estrela primeira
Que lava de brilhos
Os dias bravos e os quietos.
Teus bares são repletos
De peixe,pão e cerveja.
Até onde se possa andar
É para que te veja,
Coberta de bromélias
E de árvores de eternas sombras,
Sobre nossos corpos cansados,
Mas repletos de liberdade.
Cidade cuidada,és criança
E a mais longa ciranda,
Onde alcança vive e dança.
MACAPÁ
Macapá estás tão longe,
No lado oposto, ao final do norte,
E eu que vivo ao sul.
Santifico o teu nome
No altar sagrado
Da casa de Deus
Helicôneas e musáceas
Enfeitam teus jardins
E nos revelam
Um mar
De amor sem fim,
Que bate um sino no mar.
Bate por ti,cidade esbelta.
Bate por mim, o teu poeta.
MACEIÓ
De ti verdejam
Os versos de Lêdo Ivo,
E nós te cantamos
Em uníssono
Flor espalmada no mar,
Santa e amada,
Cidade do verbo amar.
Nunca mais quero deixar-te,
Ainda que em mim
A poesia lateje outros instrumentos.
É na estrela do momento
Que brilha fugaz o firmamento,
É no peito dos mortais
Que a luz se apaga
Para nunca mais.
Mas há pra ti um canto contido,
De tudo o que tenha vivido,
Que tu sabes que o amor
Mora no mar,
Em tuas praias,
Cobertas de azul.
Depois partimos,
Levando-te para sempre
Naquilo que mais sentimos.
MANAUS
Milhões de águas
Passam por esta cidade,
E isto é a eternidade.
É rio doce que te faz
Feliz,
Traduzindo o maior rio
Do País.
Barcos como se fossem
ao mar,
passam por aqui,
e amores,
como se fossem a felicidade.
De todos os lados
Que se chega
É o rio que permanece
Em nossa memória,
Memória líquida e amazônica,
Que é tão vasta
E pouco econômica,
Que está no mapa do mundo,
Um rio sem fim e sem fundo.
NATAL
Em Natal, nasce Jesus,
O Nazareno.
Santo entre os homens,
Meigo e ameno,
Como as ruas desta cidade.
O povo caminha para a solidão e o mar.
Doce mar da cidade de Natal,
Porto da vida inaugural.
Doce mar da cidade de Natal,
Cantigas de dormir diante do abismal.
Doce mar da cidade de Natal,
Luz de lua no seu branco avental.
Doce mar da cidade de Natal,
Onde nada morre,luz virginal.
Doce mar da cidade de Natal,
Marca nosso corpo de cal e sal.
Natal é renascimento sempre,
Entre os que chegam e os que partem,
Levam no peito bem escrito
A luz de Deus, o infinito.
PALMAS
Palmas, és bela
E espalmada no céu,
Como se fosse
Uma estrela.
Pungente e amorosa
Une a gente
Ás pétalas de uma rosa.
És ainda menina,
Mas já iluminas
Os oráculos
Do mapa do Brasil.
És varonil e brava
E recolhes
Em tuas casas
A memória
De um novo lugar.
Mas também
Já és velha
Nos alforjes de Deus,
Onde brilhas
E teu nome
Se espalha,
Longe dos olhos meus.
És a residência de todos,
Inclusive dos que te levam
Em forma de Deus.
PORTO ALEGRE
Cidade
Como tramitar
Sem me perder
Entre as paredes dos anos
E a agulha de cristal do canto
Cidade
Que equilíbrio possuis
Ao sul do dia
Quando a vida ama
Cidade
Deixa eu riscar teu nome
No plano da minha mão
Feito um segredo
Renovado poema
Riscar o tema da paixão
Porto Alegre,Porto Alegre
Eu te canto
Porque em ti vive o melhor de mim
Eu te canto, cidade,
Como minha pátria
Loucura da paixão
Porto Alegre, Porto Alegre
Alegria para nós que precisamos
Vamos, cidades,vamos
Me leva em teus braços de rio
PORTO VELHO
Onde te vejo,
Revejo os longos dias
Da esperança,
Aquilo que alcança
A voz de Deus.
Porto Velho,
Estendidas em minhas veias,
Como estrelas eternizadas.
Em ti, sou amado e é amada,
Conosco vais ao longo da jornada.
O vento nos leva
Nos lençóis de linho
Desta cidade.
És caminho e arminho
Para todos os que passam por ti.
És esmeralda e brilhante,
És o olhar infinito da amante.
RECIFE
Caminho por estas ruas
Plena,
s do azul inominável da poesia.
Carlos Penna Filho vai á frente,
Bem perto do amorável coração,
Vão também Manuel Bandeira
E João Cabral de Melo Neto,
É nessa esteira de luz
Que Deus te criou entre rios e mar,
Caminhos para a santidade do verbo amar.
Teus recifes são espinhos na água,
Por eles não passam barcos ou homens,
Como passam sob os arcos de tuas pontes.
Cidade de água divina,
De água de pura fonte.
Tenho encontro marcado
Com Alceu Valença
E a praia de Boa Viagem,
Entre vinhos e de amores cuidados,
Fundamos outra paisagem.
Navegação que só o poema pode abrigar,
Cidade de ouro e vasto céu brilhante,
Em qualquer parte do país,és meu lugar.
Eu,coberto de pampa,sou teu escravo e teu amante.
RIO BRANCO
Rio Branco,
A voz de Chico Mendes,
Que ainda a todo atende.
É palavra que corre mundo
E vai em um segundo
Proclamando a justiça
Teu perfume enfeitiça.
Aos que chegam
E aos que partem.
Tens a arte
De mudar os momentos.
És cidade á luz do vento,
E vais longe
Proclamando
O que a floresta fabrica,
És forte e rica,
E assim continuarás sendo
O que os olhos de Deus está vendo.
RIO DE JANEIRO
O avião desce no aeroporto Tom Jobim,
Aqui começa o Rio, uma beleza sem fim.
Montanhas e mar que o ourives do universo
Fez quando descansou no sétimo dia da criação.
Poesia e canção por baías
Que a solidão inventa,
A paixão ilumina e sustenta,
O belo tem a vestimenta mais rara,
E aqui se declara o melhor do mundo.
Olho de Deus,terno e profundo,
Tudo desmaiado aos pés do Cristo Redentor.
Por tuas ruas cresce o amor,
Aquele que renasce beija-flor,
A cada esquina,
Verso que a mão de Drummond ilumina.
Amanhecem as cerejas mais lindas
Para que tua alma se reveja.
Em Copacabana, Gerardo Mello Mourão,
Aos domingos,
Abre sua casa para o almoço.
A Poesia perfila-se á porta
O seu vasto coração.
Da vida,
A que brilha,
É profundo poço.
O verso vibra
E até hoje ouço
O seu latir incessante,
Que por mares vai, puro diamante.
No Rio Comprido,
Bebo cerveja com Ivan Lins,
Tempos idos e vividos.
Piano e canção que não tem fim,
Sob uma lua de prata e porcelana.
Paixão de quem ama
A madrugada alta
Paixão que falta,
Que a amada se distraiu-se
Nas ruas da cidade,
E nos deixa meigos
E ásperos
Como a saudade.
Ivan toca o coração e a chama
Que morde o corpo de quem ama.
Á cidade em beleza,miséria e fome,
Como é que há de um homem
Escrever seu nome nesta paisagem?
Memória dos tristes e abandonados
Que Chico Buarque de Hollanda canta
Mulher e homens amados
Que a cruz de cristal levanta,
Sem presente
Ou passado,
Por noite e noites,
Sonhamos lado a lado.
Eterno mar que a glória quer vê-la
O que será amanhã uma estrela.
Espessa esperança
Que não cansa,
Que avança céu adentro,ao infinito.
Cidade de muitos amores
E uma dor solitária,quase um grito.
Por bares,
Que são nossos lares,
Andamos:
Luna Bar, Degrau e Lamas,
Escritores, poetas e cantores,
É a fala de quem ama.
O resto é mar.
Vastidão e iluminância,
Rente á nossa mão vazia,
Volta ao barco da infância,
Por este Rio, de janeiros
E janeiros,
Que bate em nossa alma
O ano inteiro.
Luz de Deus tão declarada,
Cidade eternamente nossa.
Seguirei sozinho,seguirás amada.
SALVADOR
Bahia de todos os Santos,
Olhai por nós,
Que vagamos entre a terra e o mar,
Procurando na leveza veloz do ar
Um amparo para nos salvar.
Na Praça Castro Alves,
Deus nos salve da agonia
Das despedidas,
E no devir dos dias
Brilhe serena a luz da estrela.
Nas ondas verdes das amaralina,
Com Ruy Espinheira Filho,
Bebo a poesia
Que nunca termina.
Salvador, Bahia,
Cidade da paixão que alucina
E do amor que não se adia.
Querer-te na memória
É dever e glória
Para ficar sempre guardado:
O Rio Vermelho de Jorge Amado,
A mãe menininha, dos Gantois,
E em Caetano Veloso mais canto há.
Onde quer que andemos,
Salvador permanece em nossa retina,
Que faz com que sonhemos,
E o nosso coração dela se ilumina,
E vira noite, tarde e manhã
O mar azul da praia de Itapuã.
SÃO LUIS
Com Gonçalves Dia
Em São Luis.
Morremos antes
Que o amor acabe
E sepultem a rosa
Bendita da felicidade.
Somos o mar sem fim
E tudo o que dele se sabe.
Com Ferreira Gullar,
Em São Luis,
Os ontens e os amanhãs
Amanheceram sobre nossos sonhos,
Sobre nossas camas,
Cobertas de amor
E de cheiro de cigarro
E beijos que nunca terminem.
Palavra ilumina palavra
E São Luis reluz
No relógio das estrelas.
Cidade além do tempo,
Saudade que vai no vento.
SÃO PAULO
A garoa é o que dizem de ti
Os que não te conhecem.
Voa a pomba e o pássaro,
Entre o cimento e o aço.
Os irmãos Campos adentram
Os umbrais da aurora,
E furam o céu cinzento
Com a lâmina de luz de poesia.
O vento é o vento,
Cortando túneis e avenidas,
E a vida brota da vida,
Numa beleza que eterniza.
Cassiano Ricardo
Na rua Haddock Lobo,
Dava aula de poesia,
Todo o santo dia
Mário e Oswald de Andrade
É a história que o mundo invade.
E assim será até o fim dos tempos,
São Paulo é estrela e puro sentimento.
TERESINA
Teresina, Teresina
Que se abre
A quem chega
Como a blusa
De uma menina.
Cidade que ilumina
O coração dos abandonados.
Tuas ruas e tuas praças
Tem o tom suave
Dos amores e da felicidade.
As naves da paixão
Fazem pousadas
E convertem em amadas
A quem passa
E a quem fica.
Em ti se multiplica
O ourives de Deus,
Que trabalha para todos
Em todas as horas
De um relógio encantado.
Em ti somos amados.
VITÓRIA
Vitória do Espírito Santo,
Que se ergue em mar
E terra e glória e mantos,
Bordados na casa de Deus.
Enquanto houver uma avenida,
Que leve ás águas sagradas,
Tu serás eterna e serás amada,
Louvando os alvores da vida.
Ontem,um céu azul –marinho,
Hoje, um céu azul-turquesa,
Que se põe com alinho
Nas toalhas brancas de nossa mesa.
Irás sendo sempre o caminho
Para todos os que amam e se deixem
Em teu solo infinito guardados,
E se sintam os mais amados.
De Luiz de Miranda.
ARACAJU.
Sete mil gaivotas brancas
Beijam o mar de Aracaju,
E se despedem do concreto dos edifícios,
O amor morre na areia.
Os livros estão quietos
Na biblioteca de mogno.
Estive aqui em mil
Novecentos e sessenta e sete.
Meus olhos lêem os livros
E guardam os poemas,
Para agora cantar-te.
Vejo a vigília dos teus sonhos
Que amanhecem todos
Os dias nos bancos
De tuas praças.
O verdadeiro é lua de prata
Que te incendeia as ruas
E nos põe um gosto de despedida.
O melhor da minha vida
Deixo escondido onde drobra o sol
E a noite se levanta.
Coberta de luzes e estrelas.
Ah, Aracaju, como não amar-te
Sempre
E a velha toalha do tempo de tecê-la.
BELÉM
Dim –dom, bate o sino de Belém.
Todo o Pará se envolve e estremece,
Em todas as almas batem também,
Em forma de uma longa prece,
As nossas extraviadas esperanças.
Um homem com o infinito adiante
Caminha e espalha seu semblante
Por tuas ruas e por tuas praças,
É Jesus de novo quem nos abraça.
Daqui a mil anos, estaremos frente
A este rio caudaloso,puro espelho,
Frágeis,iluminados,sós ou carentes.
Todos em pé nestes aluviões de cidade.
Depois caminharemos o mundo,
Até que nosso rosto vire saudade.
BELO HORIZONTE
Murilo Rubião bebe vinho tinto comigo,
Num belo horizonte,
É um escritor e um amigo,
Que recria novas estrelas,
Que serão para nós
Mais que uma ponte.
Wander Piroli dirige um caminhão
Com a força louca de sua palavra.
Por estradas,lavra a dura lavra,
O pó de todos os caminhos,
Num belo horizonte,
Que estará além de uma ponte.
Affonso Romano de Sant’Anna,
Que das Gerais é dos que mais te ama,
O verso emergente caminha no fronte,
Belo,
Reto,
Eterno,
Só para ti belo horizonte.
De longe te canto, de perto te amo,
Cidade de mistérios e beleza,
Conclamo o melhor verso
Para deixar em ti pousado,
Entre versos azuis para ti tombados,
A cavalo chego,com meu cão do lado.
BOA VISTA
Boa Vista,
É de longe que se avista
O sonho que em ti dorme.
As nuvens do teu céu disformes
Desenham a palavra amor
E toda a dor
Que vem
Quando ele nos abandona.
Quem ama vive em ti,
Como um velho relógio,
Deixado escondido
Em tuas ruas e tuas praças.
Passa em luz,
Ó cidade,
Sobre nossos olhos,
Quase cegos
De tanta paz
Que irradias.
Assim inventas
As noites e os dias.
És a reinvenção
De tudo o que bate no coração.
BRASILIA
A mão de Oscar Niemeyer
Pousa encantada no planalto.
Ave de mil vôos,de mil ternuras
Levanta do chão o edifício alto.
Distorce
Genialmente
O concreto
Alvura da pedra.
A cidade é criada do seu olho mágico,
Já nasce amada.
O poder mora ao lado,
Ás vezes isolado
Nos caminhos dos partidos.
Todos tão velhos,
Idos para o fim da história.
E a Pátria espera dos seus filhos
O amor mais gentil
Para que nasça um País
Para todos,
Um novo Brasil.
Brasília é especial,
Talvez para naves de outro planeta,
Que vejam nela seu hábitat natural.
Ar seco,
Céu de nuvens
E cometa
Fazem-na magnífica e eterna,
Que Deus abençoe quem nos governa.
CAMPO GRANDE
Salve, salve, Campo Grande,
Que em tudo se expande
E cresce a árvore pequena
E a gigante,
Em torno de tuas
Longas avenidas,
Que dão à vida
Um tino de eternidade.
Salve, salve, cidade
De todos os amores,
Coberta de flores
E de frutas,
Que passam à tua mesa.
És beleza que ressuscita
E ninguém te imita,
Rosa bendita,
Solitária,
No alto de uma igreja.
Tens os mantos
Dos homens santos.
Tens a mata
Em torno do teu seio.
Morres de amor
E renasces para a paixão.
CUIABÁ
Cuiabá,cidade de mata,
Mata eterna,de índios velhos,
Como as tuas casas,
Já desbotadas, e os mil anjos
Que te suspendem, ó cidade,
Levada aos céus
Pelo milagre da fé.
Os teus filhos te conhecem bem,
E vão mais além,
Ás pilastras de Deus,
E deixam depositada
Uma rosa púrpura,
Para que todos possam
Voltar um dia a ti,
Plena luz e alegria.
Bater ás tuas portas mais queridas.
Assim te reconhecemos, plena de vida.
CURITIBA
O vampiro de Curitiba
Marca em luz o céu da cidade.
Dalton Trevisan baixa a cabeça e escreve,
Sabe que a vida é sábia mas é breve.
A rua vinte e quatro horas
Chega todo dia ao raiar da aurora.
Felicidade é sonhar no linho da noite,
Quando todos dormem,
E ser o adivinho das mensagens celestes,
Que ao meio- dia somem,
No torvelinho dos carros e das pessoas.
Uma ave branca ainda voa
No linho da manhã,
Estanca o olhar da febre terçã,
Que desperta nossa alma
Na pedreira Leminski.
Cidade livre,cidade aberta,
Que voa para o futuro,
Que tem pressa
E não está mais aqui,
Repleta de um coração maduro,
Estará sem mais ali, brilhando.
FLORIANÓPOLIS
Paraíso à beira – mar plantado,
Ilha de todos os amores santos,
Só tens amanhã,
Não tens ontem,
Nem passado.
Divina beleza envolta em manto,
Todo bordado de estrelas raras.
Do escuro, em ti,tudo se aclara.
Tabajara Ruas escreve na Lagoa
O que voa antes e depois da aurora.
Salim Miguel vive escondido,
Talvez debaixo do teu vestido.
O sol beija tuas praias:
Joaquina,Canavieiras,Jurerê,
O que se vê é beleza,
Que declina todos os nomes
Que fazem o homem feliz,
Um amor que funda um país.
Ilha dourada,Ilha dourada,
És mulher da minha vida,
Tão perdida, mas ainda amada.
Te canto alto ao som da lua,
Ao tom das marés,eterniza o vento,
És imortal, fora do tempo.
FORTALEZA
Caminhos as fortalezas da paixão,
Onde dormem minhas esperanças
Mais antigas,
Depois visitam teus mares
De azuis sempiternos.
Te canto, ó Fortaleza,
És o santo dos milagres sagrados
E a beleza que anuncia sempre
No portal do dia.
Por tuas praias,Iracema traz
José de Alencar a contar
O que é vasto e eternidade.
De ti, tudo vira saudade,
Animal selvagem
Guardando em nossa alma.
A vida espalma mais vida,
Ruas bordadas de árvores
E sem despedidas.
Voltarei sempre a tuas praças serenas,
A teus casarões e á igreja
Que bate o sino,
Chamando cada um pelo nome,
Chamando cada um pelo nome,
Para rezarem e cantarem os hinos
Que louvam a Deus
E ganham novo destino.
Fortaleza,teus olhos são de princesa,
Que liberta o teu reino
A todos os navegadores e peregrinos.
Fortaleza, de noite ou de dia,
A certeza de que és
A cidade dos amores perenes,
E o umbral da vida se deixa sereno
Aberto ás estrelas que guardam teus céus.
Em ti a felicidade sempre nos dá seu aceno.
GOIÂNIA
Cora Coralina
Dobra todas as esquinas
Das ruas de Goiânia.
O céu luminoso escaneia
O verbo encarnado
Da esperança.
Os anjos povoam
Os santuários de suas Igrejas,
E em tudo
O que de ti se veja
Brilha
Um povo de eternidade.
JOÃO PESSOA
O tiro que matou João Pessoa
Continua vivo
No grito das avenidas.
A vida muda em estações
E o passado está morto.
Tu és porto
Para as esperanças
Mais lindas do mundo.
O eterno se faz presente,
No teu céu de estanho e de luz
Onde brilha sempre
A estrela primeira
Que lava de brilhos
Os dias bravos e os quietos.
Teus bares são repletos
De peixe,pão e cerveja.
Até onde se possa andar
É para que te veja,
Coberta de bromélias
E de árvores de eternas sombras,
Sobre nossos corpos cansados,
Mas repletos de liberdade.
Cidade cuidada,és criança
E a mais longa ciranda,
Onde alcança vive e dança.
MACAPÁ
Macapá estás tão longe,
No lado oposto, ao final do norte,
E eu que vivo ao sul.
Santifico o teu nome
No altar sagrado
Da casa de Deus
Helicôneas e musáceas
Enfeitam teus jardins
E nos revelam
Um mar
De amor sem fim,
Que bate um sino no mar.
Bate por ti,cidade esbelta.
Bate por mim, o teu poeta.
MACEIÓ
De ti verdejam
Os versos de Lêdo Ivo,
E nós te cantamos
Em uníssono
Flor espalmada no mar,
Santa e amada,
Cidade do verbo amar.
Nunca mais quero deixar-te,
Ainda que em mim
A poesia lateje outros instrumentos.
É na estrela do momento
Que brilha fugaz o firmamento,
É no peito dos mortais
Que a luz se apaga
Para nunca mais.
Mas há pra ti um canto contido,
De tudo o que tenha vivido,
Que tu sabes que o amor
Mora no mar,
Em tuas praias,
Cobertas de azul.
Depois partimos,
Levando-te para sempre
Naquilo que mais sentimos.
MANAUS
Milhões de águas
Passam por esta cidade,
E isto é a eternidade.
É rio doce que te faz
Feliz,
Traduzindo o maior rio
Do País.
Barcos como se fossem
ao mar,
passam por aqui,
e amores,
como se fossem a felicidade.
De todos os lados
Que se chega
É o rio que permanece
Em nossa memória,
Memória líquida e amazônica,
Que é tão vasta
E pouco econômica,
Que está no mapa do mundo,
Um rio sem fim e sem fundo.
NATAL
Em Natal, nasce Jesus,
O Nazareno.
Santo entre os homens,
Meigo e ameno,
Como as ruas desta cidade.
O povo caminha para a solidão e o mar.
Doce mar da cidade de Natal,
Porto da vida inaugural.
Doce mar da cidade de Natal,
Cantigas de dormir diante do abismal.
Doce mar da cidade de Natal,
Luz de lua no seu branco avental.
Doce mar da cidade de Natal,
Onde nada morre,luz virginal.
Doce mar da cidade de Natal,
Marca nosso corpo de cal e sal.
Natal é renascimento sempre,
Entre os que chegam e os que partem,
Levam no peito bem escrito
A luz de Deus, o infinito.
PALMAS
Palmas, és bela
E espalmada no céu,
Como se fosse
Uma estrela.
Pungente e amorosa
Une a gente
Ás pétalas de uma rosa.
És ainda menina,
Mas já iluminas
Os oráculos
Do mapa do Brasil.
És varonil e brava
E recolhes
Em tuas casas
A memória
De um novo lugar.
Mas também
Já és velha
Nos alforjes de Deus,
Onde brilhas
E teu nome
Se espalha,
Longe dos olhos meus.
És a residência de todos,
Inclusive dos que te levam
Em forma de Deus.
PORTO ALEGRE
Cidade
Como tramitar
Sem me perder
Entre as paredes dos anos
E a agulha de cristal do canto
Cidade
Que equilíbrio possuis
Ao sul do dia
Quando a vida ama
Cidade
Deixa eu riscar teu nome
No plano da minha mão
Feito um segredo
Renovado poema
Riscar o tema da paixão
Porto Alegre,Porto Alegre
Eu te canto
Porque em ti vive o melhor de mim
Eu te canto, cidade,
Como minha pátria
Loucura da paixão
Porto Alegre, Porto Alegre
Alegria para nós que precisamos
Vamos, cidades,vamos
Me leva em teus braços de rio
PORTO VELHO
Onde te vejo,
Revejo os longos dias
Da esperança,
Aquilo que alcança
A voz de Deus.
Porto Velho,
Estendidas em minhas veias,
Como estrelas eternizadas.
Em ti, sou amado e é amada,
Conosco vais ao longo da jornada.
O vento nos leva
Nos lençóis de linho
Desta cidade.
És caminho e arminho
Para todos os que passam por ti.
És esmeralda e brilhante,
És o olhar infinito da amante.
RECIFE
Caminho por estas ruas
Plena,
s do azul inominável da poesia.
Carlos Penna Filho vai á frente,
Bem perto do amorável coração,
Vão também Manuel Bandeira
E João Cabral de Melo Neto,
É nessa esteira de luz
Que Deus te criou entre rios e mar,
Caminhos para a santidade do verbo amar.
Teus recifes são espinhos na água,
Por eles não passam barcos ou homens,
Como passam sob os arcos de tuas pontes.
Cidade de água divina,
De água de pura fonte.
Tenho encontro marcado
Com Alceu Valença
E a praia de Boa Viagem,
Entre vinhos e de amores cuidados,
Fundamos outra paisagem.
Navegação que só o poema pode abrigar,
Cidade de ouro e vasto céu brilhante,
Em qualquer parte do país,és meu lugar.
Eu,coberto de pampa,sou teu escravo e teu amante.
RIO BRANCO
Rio Branco,
A voz de Chico Mendes,
Que ainda a todo atende.
É palavra que corre mundo
E vai em um segundo
Proclamando a justiça
Teu perfume enfeitiça.
Aos que chegam
E aos que partem.
Tens a arte
De mudar os momentos.
És cidade á luz do vento,
E vais longe
Proclamando
O que a floresta fabrica,
És forte e rica,
E assim continuarás sendo
O que os olhos de Deus está vendo.
RIO DE JANEIRO
O avião desce no aeroporto Tom Jobim,
Aqui começa o Rio, uma beleza sem fim.
Montanhas e mar que o ourives do universo
Fez quando descansou no sétimo dia da criação.
Poesia e canção por baías
Que a solidão inventa,
A paixão ilumina e sustenta,
O belo tem a vestimenta mais rara,
E aqui se declara o melhor do mundo.
Olho de Deus,terno e profundo,
Tudo desmaiado aos pés do Cristo Redentor.
Por tuas ruas cresce o amor,
Aquele que renasce beija-flor,
A cada esquina,
Verso que a mão de Drummond ilumina.
Amanhecem as cerejas mais lindas
Para que tua alma se reveja.
Em Copacabana, Gerardo Mello Mourão,
Aos domingos,
Abre sua casa para o almoço.
A Poesia perfila-se á porta
O seu vasto coração.
Da vida,
A que brilha,
É profundo poço.
O verso vibra
E até hoje ouço
O seu latir incessante,
Que por mares vai, puro diamante.
No Rio Comprido,
Bebo cerveja com Ivan Lins,
Tempos idos e vividos.
Piano e canção que não tem fim,
Sob uma lua de prata e porcelana.
Paixão de quem ama
A madrugada alta
Paixão que falta,
Que a amada se distraiu-se
Nas ruas da cidade,
E nos deixa meigos
E ásperos
Como a saudade.
Ivan toca o coração e a chama
Que morde o corpo de quem ama.
Á cidade em beleza,miséria e fome,
Como é que há de um homem
Escrever seu nome nesta paisagem?
Memória dos tristes e abandonados
Que Chico Buarque de Hollanda canta
Mulher e homens amados
Que a cruz de cristal levanta,
Sem presente
Ou passado,
Por noite e noites,
Sonhamos lado a lado.
Eterno mar que a glória quer vê-la
O que será amanhã uma estrela.
Espessa esperança
Que não cansa,
Que avança céu adentro,ao infinito.
Cidade de muitos amores
E uma dor solitária,quase um grito.
Por bares,
Que são nossos lares,
Andamos:
Luna Bar, Degrau e Lamas,
Escritores, poetas e cantores,
É a fala de quem ama.
O resto é mar.
Vastidão e iluminância,
Rente á nossa mão vazia,
Volta ao barco da infância,
Por este Rio, de janeiros
E janeiros,
Que bate em nossa alma
O ano inteiro.
Luz de Deus tão declarada,
Cidade eternamente nossa.
Seguirei sozinho,seguirás amada.
SALVADOR
Bahia de todos os Santos,
Olhai por nós,
Que vagamos entre a terra e o mar,
Procurando na leveza veloz do ar
Um amparo para nos salvar.
Na Praça Castro Alves,
Deus nos salve da agonia
Das despedidas,
E no devir dos dias
Brilhe serena a luz da estrela.
Nas ondas verdes das amaralina,
Com Ruy Espinheira Filho,
Bebo a poesia
Que nunca termina.
Salvador, Bahia,
Cidade da paixão que alucina
E do amor que não se adia.
Querer-te na memória
É dever e glória
Para ficar sempre guardado:
O Rio Vermelho de Jorge Amado,
A mãe menininha, dos Gantois,
E em Caetano Veloso mais canto há.
Onde quer que andemos,
Salvador permanece em nossa retina,
Que faz com que sonhemos,
E o nosso coração dela se ilumina,
E vira noite, tarde e manhã
O mar azul da praia de Itapuã.
SÃO LUIS
Com Gonçalves Dia
Em São Luis.
Morremos antes
Que o amor acabe
E sepultem a rosa
Bendita da felicidade.
Somos o mar sem fim
E tudo o que dele se sabe.
Com Ferreira Gullar,
Em São Luis,
Os ontens e os amanhãs
Amanheceram sobre nossos sonhos,
Sobre nossas camas,
Cobertas de amor
E de cheiro de cigarro
E beijos que nunca terminem.
Palavra ilumina palavra
E São Luis reluz
No relógio das estrelas.
Cidade além do tempo,
Saudade que vai no vento.
SÃO PAULO
A garoa é o que dizem de ti
Os que não te conhecem.
Voa a pomba e o pássaro,
Entre o cimento e o aço.
Os irmãos Campos adentram
Os umbrais da aurora,
E furam o céu cinzento
Com a lâmina de luz de poesia.
O vento é o vento,
Cortando túneis e avenidas,
E a vida brota da vida,
Numa beleza que eterniza.
Cassiano Ricardo
Na rua Haddock Lobo,
Dava aula de poesia,
Todo o santo dia
Mário e Oswald de Andrade
É a história que o mundo invade.
E assim será até o fim dos tempos,
São Paulo é estrela e puro sentimento.
TERESINA
Teresina, Teresina
Que se abre
A quem chega
Como a blusa
De uma menina.
Cidade que ilumina
O coração dos abandonados.
Tuas ruas e tuas praças
Tem o tom suave
Dos amores e da felicidade.
As naves da paixão
Fazem pousadas
E convertem em amadas
A quem passa
E a quem fica.
Em ti se multiplica
O ourives de Deus,
Que trabalha para todos
Em todas as horas
De um relógio encantado.
Em ti somos amados.
VITÓRIA
Vitória do Espírito Santo,
Que se ergue em mar
E terra e glória e mantos,
Bordados na casa de Deus.
Enquanto houver uma avenida,
Que leve ás águas sagradas,
Tu serás eterna e serás amada,
Louvando os alvores da vida.
Ontem,um céu azul –marinho,
Hoje, um céu azul-turquesa,
Que se põe com alinho
Nas toalhas brancas de nossa mesa.
Irás sendo sempre o caminho
Para todos os que amam e se deixem
Em teu solo infinito guardados,
E se sintam os mais amados.
Marcadores:
Agradecimentos ao poeta Luiz de Miranda.
Papua-Nova Guiné
A Papua-Nova Guiné (em tok pisin: Papua Niugini), também designado como Papuásia-Nova Guiné[3], Papua Nova Guiné[4] ou Papuásia Nova Guiné[5], é um país da Oceania que ocupa a metade oriental da ilha da Nova Guiné, e uma série de ilhas e arquipélagos, a leste e a nordeste, embora sempre na Melanésia. A única fronteira terrestre que tem é com a Indonésia, a oeste, mas tem fronteiras marítimas com Palau e os Estados Federados da Micronésia, a norte, com as Ilhas Salomão, a sueste, e com a Austrália, através do Mar de Coral, Estreito de Torres e Mar de Arafura, a sul. A sua capital é Port Moresby.
História
A metade oriental da ilha da Nova Guiné foi dividida em duas áreas: uma de administração britânica e outra de administração alemã em 1885. Assim permaneceu até 1902, quando a parte britânica foi cedida à Austrália, que se tornara independente no ano anterior.
Durante a Primeira Guerra Mundial o território pertencente à Alemanha foi ocupado pela Austrália, que continuou a administrar as duas áreas até a independência em 16 de setembro de 1975.
A ilha foi descoberta por navegadores portugueses em 1511, que lhe deram o nome de Nova Guiné. Nos anos seguintes muitos exploradores desembarcaram na ilha, que acabou dividida em três partes: a norte ficou com a Alemanha, a ocidental com a Holanda e a do sul com a Grã-Bretanha, que em 1906 a entregou à administração da Austrália. Vencida na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu sua parte, que passou para administração australiana. Ambas as partes norte e sul fundiram-se numa só após a Segunda Guerra Mundial e constituíram-se no novo país, chamado Papua-Nova Guiné a partir de 1971.
Geografia
A Papua-Nova Guiné é um estado da Oceania que ocupa a metade oriental da Nova Guiné e algumas ilhas próximas, como a Nova Bretanha, a Nova Irlanda ou o Arquipélago das Luisíadas. A outra metade da ilha de Nova Guiné pertence à Indonésia. Tem uma área total de 462.840 km² (452.860 km² terrestre e 9.980 km² de águas internas). Apenas faz fronteira com a Indonésia: essa fronteira tem 820 km de extensão. A sua costa tem um total de 5.152 km. Seu relevo resume-se em planícies costeiras de baixo relevo ao norte e ao sul onde é mais extensa, constituída por florestas tropicais densas e rios caudalosos como o rio Fly, o maior deles, que ruma para o sul até o Golfo de Papua, formando um extenso delta juntamente com outros rios; e o rio Sepik que ruma para o norte da grande ilha. Todos eles têm suas nascentes na grande cadeia montanhosa que percorre a Nova Guiné de leste a oeste, onde no território papuano subdivide-se secundariamente nos Montes Star, Kubor, Owen Stanley, Bismark e entre outras cadeias. Seu relevo culmina-se no Monte Wilhelm ou Enduwa Kombuglu no idioma local, com 4.509 m de altitude, no centro-norte do país, e entre outras montanhas de consideráveis altitudes acima de 3.000 m que acompanham essas cadeias, muitas dessas sendo vulcões ativos ou extintos, incorporando Papua Nova Guiné no chamado Círculo de Fogo do Pacífico. Essa característica geológica acompanha as outras ilhas menores, principalmente as de Nova Bretanha, Nova Irlanda e Bougainville, com vulcões atingindo até 2.000 m de altitude e com atividade presente. A pluviosidade frenquente - uma das maiores do mundo - na quase totalidade do país, caracteriza o clima equatorial, a vegetação de selva densa e rios sempre perenes.
Saara Ocidental
Saara Ocidental (Sara Ocidental ou Sahara Ocidental) é um território na África Setentrional, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira com a região autónoma espanhola das Canárias. Capital: El Aaiún. O Saara Ocidental está na lista das Nações Unidas de territórios não-autônomos desde a década de 1960. O controle do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário.
Em 27 de Fevereiro de 1976, este movimento proclamou a República Árabe Saaráui Democrática (RASD, em árabe الجمهورية العربية الصحراوية الديمقراطية), um governo no exílio. A RASD é reconhecida internacionalmente por 50 estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro da União Africana desde 1984, carecendo no entanto de representação na ONU. O primeiro estado que reconheceu a RASD foi Madagáscar em 28 de Fevereiro de 1976.
Marcadores:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saara_Ocidental
Egito e suas bandeiras.
Criado em 1922 até 1953.
História - Egito
Em sua história milenar, o Egito teve mil bandeiras desde Ramsés II, mas a primeira realmente marcante foi a bandeira do Egito Otomano adotada em 1793 que nada mais foi que uma bandeira da Turquia com um mano desenhado no centro, formato que durou até 1844 quando o mano foi trocado por um hieróglifo que decodificado significava "Hora do duelo!" uma famosa frase yu-gi-ohniana utilizada para resolver quaisquer pendências na base de um jogo de cartas egípcio satânico.
Com a criação do Quedivato do Egito uma nova bandeira foi adotada entre 1867 e 1914 nada que fosse diferente da bandeira da Turquia que se mantinha sendo copiada, um crescente e três olhos de horus num fundo vermelho tipicamente comunista.
O fundo vermelho todo socialista soviético foi mantido durante todo Sultanato do Egito (1914–1922), mas agora haviam três luas porque o planeta-anão de onde vieram os aliens que construíram as pirâmides tinha três luas (Plutão).
Já a bandeira do Reino do Egito quebrou-se aquele paradigma de ficar usando a bandeira da Turquia e uma cena furry foi adotada como homenagem aos antepassados e a criação de um sentimento mais patriótico. Mas só em 1953 com a República do Egito que a bandeira assume pela primeira vez uma formato similar ao atual, trazendo ao centro o grande símbolo egípcio da bissexualidade, a esfinge.
Porém, em 1958 alguém teve a absurda ideia de criar a República Árabe Unida que juntou Egito e Síria meio que aleatoriamente, a bandeira continuou no mesmo formato da anterior, mas a esfinge foi trocada por dois enigmas do milênio que simbolizavam a união dos países.
Bandeira atual
Quando o faraó Hosni Mubarak criou a República Árabe do Egito regida pela Dinastia Mubarak, a atual bandeira foi instituída com as cores pan-terroristas com a gravura de sua pirâmide no centro. Em 2011 houve revoltas populares na tentativa de mudar a bandeira egípcia pela milésima vez, mas resolveram deixar esta bandeira mesmo.
Criado em 5 de junho de 2011.
Significados
Vermelho - Simboliza o Mar Vermelho.
Branco - Simboliza as Revoluções Egípcias que ocorrem três vezes a cada século.
Preto - Simboliza a Maldição do Tutankamon.
Marcadores:
http://desciclopedia.ws/wiki/Bandeira_do_Egito
Significado da cor da bandeira do Marrocos.
o significado da cor vermelha na bandeira do Marrocos
A bandeira do Marrocos é vermelha com uma estrela verde ao centro. Até 1915, a bandeira era toda vermelha, assim como a de muitas bandeiras de países árabes na época. Por sugestão dos colonizadores franceses, com o objetivo de diferenciá-la das demais, o pentagrama foi incluído.
A estrela, ou pentagrama, chamado de "Selo de Salomão" é um símbolo ancestral de vida, saúde, sabedoria e paz. O verde é usado na estrela porque é a cor do Islamismo.
A bandeira é vermelha com uma estrela verde com cinco pontas.
Esta é a bandeira que foi adotada em 1915. Há cinco ramos dos braços da estrela de Marrocos, entre dois leões.
O lema de Marrocos é: "Deus, Pátria, Rei"
http://www.emb-marrocos.pt/textos/marrocos/bandeira-de-marrocos_52.html
Marcadores:
Obrigada ao site da embaixada do Marrocos.
domingo, 27 de novembro de 2011
A SOMÁLIA, DESERTA E DIVIDIDA.
O primeiro nome que a península da Somália recebeu dos exploradores europeus foi “ o Corno da África”, a designação era devida a sua aparência: situada no extremo nordeste do continente, assemelha-se no mapa a um chifre ou uma orelha. Esse apêndice de 1000 000km2 se debruça sobre o oceano índico e o golfo de Aden. Do território total 637 660km2 formam a atual República da Somália, os 22 000km2 correspondentes ao extremo noroeste permanecem como colônia francesa, e o restante do interior da península faz parte da Etiópia.
Os problemas sociais, políticos e econômicos vividos pela República da Somália foram em parte herdados do período de dominação estrangeira. Mas decorrem também da escassez de recursos agrícolas e minerais no país.
A SOMÁLIA DOS INGLESES
Ao norte da península ergue-se o porto de BerBera ( 30 000 habitantes) sobre o golfo do Aden. Ao seu redor, toda a faixa litorânea, limitada por montanhas abruptas que alcançam altitudes de até 2000 metros. Seu solo, formado de rochas sedimentares, absorve rapidamente a água das parcas chuvas na região, e o leito dos poucos rios permanece seco a maior parte do ano. O terreno inóspito faz com que as montanhas sejam praticamente desabitadas.
Em 1888 os ingleses estabeleceram ali um protetorado. Acordos arbitrários com a Itália (1894) e a Etiópia (1897) definiram sem nenhum critério geográfico ou étnico as fronteiras do território, que dividiram os Somalis entre as duas administrações politicas, ambas estranhas ao povo somali. Um novo acordo, agora entre a Inglaterra, França e Itália (1906), definiu as respectivas esferas de influência em toda a Costa do Nordeste africano.
Durante a II Guerra Mundial também a Somália foi palco de combates entre italianos e ingleses. Não foram muito sangrentos, mas bastaram para desgastar perante os nativos o prestigio do colonizador. Como em outras colônias africanas, o movimento nacionalista começou a tomar corpo também na Somália, e em 1959 o antigo protetorado inglês recebeu a promessa de independência.
A SOMÁLIA DOS ITALIANOS
EM 1908 A Itália transformou em colônia o protetorado que havia fixado em 1880 sobre toda a costa leste da península. A parte norte da região apresenta as mesmas peculiaridades físicas da zona inglesa, e no interior a única atividade possível é o pastoreio de ovinos, caprinos, bovinos e camelídeos na área dos planaltos, e mesmo assim sob a regulamentação de severas tradições dos direitos tribais sobre poços e pastos de importância vital.
Embora a água seja escassa e disputada em todo o país, as planícies do sul – sudoeste são privilegiados face ao árido panorama geral. Com efeito, existem ali dois grandes rios: o Webi Shibeli (rios dos leopardos), de 2. 500 mk2 de extensão, e o Juba, que é navegável em seu curso médio e inferior. Ambos são fartamente utilizados para a irrigação, e na zona por eles compreendida desenvolveram-se as únicas culturas agrícolas de destaque em todo o território. Os italianos criaram centros agrários e fomentaram as plantações de banana, cana -de – açúcar, milho feijão, algodão e tabaco.
Entre o Webi Shebili e a costa do Indico estabeleceram-se as maiores cidades: Merca (60 000 hab) e a capital Mogadício (130 000 hab), de origem árabe, sua fundação remonta o século X, quando Mogadício era um entreposto árabe para o comércio com escravos negros.
A BARCA DO SOL
A BARCA DO SOL
Assim que Amon-Rá abre a pálpebra, o dia começa. A noite cai logo que ele a fecha. Amon – Rá desperta no oriente, onde duas divindades preparam-no e depois o conduzem até sua barca de ouro, de setecentos e setenta côvados * de comprimento. Conduzido por uma tripulação muito hábil, o barco afasta-se e, escoltado pelos deuses, desliza silenciosamente sobre as ondas do oceano celeste. Percorre o céu ao longo do dia e vai distribuindo calor e luz pelo mundo
De seu palácio, na cidade de Heliópolis, onde também é chamado de Aton, o deus Sol reina sobre a terra do Egito e concede-lhe incontáveis benefícios. Mesmo quando chora, seu pranto representa um dom para a humanidade. Cada lágrima, transformada em abelha, fabrica cera e mel, tão necessário aos egípcios na alimentação e no preparo dos medicamentos. Aliás, Rá é muito atento ao sofrimento dos homens, compadece-se deles e está sempre disposto a arbitrar suas frequentes discussões. Ensina-lhes fórmulas mágicas contra répteis e feras, bem como encantamentos que os protegem dos maus espíritos. Ajuda a curar as doenças. Seus enormes poderes fazem de Amon – Rá o rei do mundo e o mais venerado dos deuses.
OS MUNDOS SUBTERRÂNEOS
Quando os céus escurecem, a barca de Rá desaparece no ocidente, afastando –se do mundo visível. Imediatamente o deus abandona a forma humana que apresenta durante o dia e ganha uma cabeça de carneiro, com longos chifres recurvados. Seu barco atravessa uma vasta região selvagem e desolada, que separa do reino dos vivos o reino dos mortos – é o Amanti, o mundo subterrâneo. Nesse lugar sombrio, o barco vai atravessar, uma após a outra, as doze portas da noite: cada uma representa o passar de uma hora. Quando com infinita lentidão, os tripulantes conseguem levar o barco para além dos desertos áridos, Rá chega finalmente ao império dos deuses subterrâneos, que o acolhem com deferência . em seguida, os deuses oferecem a Rá quatro barcos, para que possa saudar Osíris, que reina sobre os mortos. Na décima terceira hora, Rá atinge o domínio do deus Osíris. Na margem, os mortos aclamam-no com alegria e rebocam seus barcos.
Depois de atravessar várias portas, o sol penetra nas cavernas do ocidente, onde sob as ordens de Osíris, quem domina é Socáris. Ali as trevas são absolutas. O olho de Rá nada distingue, apesar de seu poder sobrenatural; os mortos também não podem mais enxergar o deus resplandecente.
Nesse ponto, o rio está infestado de serpente, que se confunde com a massa agitada de répteis e consegue passar facilmente. Outros garantem que ele não modifica nada, mas coloca seu navio sob a proteção de Mehem, a serpente divina. Tudo acontece em meio a uma escuridão tão profunda que se pode compreender que os homens deem explicação tão diferente para esse episódio. O que importa é que o Sol deixa são e salvo essa zona perigosa, e em seguida sua barca avança lenta e facilmente. Dois peixes seguem, um de nadadeiras cor -de -rosa e outro de nadadeiras lápis – lazúli. De repente, eles lançam um alerta, e Rá percebe que é chegada a hora de enfrentar seu pior inimigo.
Realmente, ora brotando do fundo do abismo, ora enrodilhada em torno de um pico rochoso, ergue-se a silhueta ameaçadora e gigantesca da serpente Apópis, um monstro de quatrocentos e cinquenta côvados, que ataca o Sol toda manhã e todo entardecer. Se for derrotado, Rá desaparecerá, e uma desordem inimaginável se instalará no universo. De certo modo será o fim do mundo, a morte definitiva de todo o cosmo. No decorrer desse combate, Rá precisa usar todo os seus poderes mágicos. Ás vezes, quando os dois se defrontam, o imenso corpo de Apópis esconde o grande Rá. Nesse momento, o sol para de brilhar, e os homens assistem a um eclipse. Rá no entanto, sempre consegue vencer o terrível réptil, que não desanima: o monstro sempre volta ao ataque.
A vitória do deus Rá é o auge de sua navegação noturna e subterrânea. Ao atravessar uma porta monumental, o sol volta a brilhar no mundo dos vivos. Para grande alegria dos homens, o dia finalmente renasce.
O egito
O EGITO E SUAS LENDAS.
O nascimento do mundo
O corpo de Nut,
Deusa do céu, é sustentado
Por Chu, o ar
No Egito, costuma-se dizer que não havia nada, a não ser o Num – o oceano
sem praias, cujas ondas iam estourar na imensidão das trevas. Depois, do
fundo das águas foi emergindo uma massa indistinta de areia e lama.
Foi nessa ilhota minúscula que surgiu um ovo, de superfície lisa e perfeita. De dentro dele irrompeu triunfante o deus Rá, o Sol - ás vezes chamado Amon -, que inundou o espaço com sua luz ofuscante. Rá imediatamente se dedicou à tarefa de dar à luz seus filhos e, desse modo, criar e ordenar o mundo. Assim surgiram Geb, Deus da Terra, e sua irmã Nut, deusa do céu. Nut recurvou-se em volta da terra com seu imenso corpo repleto de estrelas, até que os braços e as pernas se encontrassem. No centro, Chu, o ar sustenta o ventre de Nut, que forma a abóbada celeste. Á noite, Consu, deus da Lua, domina os céus – quando Rá abandona o mundo visível e se recolhe ao amanti, o mundo subterrâneo.
Quando a revolta se acende
De onde vem esses grito, esses apelos à revolta, que batem na cara do deus Sol? Jorram da boca dos homens, miseráveis criaturas. No principio respeitoso, eles se mostravam dóceis diante das vontades divinas, mas agora alguns deles já tomam a audácia, e a cada dia cresce o exército dos insubmissos. Tolos! Como o pai de todos os deuses poderia teme-los? No entanto a ingratidão dos humanos incomoda Rá, que resolve aconselhar –se com os outros deuses.
---- Pai ----- dizem ----, mostra a esses rebeldes a terrível cólera de teu olho todo-poderoso.
Imediatamente, o olho de Rá, geralmente personificado na tranquila vaca Hátor, assume a forma terrível de Secmet, uma deusa com corpo de mulher e cabeça de leão. Essa divindade sanguinária joga-se sobre os homens e semeia o terror entre eles. Massacra muitos humanos, sem distinguir inocentes ou culpados, e não se cansa de usar as garras e os dentes. A carnificina não agrada Rá. Embora ele queira acabar com a revolta, não deseja que a humanidade desapareça. Dirige-se a Secmet e ordena-lhe que pare, mas ela desobedece e continua a perseguir os homens. Sabiamente Rá espera até a noite, quando Secmet, exausta, deita-se e adormece. Nesse momento, Rá envia mensageiros até a ilha de elefantina, em busca de plantas e romã de sumo vermelho, e manda que as amassem e as misturem com um pouco de sangue da vitima de Secmet. Depois, tudo é adicionado a grande quantidade de cerveja, e enchem-se setecentos cântaros com a poção. Em seguida, os mensageiros levam silenciosamente a bebida para junto da assassina adormecida
Os egípcios às vezes
Representam o céu sob a
forma de uma vaca
ao acordar, Secmet tem sede e encontra o elixir feito por Rá.
Bebe tanto que logo fica embriagada e se afasta, sem pensar mais em fazer mal aos homens. Preocupado em evitar outra matança, Rá ordena que, dali por diante, todos os homens façam regularmente oferendas de cerveja a Secmet, a fim de acalma-la.
Nesse período, a terra do Egito conheceria nova onda de violência: no intuito de agradar ao deus Sol, os fieis de Rá executam os revoltados. É bem verdade que se trata de uma vingança justa, mas Rá é um deus pacifico, e os sacrifícios humanos causam-lhe repulsa. Assim, Rá determina que no futuro, quando um homem ofender os deuses, seja sacrificado um animal em lugar dele – um boi, uma gazela, um pássaro... os últimos inimigos de Rá dispersam-se, e o Sol continua a reinar sobre os egípcios e protege-los, enquanto os fugitivos vão constituindo diversos povos em torno da terra do Egito: ao sul, os núbios ; ao norte, os asiáticos; a oeste, os líbios; a leste, os beduínos.
O nascimento do mundo
O corpo de Nut,
Deusa do céu, é sustentado
Por Chu, o ar
No Egito, costuma-se dizer que não havia nada, a não ser o Num – o oceano
sem praias, cujas ondas iam estourar na imensidão das trevas. Depois, do
fundo das águas foi emergindo uma massa indistinta de areia e lama.
Foi nessa ilhota minúscula que surgiu um ovo, de superfície lisa e perfeita. De dentro dele irrompeu triunfante o deus Rá, o Sol - ás vezes chamado Amon -, que inundou o espaço com sua luz ofuscante. Rá imediatamente se dedicou à tarefa de dar à luz seus filhos e, desse modo, criar e ordenar o mundo. Assim surgiram Geb, Deus da Terra, e sua irmã Nut, deusa do céu. Nut recurvou-se em volta da terra com seu imenso corpo repleto de estrelas, até que os braços e as pernas se encontrassem. No centro, Chu, o ar sustenta o ventre de Nut, que forma a abóbada celeste. Á noite, Consu, deus da Lua, domina os céus – quando Rá abandona o mundo visível e se recolhe ao amanti, o mundo subterrâneo.
Quando a revolta se acende
De onde vem esses grito, esses apelos à revolta, que batem na cara do deus Sol? Jorram da boca dos homens, miseráveis criaturas. No principio respeitoso, eles se mostravam dóceis diante das vontades divinas, mas agora alguns deles já tomam a audácia, e a cada dia cresce o exército dos insubmissos. Tolos! Como o pai de todos os deuses poderia teme-los? No entanto a ingratidão dos humanos incomoda Rá, que resolve aconselhar –se com os outros deuses.
---- Pai ----- dizem ----, mostra a esses rebeldes a terrível cólera de teu olho todo-poderoso.
Imediatamente, o olho de Rá, geralmente personificado na tranquila vaca Hátor, assume a forma terrível de Secmet, uma deusa com corpo de mulher e cabeça de leão. Essa divindade sanguinária joga-se sobre os homens e semeia o terror entre eles. Massacra muitos humanos, sem distinguir inocentes ou culpados, e não se cansa de usar as garras e os dentes. A carnificina não agrada Rá. Embora ele queira acabar com a revolta, não deseja que a humanidade desapareça. Dirige-se a Secmet e ordena-lhe que pare, mas ela desobedece e continua a perseguir os homens. Sabiamente Rá espera até a noite, quando Secmet, exausta, deita-se e adormece. Nesse momento, Rá envia mensageiros até a ilha de elefantina, em busca de plantas e romã de sumo vermelho, e manda que as amassem e as misturem com um pouco de sangue da vitima de Secmet. Depois, tudo é adicionado a grande quantidade de cerveja, e enchem-se setecentos cântaros com a poção. Em seguida, os mensageiros levam silenciosamente a bebida para junto da assassina adormecida
Os egípcios às vezes
Representam o céu sob a
forma de uma vaca
ao acordar, Secmet tem sede e encontra o elixir feito por Rá.
Bebe tanto que logo fica embriagada e se afasta, sem pensar mais em fazer mal aos homens. Preocupado em evitar outra matança, Rá ordena que, dali por diante, todos os homens façam regularmente oferendas de cerveja a Secmet, a fim de acalma-la.
Nesse período, a terra do Egito conheceria nova onda de violência: no intuito de agradar ao deus Sol, os fieis de Rá executam os revoltados. É bem verdade que se trata de uma vingança justa, mas Rá é um deus pacifico, e os sacrifícios humanos causam-lhe repulsa. Assim, Rá determina que no futuro, quando um homem ofender os deuses, seja sacrificado um animal em lugar dele – um boi, uma gazela, um pássaro... os últimos inimigos de Rá dispersam-se, e o Sol continua a reinar sobre os egípcios e protege-los, enquanto os fugitivos vão constituindo diversos povos em torno da terra do Egito: ao sul, os núbios ; ao norte, os asiáticos; a oeste, os líbios; a leste, os beduínos.
EXPLORAÇÕES NA ÁFRICA.
EXPLORAÇÕES NA ÁFRICA.
Quase toda as nações européias do século XIX participaram da corrida pela
posse de terras africanas. Para isso evocavam motivos econômicos, razões estratégicas, questões de prestigio. O Continente Negro foi completamente
repartido, sem levar em conta características étnicas, sociais ou políticas. Populações inteiras foram divididas entre duas ou mais administrações
diferentes. Por outro lado, também se uniram, sob um governo
A partilha da África definiu-se na segunda metade do século XIX,
mas sua ocupação e exploração já começaram bem antes. Numerosos
exploradores, freqüentemente financiados por seus governos e sob
pretextos científicos, lançaram à tarefa de esmiuçar o interior do
Continente. Apoiadas por razões políticas, interesses científicos
ou religiosos – mais do que pelo espírito de aventura -, pequenas
caravanas abriram caminho para grandes empresas de caráter colonialista.
NA TRILHA DO CIENCIA.
Seguindo geralmente o curso dos rios, os exploradores europeus do
século XIX e pouco antes revelaram ao mundo as riquezas naturais
da África e solucionaram quase todos o seus enigmas geográficos.
Constatou-se o contraste entre tribos primitivas e outras que,
após um período de esplendor,estavam decadentes. Todas, porem,
indefesas ante o poderio europeu, ávido de matérias- primas e
de novos mercados comerciais.
No quadro ao lado estão relacionadas algumas datas
importantes da exploração do continente africano.
TUDO COMEÇOU ASSIM.
A história da colonização africana inicia-se quando os portugueses
conquistam Ceuta, em 1415. Até o século XV, os habitantes da África
tinham pouco contato com os europeus,sofrendo mais fortemente a
influencia islâmica.
Em 1453, o comercio da Europa com a longínqua Índia foi
seriamente abalado: os turcos otomanos dominam Constantinopla e
ocupam pontos estratégicos no litoral africano, ganhando o controle
da navegação no Mediterrâneo. Tornou-se necessário encontrar uma
nova via de acesso às riquezas do Oriente, e não restava outro
caminho senão contornar a costa atlântica da África. Foi a rota
que Vasco da Gama abriu em 1498.
Os turcos deram ao Norte da África uma organização política
firmada no poder de chefes militares locais, que apenas pagavam
impostos a Constantinopla. A esses governantes coube tomar
iniciativas para a exploração do território. Dos conflitos internos
nessa região - chamada em árabe Maghreb, isto é Ocidente – surgiram
os contornos das atuais Tunísia, Argélia e Marrocos.
Os portugueses interessaram-se pela África como fonte de ouro,
marfim, pimenta e escravos. E também como ponto ideal para a
instalação de entrepostos comerciais que balizassem e protegessem
o caminho marítimo das Índias. Abaixo da linha do equador, os lusos
ocuparam posições que foram a origem de Angola e Moçambique, e cujo
objetivo era o ouro da Rodesia e a prata do sul do Congo.
O tráfico de escravos, que abastecia as plantações do Brasil,
era um monopólio dos portugueses até 1580,quando os franceses
,holandeses e ingleses entraram na competição. Esse comércio de
escravos despovoou grandes áreas: os centros fornecedores foram
divididos entre as companhia de comércio, e assim iniciou-se a
penetração no interior do continente. Na segunda metade do século
XVIII, o trafico estendia-se até Angola, quando antes abrangia
uma faixa litorânea de 3500km entre a Mauritânia e o Congo.
Só em 1795 os holandeses iniciaram a colonização na
África meridional estabelecendo-se ali com grupos de agricultores
e pastores. Assim se instalaram os chamados bôeres
( em holandês, camponeses).
Nesse fim do século XVIII,também Napoleão Bonaparte empenhou-se
em dominar o Norte da África, para afastar o poderio
inglês do Mediterrâneo. Sua derrota criou condições para
que o Egito tivesse governo centralizado, sob Mohamed – Ali,
e conhecesse um período de fastigio que durou menos de um século:
ao fim do século XIX, o domínio britânico põe novamente a
perder a independência egípcia
No Sul da África, em ação conjunta com os bôeres, os ingleses
se apropriam das melhores terras dos nativos. Mas em seguida,
pressionados os bôeres holandeses emigram para a região dos rios
Vaal e Orange, entre 1834 e 1848, fundando dois estados: Orange
e Transvaal;
A colonização da Argélia foi iniciada com a invasão dos franceses,
em 1830.
UM CONTINENTE ABERTO.
Após 1870, a África ainda é um Continente aberto à expansão do capitalismo
europeu, um palco de disputa internacional. Reações sanguinolentas dos
nativos já tinham sido registradas durante as primeiras intervenções
estrangeiras. Protegendo-se, os colonialistas organizaram a partilha
política da África na Conferência de Berlim, de 1878. O chanceler Bismarck
apoiou as pretensões francesas no Norte da África, e em 1883 foi instaurado o protetorado francês na Tunísia: a dinastia do local continuava no governo,
mas sob tutela política e financeira da França. A Inglaterra, apoiando chefes locais na repressão a tribos revoltadas, acabou por ocupar todo o vale do rio Nilo. Impôs seu controle ao Egito no Norte, à Cidade do Cabo no Sul e, seguindo a rota do Nilo, avançou para o sul até Niassalândia, atual Malawi.
Portugal conservou Angola e Moçambique, e a Espanha ficou com uma parte do Marrocos (o Saara espanhol) e do Rio do Ouro. Os únicos estados africanos que permaneceram independentes, no fim do século XIX, foram a Etiópia e a Libéria, esta uma republica negra que nasceu da colônia fundada por missionários norte-americanos em 1847, entre a Serra Leoa e a Costa do Marfim.
O DOMINIO DO CONGO.
O Congo era disputado por franceses e belgas. O Rei Leopoldo II da Bélgica valeu-se da Associação Internacional para civilização da África (fundada em 1788 pela Inglaterra e cuja presidência ocupava) para ditar as cartas. A serviço do rei belga, o explorador Stanley anexou em 1879 os territórios congueses ,enquanto outro aventureiro, Brazza, conseguia para a França a parte do sul da do Congo. Sob a proteção pessoal de Leopoldo II, o Congo tornou-se um estado independente em 1885. concessionários iniciaram a exploração intensiva do território até que em 1908 o Congo se tornou colônia belga.
A Alemanha e a Itália disputaram a África tardiamente,devido aos problemas internos que enfrentaram para sua unificação política. Bismarck , primeiro ministro alemão, preferindo manter a posição de liderança que seu país conquistara nos negócios da Europa, declarou certa vez que a amizade da Inglaterra valia mais, para ele que “vinte colônias pantanosas na África”. Mas não demorou a convencer-se – graças a argumentação decisiva dos comerciantes, industriais e magnatas da navegação alemã – de que devia entrar na competição coma própria Inglaterra para a posse das “colônias pantanosas”. Em 1884 Bismarck proclamou o protetorado alemão sobre o Sudoeste africano. Conseguiu por meio de tratados com os chefes locais, o Togo, os Camarões e territórios na África centro – ocidental (atual Tanzânia). Mas tudo isso foi perdido após a I Guerra Mundial.
A AÇÃO ITALIANA E INGLESA.
A Itália por volta de 1888,também pretendeu apoderar-se de territórios ainda não conquistados. Começou submetendo a Somália , na costa oriental da África, e depois tentou reduzir a Etiópia a um protetorado. O resultado foi uma das derrotas militar mais desastrosa jamais sofrida por uma nação européia. As forças italianas foram completamente dizimadas pelos abissínios, e até 1935 não seria tentada nova conquista. As aquisições italianas neste período, Trípoli e Cirenaica,foram unidas sob a denominação de Líbia.
No Sul da África, a descoberta de minas de ouro e diamantes ocasionou a campanha da Inglaterra contra os Bôeres, cujas repúblicas de Orange e Transvaal foram cercadas e atacadas em 1899. A resistência bôer foi heróica e houve protestos contra a violência dos ingleses, nos últimos anos do governo da Rainha Vitória. Vencendo a guerra, os ingleses anexaram Orange e o Transvaal às terras de Natal e colônia do Cabo, criando um novo domínio britânico: a União Sul Africana.
RESISTÊNCIA E CONSCIÊNCIA.
No começo do século XX, resistiam ainda ao imperialismo europeu o Marrocos, que seria conquistado pelos franceses, e a Líbia, derrotada pelos italianos – ambas na África do Norte. Como resultado da campanha colonialista, uma minoria branca passou a dominar milhões de negros africanos, mobilizados para trabalhar em grandes empresas de engenharia, industria e agricultura. A mão- de- obra é barata, a dignidade da vida humana muitas vezes é impunemente desrespeitada. Mas aos poucos forma-se uma elite de jovens lideres nativos quem estudando na Europa, tomam consciência da situação e iniciam um movimento de libertação. Mas essas já é uma outra história, a história da África Livre.
A CONQUISTA DO TERRITÓRIO AFRICANO.
1797 – Mungo Park retorna a Londres, após ter explorado o curso do rio Gâmbia, no Senegal, e descobrir a verdadeira direção do rio Níger, onde havia ouro em quantidade.
1828 – René Caillié, disfarçado de mendigo muçulmano,foi desde a Serra Leoa até Timbuctu, e de lá para o Marrocos. Foi o primeiro a levar á Europa noticias diretas de Timbuctu,lendário centro de jazida auríferas. Soube-se assim que não era acidade fabulosa enaltecida pelos viajantes, mas uma sonolenta aldeia que se erguia em meio ao extenso areal do Saara.
1830 – Os irmãos Lander descobrem a nascente do rio Senegal.
1849 – David Livingstone atinge o lago Ngami.
1850 – Heinrich Barth atinge o Chade e visita suas margens, enquanto seu companheiro Overweg explora o rio em canoa.
1854 – Livingstone descobre as quedas do rio Zambese.
1855 – Barth retorna a Inglaterra , depois de ter visitado Timbuctu e descido o rio Níge, até Say
1859 – Henri Duveyrier permanece com os tuaregues do Saara, levando alguns chefes desses nativos a Paris.
1871 – Livingstone, que acompanhou o curso do rio Luluaba, confundindo – o com o Nilo, retorna doente a Tanganica. Ai encontra Stanley, enviado pelo jornal – americano”New York Herald Tribune” para procurá-lo.
1871/72 – Exploração de Stanley e Livingstone no Norte de Tanganica, após o que se separam.
1876/77 – Stanley desce o rio Congo até o Atlântico.
1883 – Expedições de Charles de Foucauld no Sul do Marrocos.
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Texto da Revista Conhecer Abril Cultural.nº 56
sábado, 26 de novembro de 2011
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (12/07/1975)
A África é composta por 55 países independentes, sendo 49 continentais e 6 insulares. Ainda por 4 províncias (territórios nacionais) e mais de 10 territórios estrangeiros. Abaixo, lista de países africanos, cada um com sua respectiva capital e sistema monetário.
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (12/07/1975)
ex-Colônia Portuguesa
Animal-símbolo: Papagaio-cinza / Grey Parrot (Psittacus erithacus) e falcão ou milhafre-preto (espécie de ave de rapina) / Black Kite (Milvus migrans); aparece em um único selo emitido na série Pássaros de 15/06/1993; ambos aparecem no Brasão de Armas.
Lema: “UNIDADE – DISCIPLINA – TRABALHO” (português), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas. Como suportes heráldicos aparecem os dois animais símbolos, à esquerda o falcão e à direita o papagaio, ambos seguram o Escudo ovular, cujo interior contém uma palmeira. No topo consta uma fita com a denominação oficial do país e, na base, outra fita com o Lema Nacional.
Bandeira Nacional da República Democrática de São Tomé e Príncipe: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e duas estrelas de 5 pontas pretas que representam as ilhas que compõem o arquipélago: a ilha de São Tomé e a ilha de Príncipe. O cor verde simboliza a vegetação luxuriante que caracteriza a flora do Arquipélago. Um triângulo isósceles está no lado esquerdo, na tralha, cuja cor vermelha evoca o sangue derramado no decorrer da luta pela Independência. O cacao, principal produção do país, está representado pela cor amarela da banda central.
São Tomé & Príncipe – Democratic Republic of Sao Tome and Principe
Capital – Cidade de São Tomé.
Situação do país – Oeste da África, ilhas no Golfo da Guiné, straddling do Equador, oeste de Gabão.
Clima – tropical; quente e úmido; estação das chuvas (outubro a maio). Terreno – vulcânico e montanhoso.
Religião – Cristianismo 80% (católicos, evangélicos protestantes, adventistas do sétimo dia).
Moeda (numismática) – Dobra (STD) (1 USD = 13.000 Dobras), dobra – palavra derivada do verbo português dobrar.
Descobertas e aclamadas por Portugal no século XV, as ilhas que tinham como base da economia o açúcar, passaram ao café e o cacau no século XIX. Toda plantação foi de trabalho escravo...
Até 1975, São Tomé e Príncipe era governado por um Governador-Geral. Embora independente desde 1975, reformas democráticas não foram instituidas até os últimos anos de 1980s. As primeiras eleições livres foram realizadas em 1991...
Ilha de São Tomé (tem como capital a cidade de São Tomé e está dividida em 6 Distritos):
Água Grande – São Tomé, Trindade; com o Ilhéu das Cabras
Cantagalo – Água Izé?, Ribeira Afonso (Boca do Inferno)
Caué – Porto Alegre, Ribeira Peixe, São João dos Angolares; picos: Cabumbé (1.403 m), Cão Grande (663 m); com o Ilhéu das Rolas
Lembá – Neves, Santa Catarina; picos: Pico de São Tomé (ponto mais elevado do país, com 2.024 metros de altitude), Zagaia (942 m), Queijo (869 m)
Lobata – Guadalupe, Madalena, Santo Amaro
Mé-Zóchi – Pousada Boa Vista, Santana; com o Morro Esperança (1.312 m)
Ilha do Príncipe (tem como capital a cidade de Santo Antônio e apenas 1 Distrito: Pagué) – Cidades: Belo Monte, Infante Don Henrique, Oeste São Joaquim (com a Baía das Agulhas), Porto Real, Santo António, Sundi etc. Ilhéus: Ilha do Bom Bom, Boné de Jokei, Portinho. Picos: Pico de Príncipe (948 m), Pico de Mencorne (921 m), Pico Papagaio (680 m)...
Grupos étnicos mestiços, angolares (descendentes de escravos angolanos), forros (descendentes de escravos livres), servicais (trabalhadores contratados de Angola, Moçambique e Cabo Verde), tongas (crianças nascidas de servicais nas ilhas), europeus (portugueses), compõem a população de nacionalidade santomense ou são-tomense...
População: 169.000 (Nações Unidas, 2005). O idioma oficial é o português. Localmente, também se fala crioulo.
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REPÚBLICA DAS SEICHELES (29/06/1976)
Animal-símbolo / Ave Nacional: Papagaio-preto-seichelense (selo abaixo)
Lema: “FINIS CORONAT OPUS” (“O Fim Coroa a Obra” ou “O Resultado Compensa o Trabalho”, em latim) – “The End Crowns the Work” (inglês) – “La fin couronne le travail” (francês) – “El Fin Corona la Obra”, que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. No centro do Escudo há um coqueiro e uma tartaruga embaixo sobre um solo ervado. Em segundo plano aparece uma ilha e um navio à vela no oceano... Entronado por um elmo de prata e uma ave tropical / Red-tailed Tropicbird (Phaethon rubricauda), o Escudo é suportado por dois espadartes / Swordfish (Xiphias gladius).
Bandeira Nacional da República das Seychelles: Adotada em 18/06/1996, os habitantes dizem que as bandas oblícuas simbolizam um país dinâmico em constante movimento para o futuro. A banda azul representa o mar e o céu, a amarela o Sol que ilumina o arquipélago, a vermelha representa a gente e seu trabalho em união para o futuro. A banda branca representa a justiça social e a harmonía, a verde representa o entorno natural.
Republic of Seychelles – Seychelles Islands
Capital – Victoria (SC), localizada na Ilha de Mahé.
Religião – Cristianismo – católicos 90%, anglicanos 8%, outros 2%.
Moeda (numismática) – rupia seichelense / Seychellois rupee (SCR); sistema monetário “rupia”.
O arquipélago é composto por mais de 100 ilhas e ilhotas... Sua localização na costa africana do Oceano Índico, um grupo de ilhas ao norte de Madagascar, é mostrado no bloco (abaixo) emitido em 1971 (Scott: 284).
História
Os portugueses chegam nas ilhas em 1505... Foi colonizado pela França em 1768, mas capturada pelo Reino Unido em 1794. As ilhas passaram ao domínio britânico em 1814, pelo Tratado de Paris.
Anexadas à Colônia de Maurício e governadas como dependência dessa, as ilhas estão localizadas a 1.100 milhas a sudoeste de Maurício. O nome do arquipélago vem de Vicomte Moreau des Séchelles, controlador geral das finanças quando houve a possessão de Mahé em 01/11/1890.
Foram separadas como Colônia em 1903 e proclamaram uma república independente em 1976. O selo mostra o mapa da capital do país, Vitória, em 1781 quando domínio francês, e comemora o bicentenário da cidade (Scott: 422).
O Território Britânico do Oceano Índico é um grupo de ilhas que forma o Arquipélago de Chagos (Diego Garcia), localizado ao norte das Ilhas Maurício
População: 79.326 (2000)... Os idiomas oficiais são o inglês e o francês, mas também é falado o crioulo de Seychelles (Seychellois Creole), também denominado Kreol ou Seselwa...
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Províncias (Estados) e Territórios Nacionais Atuais:
REPÚBLICA DA GUINÉ EQUATORIAL (12/10/1968)
ex-Rio Muni e Guiné Espanhola
Lema: “UNIDAD – PAZ – JUSTICIA” (“União – Paz – Justiça”, em espanhol) adotado em 1968, que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 21/08/1979. No centro do campo prateado do Escudo aparece uma paineira (árvore de algodão de seda), do gênero Bombax spp. (Silk Cotton Tree), também chamada de árvore-deus (God Tree), da família Bombacaceae, sob a qual se assinou o primeiro tratado entre a Espanha e o governante local. As 6 estrelas de seis pontas representam o território continental (Rio Muni) e as cinco ilhas da Nação (Annobón ou Ano Bom, Bioko ou ex-Fernando Pó, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico).
Bandeira Nacional da República da Guiné Equatorial: Tremulou no dia da Independência da Nação. Apresenta listras tricolor: verde, branca e vermelha (respectivamente, as cores simbolizam a vegetação do país, a paz e a independência), e um triângulo azul (cor que simboliza o mar e conecta as ilhas ao continente) do lado da tralha. No centro aparece o Brasão de Armas, cujo Escudo é branco e não cinza como no Brasão. No entanto, durante a ditadura de Francisco Macías Nguema (1924-1979), regime que durou de 1973 até a sua morte, o Brasão de Armas foi mudado... O Brasão original foi restaurado em 21/08/1979, que trouxe ao poder Teodoro Obiang Nguema...
Republic of Equatorial Guinea – Guinee Equatoriale – République de Guinée Equatoriale
Nome oficial – República de Guinea Ecuatorial.
Capital – Malabo (ilha Bioko). Quando Guiné Espanhola, a capital foi a cidade de Bata.
Religião – Cristianismo 88,8% (maioria católica), religiões tribais 4,6%, Islamismo 0,5%, ateísmo 5,9%, outras 0,2% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – franco CFA. Anteriormente, ekuele e peseta (sistema monetário da Espanha). A palavra peseta é diminutivo de peso. Tal sistema foi utilizado também nos Territórios Espanhóis na África, como as Ilhas Canárias. Peso guineense (1 peso = 100c), o sistema monetário “peso” é utilizado em muitos países que falam o espanhol, no Continente Americano...
Nação pobre, sua parte continental é coberta por florestas e apresenta pouca atividade econômica. Os principais produtos são o café e o cacau. Possui reservas inexploradas de gás natural e petróleo.
O país é formado pelo território de Rio Muni, no continente, e por cinco ilhas, das quais a principal é Bioko, onde está a capital, Malabo. A província insular Bioko era chamada de Fernando Pó ou Fernando Poo na época da colônia.
Os portugueses ocupam a ilha de Fernando Pó (atual ilha Bioko) no século XV. Nos séculos seguintes, o local serve de base a espanhóis e ingleses. Em 1856, a Espanha funda Rio Muni, a parte continental da Guiné Espanhola...
Em 1964, a Espanha faz um acordo dando autonomia. A independência da colônia é obtida em 1968, quando se forma um governo presidido por Francisco Macías Nguema, que, em fevereiro de 1970, se autoproclama presidente vitalício.
Em 1959, a colônia foi dividida em duas províncias espanholas: Fernando Pó e Rio Muni.
Fangs 80%, bubis 15%, outros 5% (1996), compõem a população (meio milhão de pessoas, 1997) de nacionalidade guinéu-equatoriana. A ex-colônia da Espanha é o único país da África cujo idioma oficial é o espanhol. Também são falados fang, combe, balenque, bujeba, bubi, ibo...
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SPANISH GUINEA
1954 – Caçadores. Scott: 333/334.
Standard ISO: GQ – Adesão UPU: 24/07/1970
Entidade governamental: Ministerio de Transportes, Tecnología, Correos y Telecommunicaciones
Operador designado para cumprir as obrigações decorrentes da adesão à Convenção da UPU: Guinea Ecuatorial de Correos Telecommunicaciones – GECOTEL
Regulador independente distinto da entidade governamental: Nenhum
Fonte: União Postal Universal – UPU (www.upu.int/acts/po/ListeDesEntitesActesDeLUnionPo.pdf), em 24/03/2010.
Oficina Filatelica de la Direccion General de Correos
Malabo – Equatorial Guinea
Localização do país – Oeste da África, no Golfo da Guiné, entre Camarões e Gabão. Características – Estreita planície litorânea margeada por montanhas; relevo acidentado com maciços montanhosos de N a S; território abrangendo as ilhas de Annobón, Bioko, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico.
Divisão administrativa – 4 regiões continentais e 3 insulares. Cidades principais – Bata.
Outras cidades – Acalayong, Aconibe, Acurenam, Anisoc, Ayamiken, Baney, Cogo, Ebebiyin, Evinayong, Luba, Mbini, Mbonda, Medouneu, Micomeseng, Mongomo, Niefang, Nsoc, Riaba.
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PROVÍNCIAS E CIDADES DA
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
O país está localizado no centro da África, nordeste de Angola. Características – bacia do rio Congo (um dos maiores do mundo), com lagos e pântanos (centro e NO), circundada por relevos elevados; planície dos Grandes Lagos (L), com o Lago Tanganica; montanhas (SE).
Abaixo, lista com a Divisão Administrativa, locais de interesse e principais cidades das 11 Províncias:
1 – Kinshasa – Província de Kinshasa (região oeste do país)
Cidade de Kinshasa, ex-Léopoldville, atual capital nacional e capital da província.
2 – Bandundu – Província de Bandundu (região oeste do país)
Fronteiras com a República de Angola, com Cabinda (uma Província de Angola) e com a República do Congo
Lago Mai-Ndombe; Rios: Kasai, Kwango, Kwilu, Lonzo, Wamba
Cidades: Bandundu (ex-Banningville, atual capital da província), Kikwit, Popokabaka
3 – Bas-Congo – Província do Baixo Congo (região oeste do país)
Rio Congo; com estreito acesso ao Oceâno Atlântico
Cidades: Boma, Kasangulu, Kimvula, Lukula, Luozi, Mbanza-Ngungu (ex-Thysville), Madimba, Matadi (capital da província), Moanda (CD), Seke-Banza, Songololo, Tshela
4 – Équateur – Província do Equador (região norte do país)
Rio Congo; Lago: Tumba
Cidades: Boende, Bumba, Gdadolite, Gemena, Ikela, Lisala, Mbandaka (ex-Coquilhatville, atual capital da província – cidade onde passa a Linha do Equador), Mobayi-Mbongo, Zongo
5 – Orientale – Província Oriental ou do Oeste (região nordeste do país)
Fronteira com o Sudão
Rios: Congo, Uele. Lago Alberto, fronteira com Uganda.
Parque Nacional Garamba
Cidades: Aba (CD), Aketi, Bondo, Bunia, Buta, Isiro, Kisangani (ex-Stanleyville, atual capital da província), Mambasa, Mungbere, Titule, Ubundu (ex-Ponthierville)
6 – Kasaï Occidental – Província de Kasaï Ocidental ou do Leste (região central do país)
Rio: Kasai
Parc National de la Salonga* (se extende por duas províncias)
Cidades: Ilebo, Kananga (capital da província), Tshikapa
7 – Kasaï Oriental – Província de Kasaï Oriental ou do Oeste (região central do país)
Parc National de la Salonga* (se extende por duas províncias)
Cidades: Lusambo, Mbuji-Mayi (ex-Bakwanga, atual capital da província, chamada de “capital dos diamantes”)
8 – Maniema – Província de Maniema (região centro-leste do país)
Rio Lualaba
Cidades: Kalima, Kindu (capital da província), Lubutu
9 – Nord-Kivu – Província de Kivu do Norte (região leste do país, norte do Lago Kivu)
Lago Eduardo, fronteira com a República de Uganda
Parque Nacional Virunga; Parque de Rwindi com o famoso Hotel Rwindi
Cidades: Beni, Goma (capital da província), Rutshuru
10 – Sud-Kivu – Província de Kivu do Sul (região leste do país, sul do Lago Kivu)
Lago Kivu, fronteira com a República Ruandesa; Lago Tanganica*, fronteira com a República de Burundi e com a República Unida da Tanzânia.
Parque Nacional Kahuzi-Biega (gorilas); Montanha Mitumba (dois vulcões extintos: Kahuzi e Biéga)
Cidades: Bukavu (capital da província), Fizi, Shabunda, Uvira
11 – Katanga – Província de Catanga, chamada por um período de Shaba (região sul do país)
Lagos: Tanganica, Upemba, Mweru (divisa com a República da Zâmbia)
Rios: Kasai, Lualaba, Lubilash, Luvua
Parque Nacional de Kundelungu; Parque Nacional de Upemba
Distritos:
a) Kolwezi: Dilala, Kolwezi, Lubudi, Manika, Mutshatsha
b) Likasi: Kikula, Likasi, Panda, Tshituru
c) Lualaba: Dilolo, Kapanga, Sandoa
d) Haut-Katanga: Akania, Kambove, Kasenga, Kipushi, Mitwaba, Pweto
e) Haut-Lomami: Bukama, Kabongo, Kamina, Kaniama, Malemba-Nkulu
f) Tanganica (Tanganyika): Annexe, Kabalo, Kalemie (ex-Albertville), Kamalondo, Kampemba, Katuba, Kenya, Kongolo, Lubumbashi (ex-Elizabethville, atual capital da província), Manono, Moba, Nyunzu, Ruashi
Outras cidades: Chingola, Kitwe...
Do lado direito da tela, selo alusivo ao Hotel Inter-Continental, na cidade de Kinshasa (ex-Léopoldville), capital da Nação. Do lado esquerdo, cartão-postal impresso na época do Zaire que mostra aspecto do Hotel Okapi, em Kinshasa.
Do lado oeste da cidade está localizado o Monte Leopoldo, com 380 metros de altitude, “Gare Léo-Ouest”, aos seus pés o Monumento Stanley e o Cemitério dos Pioneiros.
Do lado oposto da cidade, na “Gare Léo-Est”, encontramos o Monumento Alberto I e a Catedral Santa Ana; próximo dalí, a Praça Leopoldo, também a Praça dos Correios (Place de la Poste) e o Museu da Vida Indígena.
Já o “Athénée Royal”, o Memorial Leopoldo II e o Restaurante “Galiema”, são outras atrações. O Jardim Zoológico de Léopoldville está localizado a dois quarteirões do Mercado Indígena.
A atual Katanga é a província mais rica do Congo, devido aos seus depósitos de cobre, cobalto e urânio. Compreende o sul do Congo, faz fronteira no sudoeste com Angola, no sudeste com a Zâmbia e ao leste com o lago Tanganica.
Katanga tentou ser um Estado autônomo quando o caos se instalau em julho de 1960, após a independência que o país obteve da Bélgica. Enquanto tropas congolesas amotinadas atacavam os belgas e, os Estados Unidos, assim como a União Soviética, interviam dando suporte para facções rivais do governo, Moise Tshombe declarou a secessão de Katanga...
As tropas do governo moveram-se contra Katanga em agosto de 1960, mas foram barradas no estado de minas de diamante de Kasai e massacraram centenas de pessoas das tribos Baluba.
As Nações Unidas enviaram tropas para restaurar a ordem no Congo e, eventualmente, comandar o território à força, na capital de Katanga, Elizabethville (agora Lubumbashi), onde eles lutaram com os soldados de Tshombe.
Paralelamente, Joseph Mobutu deu um golpe militar em setembro de 1960, depondo o Primeiro Ministro Patrice Lumumba e expulsando a Embaixada Soviética. Lumumba, um homem corajoso mas instável, foi morto em circunstâncias misteriosas...
Em setembro de 1961, o Secretário Geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjold (1905-1961), levou uma missão para tentar reconciliar Tshombe com o governo central...
Mas Hammarskjold foi morto em um acidente de avião. As tropas das Nações Unidas disputaram diversas batalhas com as forças de Tshombe...
Embora uma luta ao redor de Elizabethville, em dezembro de 1962, derrotou os soldados, Tshombe deu fim a separação e aceitou o Plano Nacional de Conciliação das Nações Unidas, em janeiro de 1963. Dezoito meses de negociações o apontaram para Primeiro Ministro, mas ele foi para o exílio em 1965.
Sob Mobutu, Katanga foi renomeada Shaba. Tornou-se Katanga novamente em 1997, após Mobutu ter sido exilado...
11/07/1960 – Onze dias após a independência do Congo, a Província de Katanga anunciou sua secessão.
Katanga é a mais rica das 11 províncias da República Democrática do Congo devido aos seus depósitos de cobre, cobalto e urânio. Localizada no sul do país, faz fronteira no sudoeste com Angola, no sudeste com a Zâmbia e ao leste com o lago Tanganica. A cidade de Lubumbashi (ex- Elisabethville) é a atual capital da Província de Katanga.
Katanga tentou ser um Estado autônomo quando o caos se instalou em julho de 1960, após a independência que o país obteve da Bélgica. Enquanto tropas congolesas amotinadas atacavam os belgas e, os Estados Unidos assim como a União Soviética interviam dando suporte para facções rivais do governo, Moíse Tshombe declarou a secessão de Katanga, em 11/07/1960 (onze dias após a independência do Congo)... Tropas de diversos países são enviadas pela ONU (inclusive do Brasil), para restabelecer a ordem, o que ocorre em 1963, com a fuga de Tshombe...
A Operação das Nações Unidas no Congo – ONUC (sigla vinda da tradução francesa “Organisation des Nations Unies au Congo”) foi estabelecida em 1960 para prover assistência militar, manter a ordem e proteger a unidade congolesa, e para prover assistência emergencial e técnica operacional.
Os quartéis generais da ONUC foram estabelecidos na província separatista de Katanga, durante a guerra civil, que durou de 1960 a 1965.
Entretanto tal data não é reconhecida como o dia do armistício – suspensão das hostilidades entre beligerantes como resultado de uma convenção, sem contudo pôr fim à guerra.
E, ainda, a cidade de Ndola não está situada no Congo, mas sim na Zâmbia! Parece que o Secretário Geral das Nações Unidas (Hammarskjold), aquele que morreu no acidente de avião, viajava para Ndola, em 17/09/1961...
Estado Autônomo do Sul de Kasaï
Após a independência congolesa, Albert D. Kalonji proclamou em 9/8/1960, a região sul da atual Província de Kasaï Oriental, como Estado Autônomo do Sul de Kasaï e designou a si próprio como Chefe Supremo do Povo Muluba e Protetor das Tribos Associadas.
A região compreendia em volta da cidade de Bakwanga, atual Mbuji-Mayi (veja mapa abaixo). Em 30/3/1961, o Grande Conselho dos Chefes concedeu a ele o título de “Mulopwe” (rei ou imperador). O Estado autônomo foi abolido em outubro de 1962, pois o governo central reconquistou o controle da região...
O Estado Autônomo do Sul de Kasaï foi razoavelmente prolífero emitindo selos, apesar de sua breve existência... Emitiu seus primeiros selos em 20/06/1961 – selos do Congo Belga remarcados “ETAT AUTONOME DU SUD KASAI” (números: 1/19) e alguns foram sobretaxados, embora esses somente foram vendidos na Agência Central Filatélica de Bruxelas...
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HISTÓRIA DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Até o contato com os portugueses no século XV, a região é habitada por tribos que praticam agricultura itinerante e criação de animais, e pagam tributos ao Reino do Congo. Tornou-se colônia portuguesa depois da exploração em 1482.
Os portugueses fundam cidades como Luanda (1576) e Benguela (1617) que servem de base para o comércio de escravos. O tráfico escravo floresceu causando atrito e guerra no começo do século XVII. Explorando rivalidades tribais, os portugueses expandem seus domínios... Dez mil escravos foram exportados anualmente de Luanda...
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 3 milhões de angolanos são enviados como escravos para o Brasil...
As fronteiras oficiais são estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que define a partilha da África entre potências europeias... Bem depois, Angola tornou-se Província de Portugal em 1951...
A intransigência do colonialismo português na manutenção das províncias ultramarinas desperta, a partir de 1961, conflitos armados organizados pela União dos Povos Angolanos (UPA). A luta anticolonial divide-se em três grupos que refletem diferenças étnicas e ideológicas:
o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), multirracial e marxista pró-URSS, com predomínio da etnia kimbundu;
a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), anticomunista, sustentada pelos EUA e pelo ex-Zaire, com suas bases na etnia bacongo (norte do país);
e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente de orientação maoísta, mas que depois se torna anticomunista e recebe o apoio da África do Sul. Tem forte presença da etnia ovimbundus (centro e sul).
A rivalidade entre os três movimentos de libertação transforma-se em confronto armado a partir de abril de 1974, quando o governo instalado em Portugal, após a Revolução dos Cravos, anuncia o plano de descolonização.
O Tratado de Alvor, firmado em janeiro de 1975, entre Lisboa e os três grupos, prevê um governo de transição. O fracasso do acordo resulta em uma sangrenta guerra civil entre as facções, que recebem apoio estrangeiro e transformam o país em cenário da Guerra Fria. A maioria dos 350 mil brancos angolanos emigra para a África do Sul, Portugal e Brasil.
Em outubro de 1975, tropas sul-africanas combatem ao lado da Unita, em um ataque a Luanda. Soldados cubanos auxiliam o MPLA, que mantém o domínio sobre a capital. Em 11/11/1975, Portugal sai formalmente de Angola sem reconhecer nenhum dos grupos como governo.
Agostinho Neto, líder do MPLA, é proclamado Presidente da República Popular de Angola, de regime socialista. O Brasil é o primeiro país a reconhecer o novo Estado independente. Abaixo, o bloco que mostra Agostinho Neto, foi emitido por Angola em 1976, para comemorar o Primeiro Aniversário da Independência (Yvert: B4).
Até 1975, Angola (tal como Moçambique) era governada por um Governador-Geral. Cabo Verde, Guiné Portuguesa, São Tomé e Príncipe, Guiné Portuguesa, Índia Portuguesa (esta apenas até 1961), Macau (até recentemente) e Timor Português eram governados por Governadores.
A FNLA dissolve-se no final dos anos 70, mas a Unita mantém sua guerrilha com o apoio da África do Sul e, agora, dos EUA. Com a morte de Agostinho Neto, em 1979, José Eduardo dos Santos assume a Presidência.
A guerra civil continua e, em novembro de 1988, um acordo entre Angola, Cuba e África do Sul define o início da retirada cubana da região, que se completa em maio de 1991. No mesmo mês, o governo do MPLA e a Unita assinam acordo de paz e convocam eleições, as primeiras, realizadas em setembro de 1992 na presença de observadores internacionais, que reconhecem a vitória legítima do MPLA.
José Eduardo dos Santos é confirmado Presidente. Jonas Savimbi, líder da Unita, não aceita a derrota e recomeça a guerra civil. Os combates devastam o país, destroem estradas e desorganizam a vida nacional. Os EUA reconhecem o governo angolano e retiram o apoio à Unita, que controla parte do território.
Acordo de Lusaka – Em novembro de 1994, o MPLA e a Unita assinam novo acordo de paz, em Lusaka, Zâmbia. Para monitorar a desmobilização de tropas e ajudar na transição, o Conselho de Segurança da ONU aprova a Resolução 976, que cria a 3ª Missão de Observação do Processo de Paz.
A operação conta com 7 mil soldados de seis países, entre eles cerca de 1.200 brasileiros. O mandato da 3ª Missão é renovado em fevereiro e maio de 1996 em virtude do atraso no desarmamento dos soldados da Unita.
Em abril de 1996, o governo chega a um acordo de paz com a Frente para a Liberação de Cabinda (norte), província rica em petróleo.
Em junho, a ONU confirma que 50.165 soldados da Unita (81%) haviam entregado suas armas e que completara a desmobilização da Polícia de Força Rápida, do MPLA. A integração desses soldados a um Exército unificado começaria a partir de 1º de julho.
Ainda em junho tem início as negociações com Savimbi, líder da Unita, sobre seu papel como vice-presidente no governo de unidade nacional. Nessa ocasião permanece indefinida o controle sobre áreas mais lucrativas na exploração de diamantes.
O governo de união nacional toma posse em 11/04/1997, mas Savimbi recusa-se a viajar para Luanda e permanece com seus homens no interior.
Dois militares brasileiros que integram as Forças de Paz da ONU são atingidos em uma emboscada quando escoltavam um comboio de caminhões que transportava civis em 18/05/1997: o cabo-fuzileiro naval Aladarte Cândido dos Santos morre e o cabo do exército Samuel Sobrinho Correia fica ferido.
O Presidente José Eduardo dos Santos pede, em junho, que as companhias médica e de engenharia do Exército brasileiro, que participam da missão da ONU, pemaneçam em Angola depois da retirada das tropas da ONU. O Brasil rejeita a proposta e propõe contribuir com ajuda humanitária...
Em junho, o Exército angolano ataca tropas da Unita na tentativa de desocupar uma região rica em diamantes, no nordeste do país. Em 15 de agosto termina oficialmente a participação das Forças Armadas brasileiras na missão da ONU em Angola.
Mas a recusa da Unita em liberar áreas sob seu controle e integrar o governo de união nacional, conforme acertado no Acordo de Lusaka, põe em risco a paz e leva a ONU a suspender, pelo menos até outubro de 1997, a retirada total de suas forças...
Pedro Reinel foi o primeiro cartógrafo português cujo nome é lembrado. Seu filho, Jorge Reinel, foi também outro cartógrafo. Ambos estiveram envolvidos na produção de atlas.
João Freire foi outro cartógrafo português. Ele pintou um atlas manuscrito em 1546, também um mapa sem data do oeste da África.
Congo Português – atual Província de Cabinda
Em 1955, a República Portuguesa de Angola, então Província de Além Mar, emitiu uma série de 8 valores: “Mapas de Angola”, cujos selos mostram o mesmo desenho de um mapa que inclui o antigo Congo Português – atual Cabinda – um distrito mais ao norte de Angola, encravado na República do Congo (país vizinho).
O Porto Pointe-Noire, na República do Congo, faz fronteira com o norte de Cabinda – região que pertence à República de Angola. Hoje, a Província de Cabinda, cuja capital é a cidade de mesmo nome (localizada a 480 quilômetros de Luanda) tem como municípios: Belize, Buco-Zau, Kakongo, Landana e Tchiowa. Abriga também a Reserva Florestal do Kakonda (ou Floresta do Maiombe) e a Cordilheira ou Serra do Muabi.
Histórico sobre a Capoeira Angola no Brasil, por José Carlos Gonçalves
Ao tentarmos compreender a origem dessa manifestação afro-brasileira, nos deparamos com algumas questões. Primeiramente é importante lembrar que, no Governo de Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, o então ministro da fazenda, ordenou a queima de todos os documentos referentes ao sistema colonial escravagista.
Essa decisão foi adotada sob a alegação de que tais documentos seriam um retrato da vergonha nacional, representado pela escravidão. Em função dessa rarefação documental, não vemos alternativa que seja diferente da busca da contribuição de alguns estudiosos sobre o assunto.
Alguns especialistas acreditam ser a capoeira de origem africana, mais precisamente da Ilha de Lubango, na aldeia dos MUCOPES, localizada no sul de Angola.
A cultura dos povos Mucopes não difere dos outros povos africanos no que se refere à diversidade e beleza. Os Mucopes observaram que na época do acasalamento das zebras, os machos, a fim de ganharem a atenção das fêmeas, travavam violento combate.
Daí os jovens guerreiros mucopes, passaram a imitar alguns passos desse ritual ao que denominaram de N`GOLO. Os habitantes dessa aldeia realizavam uma vez por ano uma grande festa com o nome de EFUNDULA, ocasião em que as meninas que já tinham atingido a puberdade e, estando assim prontas para o casamento, teria como marido aquele guerreiro que tivesse a melhor performance na prática do N`GOLO.
Inclusive, além do coração da virgem, era este guerreiro agraciado com a isenção do pagamento de dote. Com o tráfego de escravos para o Brasil, muitos africanos escravizados conheciam a prática do N`GOLO. Com passar do tempo, eles observaram que os movimentos do N`GOLO poderiam ser utilizados como luta, especificamente contra o sistema escravagista.
Anteriormente ao tráfego de escravos, a sociedade brasileira era formada unicamente por índios, os quais já tinham as suas técnicas de agricultura. Dentre várias cabe destacar a COIVARA e a KAPU`ERA.
Os negros escravizados, trazidos para substituir os índios na monocultura de cana-de-açúcar não dispensaram de todo o conhecimento indígena, aproveitando a técnica da KAPU`ERA, o que consistia em cortar o mato baixo para o posterior replantio diferentemente da COIVARA onde os arbustos eram queimados.
A dificuldade imposta pelos senhores de engenho aos africanos contra a prática das suas manifestações culturais urgiu que os escravos buscassem um espaço escondidos para a prática do N`GOLO sendo eleito o espaço denominado KAPU`ERA. Daí o nome desta manifestação.
Conforme estudos sobre o assunto, chegasse a conclusão de que para todos os lugares da América onde aconteceu a diáspora africana é possível encontrar alguma manifestação com suas raízes no N`GOLO.
Nos dias de hoje existem rituais semelhantes ao N`GOLO na Martinica denominado de LADJA, em Cuba é conhecido como MANI...
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QUAL O SEGREDO DA ILHA DE FREDDIE MERCURY?
Texto de Sérgio Sakall (08/2002)
SERÁ A HISTÓRIA?
Em uma ilha, um pequeno ponto do mapa-múndi, próximo à costa da Tanzânia, chamado Zanzibar (mapa abaixo), num dia quente (5) de setembro de 1946, por entre colunas e arcadas, catedrais e minaretes, residências e palácios de sultões, um bebê com uma voz peculiar nasceu... Jer e Bomi Bulsara deram a ele o nome de Farokh Bomi Bulsara (Frederick). Anos mais tarde o mundo inteiro o conheceu como Freddie Mercury.
Aos oito anos, o menino foi mandado para a St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Bombaim, na Índia, onde começou a ser chamado de Freddie pelos colegas. Foi lá também que formou sua primeira banda: The Hectics. Durante os anos seguintes, ele voltava à sua ilha natal somente para as férias.
Em 1963, no entanto, Zanzibar se tornou independente e, em 1964 estava à beira de uma revolução liderada pelo partido africano... Muitos ingleses e indianos tiveram que abandonar a ilha por razões de segurança, entre eles a família Bulsara, que acabou se instalando em Feltham, Middlesex, um subúrbio de Londres. Freddie tinha então, 17 anos.
Muito antes disso, a ilha de Zanzibar e o litoral da Tanzânia (ex-Tânganica) são centros de comércio árabe entre os séculos VII e XVI, quando caem sob o controle de Portugal. Depois os portugueses foram expulsos pelo Sultão de Omã.
Bem mais tarde, ficou nas mãos de alemães que a transformaram em colônia com o nome de África Oriental Alemã. E, por último, Zanzibar vira protetorado britânico, após a Primeira Guerra Mundial.
Liberto (1964) com o nome de República Unida da Tanzânia, o país que foi ocupado pelos árabes, alemães e ingleses, é famoso e tem como maior destaque as suas atrações naturais: parques e reservas de animais selvagens.
Excetuando-se a região vulcânica do Monte Kilimanjaro (5.895 metros de altitude, o mais alto da África), não é menos famoso por abranger em seu território os três maiores lagos do continente africano: Vitória, Tanganica e Malauí.
A Tanzânia situa-se na costa leste, abrangendo uma área de 939.760 km². Banhada pelo Oceano Índico, ainda traz como “prole” o arquipélago de Zanzibar, formado pelas ilhas de Unguja, Pemba e a paradisíaca ilha de Zanzibar.
SERÁ A FÉ?
Como a ilha foi dominada por diversos povos, de diferentes etnias, credos e culturas, os residentes atuais formam uma miscigenação extraordinária de raças. São africanos, árabes, indianos, entre outros, refletindo a sua importância como centro comercial de outrora. Eles praticam na religião, por exemplo, muito, muito além do Cristianismo. Os adeptos também reúnem o Islamismo, o Hinduísmo e inúmeras crenças tradicionais nativas. A liberdade religiosa da ilha lembra a de nosso país, com uma pequena diferença: o ensino religioso é incentivado nas escolas públicas.
Com tantos muçulmanos circulando pela ilha, a primeira impressão é a de que outras raças jamais colocaram os seus pés ali. Ledo engano, pois caminhando pelas quase infindáveis ruelas estreitas da zona central, conhecida como Cidade de Pedra (Stone Town), encontram-se em meio às antigas arquiteturas e ruínas muitos outros tipos de casas oferecidas a Deus, até aos deuses.
Existem mais de 50 mesquitas, mas apenas quatro delas têm minaretes que, mesmo entre algaravia de vozes e zurros, fazem escutar aos seus chamados de preces vespertinas... Isso é maravilhoso... Há a igreja católica, a protestante e, vários outros templos: hindu, ismaili, pharsee, sunnis.
Ao lado da Mesquita Ibadhi está a igreja católica romana, Catedral de São José, construída no final do século XIX (1897-1900) por membros da missão francesa. Seu edifício foi desenhado pelo mesmo arquiteto da Basílica de Marselha, na França. Naquelas terras, também fotografei a cúpula do Templo Hindu Shakti (casa religiosa oferecida aos diversos deuses indianos)...
A Igreja Anglicana Catedral de Cristo (foto abaixo, lado direito) foi construída em 1873-1879, no mesmo local onde havia o último mercado de escravos... A pedido do Sultão Bargash, sua torre deveria ser mais baixa do que a da Casa dos Sonhos...
AS PARTICULARIDADES?
As muitas ruazinhas estreitas, tortuosas e cheias de pequenas lojas ou bazares da terra de Freddie lembram alguma cidade “secreta” da antiga Europa. Pé ante pé, caminhando-se por essas ruas onde raças, especiarias raras e frutos tropicais se misturam, talvez, entra-se em um universo de segredos das mil e uma noites.
Os vários idiomas ditos às portas do confuso mercado municipal lembram qualquer polo turístico de nosso planeta. Embora as línguas oficiais do país sejam o inglês e o suaíle, também são falados vários dialetos regionais misturados com a língua árabe que é largamente falada em Zanzibar. Uma verdadeira Babilônia!
A língua suaíle (kiswahili ou swahili escrita de outras formas) é chamada de kiunguju, em Zanzibar. Da ilha transmite-se a Rádio que leva o mesmo nome, na frequência de 6015kHz. A emissora pode ser captada no Brasil após a meia-noite. A programação é em suaíle, de bom jornalismo, com vários correspondentes e muitas vozes femininas. Confira!
SERÁ A CULINÁRIA?
Na culinária a diversidade é a mesma. À primeira vista, bastante homogênea com países vizinhos, pois se houver um prato que traz o nome em suaíle, com certeza ele deverá conter entre seus ingredientes coco ou banana. Frequentemente, o leite de coco é utilizado com o curry em diversos tipos de prato, já as bananas são utilizadas em ensopados e, acreditem, no feijão.
Entretanto, por circundar as margens de um oceano, não deve haver quem resista a um exótico prato de frutos do mar. Um deles leva o nome de “seafood salad”, a base de peixe, camarões, mariscos, polvo e folhas de salada, custa cinco mil xelins tanzanianos.
Um outro, o “fat fisherman”, é um prato para se saborear delicadamente um peixe grelhado, com lagostas da pedra e camarões graúdos, tudo servido em um bem “gordo” prato decorado com salada fresca verde; custa sete mil e quinhentos.
Se você estiver por lá, conheça o restaurante Mercury’s Bar. De uma de suas mesas, ouça a seleção de músicas orientais, assim como as melhores interpretações de Freddie. Sinta a música “Love of my life” ao mesmo tempo em que vê ao fantástico pôr do Sol seguido do aparecimento de uma lua oriental, aquela lua que mais lembra uma foice de pirata perdida em céus de quem já viu, jamais esquece.
Daí, você entenderá o que disse o guitarrista Brian May que, mesmo quando Freddie já estava muito doente, “sua voz, miraculosamente, se tornava cada vez melhor”.
SERÁ O VENTO?
O vento, um outro elemento que parece não cessar, machuca até as folhas de coqueirais. Aliás, os coqueiros que margeiam a orla de lá são verdadeiras representações fálicas de imponentes deuses que parecem estar de cabelos desarrumados, sempre, sempre.
Talvez este seja o segredo: o vento. Quando a ilha era próspera, o vento nas velas enriquecia, assim como enriqueceu os seus ancestrais...
As primeiras referências escritas sobre Zanzibar apareceram em “The Periplus of the Erythrean Sea”, escrito em 60 d.C. por um mercador grego que vivia em Alexandria. Em seu guia de geografia, o geógrafo egípcio Ptolomeu também mencionou em seu livro a costa da África Oriental, referindo-se a esta terra como “Zenj”, que significa terra de pretos – nome do qual Zanzibar é derivado, provavelmente.
Os califas Abbassid e Ummayad estabeleceram-se na região. A miscigenação foi fatídica com os povos indígenas africanos de Watunbatu, Wahadimu, Wapemba e pequenas outras tribos. O comércio e a vida de Zanzibar também foram descritos por Al-Masudi no século X, nascido em Bagdá e tendo passado mais de vinte anos no Oceano Índico, ele escreveu sobre ouro e gemas negociadas em Zanzibar.
Sentado na mureta da orla, no pórtico do antigo forte, ou mesmo no restaurante, observe a enseada pontilhada de velas triangulares dos “dhows” – barcos que fazem o transporte de pessoas e mercadorias desde remotos tempos. Talvez esses barcos sejam uma herança islâmica singular que ancoram na ilha e na costa da África Oriental, por séculos a “Meca” dos mercadores árabes e hindus.
Antes, os velhos marujos partiam levando marfim, cocos, cascos de tartaruga e conchas de cauri. Na Arábia compravam tâmaras, óleo de baleia, tapetes e incenso. Na Índia, potes, vidros e tecidos. O comércio era a vida deles... Aliás, aquela época devia ser dura, acima de tudo no mar, onde os homens permaneciam quase um mês de viagem até a Índia.
Zanzibar é conhecida através dos séculos como uma das mais exóticas ilhas, onde sultões governavam de palácios e navegantes árabes vinham da Arábia, Pérsia e Índia comprar frutas tropicais e especiarias: cravo-da-índia, gengibre, pimenta, noz moscada e canela. Diz a lenda que Sinbad, o marinheiro das Mil e Uma Noites, atracou o seu navio por lá... Será este o segredo da ilha?
SERÃO OS HÁBITOS?
No Jardim Jamituri (praça da cidade) grupos de homens (a maioria traja a túnica “kanzu” e o quepe bordado chamado “kofia”) conversam sentados no chão, em suas bicicletas ou no coreto central, talvez relembrando seus antepassados.
Datado de 1935, o Jardim Jamhuri (Forodhani ou People’s Gardens) foi construído em comemoração ao jubileu de prata do Rei George V, em frente à Casa dos Sonhos e do Antigo Forte. Muito agradável à noite, tem numerosas barracas de comidas típicas.
As mulheres muçulmanas andam apressadas pelas vielas, algumas cobertas dos pés à cabeça, com tecidos negros que só deixam entrever os seus olhos.
A moda que é duradoura, acompanha as crianças de Zanzibar que vão para a escola vestindo versões juvenis de traje próprio suaíle. As garotas usam lenços de cabeça, mais saia e blusa cortadas para escondê-las. Conforme ficam mais velhas, a discrição islâmica irá exigir que se cubram da cabeça aos tornozelos com um “bui-bui”, ou casaco preto. Suaíles com roupas que revelem um pouco mais são olhadas de baixo para cima.
Significativa representação do lugar também é a arte “wanja”, uma forma de pintura decorativa (um tipo de “tattoo”) que, geralmente, as mulheres indianas trazem à pele. Talvez, tudo na ilha pode ser considerado por nós de sabor “exotique”. O saudoso e extravagante Freddie Mercury que o diga...
Uma verdadeira ilha tropical, com bancos de coral e coqueiros na orla. Ela reúne palácios, ricas casas de mercadores decoradas com portas de madeira entalhadas, galerias de arte e lojas de artesãos em plena atividade nos mais diversos artesanatos que podem ser encontrados por toda cidade, além das singelas mesquitas.
A Cidade de Pedra foi declarada área de proteção pela UNESCO e muitos planos de restauração estão em andamento para preservar as características desta cidade única. Tudo isso, enriquece um cenário que torna Zanzibar imperdível e um dos sítios mais exóticos do mundo!
AS CRUELDADES?
Mas nem tudo é ou foi maravilha. A visão romântica de ilha paradisíaca já atuou, no passado recente, como entreposto de comércio escravista entre a África e a Ásia.
Na Cidade de Pedra, homens, mulheres e crianças eram espremidos em lugares fechados e deixados durante dias sem água ou comida. Durante a primeira metade do século XIX, 50.000 africanos eram vendidos no famoso mercado de escravos de Zanzibar a cada ano.
Muitos foram cativos de Tippu Tib, um notório mercador árabe de escravos e de marfim. Ele liderou enormes expedições, algumas de 4.000 homens, pelo interior da África, onde os chefes vendiam-lhe as suas aldeias por praticamente nada.
A escravidão persistiu em Zanzibar até 1897, quando foi finalmente abolida em parte pela missão cristã britânica, graças aos apelos do explorador inglês David Livingstone. Atualmente, há um marco que nos faz lembrar deste episódio, construído bem ao lado da igreja Anglicana (cobra entrada).
O Segredo de Zanzibar, talvez esteja no início do século XX, época em que montanhas de marfim valiam uma fortuna (cada dente custava entre 50 e 100 dólares). Quando se arruinou a escravatura, o marfim substituiu os escravos como produto principal de exportação.
Todavia, o declínio das reservas de marfim obrigou a ilha a adotar o cravo-da-índia como principal bem transacionado, de forma a manter o estatuto comercial do território. Esta especiaria que, a pedido do Sultão Said Burgash, era trazida das Molucas em navios holandeses, tornou-se o principal produto de exportação de Zanzibar.
Há pouco mais de quatro anos atrás, exatamente no dia 7 de agosto de 1998, um carro-bomba explodiu na Embaixada dos Estados Unidos, em Dar-es-Salaam, antiga capital da Tanzânia localizada no continente, em frente a ilha de Zanzibar (a atual capital é Dodoma).
Explosão quase simultânea ocorre em Nairóbi, capital do país vizinho Quênia. Os dois atentados deixam cerca de 250 mortos...
Recentemente, em agosto de 2000, a Ministra da Saúde declara a AIDS um desastre nacional. Estima-se que haja quase 2 milhões de tanzanianos portadores do vírus HIV que, aliás, é um gravíssimo problema de saúde pública na maioria dos países africanos...
AS CONTRADIÇÕES?
Outro cuidado é o de levar em conta que se trata de uma ilha pequena e não esperar de sua viagem uma cidade limpa e conservada, pelo contrário. Como o país é um dos mais pobres do mundo, os planejamentos de restaurações para Zanzibar permanecem estacionados, o que é uma pena.
Existem poucas placas de ruas para os turistas se orientarem, entretanto possui diversos lugares de interesse e os monumentos principais são bem conhecidos, além de se destacarem. Lá, vive somente a gente do lugar que são pessoas modestas e reservadas.
Alguns nomes de ruas são: Kenyatta Road, Gizenga Street, Hurumzi Street, a qual vai até o Bazar Changa (the main bazaar running up towards the market area at Darajani).
Mas é um povo bastante cordial com o turista, então fica fácil não se perder por entre as ruazinhas da Cidade de Pedra. Vale a pena conferir a sua arquitetura que é de predominância árabe. Também os prédios públicos, construídos no começo do século XX, por J. H. Sinclair – Cônsul da Inglaterra.
Por todo litoral do país, pode-se encontrar boas praias do Oceano Índico, pouco visitadas pelos turistas. Mas é, sobretudo, nas praias da Ilha de Zanzibar que o pôr do Sol é um dos mais lindos do mundo! Praias magníficas, de cores únicas.
Não deixe de conhecer Jambiani, a praia mais nativa. Para quem gosta de mergulho prefira a costa leste de Zanzibar e veja como os nativos cultivam autênticos jardins de algas no mar. Ou se você é do tipo que prefere viver a natureza, embora pequena a ilha tem um enorme vale ecológico, com numerosas espécies peculiares, reservas protegidas e uma fascinante tradição agrícola.
Pode-se percorrer a ilha de carro, táxi, ônibus público ou bicicleta. Não se esqueça de navegar de dhow. Aprenda algumas palavras em suaíle e, depois de sua viagem, escreva para a revista nos respondendo sobre o título desta matéria.
Também, acompanhado de champanhe, escolha ao acaso um prato típico indiano – uma das comidas e a bebida favorita de Freddie Mercury. Com certeza, você irá adorar!
Porque em qualquer tempo, Freddie será lembrado como um espírito livre, criativo, cheio de energia e, por suas inesquecíveis músicas, é claro: Bohemian Rhapsody, March of the Black Queen, We are the Champions, Crazy Little Thing Called Love, Barcelona e muito, muito mais...
Lugares de interesse
Beit-el-Ajaib – Casa dos Sonhos – House of Wonders
Construída entre 1870-88, pelo sultão Seyyid Barghash era dito ser o prédio mais alto da África Oriental. Foi usada como salão de festas para antigos sultões e governantes. Os canhões portugueses de sua frente foram construídos no século XVI. Conhecida como Beit-el-Ajaib, It was commissioned by Sultan Barghash as a ceremonial and administrative Royal Palace and built on the site of the 17th century palace of native ruler Queen Fatima, the Mwinyi Mkuu. The fact that it was designed by a British marine engineer offers some explanation to this unusual building, with its steel superstructure and wide, ship-like balustraded 'decks'. Originally there was a 'pharos' lighthouse in front of the building, but this was seriously damaged during the bombardment of 1896 and was rebuilt in its present position on the roof.
The Old Fort (1698-1728) – O Velho Forte – Forte Omani
Construído pelos árabes omanis, em 1710, no lugar de uma capela portuguesa, foi usado como hospedaria de exército. É o edifício mais velho da cidade e, atualmente, as ruínas desse antigo forte árabe (pois só existe sua fachada) serve como cenário para concertos ao ar livre...
The fort has been used for many purposes, being a prison for many years until around 1906 it was converted for use as a customs house and railway shunting, with the Bububu railway running directly into the courtyard through the main front entrance. In 1949 it was converted into a ladies' tennis club. These days it houses an open air theatre, a cafe and several craft shops.
Abaixo, o cartão-postal mostra o Clube Panjeebhoy e a Estrada de Ferro Bububu. Do lado direito, selo da série “Cenários de Zanzibar”...
Museu Palácio do Povo (People’s Palace Museum). Oferece uma interessante coleção da época colonial e lembranças das viagens realizadas pelo sultão, construído na segunda metade do século XIX. Há ao lado um antigo cemitério islâmico onde se encontram os restos mortais de Seyyid Said e seus filhos.
Vale a pena conhecer também a antiga casa de banhos turca, “Hammamni”, onde um guia explica, detalhadamente, toda sua história... A Casa de Freddie Mercury e o antigo “Africa House Hotel” (o ex-Clube Inglês), lugar interessante para se informar sobre viagens e excursões... Aberto em 1888 (the oldest such club in East Africa) it provided British residents with a centre for social activities. As well as a bar and restaurant, there was a library, billiard room, lodgings and committee room. It should be pointed out that it was usual at this time to have such secular clubs, there being similar organisations for other communities, including Hindu, Goan, Ismailee and Ithnaashery.
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Territórios Estrangeiros Atuais:
Territórios de Portugal
São regiões autônomas de República Portuguesa o Arquipélago dos Açores (Azores) e a Ilha da Madeira. Tanto Açores, como Madeira utilizaram e utilizam o sistema monetário de Portugal: primeiramente réis, depois escudo português e, hoje, o euro.
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
Localizado a 1.300 quilômetros da costa portuguesa, o Arquipélago tem 9 ilhas de clima ameno...
Região Autônoma dos Açores está dividida em 19 concelhos: Angra do Heroismo, Calheta, Corvo, Horta, Lagoa, Lajes das Flores, Lajes do Pico, Madalena, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, São Roque do Pico, Velas, Vila do Porto, Vila Franca do Campo, Vila Praia da Vitória.
Em 1431, os portugueses desembarcam nos Açores. O ponto mais elevado é a Ponta do Pico, com 2.345 metros de altitude. E o Farol de Albernaz está localizado na Ilha das Flores...
A zona central da Cidade de Angra do Heroísmo, no Arquipélago dos Açores, foi tombada pela UNESCO e declarada como Patrimônio da Humanidade.
ILHA DA MADEIRA
Em 1419, os portugueses chegam ao arquipélago da Madeira... Madeira é um arquipélago de Portugal, no Oceâno Atlântico, ao lado de Marrocos. Sua capital é Funchal.
Tem 55 por 22 quilômetros de extensão e está localizada cerca de 480 quilômetros da costa portuguesa. Possui vegetação luxuriante e escarpas...
A Região Autônoma da Madeira está dividida em 11 concelhos: Calheta, Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Ponta do Sol, Porto Moniz, Porto Santo, Ribeira Brava, Santa Cruz, Santana, São Vicente.
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Territórios da República Francesa
Localização: Sul da África, ilha no sul do Canal de Moçambique, about one-half of the way from Madagascar to Moçambique.
Coordenadas geográficas: 21 30 S, 39 50 E.
População: uninhabited (julho 2000).
Localização: Sul da África, grupo de ilhas no Oceâno Índico, a noroeste de Madagáscar
Coordenadas geográficas: 11 30 S, 47 20 E
Nota: includes Ile Glorieuse, Ile du Lys, Verte Rocks, Wreck Rock, and South Rock.
População: 163.366 (julho 2001 est.)
Religião: Cristianismo (maioria católica).
Idioma: Mahorian (um dialeto do suaíle), Francês (oficial) falada por 35% da população.
Terreno: generally undulating, with deep ravines and ancient volcanic peaks.
Elevações extremas: Ocêano Índico 0 m e Benara 660 metros de altura.
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SANTA HELENA E DEPENDÊNCIAS
Território do Reino Unido – UK
Santa Helena, Ascenção e Tristão da Cunha
Saint Helena – St. Helena
Capital – Jamestown, James Town ou Cidade de James.
Idioma – Inglês.
Situação – Sainta Helena faz parte das ilhas do Oceâno Atlântico Sul, no meio do caminho entre a América do Sul e a África. Situada no sudoeste da África, no oceano Atlântico.
Terreno de Santa Helena – rústico, vulcânico, com pequenos platôs e planícies dispersas. As outras ilhas do grupo são de origem vulcânica.
População – 7.266 (estimado, julho 2001).
Grupos étnicos – descendentes de africanos 50%, brancos 25%, chineses 25%.
Religião – Cristianismo Anglicana (maioria), Batista, Adventista do Sétimo Dia, Católica.
Moeda (numismática) – Santa Helena e Ascenção utilizam o sistema monetário da Inglaterra, libra esterlina (pound).
Um bloco de 6 valores emitido por St. Helena mostra plantas endêmicas do Diana’s Peak National Park, todos com valor facial de 25p, os selos mostram seis espécies: Blk. Cabbage Tree (Melanodrendon integrifolium), Whitewood (Petrobium arboreum), Tree Fern (Dicksonia arborescens), Dwarf Jellico (Sium burchellii), Lobelia (Trimeris scaevolifolia) e Dogwood (Nesohedyotis arborea).
A ilha Santa Helena tem como dependências Ascensão e Tristão da Cunha. Abaixo, o selo de Santa Helena mostra seu mapa, a capital Jamestown com suas coordenadas geográficas 15º55’ S e 5º45 W e a efígie da Rainha Elizabete II (Scott: 148).
História
Famosa por servir de exílio para Napoleão Bonaparte, entre 1815 e 1821 (quando morreu), a ilha foi descoberta pelo navegador português, João da Nova, a serviço da Coroa Portuguesa quando voltava das Índias.
Dizem que foi em 21/05/1502 e que ele nomeou a ilha em homenagem ao dia de Santa Helena de Constantinopla. Entretanto, existem três datas para a festa litúrgica de Santa Helena: 19/05 (Igreja Luterana), 21/05 (Igreja Ortodoxa) e 18/08 (Igreja Católica). Portanto, João da Nova, provavelmente católico, deve ter descoberto a ilha no dia 18/08/1502...
Santa Helena foi anexada em 1633, pela Holanda. Em 1673, passa a ser governada pela Companhia Holandesas das Índias Ocidentais. O controle da ilha é assumido pela Coroa britânica em 1834. Serviu como um importante porto antes da abertura do Canal de Suez, em 1869.
Em 1967, a administração passa para o Conselho da Ordem e Instruções Reais. Em 1981 uma comissão começa a revisar a Constituição. Uma nova versão entra em vigor em 1989. Em 1996, o desemprego atinge 18% e a qualidade de vida cai. Em abril de 1997, ocorrem distúrbios em Jamestown, quando o governo recusa a indicação de um adversário para a direção do Departamento do Bem-Estar Social.
A ilha atrai naturalistas pelo exotismo da fauna e da flora, que tem cerca de 40 espécies vegetais exclusivas. O auxílio britânico é essencial para sua economia, baseada na pesca, na criação de gado e no artesanato. Muitos de seus habitantes têm migrado em busca de trabalho para Ascensão, que possui um centro regional de comunicações e uma base de mísseis dos EUA. Tristão da Cunha depende da pesca e da industrialização de crayfish (um tipo de lagosta) e da venda de selos postais.
Ascensão
Ascensão é uma ilha inglesa, situada no Atlântico Sul descoberta em 1501 por João da Nova, no Dia da Ascensão de Jesus, o Cristo. Tem 82 km² de superfície e cerca de 180 habitantes... Em 1922, Ascenção foi anexado à Colônia da Coroa Britânica de Santa Helena. Selos foram emitidos por Ascenção desde 1922.
Tristão da Cunha
Com 41 quilômetros quadrados de superfície e 34 quilômetros de costa, Tristão da Cunha é a maior das ilhas de um arquipélago minúsculo, que fica a meio caminho entre a África e a América, em pleno Atlântico Sul.
Na verdade, porém, não é bem uma ilha e sim a parte emersa de um vulcão, cuja cratera se abre a mais de 2 mil metros acima do nível do mar. O ponto mais alto é o Pico da Rainha Maria, parece que tem 2.060 metros de altitude.
Tristão da Cunha consiste em um grupo de ilhas: Tristan da Cunha Island, Gough Island (tem uma estação metereológica), Inaccessible Island e three Nightingale Islands.
Seus habitantes vivem na faixa de terreno plano que se estende na costa ocidental da ilha, nas encostas do vulcão. Com clima temperado e marinho, nesta ilha tende a ser mais frio do que em Santa Helena...
O povoado assim constituído – casas construídas de pedra vulcânica e cobertas de sapé, cada qual com o seu jardim, pois os ilhéus gostam de flores na falta de árvores – chama-se Edimburgo.
Isso desde 1897, quando o veleiro da marinha de guerra “H.M.S. Galatea”, comandado pelo Príncipe Alfredo, Duque de Edimburgo, aportou na ilha.
Naquela ocasião, a ilha viveu sua maior festa – até 1957, quando o Príncipe Philip, esposo da Rainha Elizabeth, ao dar a volta ao mundo no iate real “Britania”, esteve na ilha...
A população dedica-se principalmente à lavoura, adubando suas roças com o guano (estêrco de aves) trazido das duas outras ilhas do arquipélago, chamadas respectivamente Nightingale – o que em inglês significa rouxinol – e Inacessível.
A mais próxima terra habitada é a ilha de Santa Helena, localizada a 2.500 quilômetros de distância de Tristão da Cunha.
Descoberta em 1506? ou 1509 pelo navegador português Tristão d’Acunha, em seu caminho do Brasil ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, a ilha foi assinalada nas cartas marítimas, mas Portugal não quis ficar com ela... andava em busca de terras mais ricas...
O primeiro mapa foi feito em 1767. Foram feitas medições e o mapeamento da costa. A presença de água na grande queda de “Big Watron” e um lago na costa norte foram descobertos.
Os resultados do mapeamento foram publicados pelo primeiro hidrógrafo da Marinha Real, Alexander Dalrymple, em 17/03/1781.
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ILHA DE SANTA HELENA.
História
Famosa por servir de exílio para Napoleão Bonaparte, entre 1815 e 1821 (quando morreu), a ilha foi descoberta pelo navegador português, João da Nova, a serviço da Coroa Portuguesa quando voltava das Índias.
Dizem que foi em 21/05/1502 e que ele nomeou a ilha em homenagem ao dia de Santa Helena de Constantinopla. Entretanto, existem três datas para a festa litúrgica de Santa Helena: 19/05 (Igreja Luterana), 21/05 (Igreja Ortodoxa) e 18/08 (Igreja Católica). Portanto, João da Nova, provavelmente católico, deve ter descoberto a ilha no dia 18/08/1502...
Santa Helena foi anexada em 1633, pela Holanda. Em 1673, passa a ser governada pela Companhia Holandesas das Índias Ocidentais. O controle da ilha é assumido pela Coroa britânica em 1834. Serviu como um importante porto antes da abertura do Canal de Suez, em 1869.
Em 1967, a administração passa para o Conselho da Ordem e Instruções Reais. Em 1981 uma comissão começa a revisar a Constituição. Uma nova versão entra em vigor em 1989. Em 1996, o desemprego atinge 18% e a qualidade de vida cai. Em abril de 1997, ocorrem distúrbios em Jamestown, quando o governo recusa a indicação de um adversário para a direção do Departamento do Bem-Estar Social.
A ilha atrai naturalistas pelo exotismo da fauna e da flora, que tem cerca de 40 espécies vegetais exclusivas. O auxílio britânico é essencial para sua economia, baseada na pesca, na criação de gado e no artesanato. Muitos de seus habitantes têm migrado em busca de trabalho para Ascensão, que possui um centro regional de comunicações e uma base de mísseis dos EUA. Tristão da Cunha depende da pesca e da industrialização de crayfish (um tipo de lagosta) e da venda de selos postais.
Ascensão
Ascensão é uma ilha inglesa, situada no Atlântico Sul descoberta em 1501 por João da Nova, no Dia da Ascensão de Jesus, o Cristo. Tem 82 km² de superfície e cerca de 180 habitantes... Em 1922, Ascenção foi anexado à Colônia da Coroa Britânica de Santa Helena.
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Antigos Territórios e ex-Colônias:
ex-Colônias Alemãs Africanas
A maioria dos primeiros selos mostram o iate Hohenzollern, pertencente ao Kaiser Wilhelm II, da Alemanha...
Marco (100 Pfennig = 1 Mark) = “Mark” deriva do velho inglês “Marc” – unidade de peso de metais preciosos, talvez originado das marcas nas barras de metal...
Xelim (Shilling) foi o nome de uma moeda inglesa que era equivalente a 12 Pence, hoje extinta... Grã-Bretanha (Libra esterlina).
Pêni (penny), cuja abreviação é “d”, significa centavo e a palavra pence ou “pennies” é o plural de pêni... pêni no velho inglês era Penig o qual derivou de “Pfenning”.
As palavras “Pfennig ou Pfennigs” derivam de “Pfenning” que significa moeda no alemão antigo.
Anos Selo Nº 1 Antigos Protetorados Países Atuais
1893 Deutsh-Ostafrika Burundi, Ruanda e Tanzânia
1897 Südwest-Afrika República da Namíbia
1897 Kamerun República de Camarões
1897 Togo República Togolesa
África Oriental Alemã (German East Africa)
Veja história das cédulas da Tanzânia!
A África Oriental Alemã incluia as atuais República de Burundi, República Ruandesa e República Unida da Tanzânia, as quais têm seus primeiros selos em comum...
Localizada na costa leste da África central, margeando o Oceâno Índico, entre a África Oriental Britânica (“British East Africa”, atuais Repúblicas do Quênia e de Uganda) e a África Oriental Portuguesa (“Portuguese East Africa” – atual República de Moçambique).
A África Oriental Alemã existiu durante os anos de 1880 e foi tomada pelos britânicos durante a Primeira Guerra Mundial. Sua população tinha cerca de 3 milhões de pessoas e a capital era Dar-es-Salaam.
Já em 1858, as correspondências eram transportadas através de caravanas árabes... Em 1876, a Igreja e a Sociedade Missionária de Londres mantinham mensageiros regulares na região...
Em 1887, a Companhia da África Oriental Alemã (German East Africa Co.) recebeu o mapa da área. Em 1891, a região foi nomeada pelos alemães como “German East Africa”.
África do Sudoeste Alemão ou África Ocidental Alemã
Camarões Alemão
Em 1884, os alemães estabelecem um protetorado, legitimado pela Conferência de Berlim... Selos foram emitidos por German Kamerun entre 1897 a 1915.
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ÁFRICA DO SUDOESTE
(ocupação da África do Sul)
atual República da Namíbia
Em 1923, foi renomeado África do Sudoeste e, sob este nome, selos foram emitidos identificados pela sigla “SWA” (South West Africa) até 1990, quando obteve a independência da África do Sul, tornando-se a República da Namíbia (nome adotado já em 1968).
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História Postal do Cabo da Boa Esperança – Cape of Good Hope
Para os viajantes do século XVI, o Cabo era uma marca no caminho rumo às Índias... Uma cidade foi fundada pelo holandês Jan van Riebeeck, em 1652. Mais tarde, fazendeiros bôeres expulsaram os nativos da região... Quando a França ocupou a Holanda em 1795, britânicos tomoram a colônia holandesa sob sua proteção.
Tornou-se República Batavian em 1803, entretanto foi reocupado em 1806, quando ingleses tomam a Cidade do Cabo e lutam contra negros e bôeres. O Cabo foi dado aos britânicos no Tratado de Paris (1814), em consequência, vários britânicos estabeleceram-se nas terras em 1820. Posteriormente, o inglês foi adotado como idioma oficial.
Os choques levam os bôeres a emigrar maciçamente para o nordeste (a Grande Jornada, de 1836), onde fundam duas repúblicas independentes, Transvaal e Estado Livre de Orange. A Colônia do Cabo desenvolveu instituições inglesas com responsabilidade governamental.
História Postal da Colônia de Natal
Um assentamento britânico foi fundado em 1824 e, por volta de 1835, sua pequena cidade foi chamada de D'Urban – mais tarde Durban. Foram os zulus que deram este nome, o qual significa “onde a terra encontra com o oceano”. Piet Retief brecou a Grande Jornada trazendo os bôeres para Natal, em 1837. Depois de vários massacres, incluindo do rio Blood, o assentamento foi reclamado pelos britânicos, bôeres e zulus, sendo anexado por fim à Colônia do Cabo, em 1844.
A população bôer migrou para o Transvaal, em 1848. Natal tornou-se uma Colônia separada em 1856. Zululândia foi incorporada em 1897, a Nova República e os territórios do rio Blood, em 1902. Natal tem sido um Estado da África do Sul desde a União, em 1910.
O primeiro selo emitido pela Colônia de Natal é parecido com a imagem mostrada no interior do selo abaixo – datado de 1990 emitido pela África do Sul (SG: 707), o qual mostra o selo de Natal SG: 7. Do lado direito da tela, cartão-postal ilustrado com os Correios de Natal.
História Postal do Estado Livre de Orange – Orange Free State
Um assentamento de bôeres ao norte do rio Orange, fundado em 1828, o qual cresceu como resultado da Grande Jornada, foi reconhecido como um país independente em 1854. Apesar das relações amigáveis com a Colônia do Cabo, juntou-se com Transvaal na Segunda Guerra dos Bôeres. Anexado pelo Império Britânico em 24/05/1900, depois que Lord Roberts tinha ocupado Bloemfontein, seu nome foi mudado temporariamente para Colônia do Rio Orange.
No século XIX muitas obliterações foram feitas por números ou letras do alfabeto, todas foram reconhecidas e listadas. Em 1868-74, correspondências entre o Estado Livre de Orange e a Colônia do Cabo (e correspondências via Colônia do Cabo para o exterior) necessitavam de selos postais de ambos os países, com combinação de valores. O Estado Livre tornou-se uma Colônia Britânica como Colônia do Rio Orange, em 1900.
História Postal da Colônia de Transvaal
Quatro repúblicas bôeres foram fundadas por Voortrekkers que cruzou o rio Vaal em 1836. Os bôeres derrotaram os zulus no rio Blood, em 1838. Os bôeres e os zulus dirigiram Matabele, próximo ao rio Limpopo. A independência das repúblicas foi reconhecida em 1852 e elas se uniram como Zuid – Afrikaansche Republiek ou ZAR (República Africana do Sul), em 1858.
Fundada pelos boêres, foi ocupada e anexada pelos britânicos em 1877 e o nome do país foi trocado por Transvaal. Em 12/1880 aconteceu a Primeira Guerra Bôer. Britânicos foram derrotados em batalha e forçados a restaurar a independência de ZAR (“Segunda República”). A república foi restaurada em 1884 e Transvaal emitiu selos também como Nova República (New Republic).
O país tornou-se dividido entre as regras dos bôeres calvinistas e o rico unrepresented taxpaying “Uitlanders” da nova descoberta do Distrito de Ouro (Gold District – Rand). A Segunda Guerra Bôer acabou em 12/10/1899, Transvaal foi reocupada em 1900 pelos britânicos (Colônia de Transvaal) e, novamente anexada em 31/05/1902.
Griqualand West – Território muito disputado, com uma longa história de conflito entre Griquas, Bôeres, a Sociedade Missionária de Londres e explorados de diamantes, Griqualand West foi anexado em outubro de 1871 e administrado como uma Colônia da Coroa Britânica até sua incorporação à Colônia do Cabo, em 1880.
Selos do Cabo remarcados “G” foram emitidos em março de 1877. Em outubro de 1880, o selos postais remanescentes remarcados “G” foram redesenhados por Kimberley e reemitidos para POs em uso na Colônia do Cabo.
História Postal de Zululândia (Zululand) – Pátria do Povo Zulu
Em 09/05/1887, Zululândia foi declarada britânica e, em 31/12/1897, foi anexada à Natal. Um serviço postal foi iniciado em 01/05/1888, Zululândia foi incluída com Natal na UPU, nesta data.
Uma agência postal já tinha sido estabelecida em Eshowe, em 1887. Existiam 21 agências postais abertas durante o período de separação de selos postais. O uso foi encerrado em 30/06/1898, depois selos postais de Natal foram utilizados.
Selos foram emitidos por Zululand entre 1888 a 1896. O selo abaixo (lado esquerdo), foi emitido em 01/05/1888 (Scott: 1, SG: 1), com valor facial de ½ pêni (vermelho), ele foi remarcado com a sobrecarga “ZULULAND” em um selo de Bechuanalândia Inglesa (Scott: 10. SG: 9).
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A Companhia do Niassa foi uma companhia majestática da colônia portuguesa de Moçambique, possuía a concessão das terras que abrangem as atuais províncias de Cabo Delgado e Niassa...
Nyassa
Datas 1897 – 1924
Capital: A capital da Companhia do Niassa, não era Nampula (fundada cerca de 1911), nem Porto Amélia (povoação datada de 1898, hoje, Pemba, em Cabo Delgado, assim chamada em homenagem à Rainha D. Amélia, esposa do Rei D. Carlos), mas sim Vila Cabral, hoje Lichinga.
Moeda Corrente:
1897 – 1000 reis = 1 milreis
1913 – 100 centavos = 1 escudo
Companhia Majestática
As companhias majestáticas foram companhias privadas às quais os governos coloniais concederam grandes porções de território para serem administradas e exploradas em seu nome.
Importantes companhias majestáticas foram as companhias holandesas das Índias Orientais e das Índias Ocidentais, a primeira das quais controlou a colônia das Índias Orientais Holandesas, atual Indonésia, e a maior parte do comércio entre aquela região e à Europa. A segunda foi a principal rival da companhia francesa, a “Compagnie des Îles de l’Amérique” e dos britânicos que disputavam o domínio da América...
Como Portugal tinha sido obrigado a ilegalizar o comércio de escravos em 1842 (apesar de fechar os olhos ao comércio clandestino) nas suas colônias e não tinha condições para administrar todo o território daquelas, deu a algumas companhias poderes para instituir e cobrar impostos.
Em Moçambique, em finais do século XIX, Portugal concedeu grandes fatias de terra à empresas privadas, como a Companhia de Moçambique e a Companhia do Niassa.
Foi nessa altura que foi introduzido o “imposto de palhota”, ou seja, a obrigatoriedade de cada família pagar um imposto em dinheiro; como a população nativa não estava habituada às trocas por dinheiro (para além de produzir para a própria sobrevivência), eram obrigados a trabalhar sob prisão – o trabalho forçado, chamado em Moçambique “chibalo”, por vezes na construção de estradas, outras vezes na agricultura.
Mais tarde, as famílias nativas foram obrigadas a cultivar produtos de rendimento, como algodão ou tabaco, que eram comercializados por aquelas companhias...
Depois dos primeiros selos do Niassa (1898), o primeiro selo postal do mundo sobre girafa foi emitido pelo antigo distrito português de Niassa, que compreende, atualmente, o norte de Moçambique.
História da Eritreia e História Postal
A Eritreia fez parte do antigo reino etíope de Aksum... Foi ocupada pela Itália em 1882. O território atual é formado a partir de possessões italianas, unificadas em uma colônia em 01/01/1890. A Itália usa a Eritreia como base para invadir a Etiópia em 1896 e 1935...
Colônia Italiana, Eritreia foi incorporado a África Oriental Italiana (Africa Orientale Italiana ou em inglês Italian East Africa), em 1936.
Os italianos foram banidos a força da Eritreia e da Etiópia, pelos aliados, em 1941. A Eritreia foi assimilada pela Etiópia... permanece sob domínio etíope... O país é ocupado por tropas britânicas em 1941, na II Guerra Mundial...
A expectativa de independência após a derrota da Itália na guerra é frustrada pelos planos do imperador etíope, Haile Selassie, de incorporar a Eritreia à Etiópia. O governo norte-americano, aliado de Selassie e interessado na estratégica ex-colônia italiana, apoia a anexação.
Por pressão dos EUA, a ONU promove a união da Eritreia com a Etiópia em uma federação sob soberania da Coroa etíope (Eritreia Etíope). A federação entra em vigor em 1952, mas a Etiópia não concede autonomia à Eritreia.
Surgem vários grupos guerrilheiros de libertação, comandados por líderes muçulmanos. A federação é abolida por Selassie em 1962. Um ano antes, em setembro de 1961, a Frente de Libertação da Eritreia (ELF) deflagra uma rebelião armada contra a Etiópia e, mais tarde, integra-se à Frente Popular de Libertação da Eritreia (EPLF), de orientação marxista, fundada em 1970.
Incapaz de derrotar a guerrilha eritreia, Selassie perde o poder na Etiópia em 1974... Seus sucessores intensificam os combates contra a EPLF, chegando a mobilizar 250 mil soldados, sem sucesso...
Tigrinas 50%, tigres e cunamas 30%, afars 4%, sahos 3%, outros 13% (1996), compõem a população (3,4 milhões, 1997) de nacionalidade eritreia. Os idiomas falados pelo povo eritreu são: tigrinia, afar (danaquil), tigre, inglês, árabe, saho, edareb, cunama, nara, bilieno, amárico, outras línguas Cushitic...
A Eritreia é um país multilinguístico e multicultural com duas religiões dominantes (Islamismo e Cristianismo) e nove grupos étnicos. Embora não reconheça uma língua oficial, o país conta com três línguas de trabalho: tigrínia, árabe e inglês...
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REPÚBLICA FEDERAL DEMOCRÁTICA DA ETIÓPIA
ex-Abissínia (Abyssinia)
Animal-símbolo: Leão-abissínio, também conhecido como leão-de-judá
Flor Nacional: Copo-de-leite do gênero Zantedeschia Spreng., 1826 / Calla lily, Lily of the Nile, Giant white arum lily ou Common arum lily (Zantedeschia aethiopica)
Bandeira Nacional da Etiópia: É composta por três cores fixadas horizontalmente em igual dimensão: a cor verde na parte superior representa a vegetação da África (simboliza ainda fertilidade, trabalho e desenvolvimento), a cor amarela no meio representa a riqueza que o Continente Africano tem a oferecer (significa também a justiça e a igualdade) e a cor vermelha na parte inferior representa o sangue dos mártires (o sacrifício à liberdade). No centro da bandeira encontra-se o Brasão de Armas (imagem ampliada abaixo), adotado em 1996 – um círculo de cor azul que representa a paz, cujo centro mostra uma estrela amarela ou pentagrama com raios amarelos nos vértices, que vêm de todas as direções, e representa a unidade das nações, das nacionalidades e dos povos da Etiópia.
Notas: As cores verde, amarelo e vermelho são representantativas também do movimento Rastafari... As cores populares pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) são utilizadas também nas Bandeiras Nacionais de outros países como: Benin, Burquina Fasso, Camarões, Congo, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Ruanda (antiga bandeira), São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo.
30/12/2008 – Série de 3 valores alusiva ao Aniversário de Sessenta Anos das Relações Diplomáticas entre a Índia e a Etiópia, “60th Anniversary of Diplomatic Relation of India and Ethiopia”. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, em conjunto com a Embaixada da Índia, organizou um Simpósio no Hotel Sheraton já em 29/04/2008, marcando os 60 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas Nações, assim como o milênio etíope. Os selos retratam flores nacionais..., monumentos e cores das bandeiras dos dois países. Medidas: 40 mm × 30 mm. Picotagem: 14,5 × 14,5. Impressão: Joh Enschedé Security Printers. Os selos mostram:
0,30 centavos de birr etíopes – Flor amarela... ? (Etiópia) e lótus – flor nacional da Índia.
0,70 centavos de birr etíopes – Igrejas Escavadas na Rocha de Lalibela (Etiópia) e Taj Mahal (Índia), ambos monumentos declarados Patrimônio Cultural da Humanidade.
3,00 birr etíopes – Ashok Chakra (Índia) e Brasão de Armas da Etiópia.
Ethiopia – Ethiopie – Äthiopien – Federal Democratic Republic of Ethiopia – Ityjopya
Capital – Addis-Abeba (fundada por Menelik II, em 1887). ex-Entotto.
Data Nacional – 28 de maio (Queda do Regime Derg)...
Moeda (numismática) – “birr etíope” (Birr Ethiopien) ETB, palavra que em amárico significa “ser branco”... (Birr também é uma comuna da Suíça).
Religião – O país tem laços históricos próximos com as três maiores religiões abraâmicas do mundo, também é famoso pelas suas igrejas talhadas em pedras... A Etiópia foi um dos primeiros países cristãos no mundo, pois o Cristianismo é introduzido pelos coptas, vindos do Egito, e torna-se religião predominante no século IV. O país ainda tem uma maioria cristã: 45% catolicismo ortodoxo etíope ou cristãos ortodoxos etíopes, outros cristãos 5%, como protestantes, por exemplo. Parece que de 40 a 45% da população é muçulmana, sunitas muçulmanos (Islamismo). A Etiópia é o sítio do primeiro Hégira na história islâmica e da mais antiga população muçulmana na África, em Negash. A nação também é o berço espiritual da religião Rastafari (religiões tradicionais 9%, outras 0,2%). Até os anos 1980, uma população significativa de judeus etíopes residiram na Etiópia. Além disso, o país tem, ao todo, cerca de 80 grupos étnicos diferentes hoje em dia, com o maior sendo o Oromo, seguido pelos Amhara, ambos falam línguas afro-asiáticas.
A Etiópia, anteriormente chamada de Abissínia (referência bíblica), é um dos países mais antigos do mundo. Segundo a tradição, a Monarquia etíope é fundada no ano 1000 antes de Cristo por ?, filho do Rei Salomão e da Rainha de Sabá (Sheba).
O nome do país tem origem na palavra grega “aethiops” que significa “rosto queimado” e que designa a África Negra. Já o antigo nome Abissínia, em árabe, significa “comunidade reunida”, por referência ao reinado da Abissínia que compreendeu a Etiópia atual, a Eritreia, a Somália e se estendia até a Núbia, no atual Sudão.
A Etiópia é um dos sítios de existência humana mais antigos conhecidos pelos cientistas atuais que estudam os traços da humanidade, podendo potencialmente ser o lugar em que o Homo sapiens se originou... Parece que a Etiópia tem o maior número de Patrimônios Mundiais da UNESCO na África.
A importância da Etiópia no contexto da África cresce em razão de sua capital constituir a sede da União Africana, organismo regional que sucedeu, em 2001, à Organização da Unidade Africana, igualmente instalada em Addis Abeba. Na capital etíope, também se encontra a Comissão Econômica para a África e estão instaladas mais de 70 representações diplomáticas de países de todos os continentes. A Etiópia integra o COMESA – Mercado Comum da África Austral e Oriental, bem como a IGAD – Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento.
Secas periódicas assolam o país, mas dois terços das terras são férteis e a região tem muitos lagos. Cereais e café são as culturas predominantes (veja história do café – oriundo dessas terras). Em julho de 1977, a Etiópia é invadida pela Somália, que defende o separatismo de comunidades somalis no Deserto de Ogaden ou Ogadén. Veja mais em História da Etiópia!
Na década de 80, o país é assolado por uma grande fome, provocada pela seca e pela guerrilha da província separatista da Eritreia (ex-província etíope), que conquista sua independência nos anos 90, fechando o acesso da Etiópia ao Mar Vermelho.
História Postal da Etiópia
Um Correio etíope iniciou como uma concessão privada quando, em 1893, o Rei Menelik II concedeu aos conselheiros europeus, Leon Chefneux e Alfred Ilg, o direito de operar um serviço postal. Em 1894, eles mandaram uma série de 7 selos para o ateliê de fabricação de selos postais (Timbre-Postes), em Paris. Então, a primeira série de selos postais regulares da Etiópia foi emitida em 29/01/1895, na cidade murada de Harar, e compreende sete valores “Rei Menelik II e Leão de Judá”.
Os quatro valores mais baixos (¼, ½, 1 e 2 guerches) mostram Menelik II e os três valores mais elevados (4, 8 e 16 guerches) mostram o heráldico Leão de Judá. Os selos foram gravados por Eugène Mouchon. Picotagem: 14 × 13½. A numeração de todos os catálogos é a mesma (Scott, Yvert, Stanly Gibbons e Michel): 1/7.
Mais de 2.800.000 selos foram impressos, mas Chefneux trouxe apenas 135 mil séries para a Etiópia, onde foram utilizadas para postagem. Os selos restantes foram deixados com negociantes em Paris, onde Maury tinha uma concessão exclusiva para vender a colecionadores. Muitos selos foram vendidos abaixo do valor de face na Exposição Universal de Paris, em 1900, para promover a Etiópia.
Oromos (Oromo), amarás (Amhara), tigrinas (Tigre), sidamos (Sidamo), chanquelas, somalis, gurage, wolaita, afar e outros grupos étnicos compõem a população (69 milhões, 1997) de nacionalidade etíope. O idioma oficial é o amárico ou etiópico, mas também são falados o árabe e o inglês. Principais idiomas: tigrinia, oromigna, guaragigna, somali e outras línguas locais.
O nome “anabula”, citado por Albertus Magnus, provavelmente teve sua origem entre os etíopes que chamavam a girafa de “nabin” ou “nabu”... Bem próxima dessa região, a girafa foi chamada na língua da antiga Somaliland (atual norte da Somália – onde se fala o somali) de “girin”...
Será que o Pré-humano de Hadar, um esqueleto feminino com 3,5 milhões de anos que foi chamado de “Lucy” (Australopithecus afarensis), conviveu com o Paleotragus...?
Um “S” claramente identificado é achado sobre um Mapa Mundo Genovês, de 1457, nos lagos onde o Nilo tem seu recurso. Existe claramente identificado uma girafa e um elefante presentes no mapa da Etiópia...
No final de seu reinado, Sua Majestade, o Imperador Menelik II, enviou de presente uma girafa ao presidente da República Francesa, a qual chegou no Zoológico de Paris, em 1918. A girafa ficou conhecida como “La Girafe Ménélik”...
1919
Em 1917, o Príncipe Lidj Yassou abdicou do trono da Etiópia sob pressão de crenças muçulmanas... A coroação da Imperatriz Zauditu e do Príncipe Ras Tafari (Haile Selassie) foi comemorada filatelicamente pelo primeiro e rudimentar selo feito à mão e pelo segundo remarcado na emissão regular de 1909.
OS primeiro uso são desconhecidos, geralmente, devido os arquivos postais serem queimados durante a invasão italiana em Addis Abeba.
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REPÚBLICA GABONESA (17/08/1960)
ex-África Equatorial Francesa (U.F.)
Lema: “UNION – TRAVAIL – JUSTICE” (“União – Trabalho – Justiça”, em francês), que aparece em um listel azul sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 15/07/1963. Um segundo listel aparece por debaixo dos ramos da árvore Aucoumea (que simboliza o comércio de madeira) no topo do escudo, com outro lema: “UNITI PROGREDIEMUR” (“Avancemos Unidos”, em latim). O Brasão é incomum devido a ter dois listéis com lemas em duas línguas diferentes. Os suportes do Escudo são duas panteras-negras que simbolizam vigilância e coragem do Presidente que protege a Nação. Os três bezantes na parte superior do Escudo simbolizam a riqueza mineral do país. O navio na parte inferior representa o Gabão avançando para um futuro brilhante. Foi desenhado pelo heraldista e vexilologista suíço Louis Mühlemann, um dos fundadores da FIAV e também o desenhista do antigo Brasão de Armas do Congo.
Gabonese Republic – Gabon
Nome oficial – République Gabonaise.
Capital – Libreville (1848).
Religião – Cristianismo 84% (católicos 65,2%, protestantes 18,8%), seitas africanas 12,1%, crenças tradicionais 2,9%, Islamismo 0,8%, outras 0,2% (1993).
Moeda (numismática) – franco CFA.
Ex-colônia francesa, o país mantém forte vínculo com a França. Situado no sudoeste da África, Gabão é um dos países mais ricos e urbanizados do continente. Tem seu território dominado por florestas tropicais virgens, e a extração de petróleo é a mais importante atividade econômica. Possui reservas de urânio, manganês e ferro.
A França ocupa a região em 1838 e, depois de dez anos, cria a capital Libreville... A região utilizou selos das antigas Colônias Francesas da África antes de 1886... Em 1890, é anexado à colônia do Congo Francês...
Em antigos selos também aparece a inscrição “Afrique Equatoriale Gabon” (1910-1922); os quais foram remarcados mais tarde com “Afrique Equatoriale Française”... Até 1936, foram emitidos selos especiais, também utilizou selos emitidos pelo Congo Francês... Depois, o país compreendeu um dos 4 territórios da África Equatorial Francesa, entre 1936 a 1958 – quando se tornou autônoma na Comunidade Francesa.
O país é povoado por diversos grupos étnicos – os fangues são maioria, representando 35,5% da população –, ainda mepongues 15,1%, mebedes 14,2%, bapunus 11,5%, outros 23,7% (1983), compõem a população (1,1 milhões, 1997) de nacionalidade gabonense ou gabonês, gabonesa.
O idioma oficial é o francês, mas também são falados fangue (Fang) ao norte e banto ao sul, ainda Myene, Bapounou/Eschira, Bandjabi... A população é composta por membros de várias tribos Bantu, como Bateke, Obamba, Shake e Bakota...
Nota: entre os séculos XII a XIV, materiais de diversas naturezas passam a ser utilizados em conjunto, como por exemplo as obras entalhadas em madeira e recobertas com latão da tribo Bakota.
Localização do país – margeia o Oceâno Atlântico (Linha do Equador), entre a República do Congo e a Guiné Equatorial.
Características – planície costeira de arenito e aluvião alargando-se na direção norte; litoral com lagoas (N) e estuários (S); planaltos irregulares (maior parte). Rios: Oguê e Nguniê.
Divisão administrativa – 9 províncias, as quais estão subdivididas em departamentos. Abaixo, os departamentos da província com as respectivas capitais entre parênteses:
1. ESTUAIRE – Libreville é a capital e a maior cidade do Gabão, é também a capital da Província de Estuaire. Departamentos: Komo (Kango), Komo-Mondah (Ntoum) e Noya (Cocobeach). Atrações: La Forêt de la Mondah e La Réserve National Wonga-Wongué, située sur la côte nord-ouest entre Libreville et Port-Gentil, la réserve présidentielle de Wonga-Wongué est exceptionnelle pour son intérêt paysager et faunistique. Elle couvre une superficie de 500.000 ha.
2. HAUT-OGOOUÉ – Província cuja capital é a cidade de Franceville (fondée dès 1880 par Savorgnan de Brazza). Departamentos: Djoue (Onga), Djouori-Aguilli (Bongoville), Lemboumbi-Leyou (Moanda), Lékabi-Léwolo (Ngouoni), Lekoko (Bakoumba), Lékoni-Lékori (Akiéni), Ogooué-Letili (Boumango), Mpassa (Franceville), Plateaux (Lekoni) e Sébé-Brikolo (Okondja).
Por iniciativa do Presidente da República, El Hadj Omar Bongo Ondimba, a criação de 13 Parques Nacionais foi anunciada em 04/09/2002...
PARC NATIONAL D’AKANDA – Superficie: 540 km². Localisation: Province de l’Estuaire, au nord-Est, proche de Libreville. Particularité: les plus grandes concentrations d’oiseaux migrateurs du Gabon. Bordé par les baies de la Mondah et de Corisco, ce parc présente un paysage de mangrove, riche en espèces aquatiques, d’amphibiens et d’oiseaux. C’est le site le plus important du Gabon pour les oiseaux migrateurs. Des tortues marines fréquentent aussi les eaux du parc. Les associations de protection de l’environnement s’inquiètent de l’augmentation de la pression anthropique dans le parc d’Akanda. En raison de la proximité de la capitale gabonaise, un nombre croissant de pêcheurs et de bûcherons viennent y exercer leur activité pour revendre ensuite en ville poisson fumé, planches et bois de chauffage. C’est un des rares endroits au Gabon où le nombre des hommes commence à poser problème...
PARC NATIONAL DES MONTS BIROUGOU (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 690 km². Localisation: située au sud du Gabon, dans les provinces de la Ngounié et de l’Ogooué-Lolo, à la frontière du Congo-Brazzaville. Particularité: Paysages de montagne, refuge forestier d’une grande richesse biologique. Situé au cœur du Massif du Chaillu (site dénommé d’après le Mont Bigourou; 975 mètres), source de nombreuses rivières, le parc est constitué de collines accidentées de 800 à 900 mètres d’altitude. Il comprend un grand nombre d’espèces animales et végétales dont certaines sont endémiques. On y trouve, par exemple, le singe à queue de soleil (cercopithecus solatus).
PARC NATIONAL D’IVINDO (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 3.000 km². Criado em 30/08/2002. Localisation: Province de l’Ogooué-Ivindo. Situé entre l’Ogooué et l’Ivindo, en aval de Makokou. Sur les plateaux de l’est du Gabon. Il est situé entre 300 et 760 m d’altitude, traversé par la rivière Ivindo, un des principaux affluents de l’Ogooué, et la Djidji. Sur tout son parcours dans le parc, l’Ivindo est brisé par une succession de rapides et de chutes. Avec les chutes de la Djidji, celles de Kongou, larges de 2 km, figurent parmi les plus spectaculaire d’Afrique centrale. Particularité: Impressionnants éléphants, gorilles, chutes d’eau des forêts d’Afrique. Le parc abrite par ailleurs des gorilles, des chimpanzés et une des dernières populations intactes d’éléphant de forêt. La partie nord du parc national de l’Ivindo englobe la réserve intégrale d’Ipassa (Makokou) où est installée la station de recherche de l’Institut de Recherche en Ecologie Tropicale (IRET) active depuis la fin des années 1960. Cette Réserve est inscrite dans le réseau mondial des Réserves de Biosphère (MAB) depuis 1983.
PARC NATIONAL DE LOANGO – Superficie: 1.550 km². Localisation: Province de l’Ogooué-Maritime. Situé entre les lagunes Nkomi et Ndogo. Particularité: Loango est le bijou naturel de toute la Côte Ouest-Africaine. Eléphants sur la plage, hippopotames surfant sur les vagues et, en mer ballet des baleines à bosse.
RÉSERVE NATIONAL DE LA LOPÉ (Reserva Nacional Lopé-Okanda) – Superficie: 4.970 km². Localisation: Le long du fleuve Ogooué, situé à la jonction de l’Ogooé-Ivindo, de l’Ogooué-Lolo et du Moyen-Ogooué. Particularité: Paysage de mosaïque de forêt et de savane. Les plus grandes concentrations de mandrills, des traces de l’homme datant de plus de 400.000 ans. Classée depuis 1962 et protégée depuis les années 80, la réserve est aujourd’hui, grâce au projet ECOFAC, un des plus hauts lieux touristiques du Gabon. D’un accès facile, elle possède des structures d’accueil confortables. C’est 500.000 hectares de paysages inattendus, de la savane à la forêt, en passant par la beauté de l’Ogooué ou la tranquillité du Mont Brazza. C’est aussi l’histoire d’un pays, depuis l’âge de la pierre taillée (6000 ans av. J.-C.) et le refuge de nombreuses espèces de mammifères et d’oiseaux. C’est en août-septembre que l’on voit éléphants, buffles, antilopes, singes ou gorilles en plus grand nombre. Les animaux sortent de la forêt pâturer la savane après les brûlis de juillet.
PARC NATIONAL DE MAYUMBA (www.mayumbanationalpark.com) – Superficie: 80 km². Localisation: Sud de la Nyanga. C’est une fine bande sable située à l’extrémité méridionale du pays, entre Mayumba et la frontière avec le Congo. Particularité: Premier site du monde pour la ponte des tortues-luths. Créé en 2002 dans le but de protéger la biodiversité marine située à la pointe sud-ouest du Gabon. Le PNM abrite 60 km de plages de végétation cotière servant de lieu de reproduction aux tortues luth, et s’étend sur 15 km vers la mer, protégeant un important habitat marin pour dauphins, requins et autres baleines à bosse. Sitatunga (Tragelaphus spekei), buffles de forêt (Syncerus caffer nanus), hippopotame (Hippopotamus amphibious), mandrill (Mandrillus sphinx), gorille de plaine (Gorilla gorilla gorilla), chimpanzé (Pan troglodytes troglodytes) etc.
PARC NATIONAL DE MINKÉBÉ (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 7.560 km². Localisation: Située dans le nord-est du Gabon, dans la province du Woleu-Ntem, dans un massif forestier inhabité. Particularité: Dômes rocheux surplombant la forêt, le plus grand bloc forestier inhabité du Gabon. Massif forestier parsemé d’inselbergs et de clairières marécageuses, le parc recouvre un territoire où la présence humaine est peu marquée. Seuls quelques chasseurs fangs ou pygmées s’y déplacent quelquefois. Pourtant, une étude à montré une forte diminution du nombre de grands singes (gorilles et chimpanzés) dans la région vers 1994-1996. Il semblerait que la cause en soit une épidémie de fièvre Ebola qui a également frappé le village de Mayibout, sur l’Ivindo. Quoi qu’il en soit, Minkébé conserve un grand nombre d’espèces animales et végétales.
PARC NATIONAL DES MONTS DE CRISTAL – Superficie: 1.200 km². Localisation: Limite de l’Estuaire et du Woleu-Ntem. Situé à 3 heures de Libreville. Situé dans la chaîne de montagnes renommée, entre la Guinée Equatoriale et l’Ogooué. Particularité: Zone de forêt la plus riche en espèce de plantes en Afrique.
PARC NATIONAL DE MOUKALABA-DOUDOU (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 4.500 km². Localisation: Province de la Nyanga. Situé dans le sud-ouest du pays, couvrant une partie des savanes de la Nyanga et le massif forestier des Monts Doudou. Particularité: Dernières populations da la faune, avec le cobe defassa et le chacal.
PARC NATIONAL DE MWAGE – Superficie: 1.160 km². Localisation: Province de l’Ogooué-Ivindo. Situé à l’Est de Makokou, entre les rivières Lodié et Louyaé, jusqu'à la frontière du Congo. Particularité: Le plus grand bai (clairière) du Gabon, où abondent gorilles et éléphants.
PARC NATIONAL DES PLATEAUX BATÉKÉ (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 2.050 km². Localisation: Situé dans le sud-est du Haut-Ogooué et trois de ses quatre faces sont adjacentes au Congo; au sud des savanes des plateaux Batéké, dans leur partie inhabitée. Particularité: Gorilles habitués à la présence humaine, une avifaune exceptionnellement diverse. Dernier refuge des grands mammifères sur les plateaux. De nombreuses espèces animales d’Afrique du Sud et de Namibie ont été importées dans ces réserves dans le but d’attirer les touristes et les chasseurs. Concernant les mammifères, c’est dans les savanes (est de la province) qu’on trouve quelques espèces rares au Gabon, notamment le Céphalophe de Grimm (Sylvicapra grimmia), célèbre au Gabon sous le nom de Ntsa, le Chacal à flancs rayés (Canis adustus), la Mangouste (Herpestes ichneumon) et l’oryctérope (Orycteropus afer). Le Serval (Felis serval) est connu des Batéké et aurait occupé l’Est de la province. Le lion (Panthera leo) a longtemps vécu dans les Plateaux Batéké mais semblait avoir disparu depuis 1994, jusqu’à ce que des empreintes aient été observées en octobre 2004 dans l’Ouest du PNPB. L’ouest de la province est recouvert de forêts, où l’on retrouve les mammifères plus habituels au Gabon: éléphants (Loxodonta africana cyclotis), buffles (Syncerus caffer nanus), potamochères (Potamochoerus porcus), 6 espèces de primates dont les deux anthropoïdes et le Cercopithèque de Brazza (Cercopithecus neglectus), 2 espèces de prosimiens, 7 espèces de céphalophes (autres que le Ntsa) et 3 autres espèces d’antilopes, 3 espèces de Pangolins et enfin, 12 espèces de petits et grands carnivores (autres que le serval et le lion) (Downer 1996, Henschell 2003, Bout 2004, Maisels 2005).
PARC NATIONAL DE PONGARA – Superficie: 870 km². Localisation: Province de l’Estuaire. Situé sur la rive gauche de l’Estuaire du Komo, en face de Libreville et sur la façade Atlantique. Particularité: Belles plages et Mangroves en face de Libreville, site de loisirs pour les citadins.
PARC NATIONAL DE WAKA – Superficie: 1.070 km². Localisation: Situé dans le massif du Chaillu, entre le Fougamou et la Lopé. Particularité: Faille profonde de 100 km de long en forêt au cœur du pays. Partie très montagneuse. Au cœur du pays Mitsogho, âme d’antan d’une culture uniquement gabonaise.
Unesco (http://whc.unesco.org/en/tentativelists/state=ga)
Ecosystème et paysage culturel pygmée du massif de Minkébé (18/04/2003)
Grottes de Lastourville (20/10/2005)
Ancien Hôpital Albert Schweitzer de Lambaréné (27/01/2009)
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REPÚBLICA DA GÂMBIA (18/02/1965)
Lema: “PROGRESS – PEACE – PROSPERITY” (“Progresso – Paz – Prosperidade”, em inglês), que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 18/11/1964. Os dois leões representam a história colonial da Gâmbia como parte do Império Britânico. O machado e a enxada cruzados representam a importância da agricultura para a Nação; também se considera representarem os dois maiores grupos étnicos do país: mandingo e fulas. A palma sobre a crista heráldica parece ser a árvore nacional...
The Gambia – Gambia – Republic of the Gambia
Capital – Banjul (ex-Bathurst) – Declaração de Banjul (1977).
Religião – Islamismo 90%, Cristianismo 9%, crenças indígenas 1%.
Moeda (numismática) – Dalasi – nome nativo gambiano (Gambian)...
A região da Gâmbia foi visitada pelos portugueses em 1455 e assentada pelos ingleses no século XVII... Tornou-se Colônia da Coroa Britânica em 1843, membro independente da Comunidade Britânica em 1965 e república em 1970. Já em 1858, os britânicos introduziram o serviço postal internacional no país... Os primeiros selos postais, chamados “Cameos”, foram emitidos pela então Colônia em 1869.
Grande parte da população (1,1 milhões; 1997) do país compõe grupos tribais como Mandinka, Fula e Wolof... O idioma oficial é o inglês, mas também são falados Mandinka, Fula, Wolof e outras línguas indígenas vernaculars...
Situação do país – Costa oeste da África. Parte da África Ocidental, margeia o norte do Oceâno Atlântico e o Senegal; aliás, a Gâmbia está localizada praticamente dentro do Senegal.
A divisão administrativa da Gâmbia é feita em 5 divisões e a cidade-capital Banjul. As quais se dividem em distritos. A administração postal também deve ser dividida em 6...
Banjul / Greater Banjul Area (capital da Nação) – Distritos (2): Banjul e Kanifing.
1. Lower River ou South Bank / Lower River Division (Mansa Konko) – Distritos (6): Jarra Central, Jarra East, Jarra West, Kiang Central, Kiang East e Kiang West.
2. Central River / Central River Division (Janjanbureh) – Distritos (10): Fulladu West, Janjanbureh, Lower Saloum, Niamina Dankunku, Niamina East, Niamina West, Niani, Nianija, Sami e Upper Saloum.
3. North Bank / North Bank Division (Kerewan) – Distritos (6): Central Baddibu, Jokadu, Lower Baddibu, Lower Niumi, Upper Baddibu e Upper Niumi.
4. Upper River / Upper River Division (Basse Santa Su) – Distritos (4): Fulladu East, Kantora, Sandu e Wuli.
5. Western / Western Division (Brikama) – Distritos (9): Foni Bintang-Karenai, Foni Bondali, Foni Brefet, Foni Jarrol, Foni Kansala, Kombo Central, Kombo East, Kombo North/Saint Mary e Kombo South.
Outras cidades – Bakau, Barra, Diabugu, Faralenni, Georgetown, Gunjur, Kalagi, Kass Wollof, Salikene, Sara Job Kunda, Serekunda (cidade mais populosa), Sukuta...
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REPÚBLICA DE GANA (06/03/1957)
ex-Costa do Ouro
Lema: “FREEDOM AND JUSTICE” (“Liberdade e Justiça”, em inglês), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas adotado desde 04/03/1957 (tendo sofrido pequenas diferenças). A terceira parte do Escudo mostra uma árvore de cacau, que representa a riqueza agrícola da Nação. Imagem do sítio oficial do Governo de Gana (www.ghana.gov.gh).
Ghana – Republic of Ghana
Capital – Accra (Acra).
Datas Nacionais – 06/03: Independence Day, 01/07: Republic Day.
Moeda (numismática) – cedi novo, Banco de Gana (www.bog.gov.gh). A palavra “cedi” em Akan (uma língua nativa de Gana) significa uma “pequena concha”. “Pesewa” (para moedas) deriva de “pésewabo” que em Akan é uma semente de planta, formalmente usada como um “pequeno peso de ouro”...
Brief History of The Ghana Currency – Prior to independence, the issue of currency was the responsibility of the West African Currency Board (WACB). The West African pounds, shillings and pence, constituted currency issued by the Board and was in circulation in Ghana until July 1958.
First Issue Of National Currency – After Independence, the new monetary authority, the Bank Of Ghana, issued its own currency in the form of Ghana pounds, shillings and pence on 14/07/1958. With that issue, the Bank Of Ghana formally took over the issue of currency notes and coins from the WACB.
The Birth Of The Cedi – The second issue of currency was in early 1965, when Ghana decided to leave the British colonial monetary system and adopt the widely accepted decimal system. Accordingly, Cedi notes and Pesewa coins were introduced on the 19/07/1965 to replace the Ghana pounds, shillings and pence. The cedi was equivalent to eight shillings and four pence (8s 4d) and bore the portrait of the then President, Dr. Kwame Nkrumah. The name “cedi” was derived from the word “sedie” meaning cowrie, a shell money which gained popularity and wider circulation in the later part of the 19th Century. The “Pesewa” represented the smallest denomination (quantity) of the gold-dust currency regime. The name was chosen to replace the British Colonial penny.
The New Cedi – After the overthrow of the CPP government, the military government decided to replace the existing currency, which bore Nkrumah’s portrait, with one without his portrait. The New Cedi (N¢), as it was called, was introduced on 17/02/1967 to replace the 1965 cedi at a rate of ¢ 1.20=N¢ 1.00. The N¢ notes remained in circulation until March 1973 when it became simply known as the cedi.
Currency Demonetisation – On 09/03/1979, the Government announced the introduction of new cedi notes to replace the old ones at a discount of 30% for amounts up to ¢5,000 and 50% for amounts in excess of ¢5,000. The old cedis were therefore, demonetized. New denominations issued included ¢1, ¢2, ¢5, ¢10, ¢20 and ¢50.
Currency Denomination – From 1965 to present, various cedi and pesewa denominations, ranging from ¢1 to ¢5,000 for notes and ½ P to ¢500 for coins, were put into circulation. Currency issued in 1965 comprised ¢1, ¢5, ¢10, ¢50, ¢100, ¢1,000, 5P, 10P, and 20P. Between 1972 and 1994, additional seven different note denominations and eight coin denominations were introduced. These ranged between ¢2 to ¢5,000 for notes and ¢100p to 50,000p (¢500) for coins (see attached table). Since 2002, two more notes ¢10000 and ¢20000 have been added to notes in circulation.
Primeiramente, foi visitado pelos europeus no século XV. Tornou-se um território da Grã-Bretanha como Costa do Ouro (Côte de l’Or, Gold Coast) e colônia britânica em 1874. Foi a primeira nação negra a obter a independência da Grã-Bretanha!
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REPÚBLICA DA GUINÉ (02/10/1958)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.), ex-Guiné Francesa
Lema: “TRAVAIL – JUSTICE – SOLIDARITÉ” (“Trabalho – Justiça – Solidariedade”, em francês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 12/1993, na forma atual. Desde 1984 apresenta uma pomba com um ramo de oliveira no bico; que anteriormente aparecia sob uma espada e um fuzil cruzados.
Bandeira Nacional da República da Guiné: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha).
Republic of Guinea – Guinée Conakry
Nome oficial – République de Guinée.
Capital – Conacri (Conakry / Konacri).
Religião – Islamismo 86,9%, religiões tribais 4,6%, Cristianismo 4,3%, outras 4,2% (1983).
Moeda (numismática) – franco guineano (GNF).
Chamada também de Guiné-Conacri para a distinguir da vizinha Guiné-Bissau, a Guiné é conhecida pelas belezas naturais da região de Fouta Djallon, com altas planícies cortadas por rios e cachoeiras. Colônia francesa até 1958, este país da costa oeste africana é o segundo maior produtor mundial de bauxita. Possui reservas de ouro, ferro e diamante. Seu território é fértil, há pecuária e produção de café, mas suas florestas vêm sendo devastadas.
Apesar dos recursos naturais e de ser auto-suficiente em alimentos, a Nação ainda é pobre e dependente da ajuda externa. A primeira eleição presidencial é realizada em 1993, após mais de três décadas de ditadura...
História
Guiné tornou-se um Protetorado Francês em 1849. It was governed with Senegal as Rivieres du Sud. It became a separate colony in 1893. It became a constituent territory within French West Africa, 1904, an overseas territory in 1946 and an independent republic in 1958...
Colônia Francesa desde 1890, selos foram emitidos pela Guiné Francesa entre 1892 a 1941. Do lado direito da tela, o primeiro selo postal “GUINÉE FRANÇAISE”, emitido em 1892 com valor facial de 1 centime (Scott: 1).
Fulanis 35%, malinques 30%, sussus 20%, outros 15% (1996), compõem a população (7,6 milhões, 1997) de nacionalidade guineana. O idioma oficial é o francês, entretanto apenas 15 a 20% dos guineanos o praticam.
São 8 línguas nacionais, as mais importantes: Soussou ou em português sussu (região marítima), Peulh (central), Maninka ou em português manicá (norte), Kissi, Toma e Guerze (florestal)...
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REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
Independência de Portugal: 24/09/1973 (Declarada), 10/09/1974 (Reconhecida)
ex-Guiné Portuguesa (Portuguese Guinea)
Lema: “UNIDADE – LUTA – PROGRESSO” (português), que aparece na faixa do Brasão de Armas adotado em 1973. Bandeira Nacional da República da Guiné-Bissau: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e a estrela de 5 pontas preta que simboliza a África. Seu desenho foi fortemente influenciado pela bandeira de Gana, cujas cores detêm o mesmo significado: o vermelho simboliza o sangue dos mártires, o verde as florestas e o dourado a riqueza mineral.
Republic of Guinea Bissau – République de Guinée Bissau
Capital – Bissau.
Religião – A religião predominante é o Animismo, cuja prática é o culto antepassado, das forças físicas e dos feitiços. A religião muçulmana abrange metade da população, existindo ainda um reduzido número de cristãos católicos. Além das crenças tribais, o Islamismo desponta entre as religiões do país. Muçulmana (50%), religiões naturais (40%) e Cristianismo (10%).
Moeda (numismática) – Franco CFA (Communaute Financiere Africaine Franc). Franco CFA da África Ocidental (XOF). 1 Dollar = 445,653 francos CFA.
Guiné-Bissau é um país pobre e depende da ajuda externa. A maioria dos guineenses vive da agricultura de subsistência, enfrentando secas e doenças infecto-contagiosas. O país possui um conflito com o vizinho Senegal sobre a posse da região fronteiriça de Casamansa, rica em petróleo e em aves...
Balantas (Balanta) 30%, fulanis (Fula) 20%, maniacas (Manjaca) 14%, malinques (Mandinga) 13%, papeles (Papel) 7%, outros 16% (1996), compõem a população (1,1 milhões, 1997) de nacionalidade guineense, guineana ou guinéu.
A Guiné-Bissau tem cerca de 1,6 milhões de habitantes, distribuídos pelos diversos grupos étnicos: Biafada, Bidjogo, Fulbe, Malinké, Manjacos, Mancanha, Pepel, Balantas... A população é formada por diferentes grupos étnicos... Mas o idioma oficial é o português, embora seja largamente falado o crioulo da Guiné-Bissau (reconhecido mas não oficial), mandjaco, mandinga, entre outros dialetos regionais.
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REPÚBLICA DA GUINÉ EQUATORIAL (12/10/1968)
ex-Rio Muni e Guiné Espanhola
Lema: “UNIDAD – PAZ – JUSTICIA” (“União – Paz – Justiça”, em espanhol) adotado em 1968, que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 21/08/1979. No centro do campo prateado do Escudo aparece uma paineira (árvore de algodão de seda), do gênero Bombax spp. (Silk Cotton Tree), também chamada de árvore-deus (God Tree), da família Bombacaceae, sob a qual se assinou o primeiro tratado entre a Espanha e o governante local. As 6 estrelas de seis pontas representam o território continental (Rio Muni) e as cinco ilhas da Nação (Annobón ou Ano Bom, Bioko ou ex-Fernando Pó, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico).
Bandeira Nacional da República da Guiné Equatorial: Tremulou no dia da Independência da Nação. Apresenta listras tricolor: verde, branca e vermelha (respectivamente, as cores simbolizam a vegetação do país, a paz e a independência), e um triângulo azul (cor que simboliza o mar e conecta as ilhas ao continente) do lado da tralha. No centro aparece o Brasão de Armas, cujo Escudo é branco e não cinza como no Brasão. No entanto, durante a ditadura de Francisco Macías Nguema (1924-1979), regime que durou de 1973 até a sua morte, o Brasão de Armas foi mudado... O Brasão original foi restaurado em 21/08/1979, que trouxe ao poder Teodoro Obiang Nguema...
Republic of Equatorial Guinea – Guinee Equatoriale – République de Guinée Equatoriale
Nome oficial – República de Guinea Ecuatorial.
Capital – Malabo (ilha Bioko). Quando Guiné Espanhola, a capital foi a cidade de Bata.
Religião – Cristianismo 88,8% (maioria católica), religiões tribais 4,6%, Islamismo 0,5%, ateísmo 5,9%, outras 0,2% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – franco CFA. Anteriormente, ekuele e peseta (sistema monetário da Espanha). A palavra peseta é diminutivo de peso. Tal sistema foi utilizado também nos Territórios Espanhóis na África, como as Ilhas Canárias. Peso guineense (1 peso = 100c), o sistema monetário “peso” é utilizado em muitos países que falam o espanhol, no Continente Americano...
Nação pobre, sua parte continental é coberta por florestas e apresenta pouca atividade econômica. Os principais produtos são o café e o cacau. Possui reservas inexploradas de gás natural e petróleo.
O país é formado pelo território de Rio Muni, no continente, e por cinco ilhas, das quais a principal é Bioko, onde está a capital, Malabo. A província insular Bioko era chamada de Fernando Pó ou Fernando Poo na época da colônia.
Os portugueses ocupam a ilha de Fernando Pó (atual ilha Bioko) no século XV. Nos séculos seguintes, o local serve de base a espanhóis e ingleses. Em 1856, a Espanha funda Rio Muni, a parte continental da Guiné Espanhola...
Em 1964, a Espanha faz um acordo dando autonomia. A independência da colônia é obtida em 1968, quando se forma um governo presidido por Francisco Macías Nguema, que, em fevereiro de 1970, se autoproclama presidente vitalício.
Em 1959, a colônia foi dividida em duas províncias espanholas: Fernando Pó e Rio Muni.
Fangs 80%, bubis 15%, outros 5% (1996), compõem a população (meio milhão de pessoas, 1997) de nacionalidade guinéu-equatoriana. A ex-colônia da Espanha é o único país da África cujo idioma oficial é o espanhol. Também são falados fang, combe, balenque, bujeba, bubi, ibo...
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REINO DE LESOTO (04/10/1966)
ex-Basutolândia (Basutoland)
Animal-símbolo: Íbis-calvo / Southern Bald Ibis (Geronticus calvus)
Lema: “KHOTSO – PULA – NALA” (“Paz – Chuva – Prosperidade”, em sessoto), que aparece em um listel marrom na base do Brasão de Armas adotado no Dia da Independência. Em 2006 foi aprovado um novo Brasão, que sofreu apenas pequenas mudanças nas cores originais; e foi colocado no centro do Estandarte Real. No centro aparece um crocodilo sobre um Escudo Basotho – símbolo da dinastia do Lesoto, a maior etnia, o Sotho. Por detrás do Escudo há duas armas cruzadas do século XIX. À esquerda e à direita são apoiantes dois cavalos Basuthos como suportes.
Bandeira Nacional do Reino de Lesoto: A atual bandeira data de 04/10/2006, possui as cores azul, branca e verde divididas horizontalmente, com o chapéu negro do partido Basotho no centro. O design, introduzido em honra ao 40º aniversário da Independência, apresenta-se intencionando a refletir a orientação pacifista do país.
Nome oficial – Kingdom of Lesotho – Muso oa Lesotho – Lesotho (Royaume du)
Capital – Maseru.
Religião – Cristianismo 93% (católicos 42,8%, protestantes 29,1%, outros cristãos 21,1%), outras 7% (maioria adepta de religiões tribais).
Chefe de Estado – Rei Letsie III (desde junho de 1998). Dinastia – Moshoesh.
Moeda (numismática) – Loti ÷ Senti (singular) = Maloti ÷ Lisenti (plural). Loti em sesoto é a forma singular da palavra Maloti (ou em francês Maluti) – nome de uma cadeia de montanhas onde se encontra o pico mais alto na África do Sul. Lisenti é o plural de Sente o qual é derivado de “cent”. Cédulas: 200 Two Hundred Maloti, 100 Hundred Maloti e 10 Ten Maloti... Central Bank of Lesotho (www.centralbank.org.ls).
Incrustado na África do Sul, sem saída para o mar, Lesoto (o antigo Reino da Basutolândia) é um dos países etnicamente mais homogêneos da África. Sua população tem 99% da etnia basoto. Parece que Lesoto significa “reino no céu”...
O país vive da agricultura e da criação de ovelhas nos montes Drakensberg, que dominam a maior parte do território e atingem mais de 3.000 metros de altitude. É bastante dependente da África do Sul. O dinheiro enviado por lesotos empregados nas minas e fábricas sul-africanas representa 26% do PIB.
História
Bantos chegam na região no século XVI e uma Nação Basoto foi estabelecida. Foi incorporado pelo Estado Livre de Orange (África do Sul), em 1854.
No século XIX, os habitantes da Basutolândia travam diversas guerras e litígios com os africâneres (brancos sul-africanos de origem holandesa). Em 1868, o chefe tribal basoto pede proteção ao Reino Unido para o território, que se torna Colônia Britânica no ano seguinte.
Basutolândia foi anexado à Colônia do Cabo, em 1871, e durante 10 anos esteve sucumbido às regras dos britânicos da Colônia do Cabo...
Um dos poucos exemplos de africanos que venceram um conflito com os brancos no século XIX, foi a Guerra Gun (1880-1881), que terminou com os 10 anos de regras sobre Basutolândia...
Os magistrados do Cabo tinham interferido com as leis tradicionais e autoridades do povo Sotho. Os magistrados tentaram fortalecer o Ato de Desarmamento, mas os Sotho recusaram a ser desarmados.
O engajamento decisivo foi em Qalabani, em outubro de 1880. Os magistrados não puderam manter o controle e o governo britânico, em Londres, tomou posse em 1883...
A independência ocorre em 1966, quando o país adota o regime monárquico constitucional e passa a se chamar Reino de Lesoto. O chefe tribal basoto Moshoeshoe II é coroado rei. Como primeiro-ministro, assume o chefe Leabua Jonathan.
A partir dos anos 70, seu governo torna-se crítico do apartheid (política de segregação racial) e dá abrigo a exilados políticos da África do Sul. Em 1982, tropas do país vizinho entram ilegalmente em Lesoto e matam mais de 40 oposicionistas sul-africanos refugiados em Maseru, a capital.
O Rei Moshoeshoe II é deposto em 1990, em golpe militar orquestrado por seu filho, o príncipe Letsie, que a seguir dissolve o Parlamento. Países vizinhos como África do Sul (sob governo de transição pós-apartheid), Botsuana e Zimbábue protestam e exigem o retorno do monarca e do primeiro-ministro deposto, Ntsu Mokhehle.
Em janeiro de 1995, Letsie renuncia em favor de seu pai. Moshoeshoe II reassume, mas morre um ano depois, em janeiro de 1996, em um acidente de automóvel. Isso reconduz o filho ao trono como Rei Letsie III...
Em fevereiro de 1997, o quartel-general da polícia em Maseru é ocupado por cem homens da Polícia Montada Real. Eles exigem o fim dos processos judiciais contra oito de seus membros, acusados de assassinato político.
O motim se generaliza pelo país e atinge dois terços da polícia. É debelado nove dias depois, sob fogo pesado e prisão dos amotinados.
Em abril de 1997, o Parlamento aprova uma comissão eleitoral independente para organizar as próximas eleições gerais, marcadas para janeiro de 1998. Elas irão decidir a sucessão do primeiro-ministro Ntsu Mokhehle...
Basotos 99%, outros 1% (1996), compõem a população (2,3 milhões, 1997) de nacionalidade lesota ou lesotiano. O inglês e o sessoto são os idiomas oficiais. O sessoto (Sesotho) também é conhecido como Soto do Sul (Southern Sotho). Basoto é o nome de seu povo e sessoto sua língua. Também é falado o Zulu e o Xhosa.
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REPÚBLICA DA LIBÉRIA (1847)
ex-Costa da Pimenta
Primeira República da África, teve também a primeira mulher chefe de um Estado africano!
Animal-símbolo: “Pimentinha” / Pepperbird ou Common Bulbul (Pycnonotus barbatus)
Lema: “THE LOVE OF LIBERTY BROUGHT US HERE” (“O amor à liberdade trouxe-nos aqui”, em inglês), que aparece em um listel no topo do Brasão de Armas adotado em 1847 (versão modificada)... A imagem do navio simboliza os navios que trouxeram os escravos livres dos Estados Unidos para a Libéria. Sob o Escudo está outro listel com o nome oficial da Nação. A Bandeira Nacional da República da Libéria teve seu desenho baseado na bandeira norte-americana.
Republic of Liberia
Capital – Monróvia (1822).
Religião – Cristianismo 67,7% (maioria), Islamismo 13,8%, crenças tradicionais e outras 18,5% (1984).
Moeda (numismática e moeda) – dólar liberiano.
O país foi criado como resultado de atividades de várias sociedades filantrópicas dos Estados Unidos que desejavam estabelecer terras para os primeiros escravos...
Possui reservas de ferro, diamante, ouro e manganês. Formalmente é o país com a maior Marinha Mercante do mundo, pois um regime fiscal vantajoso faz com que armadores de diversas nacionalidades registrem seus navios como liberianos...
FILATELIA
Grupos étnicos autóctones 72% (principais: capeles 19%, bassas 15%), árabes libaneses 25%, américo-liberianos 3% (1996), compõem a população (2,5 milhões, 1997) de nacionalidade liberiana.
Fundada por ex-escravos africanos dos Estados Unidos, seus descendentes formam, hoje, 3% da população e são considerados a elite desse país da costa oeste africana.
O idioma oficial é o inglês, mas línguas regionais também são faladas. São mais de 20 grupos de linguagens étnicas, das quais poucas podem ser escritas em correspondência... Entre elas “Bassa”...
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REPÚBLICA ARÁBICA DA LÍBIA (24/12/1951)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Lema: Não tem, mas às vezes aparece “Liberdade – Socialismo – Unidade”, em árabe.
Brasão de Armas: Apesar de algumas mudanças permanece semelhante ao usado enquanto o país fez parte da Federação das Repúblicas Árabes. O atual Brasão foi adotado após a sua saída da Federação em 1977. Tal como a Bandeira, a cor verde predomina, estabelecendo ligação com o manto verde do profeta Maomé, bem como à Revolução Verde de Muammar al-Gaddafi. A ave de rapina que compõe o Brasão é o “Falcão de Qureish”, emblema da tribo do profeta Maomé. Finalmente, a frase “União das Repúblicas Árabes” (ou Federação das Repúblicas Árabes), escrita no listel seguro nas garras do falcão...
Libia – Libya – Libye – Libyen
Nome oficial – Jamhiriya – República Socialista Popular Árabe da Líbia.
Capital – Trípoli.
Religião – 97% Islamismo (sunitas – sunni Muslim); 3% outras.
Moeda (numismática) – dinar líbio (LYD) (sistema monetário “dinar”).
A paisagem típica da Líbia mostra grandes extensões de areia, com pontos montanhosos que surgem ocasionalmente. Na árida região de Fezã, as dunas atingem centenas de metros de altura. O pico mais alto, o Bete (2.286 m), encontra-se ao sul, nos montes Tibesti.
Suas terras integram o Deserto do Saara, exceto na zona costeira, onde se diferenciam claramente duas regiões: Tripolitânia e Cirenaica, respectivamente a oeste e a leste do golfo da Grande Sirte, que são as únicas áreas férteis do país além de alguns oásis.
Resumindo, Fatos Históricos e História Postal – Líbia Italiana (Cirenaica e Tripolitânia, 1912 a 1943); Líbia Inglesa (Cirenaica e Tripolitânia, 1943 a 1950), Líbia Francesa (Fezzan e Ghademes, 1943 a 1950)... Selos são emitidos pela Líbia desde 1951... Reino da Líbia (Rei Idris I, de 1951 até 1969); Ditadura Militar Socialista, regime atual desde 1970 (Muammar al-Kadhafi); por breve período compreendeu a Confederação Egito e Líbia (1972-1979)...
Os líbios são predominantemente berberes e a maior parte deles adotou a cultura árabe. Outras minorias étnicas são as de negros, judeus e grupos reduzidos de italianos e gregos, cujo número decresceu a partir do fim da década de 1960.
Nos oásis do sudoeste habitam pequenos grupos de tuaregues que deixaram para trás sua tradicional vida nômade. O idioma oficial é a árabe, entretanto alguns grupos minoritários conservam a língua berbere; também se fala italiano e inglês (população de 5,8 milhões, 1997)...
Situação do país – Norte da África, margeia o Mar Mediterrâneo, entre Egito e Tunísia. Fronteiras: É limitada a oeste pela Tunísia e Argéria, a leste pelo Egito, a Sul pelo Sahara, Níger, Chade e Sudão. A sua costa com o Mediterrâneo estende-se ao longo de quase 2.000 quilômetros, with a low plain extending from the Tunisian border to the Jebel Akhdar (Green Mountain), área no leste.
Divisão administrativa – 3 províncias, 10 governadorias e 1.500 comunas. O país é dividido em 22 distritos (2007)...
Principais cidades – Surt, Misratah (Misrâtah), Tobruk (Tubruq) e Bengazi (Banghazi) que também sedia importantes funções administrativas.
Outras cidades – Adîrî, Ajdâbiyâ, Al Baydâ (LY), Al Jaghbûb, Al Jawf, Al Khums, Al Marj, Al Qaryah ash Sharqiyah, Al Qatrûn, As Sidrah, Awbâri, Az Zâwiyah, Bani Walid, Bardiyah, Birâk, Darnah, Ghât, Ghadâmis, Gharyân, Hûn, Jâlû, Marsa al Burayqah, Mizdah, Murzûq, Nâlût, Qamînis, Sûsah, Sabhâ, Tâzirbû, Tarhûnah, Waddân, Yafran, Zawilah, Zlîtan, Zuwârah.
Patrimônio da Humanidade – Sítios arqueológicos de Leptis Magna e Sabratha, cidades do Império Romano.
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REPÚBLICA DO MALAUÍ (1964)
ex-África Central Britânica; ex-Protetorado de Niassalândia; ex-Federação da Rodésia e Niassalândia
Animal-símbolo: Niala (Tragelaphus angasii) assim como do Zimbábue – SAPOA
Ave Nacional: Trogon à queue barrée ou Bar-tailed Trogon (Apaloderma vittatum)?
Lema: “UNITY AND FREEDOM” (“Unidade e Liberdade”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 06/07/1964. Baseia-se no Brasão de Niassalândia... O Escudo é suportado por um leão à direita e um leopardo à esquerda. Na parte inferior, as rochas simbolizam o Maciço Mulanje. O nome do país, no idioma nativo chichewa, significa nascer do Sol – imagem presente na Bandeira Nacional da República de Malauí...
O governo de Malauí decidiu alterar a Bandeira Nacional. O gabinete decidiu que o vermelho, o verde e o preto e o Sol nascente estavam muito próximos ao velho emblema do partido de oposição do Congresso de Malauí. “Nós desejamos uma bandeira neutra para que o povo não a confunda com nenhum partido”, disse o secretário de gabinete do presidente, Alfred Upindi, em 30/12/1998. A nova Bandeira foi adotada em 29/07/2010. Em comparação à bandeira anterior, as listas verde, vermelha e preta que se tocam (similar a do Quênia) foram alteradas de lugar, além do Sol nascente vermelho ter sido substituído por um Sol branco, representando o progresso econômico do Malawi desde sua Independência.
Republic of Malawi – Malavi
Nome oficial – Mfukola Malawi.
Capital – Lilongüe (Lilongwe). Quando território da Grã-Bretanha, a capital de Niassalândia era Zomba.
Religião – Cristianismo 64,5% (católicos 27,5%, protestantes 33,7%, outros cristãos 3,3%), crenças tradicionais 19%, Islamismo 16,2%, outras 0,3% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – kwacha malauiana. O sistema monetário “Kwacha”, também é utilizado na Zâmbia. Tambala? (moedas) em chewa significa “frango”...
O país sofreu com a guerra civil no vizinho Moçambique... Mas sua economia vem se recuperando desde o acordo de paz (1992), quando a ferrovia que liga Malauí ao oceano Índico (via Moçambique) foi reativada...
Localizado no sudeste da África, o país tem 20% de seu território ocupado pelo Lago Niassa (atual Lago Malauí) – terceiro maior do Continente Africano, desempenha papel importante na agricultura e no turismo. Quase 90% da população é rural e mais da metade, analfabeta. Agrícola, a economia de Malauí produz milho, chá e açúcar, mas o tabaco é a principal fonte de receita externa (76%).
Malawi, é pronunciado Malavi por uns, Malaví e ainda Malauí por outros. O nome do país deriva de seus primeiros habitantes, os maraui, povo banto que se instala na região no século XIII...
Foi visitado pelos portugueses no século XVII. Malauí é incorporado ao domínio britânico em 1859, com a chegada do explorador escocês David Livingstone.
O território britânico era chamado de África Central Britânica (selos acima) até 1907, quando se torna Protetorado de Niassalândia (selo abaixo) – por causa do lago Niassa.
Em 1953 integra uma federação com as colônias britânicas da Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e Rodésia do Sul (atual Zimbábue), formando a Federação da Rodésia e Niassalândia, sob tutela britânica, também chamada de Federação da África Central (Central African Federation). Selos foram emitidos entre 1953 a 1963.
Maraves 58,3% (inclui nianjas, cheuas, tongas e timbucas), lomues 18,4%, iaos 13,2%, engonis 6,7%, outros 3,4% (1983), compõem a população (12,5 milhões, 1997) de nacionalidade malauiana. O idioma oficial é o inglês, mas também são falados chicheua, chewa (uma língua banto) e outras línguas de importância regionais...
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REPÚBLICA DE MALI (22/09/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.), ex-Sudão Francês
Lema: “UN PEUPLE – UN BUT – UNE FOI” (“Um Povo – Uma Meta – Uma Fé”, em francês), que aparece na base do Brasão de Armas adotado em 20/10/1973. Em formato circular, com fundo de cor azul céu, no centro aparece a mesquita de Djenné, de barro cinza, acima o lendário urubu voando, abaixo o sol nascente em amarelo ouro, dois arcos dispostos com setas opostas. Fonte: Présidence de la République (www.koulouba.pr.ml).
O selo postal “Mali” (WNS nº. UN211.07) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Geneva) em 03/05/2007 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”. Bandeira Nacional da República de Mali: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha).
Republic of Mali – République du Mali
Capital – Bamaco (Bamako).
Religião – Islamismo 90%, crenças tradicionais 9%, Cristianismo 1% (1983).
Moeda (numismática) – franco CFA.
País de colonização francesa é um dos mais pobres da África. Quase 70% da população é analfabeta e 80% dela vive no campo. A economia baseia-se na pecuária e na lavoura, principalmente de algodão.
Embora pequena, a República de Mali apresenta uma diversidade geográfica muito grande. A região norte, na fronteira com a Argélia, é totalmente árida e compreende o Deserto do Saara (habitado por nômades tuaregues), enquanto que o sul, verde, fértil e populoso, é banhado por duas bacias hidrográficas: a do Rio Níger e a do Rio Senegal (onde se concentra a maior parte da população).
O Mali é sucessor do Império Songhai, que nos séculos XV e XVI foi um dos principais centros de difusão da cultura islâmica e do Islamismo. Hoje, 90% da população ainda professa a fé muçulmana.
Dominada pela França no final do século XIX, entre 1881 a 1895, a área tornou-se colônia francesa em 1904, passando a denominar-se Sudão Francês, em 1920. O primeiro selo postal do Sudão Francês data de 1894 (Scott: 1), com valor facial de 15 cêntimos sobre 75c (vermelho), remarcado em um selo das Colônias Francesas (imagem não disponível). Do lado direito da tela, um exemplo do mesmo ano, de 1894, com valor facial de 1 cêntimo, remarcado com a sobrecarga “SOUDAN FRANÇAIS” (Scott: 3, SG: 3). Do lado esquerdo, o primeiro selo emitido especificamente para o Sudão Francês, data de 1931, com valor facial de 1 cêntimo (Scott: 61, SG: 135).
Em 1892, Kayes tornou-se a capital do Sudão Francês, hoje, é uma cidade no oeste do Mali, localizada cerca de 500 km a noroeste da capital Bamako; que por sua vez a substituiu como capital, primeiro do Alto Senegal e Niger, em 17/10/1899, então como a capital de todo Sudão Francês em 1908. Bandiagara está localizada na região de Dagon – Terra dos Dogons ou País Dogón – povo de mesmo nome que habita o Mali e o Burkina Faso.
O território do Sudão Francês fez parte da África Ocidental Francesa entre 1944 até 1959. Sob o nome de República Sudanesa, une-se ao Senegal, tornando-se seu parceiro por um curto período de tempo, na Federação de Mali.
Entretanto, em 20/08/1960, o Senegal abandona a Federação e, no dia 22 do mês seguinte, a República Sudanesa muda seu nome para República de Mali. Scott: 5...
Mandes 50%, fulanis 17%, voltas 12%, chongais 6%, bambaras, tuaregues, dogões, peules, bozos e outros 15% (1996), compõem a população (11,5 milhões, 1997) de nacionalidade malinesa.
O idioma oficial é o francês, mas a maioria da população fala línguas regionais como o bambara e o fulani. Línguas principais: bambara 80%, fulani, sonrai, tamacheque, soninquê e dogão. Parece que o árabe também é falado.
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REINO DE MARROCOS (02/03/1956)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Animal-símbolo: leão-do-atlas ou leão-barbário, leão-berbere / Barbary lion, Atlas lion, Nubian lion (Panthera leo leo)
Lema: “ALLAH – AL WATAN – AL MALIK” [الله، الوطن، الملك] (“Deus – a Nação – o Rei”, em árabe)
Brasão de Armas: Introduzido em 14/08/1957, foi desenvolvido pelos artistas gráficos Gauthier e Hainaut. Mostra um pentagrama verde (cor tradicional do Islã) em um fundo vermelho (que também aparece na Bandeira Nacional), perante a Cordilheira do Atlas e um sol nascente com a coroa real no topo. Os suportes são dois leões e na tira embaixo aparece a inscrição em árabe: “Se acudires a Deus, Ele acudir-te-á” (Alcorão, Verso 7, Sura 47).
Marruecos – Marocco – Maroc – Marokko – Kingdom of Morocco – Tangier
Nome oficial – Al-Mamlaka al-Maghribiya.
Capital – Rabá (Lugares Turísticos).
Religião – Islamismo 98,7% (maioria sunita), Cristianismo 1,1%, outras 0,2% (1993).
Soberano – Rei Muhammed VI (desde 1999). Dinastia – Filali (História de Marrocos).
Moeda (numismática) – dirrã marroquino, dividido em “fils”. A palavra “dirham” origina do latim “drachma”, a qual veio do grego “drakhm” (do velho grego “drakhme”). Parece que em latim “drachma” significa “uma mancheia”, punhado (uma antiga unidade de peso semelhante a 60 granulados). “Fils” (para moedas) – no árabe a palavra “fals” ou “fils” é derivada do latim “follis” que significa “peça de dinheiro”. Este sistema monetário foi usado na Grécia (antes do euro) e, ainda hoje, é utilizado também nos Emirados Árabes Unidos...
Localizado no extremo ocidente do mundo árabe, o Marrocos apresenta contrastes físicos marcantes entre as áreas úmidas do litoral norte e a porção sul, ocupada por desertos. Na costa mediterrânea fica o estreito de Gibraltar, onde África e Europa quase se tocam...
Situam-se ainda na região as cidades espanholas de Ceuta e Melilla. Esses territórios, encravados em solo marroquino, recebem imigrantes de várias partes da África que esperam obter transferência para a Espanha.
O país é grande exportador de fosfato, concentrando importantes jazidas mundiais desse mineral também na região do Saara Ocidental, anexada pelo governo marroquino sem o reconhecimento da ONU..
Árabes marroquinos 70% e berberes 30% (1996), compõem a população de nacionalidade marroquina. O idioma oficial é o árabe, mas também é falado o berbere. Na maioria das cidades fala-se normalmente francês e, em algumas do norte, o espanhol...
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REPÚBLICA ISLÂMICA DA MAURITÂNIA (28/11/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Animal-símbolo: Camelo?
Lema: “ شرف إخاء عدل ” (“Honra – Fraternidade – Justiça”, em árabe). O Brasão de Armas, adotado em 01/04/1959, baseia-se na Bandeira Nacional da República Islâmica de Mauritânia. O verde simboliza o Islã e o ouro simboliza as areias do Deserto do Saara. O crescente e a estrela também são símbolos do Islã, a religião principal do país, que são adornados com uma palmeira e uma espiga de milho ou milheto. Nas bordas está inscrito o nome da Nação em árabe e francês.
Islamic Republic of Mauritania – République Islamique de Mauritanie
Nome oficial – Al-Jumhuriya al-Islamiya al-Muritaniya.
Capital – Nuakchott (Nomakahot).
Religião – Islamismo 99,5% (sunitas), Cristianismo 0,2% (católicos), outras 0,3% (1994).
Moeda (numismática) – ugüia ou ouguiya (UM). “Ouguiya” é uma palavra nativa da Mauritânia. O sistema monetário ouguiya não é decimal, ele é dividido em 5 “khoums”, cuja palavra árabe significa “quinto”.
Este país do noroeste da África é o único controlado por povos tradicionalmente nômades. Habitando uma área de transição entre o Deserto (de clima árido tropical na região Norte) e a Floresta Equatorial (de clima tropical de altitude na região Sul), a população da Mauritânia exprime duas realidades culturais africanas: o norte é habitado por maioria árabe, enquanto no sul os povos negros são majoritários, que vivem em atrito com o poder central.
O Deserto do Saara ocupa quase todo o território do país, cujo clima geral é quente e seco. A única área fértil está no sul, às margens do rio Senegal, usada para o cultivo de cereais e tâmaras, onde o nível de precipitação é maior, com uma época de chuvas que vai de julho a setembro. Fortes secas nos últimos anos prejudicaram a produção agrícola. A Extração de ferro e a pesca marítima são as principais fontes de renda.
História
A área onde fica a Mauritânia ou “Terra dos Mouros” (em latim) é povoada desde a Antiguidade. A utilização do camelo, nos primeiros séculos da Era Cristã, possibilita aos povos do norte atravessar o Saara e chegar à África negra. Os berberes nômades do sul do Marrocos migram então para o sul, impondo-se aos pastores e agricultores negros da região. A invasão árabe, no século VII, introduz a religião islâmica entre os berberes.
No século XI surge entre os berberes a Dinastia dos Almorávidas, que conquistam Gana, Marrocos e Espanha. Foi explorada pelos portugueses no século XV... Tribos árabes derrotam os almorávidas no final do século XVII, introduzindo um sistema de castas cujos traços ainda se conservam na estrutura social do país. A casta dos hassanes (guerreiros) impõe aos berberes o exercício de atividades pacíficas (comércio e ensino). Abaixo deles na escala social ficam os haratans (pastores negros ou mestiços) e os párias (ferreiros e músicos).
A Mauritânia teve sua área organizada como território pelos franceses, em 1903-1904, tornando-se um Protetorado Francês... A crescente dependência dos emires hassanes em relação aos comerciantes europeus, aos quais vendem goma-arábica, leva à desagregação de seu poder. A França inicia a conquista da região em meados do século XIX e, em 1908, a Mauritânia se torna uma Colônia Francesa.
O país conquista a Independência em 1960. Moktar Ould Dadah elege-se presidente, sendo sucessivamente reeleito até 1978, quando é deposto por um golpe militar...
O país foi reconhecido pela ONU, em 1961, sob os protestos do Marrocos que reclamava como seu o território... Em 1975-1976, após acordo com Espanha e Marrocos, a Mauritânia anexa a parte sul do Saara Ocidental (antigo Saara Espanhol), ficando a porção norte sob o domínio do Marrocos. Um movimento revolucionário, liderado pela Frente Polisário, ganha força entre a população saarauí e passa a combater a ocupação. Os gastos militares para manter o controle da área provocam uma crise econômica no país. Em 1979, a Mauritânia assina um tratado de paz com a Frente Polisário e se retira da região.
Aproveitando o recuo mauritano, o Marrocos anexa prontamente todo o Saara Ocidental... Vários golpes militares marcam a vida política do país até 1984, quando Maawya Ould Sid’Ahmed Taya assume o poder e forma um governo estável, porém marcado pelo recrudescimento das tensões étnicas... Taya reprime ativistas de grupos negros que reivindicavam o fim da supremacia branca (árabe) e da opressão aos negros...
Com população de 2,4 milhões (1997), árabes berberes 75%, sapinques, pulares, tuculeres, peules e ulofes 25% (1996), compõem a população (2,4 milhões, 1997) de nacionalidade mauritana.
O idioma oficial é o árabe, mas também são falados o francês e línguas regionais. As principais são: fulani, ulof, soninquê ou soninké (Soninke), hassniya (Hasaniya) e Pular...
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (25/06/1975)
ex-Colônia de Portugal
Animal-símbolo: Cudu
Lema: “UM NOVO COMEÇO” (português) [Fonte: www.lusoafrica.net].
Brasão de Armas: Mostra diversos elementos: o livro aberto branco faz lembrar a educação por um país melhor; a arma AK-47 simboliza a luta armada e a defesa do país; a enxada simboliza a agricultura e o campesinato; o sol nascente simboliza a nova vida em construção; a roda dentada simboliza a indústria e o operariado; as plantas (cana-de-açúcar e milho) simbolizam a riqueza agrícola; e a estrela representa a solidariedade entre os povos.
Bandeira Nacional da República de Moçambique: Composta por três faixas horizontais com as cores verde (que significa a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação Nacional e a defesa da soberania), preta (que representa o Continente Africano) e amarela (simboliza a riqueza do solo), separadas por estreitas faixas brancas. Sobreposto às faixas, junto à tralha, encontra-se um triângulo isósceles de cor vermelha, dentro do qual há uma estrela de cinco pontas dourada, transpassada por uma arma AK-47 e uma enxada que se cruzam sobre o livro aberto.
Republic of Mozambique
Capital – Maputo (1976), ex-Lourenço Marques, como era chamada a capital do território quando administrado por Portugal (1907).
Religião – Indígena 50%, Cristã 30% e Muçulmana 20%.
Moeda (numismática e moeda) – metical moçambicano. O escudo foi a moeda corrente desde 1914 até 16/06/1980 (data do Massacre de Mueda), e era dividido em 100 centavos. Depois foi adotado o metical moçambicano, o qual sofreu severas inflações durante mais de 20 anos...
1º Metical – o metical (MZM), dividido em 100 centavos, sofreu severas inflações durante mais de 20 anos... O antigo metical (MT) foi a moeda que substituiu a colonial, o escudo moçambicano, moeda corrente de Moçambique desde 1914 até 16/06/1980 (data do Massacre de Mueda). Seu nome tem origem em uma antiga moeda usada no período pré-colonial, formada por ráquis de penas de aves cheias de ouro em pó...
2º Metical – em 01/07/2006, o metical da nova família entrou em circulação. O governo de Moçambique insistiu muito em dizer que não se tratava de uma nova moeda... apenas renomeou o metical tirando 3 zeros (1000:1). O novo código ISO 4217 é MZN, abreviado localmente como MTn. Na linguagem comum, os moçambicanos chamam a nova moeda de: “metical novo” ou “novo metical”. É fato, porém, que tanto nas cédulas como nas moedas não há nenhuma diferença na denominação e continua identificada apenas como “metical”. Durante o período de transição, ambas as moedas (o antigo metical e o novo metical) foram usadas até 31/12/2006, quando se tornaram obsoletas. Antigos meticais serão trocados pelo Banco de Moçambique por um período de seis anos, até 31/12/2012.
Moçambique foi parte da África Portuguesa desde 1751, colônia portuguesa até 1951 e, a partir daí, tornou-se “província portuguesa do além mar”, ou Província Ultramarina. Proclamada a independência em 25/06/1975, como República Socialista de Moçambique, no ano seguinte, a cidade de Lourenço Marques, foi renomeada Maputo – atual capital da Nação, localizada no sul do país.
Grupos tribais indígenas 99,66% – manyika, shangaan, chokwe, makua ou macua (mulheres que pintam o rosto), sena e outros, compõem a população (18,3 milhões, 1997) de nacionalidade moçambicana. Mais de 15 milhões de habitantes são membros de várias tribos de etnia bantu.
O idioma oficial é o português. Línguas Nacionais: cicopi, cinyanja, cinyungwe, cisenga, cishona, ciyao, echuwabo, ekoti, elomwe (elómwé), gitonga, maconde (ou shimakonde), kimwani, macua (ou emakhuwa), memane, suaíli (ou kiswahili), suazi (ou swazi), xichanga, xironga, xitswa (ou xitsua) e zulu. Fonte: Portal do Governo de Moçambique (www.portaldogoverno.gov.mz).
O inglês é falado assim como diferentes línguas tribais e vários dialetos indígenas nas 10 Províncias de Moçambique...
Línguas faladas nas Províncias do Norte: Niassa (Ciyao, Cinyanja, Elómwé, Emakhuwa), Cabo Delgado (Emakhuwa, Kimwani, Shimakonde, Ximangoni), Nampula
Línguas faladas Províncias do Centro: Zambézia, Tete (dialeto Nyungué), Manica (dialeto Ndau, falado na zona sul), Sófala
Línguas faladas Províncias do Sul (ambos dialetos Changana e Xitsonga): Inhambane (Xitswa), Gaza, Maputo
Nota: “Chicuembo” é uma palavra em Changana que significa algo como “espírito do antepassado” ou “espírito” em geral. O “chicuembo” te protege, mas também pode estar zangado contigo...
Moçambique – Província de Além Mar (1951-1975)
Alfredo da Conceição, muito jovem, chegou a trabalhar como serralheiro mecânico e depois litógrafo; mas a sua vocação, desde os tempos da escola primária, era a pintura, pois só a pintar se sentia verdadeiramente feliz, como sempre afirmava. Aos 23 anos foi para Moçambique, empregando-se como desenhador nos Serviços de Geologia e Minas; vivendo longos períodos de solidão, no mato remoto, África tornou-se a sua grande paixão, sensibilizando-se para os problemas que afectam o ambiente e a Natureza. Sobre ele foi escrito uma vez: “Exprimindo-se na pintura a óleo, pastel, aguarela, gouache, carvão e tinta da China, Alfredo da Conceição sempre revelou uma versalidade artística invulgar, ao conciliar no conjunto da sua obra o rigor e minúcia do desenho biológico, com a forma criativa de tendências impressionistas”.
O artista desenhou selos de grande beleza sobre a vida animal, demonstrando minúcia e rigor científico, para Moçambique, Angola, Portugal e Portugal/Madeira. Apenas como exemplo de sua obra, destacamos algumas emissões: “FAUNA DE MOÇAMBIQUE” e “COLEÓPTEROS” Longicórnios (Moçambique), “AVES DE ANGOLA” (Angola), “AVES DO ESTUÁRIO DO TEJO” (Portugal) e “ESPÉCIES MARINHAS DA MADEIRA” (Madeira).
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REPÚBLICA DA NAMÍBIA (21/03/1990)
ex-África do Sudoeste
Animal-símbolo: Órix-gazela / Gemsbok or gemsbuck (Oryx gazella) | Ave Nacional (Namíbia, Sudão do Sul e Zâmbia): Águia-pescadora-africana / African Fish Eagle (Haliaeetus vocifer)
Lema: “UNITY – LIBERTY – JUSTICE” (“Unidade – Liberdade – Justiça”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 1990. Nota: Similar ao de Serra Leoa. Repleto de símbolos nacionais, o Escudo reproduz a Bandeira, dois órix representam coragem, elegância e orgulho; no topo a ave nacional e na base um exemplo da flora do deserto local, a Welwitschia (Welwitschia mirabilis), símbolo da sobrevivência e força nacional
Namibia – Namibie – Republic of Namibia
Capital – Windhoek (História). Quando África do Sudoeste, período de administração da União Sul-Africana (atual África do Sul), a capital era Windhurst...
Religião – Cristianismo 82,1% (luteranos 51,2%, católicos 19,8%, calvinistas 6,1%, anglicanos 5%), outras 17,9% (1981).
Moeda (numismática) – dólar namibiano. Anteriormente, rande sul-africano e sistema monetário da África do Sudoeste Alemã. Currency Information: The Namibian Dollar (NAD; symbol N$) is in note denominations of N$200, 100, 50, 20 and 10. Coins are in denominations of N$5, N$1, 50 cents, 10 cents and 5 cents. It is linked to the South African Rand (R) on a 1:1 basis (South African Rand = 100 cents). The South African Rand is also legal tender in Namibia, although the N$ cannot be used in South Africa. Bank of Namibia (www.bon.com.na).
A proteção à vida selvagem e a exploração racional dos recursos naturais são garantidas pela Constituição desde a independência, em 1990. O país tem reservas de diamante e urânio e é o segundo produtor mundial de chumbo.
Localizado no sudoeste da África, sua faixa costeira é tomada pelo Deserto da Namíbia e o interior pelo Deserto de Kalahari. Apenas 7% da população é composta por brancos.
O país carrega a herança do Apartheid imposto durante décadas pela África do Sul. O analfabetismo é elevado entre negros e os salários pagos aos brancos são em média 20 vezes mais altos...
Ovambos 49%, cavangos 9%, damaras 8%, hereros 7%, europeus (ingleses e alemães) e sul-africanos 7%, eurafricanos 20% (1996), compõem a população (1,6 milhões, 1997) de nacionalidade namibiana. População: Baster, Bushman (ou San), Caprivi, Caucasian, Coloured, Damara, Herero, Himba, Kavango, Nama, Owambo e Tswana...
O idioma oficial é o inglês, o africâner é comum na maioria da população, mas também são falados alemão e línguas regionais como oshivambo, herero, nama...
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REPÚBLICA DO NÍGER (03/08/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
Lema: “FRATERNITÉ – TRAVAIL – PROGRÈS” (“Fraternidade – Trabalho – Progresso”, em francês). O Brasão de Armas foi adotado em 1959 e, assim como Madagascar, também mostra a cabeça de um zebu...
Bandeira Nacional da República do Níger: Tricolor, com três faixas retangulares iguais dispostas de cima para baixo na seguinte ordem: laranja (corresponde ao Deserto do Saara ou zona saariana, que se situa na fronteira norte do país), branca (zona sahélienne; representa a esperança), verde (parte sudanesa, representa a erva das planícies, no sul e oeste, que flui através do rio Níger). No centro da bandeira, em sua parte branca, há um pequeno disco laranja que simboliza o sol.
Republic of Niger
Nome oficial – République du Niger.
Capital – Niamei (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Islamismo 90% (sunitas), o restante: Cristianismo, Animismo, crenças tradicionais, outras.
Moeda (numismática) – franco CFA (1 $ US = 550 XOF).
Haussás, djermas, zarma-songhai, peuls, fulanis, tuaregues, berberes, outros: kanouri, toubou, árabes, compõem a população (9,8 milhões, 1997) de nacionalidade nigerina. O idioma oficial é o francês, mas também são falados: árabe, haussá, djerma, fulani, sanghai, tuaregue (Boudouma, Fulfuldé, Gulmancemen, Kanouri, Sonraï, Tamacheck, Toubou).
A maior parte da população é muçulmana e pertence à etnia haussá. Uma importante minoria (10%) é constituída de tuaregues – povo nômade do deserto que reivindica o norte de Níger.
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REPÚBLICA FEDERAL DA NIGÉRIA (01/10/1960)
Animal-símbolo: Grou-coroado-preto (Balearica pavonina); às vezes a águia / Eagle?
Lema: “UNITY AND FAITH – PEACE AND PROGRESS” (“Unidade e Fé – Paz e Progresso”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas, adotado em 01/10/1960. O Escudo preto central representa a terra fértil da Nação. Duas listras brancas onduladas que se juntam, formam a letra 'Y' do alfabeto, e representam os dois rios que atravessam o país: o rio Benue e o rio Níger. Os dois cavalos como suportes representam a dignidade, enquanto a águia significa força. Na base, o chão ervado é coalhado por uma flor selvagem amarela, encontrada em diferentes partes do país, a crocus (Costus spectabilis) – Flor Nacional da Nigéria.
Federal Republic of Nigeria
Capital – Em 1991, a capital do país muda de Lagos para Abuja.
Religião – Islamismo 50%, Cristianismo 40% (protestantes 21,5%, católicos 9,9%, seitas indígenas 8,6%), outras 10% (1980).
Moeda (numismática) – Naira / Kobo (k). Naira é uma alteração da palavra “Nigeria”. Kobo (para moedas) é derivado do inglês “copper” (cobre).
A região onde está localizada a Nigéria abrigou, na Antiguidade, uma das mais avançadas civilizações da África Ocidental, a cultura nok (500 a 200 antes de Cristo). O norte torna-se islâmico a partir do ano 1000 d.C., com a civilização kanem, cujos sucessores controlam as rotas comerciais do norte da África...
Os britânicos, em luta com os portugueses pelo controle do tráfico de escravos, obtêm o domínio do litoral no século XVIII. Em 1861, a colônia britânica foi estabelecida em Lagos; como protetorados do norte e do sul da Nigéria em 1900, os quais foram considerados como colônia e protetorado da Nigéria em 1914.
A proibição do comércio escravista, no início do século XIX, não impede sua expansão pela bacia do Rio Níger. Nigéria tornou-se uma Federação em 1954 e independente em 1960.
Além da corrupção generalizada, o país convive com a rivalidade entre o sul, rico e sob influência cristã, dominado pela etnia iorubá, e o norte, muçulmano e com maioria haussá.
Desde 1995, pelo menos 15 mil pessoas morrem vítimas das epidemias de cólera, gastroenterite, meningite e sarampo. O petróleo responde por 90% das exportações. Quarto maior produtor da Opep, a Nigéria também tem estanho, carvão, ferro e gás natural.
Grupos étnicos autóctones 94,5% (haussás, iorubás, ibos, fulanis, tives, ijos, buras) e outros 5,5% (1996), compõem a população de nacionalidade nigeriana. O idioma oficial é o inglês, mas também são faladas várias línguas regionais, sendo as principais: haussá, iorubá, ibo, fulani...
A Nigéria é o país mais populoso da África, com mais de 120 milhões de habitantes (1997). As etnias haussá (norte), iorubá (oeste) e ibo (leste) representam 65%; os 35% restantes são divididos em 245 grupos étnicos.
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REPÚBLICA DO QUÊNIA (12/12/1963)
ex-África Oriental Britânica
Animal-símbolo: Leão?; às vezes, aparece sendo o guepardo e o elefante?
Lema: “HARAMBEE” (“Trabalhemos Unidos”, em suaíle), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. No Escudo de três faixas com as mesmas cores da Bandeira, aparece na faixa central um galo segurando um machado, que de acordo com os costumes locais denota uma vida nova e próspera... No compartimento (entre o escudo e o listel), como decoração aparece a silhueta do Monte Quênia com elementos botânicos como crisântemos brancos e produtos agrícolas: café, sisal, milho, chá e abacaxi.
Bandeira Nacional da República do Quênia: Foi adotada oficialmente no Dia da Independência (similar a de Malauí). As cores significam: preta (o povo e o continente africano), vermelha (a valentia e o sangue derramado na luta pela Independência), verde (as riquezas naturais) e a cor branca, acrescentada mais tarde (paz e harmonia). Traz no centro o tradicional Escudo Maasai cruzado por duas lanças que representam a cultura desse povo guerreiro, etnia de marcante presença no Quênia, assim como simbolizam a defesa de todas as coisas mencionadas.
Republic of Kenya
Nome oficial – Jamuri ya Kenya.
Capital – Nairóbi (Localidades).
Religião – Cristianismo 73% (católicos 27%, protestantes 19%, outros cristãos 27%), religiões tribais 19%, Islamismo 6%, outras 2% (1987).
Feriados Nacionais: 01/06 – Madaraka Day; 10/10 – Moi Day; 20/10 – Kenyatta Day; 12/12 – Jamhuri Day (Dia da Independência).
Moeda (numismática) – xelim queniano / senti (sistema monetário xelim).
O território queniano abrange planície costeira, pântanos no nordeste, o deserto de Chalbi ao norte e planalto elevado no centro-oeste. Os principais produtos de exportação são o café e o chá.
Quicuios 21%, luias 14%, luos 13%, cambas 11%, calenjins 11%, quisis 6%, merus 5%, outros 19% (1996), compõem a população (28,4 milhões, 1997) de nacionalidade queniana. O suaíle e o inglês são os idiomas oficiais, mas também são falados quicuio, luo e outras línguas tribais...
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REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA (13/08/1960)
ex-África Equatorial Francesa (U.F.), ex-Oubangui-Chari
Lema: “UNITÉ – DIGNITÉ – TRAVAIL” (“Unidade – Dignidade – Trabalho”, em francês), que aparece em um listel azul marinho sob o Escudo do Brasão de Armas, adotado em 1963. Adornado com a Bandeira Nacional da República Centro-Africana, uma de cada lado do Escudo, na parte superior há outro listel com os dizeres em sango “ZO KWE ZO” que significa algo como “Um homem é um homem” ou “Todas as pessoas são pessoas”.
Central African Republic – l’Oubangui-Chari
Nome oficial – République Centrafricaine (francês) e Koddorosêse tî Beafrîka (sango). Abreviações: “Centrafrique” ou “Beafrîka”, respectivamente.
Capital – Bangui (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Cristianismo 35% (católicos 20%, protestantes 15%), Islamismo 5%, outras 11% (1996). O restante da população, cerca de 60%, é fiel às religiões africanas tradicionais, religiões tribais como animisme, génies, ancêtres, divinités...
Moeda (numismática) – franco CFA.
Situada no coração da África, sem saída para o mar, a República Centro-Africana é importante via de trânsito regional graças aos rios que cortam o país. O norte é semidesértico. O sul, úmido e coberto por florestas tropicais, concentra 98% da população. Vivem no país 80 diferentes grupos étnicos.
Ex-colônia francesa, a República Centro-Africana é auto-suficiente em alimentos. Exporta café, algodão, minério de cobre e diamante. Tem dependência da ajuda externa que recebe, sobretudo da França, a antiga metrópole.
Baias 34%, bandas 27%, mandiás 21%, sarás 10%, umbuns 4%, umbacas 3%, carês 1% (segundo o Almanaque Abril, 1996), compõem a população (3,4 milhões, 1997) de nacionalidade centro-africana. O francês e a nativa sango são as línguas ou idiomas oficiais.
O árabe se fala na região norte, por exemplo, próxima as fronteiras com o Chade e o Sudão. O sango é uma língua franca que se extendeu pelo país graças ao comércio através dos rios. No país é falado umas 200 línguas, aproximadamente...
Parece que uma minoria também fala suaíle, Banziri, Bouraka, Gbaya, Hunsa, Issongo, Linda, Manja, Mboum, Monzombo, Ngbaka, Nzakara, Pygmées, Yakoma, Yakpa, Zandé... As populações islamisadas como os Haoussa, os Mbororo e os Peulh se fixaram mais tarde...
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REPÚBLICA DE RUANDA (01/07/1962)
ex-Ruanda-Urundi
Animal-símbolo: Leopardo-africano? / Leopard (Panthera pardus)
Lema: “UBUMWE – UMURIMO – GUKUNDA IGIHUGU” (“Unidade – Trabalho – Patriotismo”, em quiniaruanda), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas, remodelado em 2001 para combinar com o esquema de cores da nova Bandeira; e na parte superior do Escudo aparece o nome da Nação.
As Armas e a própria Bandeira datavam dos anos de 1960, mas foram mudadas porque ficaram associadas à brutalidade do Genocídio de Ruanda... Anteriormente, a Bandeira usava as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha). O governo desejou uma nova bandeira para representar a unidade nacional, respeito ao trabalho, heroísmo e confiança no futuro... Uma importante consideração no desenho foi o genocídio de 1994, logo não há a cor vermelha para relembrar o sangue, assim como a cor preta para não simbolizar a escuridão... A nova Bandeira é composta pelas cores: azul claro, amarelo e verde. O azul claro simboliza felicidade e paz. O sol dourado e os seus raios simbolizam a luz que iluminarão o povo – trazendo unidade, transparência e luta contra a ignorância. Amarelo para o desenvolvimento econômico. Verde para a esperança de prosperidade, o agradecimento ao trabalho do povo de Ruanda e o uso sensível dos recursos do país.
Do lado esquerdo, a antiga Bandeira do país e do lado direito a nova Bandeira Nacional da República Ruandesa, adotada em 31/12/2001.
Rwandese Republic – Republic of Rwanda – Republika y’u Rwanda – République Rwandaise
Capital – Kigali.
Religião – Cristianismo 44% (católicos), Islamismo 9%, crenças tradicionais 47% (1996).
Moeda (numismática) – franco ruandês. Código internacional ISO 4217: ? Anteriormente, franco belga / pesa. National Bank of Rwanda (www.bnr.rw).
Ruanda era parte da África Oriental Alemã, depois, em 1916, foi ocupada pela Bélgica. Após a I Grande Guerra, passou a ser administrada pela Bélgica, juntamente com Burundi, através de mandato da Liga das Nações, constituindo a área chamada de Ruanda-Urundi.
Em 1946, foi transformada em território da ONU e, até a independência do Congo Belga, em 1960, foi tratada como parte daquela colônia belga. Tornou-se independente em 1962...
Ruanda é o país africano com maior densidade populacional, quase 300 habitantes por quilômetro quadrado. A existência de clãs e de fortes laços familiares é marcante na sociedade. Cerca de 90% da população é hutu e vive em conflito com a minoria tutsi desde a época colonial. O conflito entre as etnias tutsi e hutu já matou mais de 1 milhão de pessoas na guerra civil que arrasa o país desde 1994.
Em 1994, eclodem os mais graves confrontos entre as duas etnias, e o país é palco de um genocídio que deixa 1 milhão de mortos e 2,3 milhões de ruandeses refugiados em países vizinhos... Os ruandeses vivem da agricultura, desenvolvida em pequenas propriedades, e exportam chá e café.
Os europeus chegam no século XIX e a Alemanha declara seu protetorado sobre o território... África Oriental Alemã
Ocupação Belga 1916
Com a derrota alemã na I Guerra Mundial, os belgas ocupam Ruanda... Selos foram emitidos por Ruanda-Urundi entre 1924 a 1961.
A colônia belga de Ruanda-Urundi tornou-se independente em 1962, como dois novos países: Ruanda e Burundi
Habitante: ruandês... Hutus 90%, tutsis 9%, tvás 1% (1996), compõem a população (5,9 milhões, 1997) de nacionalidade ruandesa. Os idiomas oficiais são francês, inglês e quiniaruanda, mas também é usado o suaíle em centros comerciais...
O kinyarwnada (também chamado de rwanda ou ruanda) é uma língua banta falada principalmente em Ruanda, onde é uma das línguas oficiais junto ao francês. O Kinyarwanda também é falado no sul de Uganda e no leste da República Democrática do Congo. O Kinyarwanda é um idioma inteligível com o kirundi e muito semelhante ao giha...
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REPÚBLICA DEMOCRÁTICA ÁRABE DO SAARA (27/02/1976)
ex-Colônia do Rio de Oro e ex-Saara Espanhol
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Bandeira Nacional da República Democrática Árabe do Saara: Foi desenhada pela Frente Polisario (formada pela população local) e é de natureza invertida... O preto representa a morte, o verde representa a vida, o branco representa a paz...
Western Sahara – Spanish Sahara – Democratic Arab Republic Sahara
République Arabe Sahraouie Démocratique – République Arabe Sahraouie Démocratique
Capital – al-’Ayyūn (árabe), El Aaiún (espanhol), Laâyoune (francês); que significa as fontes ou os mananciais.
Religião – Islamismo.
Situação – Norte da África, margeando o Norte do Oceâno Atlântico, entre Mauritânia e Marrocos.
Coordenadas Geográficas – 24 30 N, 13 00 W.
Elevações extremas – ponto mais baixo – Sebjet Tah 55m; mais alto – unnamed location 463m.
Sistema político – República presidencialista, dirigida pela Frente Popular para a Libertação de Saguia el Hamra e rio do Ouro (Polisario), até à total libertação do país.
Recursos naturais – fosfato e pesca. A mina de fosfatos de Bu-Craa é considerada uma das maiores e de melhor qualidade do mundo. Outros recursos: artesanato, gadocaprino e camelos; ferro e hidrocarbonetos. Potencial turístico pela vizinhança com as ilhas Canárias...
Moeda (numismática) – dirrã marroquino, Dirham Marocain, Moroccan Dirham (MAD), nos territórios ocupados por Marrocos. Peseta Saharaui, Sahrawi Peseta (RASD) / Tala?
Com situação especial, o Saara Ocidental – antigo Marrocos Espanhol –, ocupado pelo Marrocos que se comprometeu a realizar um plebiscito para decidir a incorporação ou não da área ao Marrocos. Tal plebiscito jamais foi realizado...
Saara Espanhol foi de 1905 à 1924 Colônia do Rio de Oro e província espanhola em 1960. Franteira ao norte com o Marrocos do Sul (antiga Cap Juby), a leste e ao sul com a Mauritânia, é banhado pelo Oceano Atlântico. Antiga colônia espanhola, o Saara Ocidental é disputado desde 1975 pelo Marrocos e pela Frente Polisário. Um muro de 1.800 quilômetros de extenção divide as áreas sob controle de cada um...
O Frente Polisário pede um referendo de autodeterminação para que a população local de parte da região assim como os refugiados atualmente exilados no sudoeste da Argélia, Tindouf, possam decidir a respeito do futuro da parte sul da região como parte do Marrocos ou como estado independente, junto com o resto dos territórios que fazem parte do Marrocos...
Três regiões marroquinas sobrepõem o território do Saara Ocidental, cada uma delas compreende as 16 regiões do Marrocos (maiores cidades):
I. Guelmim-Esmara / Guelmim – Es-Semara (inclui territórios marroquinos fora do Saara Ocidental) = A metade sul da região é do Saara Ocidental... Capital: Guelmim (Kulmim, Gulimim, Goulimime, Guelmime, Goulmim, Goulimine ou Kalmīm). População: 462.410 habitantes (2004). Área: 122.825 km². A região é composta de 5 províncias:
1. Provincia de Assa-Zag / Assa-Zag Province (2 municípios e 5 comunas): Assa, Zag; Al Mahbass, Aouint Lahna, Aouint Yghomane, Labouirat, Touizgui.
2. Provincia de Esmara / Es Smara Province (1 município e 5 comunas): Esmara (Es Semara – localizada no Saara); Amgala, Haouza, Jdiriya, Sidi Ahmed Laaroussi, Tifariti.
3. Provincia de Guelmim / Guelmim Province (2 municípios e 16 comunas): Bouizakarne e Guelmim; Abaynou, Aït Boufoulen, Amtdi, Asrir, Echatea El Abied, Fask, Ifrane Atlas Saghir, Labyar, Laqsabi Tagoust, Rass Oumlil, Tagante, Taghjijt, Taliouine Assaka, Targa Wassay, Tiglit, Timoulay.
4. Provincia de Tan-Tan / Tan-Tan Province (2 municípios e 5 comunas): El Ouatia, Tan-Tan; Abteh, Ben Khlil, Chbika, Msied, Tilemzoun.
5. Provincia de Tata / Tata Province (4 municípios e 16 comunas): Akka, Fam El Hisn, Foum Zguid, Tata; Adis, Aguinane, Ait Ouabelli, Akka Ighane, Allougoum, Ibn Yacoub, Issafen, Kasbat Sidi Abdellah Ben M'Barek, Oum El Guerdane, Tagmout, Tamanarte, Tigzmerte, Tissint, Tizaghte, Tizounine, Tlite.
II. El Aaiún – Bojador – Saguia el Hamra / Laâyoune – Boujdour – Sakia El Hamra = Capital: El Aaiún ou Laâyoune em francês. População: 256.152 habitantes (2004). Área: 139.480 km². Devido à disputa sobre o Saara Ocidental, a maior parte da área está em litígio com a Frente Polisário, que reivindica o controle da zona leste da Berm marroquina. A região é composta de 2 províncias:
1. Provincia de Bojador / Boujdour Province (1 município e 3 comunas): Municipio de Bojador ou Boujdour (a cidade do Cabo Bojador está situada na costa norte do Saara Ocidental, a sudeste das ilhas Canárias; 240 km de Las Palmas de Gran Canaria, 180 km ao sul de El Aiún); Comuna rural de Gueltat Zemmour, Commune rurale de Jeraifia ou Jraifia, Comuna rural de Lamssid.
2. Provincia de El Aaiún / Laâyoune Province (3 municípios e 7 comunas): El Marsa, El Aaiún, Tarfaya (Villa Bens, nos tempos do protetorado espanhol, está localizada a 890 km sudoeste de Rabá e a poucos kms ao sul do Cabo Juby); Akhfennir, Boukraa, Daoura, Dcheira, Foum El Oued, Hagunia (próxima à fronteira do Marrocos), Tah.
Laâyoune (localizada no interior do território, a 28 km da costa norte, ao longo do leito seco do rio Saguia el Hamra, na região homônima).
III. Río de Oro – La Güera / Oued Ed-Dahab – Lagouira (www.rodl.ma) = Região localizada ao sul do Saara Ocidental, que se encontra ocupada pelo Morrocos em quase sua totalidade. Capital: Dajla ou ad-Dajla / Dakhla ou ad-Dakhla. População: 99.367 habitantes (2004). Área: 142.865 km². Está situada no território disputado do Sahara Ocidental, considerada pelo Marrocos para ser a parte sul do país. A Frente Polisário e outros sarauis que buscam a independência consideram que é uma parte da República Democrática Árabe Saharaui (Sahrawi Arab Democratic Republic). As Nações Unidas e a maioria dos países não reconhecem a soberania marroquina, quer sobre a área, ou a auto-declarada República Saharaui... A região é composta de 2 divisões, uma prefeitura e uma província:
1. Prefectura de Auserd / Prefecture of Aousserd (1 município e 5 comunas): La Güera (La Agüera ou Lagouira em francês), Aghouinite, Auserd, Bir Gandouz (ou Bir Gandús), Tichla, Zug (Zoug, Sug, Zoûg; controlada pela Frente Polisário).
2. Provincia de Río de Oro – Dajla / Oued Eddahab Province (1 município e 6 comunas): Dajla (anteriormente conhecida como Villa Cisneros, está localizada a 550 km ao sul de El Aaiún, na costa atlântica, sobre a estreita península do Río de Oro), Bir Anzarane, Gleibat El Foula, Mijik, Oum Dreyga, El Argoub, Imlili.
Outras cidades – Bu Craa, Farcia, Guelta Zemmur, Hagunía, Imilili...
Marrocos controla o território a oeste de berm / berma (muro de fronteira), enquanto a Frente Polisário controla o território do leste...
História
A história do Saara Ocidental até ao início da colonização espanhola não pode ser separada da história da zona ocidental da África do norte. Situado na fronteira entre o Magreb e a África Negra, o Saara Ocidental tornou-se o ponto estratégico para as trocas entre essas duas regiões.
Ao mesmo tempo, pela sua posição geográfica, no extremo da expansão árabe e no limite das grandes estradas saarianas, o Saara Ocidental conseguiu conservar uma certa originalidade, apesar de ter participado nos grandes movimentos históricos do conjunto magrebino. Seria em vão, no entanto, procurar na sua história a integridade territorial de uma nação no sentido moderno da palavra.
Devido à natureza social das comunidades nômadas e a uma história marcada pelas correntes migratórias, a entidade territorial deste país, como a de outros países africanos, não foi definida de uma maneira rígida senão pelo império colonialista.
Também seria em vão procurar nesta região a origem de um direito histórico de um qualquer dos países vizinhos. Pelo contrário, em particular a partir do século XIV, uma nítida distinção política separa este região do resto da zona ocidental da África do Norte.
Para todos os efeitos, o que faz com que hoje o Saara Ocidental seja uma “nação”, como no caso de muitos outros países, africanos ou não, não é a referência às fronteiras do passado pré-colonial mas em primeiro lugar e sobretudo a vontade deste povo conquistar a liberdade.
Nos tempos pré-históricos, o imenso deserto do atual Saara era uma região relativamente favorecida por um clima húmido, povoada por negróides aos quais se misturavam populações berberes vindas da costa mediterrânica através do Magreb.
A transformação do Saara em região seca a partir do terceiro milênio antes de Cristo provoca a ruptura entre as populações negras e as berberes. As primeiras, sedentárias, instalam-se no Sul do Saara, enquanto as segundas, nômadas, ficam no Norte, assegurando assim uma ligação entre o Mediterrâneo e a África Negra.
Esta ligação é bem posta em evidência pela estrada das caravanas (traçada de acordo com as gravuras rupestres) que, desde o sul de Orão e o sul de Marrocos, chegava ao anel do Níger passando pelo Rio de Ouro e pela Mauritânia.
O Saara Ocidental está pendente da celebração de um referendo para a autodeterminação ou para se juntar ao Marrocos, que ocupa o território desde 27/02/1976. Ingressou na OUA em fevereiro de 1982...
A 14/11/1975, firmaram-se os Acordos de Madri pelos quais a Espanha cedia a soberania do Saara a Marrocos e Mauritânia. Em 05/08/1979, a Mauritânia retirou-se e grande parte do território foi ocupado por Marrocos. Em 1990, o Conselho de Segurança da ONU propôs um plano de paz. Em 1991, formou-se um acordo de cessar-fogo entre Marrocos e a Polisário, depois de 15 anos de guerra...
A população é de nacionalidade saariana, saharaui, saarauí ou sarauita? Parece que não tem idioma oficial, mas as línguas regionais são o árabe (de fato), espanhol e francês (amplamente usadas), berbere (Berber) e Hassaniya são falados localmente... Hassaniya Arabic, Moroccan Arabic...?
Distribuição da população – urbana (15% nas zonas urbanas costeiras), rural (85%, em zonas livres e acampamentos de refugiados a oeste de Mahbes até Tinduf). Mauritânia retirou-se e grande parte do território foi ocupado por Marrocos. 120 mil vivem na zona ocupada por Marrocos e 187 mil nos acampamentos de refugiados... Não se incluem os mais de 200 mil marroquinos instalados pelo Governo de Marrocos...
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REPÚBLICA DO SENEGAL (20/06/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
O baobá é o emblema nacional do Senegal; também a árvore nacional de Madagascar.
Lema: “UN PEUPLE – UN BUT – UNE FOI” (“Um povo – Uma Meta – Uma Fé”, em francês), que aparece na faixa do Brasão de Armas adotado nos anos 60... Assim como a Bandeira Nacional da República do Senegal é portador das cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e a estrela de 5 pontas verde. Seu escudo mostra um leão (à esquerda) e a árvore baobá (à direita).
Republic of Senegal – République du Sénégal
Nome oficial – République du Sénégal.
Capital – Dacar (Dakar); (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Islamismo 94% (sunitas), Cristianismo 4,9%, religiões tribais e outras 1,1% (1988). Também Bahaísmo.
Moeda (numismática) – franco CFA.
Situado na costa oeste da África, o Senegal tem como capital um dos mais importantes portos do continente. O país fica numa planície semi-árida, irrigada por três grandes rios: Senegal, Gâmbia e Casamance. O recurso natural mais explorado é o fosfato. As reservas de petróleo estão quase intocadas por falta de infra-estrutura.
Emitido em 2000, com valor facial de 300f, o selo (abaixo) compreende uma série de 4 e mostra o Memorial de Gorée.
Habitantes: senegalense, senegalês... Sete grandes grupos étnicos compõem a população (9,8 milhões, 1997) de nacionalidade senegalesa: ulofe (ulofes 44%), fulani (fulanis 23%), serer (sereres 15%), diola (6%), malinque ou malinke (malinqueses 5%), outros 7% (1996); além de pequenos grupos menores, como somica.
Os grupos maiores vivem na região de Sahel e nas savanas que, no passado, sustentaram os antigos impérios do Sudão, como Gana e Mali. O idioma oficial é o francês. Línguas regionais principais: fulani, serere, bambará, saracolê. Parece que a língua árabe também é falada...
A língua ulofe ou wolof, também chamado jalofo, é uma língua falada no Senegal, na Gâmbia e na Mauritânia. É a língua nativa da etnia wolof, falada por três milhões de pessoas, a mais falada no Senegal. Em Casamança e no oeste de Senegal, utiliza-se o wolof junto com o mandinga e o diola.
Wendou Nody é uma vila com cerca de 1.000 pessoas, no norte do Senegal . As pessoas são da tribo tukulor ou em francês “toucouleur” e a sua língua nativa é chamada de Pulaar.
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REPÚBLICA DA SERRA LEOA (27/04/1961)
Animal-símbolo – Leão? (Brasão de Armas)
Lema: “UNITY – FREEDOM – JUSTICE” (“Unidade – Liberdade – Justiça”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. Nota: Similar ao da Namíbia. Juntamente com a Bandeira o Brasão foi concebido pelo College of Arms e concedido em 1960. O Escudo mostra um leão sob uma linha em ziguezague, que representa a Serra Leoa, da qual deriva o nome do país. Também se pode ver três tochas que pretendem simbolizar educação e progresso. Na base linhas onduladas azuis e brancas representam o mar. Os suportes do escudo são 2 leões, semelhantes aos do emblema colonial.
O selo postal “Sierra Leone” (WNS nº. UN306.07) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Vienna) em 3/05/2007 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”, cuja imagem mostra a Bandeira Nacional da República da Serra Leoa. Hasteada oficialmente a 27/04/1961, a Bandeira é tricolor: verde, branco e azul. O verde representa a agricultura, as montanhas e os recursos naturais. O branco representa unidade e justiça. O azul é o símbolo da esperança de que o Porto de Freetown venha contribuir para a paz no mundo.
Nome oficial – Republic of Sierra Leone.
Capital – Cidade Livre (Freetown) fundada em 1786.
Religião – Islamismo 60% (sunitas), crenças tradicionais 30%, cristianismo 10% (1993).
Moeda (numismática e moeda) – Leone é uma palavra derivada do nome do país.
“Terra do Ferro e Diamantes” (primeiro selo autoadesivo), Serra Leoa é o país com o mais baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo! A expectativa de vida é de apenas 41,5 anos.
Densa floresta tropical mantém o país isolado durante séculos. Sua principal riqueza atual é a extração de diamante, em grande parte contrabandeado para o exterior...
Uma breve experiência democrática é encerrada, em 1997, em um golpe militar que volta a instalar uma ditadura que sofre pressões internacionais... Veja mais na História do País!
Mendes 34,6%, temnes 31,7%, limbas 8,4%, conos 5,2%, bulones 3,7%, peules 3,7%, corancos 3,5%, ialuncas 3,5%, quisis 2,3%, outros 3,4% (1983), compõem a população (4,4 milhões, 1997) de nacionalidade leonesa [serra-leonês(esa), serra-leonino(a)]. O idioma oficial é o inglês, mas também são falados crioulo, mende (sul), limba, temne (norte)...
Serra Leoa tem uma população de quase 4,5 milhões de habitantes, dos quais a etnia temne (sobretudo no norte) e a mende (no sul) contam com 30% cada uma. Além de outros grupos étnicos africanos menores, há também minorias de europeus e libaneses. Os krios somam 2% da população e concentram-se quase todos em Freetown. Os Mendes, Temnes e outros grupos têm um sistema de sociedades secretas que encarregou-se através dos séculos de transmitir a cultura das diferentes tribos...
Krio (English-based Creole, spoken by the descendants of freed Jamaican slaves who were settled in the Freetown area, a lingua franca and a first language for 10% of the population but understood by 95%).
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REPÚBLICA DA SOMÁLIA (26/06/1960)
ex-Benadir (Somália Italiana) e e ex-Somalilândia Inglesa
Animal-símbolo: Leopardo-africano / Leopard (Panthera pardus), que aparece no Brasão de Armas adotado em 10/10/1956. Os leopardos que suportam o Escudo e a estrela branca em fundo azul, que igualmente aparece na Bandeira Nacional da República da Somália, também faziam parte do Brasão usado durante a administração italiana. Anteriormente, as armas da Somália desde 08/06/1919 eram compostas por um escudo dividido horizontalmente por uma linha ondulada. A parte superior do escudo era azul com um leopardo em cores naturais sobreposto por uma estrela branca de cinco pontas...
Jam. Dim. Soomaaliyeed – J. Soomaaliya – Somalia – Somali Republic – Somali Democratic Republic – Somalie
Capital – Mogadíscio (Mogadishu).
Religião – Islamismo 99,8% (sunitas), Cristianismo 0,1%, outras 0,1% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – xelim somali / Sh. So. (sistema monetário xelim). Anteriormente: Xelim / pêni (1943), Rupia / anna (Inglaterra, 1903), Besa (Itália, 1903).
País semidesértico situado no chamado Chifre da África, no leste do continente. O norte montanhoso fica às margens do Golfo de Áden. O sul é uma planície que acompanha o Oceano Índico, com savanas e fauna diversificada.
A população somali está na região há milênios e constitui-se, na maioria, de pastores nômades de rebanhos bovinos, caprinos e ovinos. Conflitos internos levam o país a ficar sob intervenção de tropas da Organização das Nações Unidas de 1992 a 1995...
Somalis 98,3%, árabes 1,2%, bantos 0,4% (1983), compõem a população (10,2 milhões, 1997) de nacionalidade somali ou somaliano. Os idiomas oficiais são somali, árabe e italiano, também se fala inglês.
Nota: Somália era o único país africano em que toda a população fala apenas uma língua, o somali, embora existam mais de mil línguas por toda a África... O ramo cuchítico (grupo de língua da família Afro-asiática) está localizado na Etiópia, Somália, costa do Mar Vermelho e inclui o orominga e o somali...
Curiosidade: A girafa foi chamada na língua da antiga Somalilândia (atual norte da Somália – onde se fala o somali, atualmente) de “girin”... Penso que isso ocorreu no século XV, aproximadamente...
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OBRIGADA AO SITE: http://www.girafamania.com.br/africano/entrada.africana.html
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (12/07/1975)
ex-Colônia Portuguesa
Animal-símbolo: Papagaio-cinza / Grey Parrot (Psittacus erithacus) e falcão ou milhafre-preto (espécie de ave de rapina) / Black Kite (Milvus migrans); aparece em um único selo emitido na série Pássaros de 15/06/1993; ambos aparecem no Brasão de Armas.
Lema: “UNIDADE – DISCIPLINA – TRABALHO” (português), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas. Como suportes heráldicos aparecem os dois animais símbolos, à esquerda o falcão e à direita o papagaio, ambos seguram o Escudo ovular, cujo interior contém uma palmeira. No topo consta uma fita com a denominação oficial do país e, na base, outra fita com o Lema Nacional.
Bandeira Nacional da República Democrática de São Tomé e Príncipe: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e duas estrelas de 5 pontas pretas que representam as ilhas que compõem o arquipélago: a ilha de São Tomé e a ilha de Príncipe. O cor verde simboliza a vegetação luxuriante que caracteriza a flora do Arquipélago. Um triângulo isósceles está no lado esquerdo, na tralha, cuja cor vermelha evoca o sangue derramado no decorrer da luta pela Independência. O cacao, principal produção do país, está representado pela cor amarela da banda central.
São Tomé & Príncipe – Democratic Republic of Sao Tome and Principe
Capital – Cidade de São Tomé.
Situação do país – Oeste da África, ilhas no Golfo da Guiné, straddling do Equador, oeste de Gabão.
Clima – tropical; quente e úmido; estação das chuvas (outubro a maio). Terreno – vulcânico e montanhoso.
Religião – Cristianismo 80% (católicos, evangélicos protestantes, adventistas do sétimo dia).
Moeda (numismática) – Dobra (STD) (1 USD = 13.000 Dobras), dobra – palavra derivada do verbo português dobrar.
Descobertas e aclamadas por Portugal no século XV, as ilhas que tinham como base da economia o açúcar, passaram ao café e o cacau no século XIX. Toda plantação foi de trabalho escravo...
Até 1975, São Tomé e Príncipe era governado por um Governador-Geral. Embora independente desde 1975, reformas democráticas não foram instituidas até os últimos anos de 1980s. As primeiras eleições livres foram realizadas em 1991...
Ilha de São Tomé (tem como capital a cidade de São Tomé e está dividida em 6 Distritos):
Água Grande – São Tomé, Trindade; com o Ilhéu das Cabras
Cantagalo – Água Izé?, Ribeira Afonso (Boca do Inferno)
Caué – Porto Alegre, Ribeira Peixe, São João dos Angolares; picos: Cabumbé (1.403 m), Cão Grande (663 m); com o Ilhéu das Rolas
Lembá – Neves, Santa Catarina; picos: Pico de São Tomé (ponto mais elevado do país, com 2.024 metros de altitude), Zagaia (942 m), Queijo (869 m)
Lobata – Guadalupe, Madalena, Santo Amaro
Mé-Zóchi – Pousada Boa Vista, Santana; com o Morro Esperança (1.312 m)
Ilha do Príncipe (tem como capital a cidade de Santo Antônio e apenas 1 Distrito: Pagué) – Cidades: Belo Monte, Infante Don Henrique, Oeste São Joaquim (com a Baía das Agulhas), Porto Real, Santo António, Sundi etc. Ilhéus: Ilha do Bom Bom, Boné de Jokei, Portinho. Picos: Pico de Príncipe (948 m), Pico de Mencorne (921 m), Pico Papagaio (680 m)...
Grupos étnicos mestiços, angolares (descendentes de escravos angolanos), forros (descendentes de escravos livres), servicais (trabalhadores contratados de Angola, Moçambique e Cabo Verde), tongas (crianças nascidas de servicais nas ilhas), europeus (portugueses), compõem a população de nacionalidade santomense ou são-tomense...
População: 169.000 (Nações Unidas, 2005). O idioma oficial é o português. Localmente, também se fala crioulo.
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REPÚBLICA DAS SEICHELES (29/06/1976)
Animal-símbolo / Ave Nacional: Papagaio-preto-seichelense (selo abaixo)
Lema: “FINIS CORONAT OPUS” (“O Fim Coroa a Obra” ou “O Resultado Compensa o Trabalho”, em latim) – “The End Crowns the Work” (inglês) – “La fin couronne le travail” (francês) – “El Fin Corona la Obra”, que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. No centro do Escudo há um coqueiro e uma tartaruga embaixo sobre um solo ervado. Em segundo plano aparece uma ilha e um navio à vela no oceano... Entronado por um elmo de prata e uma ave tropical / Red-tailed Tropicbird (Phaethon rubricauda), o Escudo é suportado por dois espadartes / Swordfish (Xiphias gladius).
Bandeira Nacional da República das Seychelles: Adotada em 18/06/1996, os habitantes dizem que as bandas oblícuas simbolizam um país dinâmico em constante movimento para o futuro. A banda azul representa o mar e o céu, a amarela o Sol que ilumina o arquipélago, a vermelha representa a gente e seu trabalho em união para o futuro. A banda branca representa a justiça social e a harmonía, a verde representa o entorno natural.
Republic of Seychelles – Seychelles Islands
Capital – Victoria (SC), localizada na Ilha de Mahé.
Religião – Cristianismo – católicos 90%, anglicanos 8%, outros 2%.
Moeda (numismática) – rupia seichelense / Seychellois rupee (SCR); sistema monetário “rupia”.
O arquipélago é composto por mais de 100 ilhas e ilhotas... Sua localização na costa africana do Oceano Índico, um grupo de ilhas ao norte de Madagascar, é mostrado no bloco (abaixo) emitido em 1971 (Scott: 284).
História
Os portugueses chegam nas ilhas em 1505... Foi colonizado pela França em 1768, mas capturada pelo Reino Unido em 1794. As ilhas passaram ao domínio britânico em 1814, pelo Tratado de Paris.
Anexadas à Colônia de Maurício e governadas como dependência dessa, as ilhas estão localizadas a 1.100 milhas a sudoeste de Maurício. O nome do arquipélago vem de Vicomte Moreau des Séchelles, controlador geral das finanças quando houve a possessão de Mahé em 01/11/1890.
Foram separadas como Colônia em 1903 e proclamaram uma república independente em 1976. O selo mostra o mapa da capital do país, Vitória, em 1781 quando domínio francês, e comemora o bicentenário da cidade (Scott: 422).
O Território Britânico do Oceano Índico é um grupo de ilhas que forma o Arquipélago de Chagos (Diego Garcia), localizado ao norte das Ilhas Maurício
População: 79.326 (2000)... Os idiomas oficiais são o inglês e o francês, mas também é falado o crioulo de Seychelles (Seychellois Creole), também denominado Kreol ou Seselwa...
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Províncias (Estados) e Territórios Nacionais Atuais:
REPÚBLICA DA GUINÉ EQUATORIAL (12/10/1968)
ex-Rio Muni e Guiné Espanhola
Lema: “UNIDAD – PAZ – JUSTICIA” (“União – Paz – Justiça”, em espanhol) adotado em 1968, que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 21/08/1979. No centro do campo prateado do Escudo aparece uma paineira (árvore de algodão de seda), do gênero Bombax spp. (Silk Cotton Tree), também chamada de árvore-deus (God Tree), da família Bombacaceae, sob a qual se assinou o primeiro tratado entre a Espanha e o governante local. As 6 estrelas de seis pontas representam o território continental (Rio Muni) e as cinco ilhas da Nação (Annobón ou Ano Bom, Bioko ou ex-Fernando Pó, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico).
Bandeira Nacional da República da Guiné Equatorial: Tremulou no dia da Independência da Nação. Apresenta listras tricolor: verde, branca e vermelha (respectivamente, as cores simbolizam a vegetação do país, a paz e a independência), e um triângulo azul (cor que simboliza o mar e conecta as ilhas ao continente) do lado da tralha. No centro aparece o Brasão de Armas, cujo Escudo é branco e não cinza como no Brasão. No entanto, durante a ditadura de Francisco Macías Nguema (1924-1979), regime que durou de 1973 até a sua morte, o Brasão de Armas foi mudado... O Brasão original foi restaurado em 21/08/1979, que trouxe ao poder Teodoro Obiang Nguema...
Republic of Equatorial Guinea – Guinee Equatoriale – République de Guinée Equatoriale
Nome oficial – República de Guinea Ecuatorial.
Capital – Malabo (ilha Bioko). Quando Guiné Espanhola, a capital foi a cidade de Bata.
Religião – Cristianismo 88,8% (maioria católica), religiões tribais 4,6%, Islamismo 0,5%, ateísmo 5,9%, outras 0,2% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – franco CFA. Anteriormente, ekuele e peseta (sistema monetário da Espanha). A palavra peseta é diminutivo de peso. Tal sistema foi utilizado também nos Territórios Espanhóis na África, como as Ilhas Canárias. Peso guineense (1 peso = 100c), o sistema monetário “peso” é utilizado em muitos países que falam o espanhol, no Continente Americano...
Nação pobre, sua parte continental é coberta por florestas e apresenta pouca atividade econômica. Os principais produtos são o café e o cacau. Possui reservas inexploradas de gás natural e petróleo.
O país é formado pelo território de Rio Muni, no continente, e por cinco ilhas, das quais a principal é Bioko, onde está a capital, Malabo. A província insular Bioko era chamada de Fernando Pó ou Fernando Poo na época da colônia.
Os portugueses ocupam a ilha de Fernando Pó (atual ilha Bioko) no século XV. Nos séculos seguintes, o local serve de base a espanhóis e ingleses. Em 1856, a Espanha funda Rio Muni, a parte continental da Guiné Espanhola...
Em 1964, a Espanha faz um acordo dando autonomia. A independência da colônia é obtida em 1968, quando se forma um governo presidido por Francisco Macías Nguema, que, em fevereiro de 1970, se autoproclama presidente vitalício.
Em 1959, a colônia foi dividida em duas províncias espanholas: Fernando Pó e Rio Muni.
Fangs 80%, bubis 15%, outros 5% (1996), compõem a população (meio milhão de pessoas, 1997) de nacionalidade guinéu-equatoriana. A ex-colônia da Espanha é o único país da África cujo idioma oficial é o espanhol. Também são falados fang, combe, balenque, bujeba, bubi, ibo...
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SPANISH GUINEA
1954 – Caçadores. Scott: 333/334.
Standard ISO: GQ – Adesão UPU: 24/07/1970
Entidade governamental: Ministerio de Transportes, Tecnología, Correos y Telecommunicaciones
Operador designado para cumprir as obrigações decorrentes da adesão à Convenção da UPU: Guinea Ecuatorial de Correos Telecommunicaciones – GECOTEL
Regulador independente distinto da entidade governamental: Nenhum
Fonte: União Postal Universal – UPU (www.upu.int/acts/po/ListeDesEntitesActesDeLUnionPo.pdf), em 24/03/2010.
Oficina Filatelica de la Direccion General de Correos
Malabo – Equatorial Guinea
Localização do país – Oeste da África, no Golfo da Guiné, entre Camarões e Gabão. Características – Estreita planície litorânea margeada por montanhas; relevo acidentado com maciços montanhosos de N a S; território abrangendo as ilhas de Annobón, Bioko, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico.
Divisão administrativa – 4 regiões continentais e 3 insulares. Cidades principais – Bata.
Outras cidades – Acalayong, Aconibe, Acurenam, Anisoc, Ayamiken, Baney, Cogo, Ebebiyin, Evinayong, Luba, Mbini, Mbonda, Medouneu, Micomeseng, Mongomo, Niefang, Nsoc, Riaba.
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PROVÍNCIAS E CIDADES DA
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
O país está localizado no centro da África, nordeste de Angola. Características – bacia do rio Congo (um dos maiores do mundo), com lagos e pântanos (centro e NO), circundada por relevos elevados; planície dos Grandes Lagos (L), com o Lago Tanganica; montanhas (SE).
Abaixo, lista com a Divisão Administrativa, locais de interesse e principais cidades das 11 Províncias:
1 – Kinshasa – Província de Kinshasa (região oeste do país)
Cidade de Kinshasa, ex-Léopoldville, atual capital nacional e capital da província.
2 – Bandundu – Província de Bandundu (região oeste do país)
Fronteiras com a República de Angola, com Cabinda (uma Província de Angola) e com a República do Congo
Lago Mai-Ndombe; Rios: Kasai, Kwango, Kwilu, Lonzo, Wamba
Cidades: Bandundu (ex-Banningville, atual capital da província), Kikwit, Popokabaka
3 – Bas-Congo – Província do Baixo Congo (região oeste do país)
Rio Congo; com estreito acesso ao Oceâno Atlântico
Cidades: Boma, Kasangulu, Kimvula, Lukula, Luozi, Mbanza-Ngungu (ex-Thysville), Madimba, Matadi (capital da província), Moanda (CD), Seke-Banza, Songololo, Tshela
4 – Équateur – Província do Equador (região norte do país)
Rio Congo; Lago: Tumba
Cidades: Boende, Bumba, Gdadolite, Gemena, Ikela, Lisala, Mbandaka (ex-Coquilhatville, atual capital da província – cidade onde passa a Linha do Equador), Mobayi-Mbongo, Zongo
5 – Orientale – Província Oriental ou do Oeste (região nordeste do país)
Fronteira com o Sudão
Rios: Congo, Uele. Lago Alberto, fronteira com Uganda.
Parque Nacional Garamba
Cidades: Aba (CD), Aketi, Bondo, Bunia, Buta, Isiro, Kisangani (ex-Stanleyville, atual capital da província), Mambasa, Mungbere, Titule, Ubundu (ex-Ponthierville)
6 – Kasaï Occidental – Província de Kasaï Ocidental ou do Leste (região central do país)
Rio: Kasai
Parc National de la Salonga* (se extende por duas províncias)
Cidades: Ilebo, Kananga (capital da província), Tshikapa
7 – Kasaï Oriental – Província de Kasaï Oriental ou do Oeste (região central do país)
Parc National de la Salonga* (se extende por duas províncias)
Cidades: Lusambo, Mbuji-Mayi (ex-Bakwanga, atual capital da província, chamada de “capital dos diamantes”)
8 – Maniema – Província de Maniema (região centro-leste do país)
Rio Lualaba
Cidades: Kalima, Kindu (capital da província), Lubutu
9 – Nord-Kivu – Província de Kivu do Norte (região leste do país, norte do Lago Kivu)
Lago Eduardo, fronteira com a República de Uganda
Parque Nacional Virunga; Parque de Rwindi com o famoso Hotel Rwindi
Cidades: Beni, Goma (capital da província), Rutshuru
10 – Sud-Kivu – Província de Kivu do Sul (região leste do país, sul do Lago Kivu)
Lago Kivu, fronteira com a República Ruandesa; Lago Tanganica*, fronteira com a República de Burundi e com a República Unida da Tanzânia.
Parque Nacional Kahuzi-Biega (gorilas); Montanha Mitumba (dois vulcões extintos: Kahuzi e Biéga)
Cidades: Bukavu (capital da província), Fizi, Shabunda, Uvira
11 – Katanga – Província de Catanga, chamada por um período de Shaba (região sul do país)
Lagos: Tanganica, Upemba, Mweru (divisa com a República da Zâmbia)
Rios: Kasai, Lualaba, Lubilash, Luvua
Parque Nacional de Kundelungu; Parque Nacional de Upemba
Distritos:
a) Kolwezi: Dilala, Kolwezi, Lubudi, Manika, Mutshatsha
b) Likasi: Kikula, Likasi, Panda, Tshituru
c) Lualaba: Dilolo, Kapanga, Sandoa
d) Haut-Katanga: Akania, Kambove, Kasenga, Kipushi, Mitwaba, Pweto
e) Haut-Lomami: Bukama, Kabongo, Kamina, Kaniama, Malemba-Nkulu
f) Tanganica (Tanganyika): Annexe, Kabalo, Kalemie (ex-Albertville), Kamalondo, Kampemba, Katuba, Kenya, Kongolo, Lubumbashi (ex-Elizabethville, atual capital da província), Manono, Moba, Nyunzu, Ruashi
Outras cidades: Chingola, Kitwe...
Do lado direito da tela, selo alusivo ao Hotel Inter-Continental, na cidade de Kinshasa (ex-Léopoldville), capital da Nação. Do lado esquerdo, cartão-postal impresso na época do Zaire que mostra aspecto do Hotel Okapi, em Kinshasa.
Do lado oeste da cidade está localizado o Monte Leopoldo, com 380 metros de altitude, “Gare Léo-Ouest”, aos seus pés o Monumento Stanley e o Cemitério dos Pioneiros.
Do lado oposto da cidade, na “Gare Léo-Est”, encontramos o Monumento Alberto I e a Catedral Santa Ana; próximo dalí, a Praça Leopoldo, também a Praça dos Correios (Place de la Poste) e o Museu da Vida Indígena.
Já o “Athénée Royal”, o Memorial Leopoldo II e o Restaurante “Galiema”, são outras atrações. O Jardim Zoológico de Léopoldville está localizado a dois quarteirões do Mercado Indígena.
A atual Katanga é a província mais rica do Congo, devido aos seus depósitos de cobre, cobalto e urânio. Compreende o sul do Congo, faz fronteira no sudoeste com Angola, no sudeste com a Zâmbia e ao leste com o lago Tanganica.
Katanga tentou ser um Estado autônomo quando o caos se instalau em julho de 1960, após a independência que o país obteve da Bélgica. Enquanto tropas congolesas amotinadas atacavam os belgas e, os Estados Unidos, assim como a União Soviética, interviam dando suporte para facções rivais do governo, Moise Tshombe declarou a secessão de Katanga...
As tropas do governo moveram-se contra Katanga em agosto de 1960, mas foram barradas no estado de minas de diamante de Kasai e massacraram centenas de pessoas das tribos Baluba.
As Nações Unidas enviaram tropas para restaurar a ordem no Congo e, eventualmente, comandar o território à força, na capital de Katanga, Elizabethville (agora Lubumbashi), onde eles lutaram com os soldados de Tshombe.
Paralelamente, Joseph Mobutu deu um golpe militar em setembro de 1960, depondo o Primeiro Ministro Patrice Lumumba e expulsando a Embaixada Soviética. Lumumba, um homem corajoso mas instável, foi morto em circunstâncias misteriosas...
Em setembro de 1961, o Secretário Geral das Nações Unidas, Dag Hammarskjold (1905-1961), levou uma missão para tentar reconciliar Tshombe com o governo central...
Mas Hammarskjold foi morto em um acidente de avião. As tropas das Nações Unidas disputaram diversas batalhas com as forças de Tshombe...
Embora uma luta ao redor de Elizabethville, em dezembro de 1962, derrotou os soldados, Tshombe deu fim a separação e aceitou o Plano Nacional de Conciliação das Nações Unidas, em janeiro de 1963. Dezoito meses de negociações o apontaram para Primeiro Ministro, mas ele foi para o exílio em 1965.
Sob Mobutu, Katanga foi renomeada Shaba. Tornou-se Katanga novamente em 1997, após Mobutu ter sido exilado...
11/07/1960 – Onze dias após a independência do Congo, a Província de Katanga anunciou sua secessão.
Katanga é a mais rica das 11 províncias da República Democrática do Congo devido aos seus depósitos de cobre, cobalto e urânio. Localizada no sul do país, faz fronteira no sudoeste com Angola, no sudeste com a Zâmbia e ao leste com o lago Tanganica. A cidade de Lubumbashi (ex- Elisabethville) é a atual capital da Província de Katanga.
Katanga tentou ser um Estado autônomo quando o caos se instalou em julho de 1960, após a independência que o país obteve da Bélgica. Enquanto tropas congolesas amotinadas atacavam os belgas e, os Estados Unidos assim como a União Soviética interviam dando suporte para facções rivais do governo, Moíse Tshombe declarou a secessão de Katanga, em 11/07/1960 (onze dias após a independência do Congo)... Tropas de diversos países são enviadas pela ONU (inclusive do Brasil), para restabelecer a ordem, o que ocorre em 1963, com a fuga de Tshombe...
A Operação das Nações Unidas no Congo – ONUC (sigla vinda da tradução francesa “Organisation des Nations Unies au Congo”) foi estabelecida em 1960 para prover assistência militar, manter a ordem e proteger a unidade congolesa, e para prover assistência emergencial e técnica operacional.
Os quartéis generais da ONUC foram estabelecidos na província separatista de Katanga, durante a guerra civil, que durou de 1960 a 1965.
Entretanto tal data não é reconhecida como o dia do armistício – suspensão das hostilidades entre beligerantes como resultado de uma convenção, sem contudo pôr fim à guerra.
E, ainda, a cidade de Ndola não está situada no Congo, mas sim na Zâmbia! Parece que o Secretário Geral das Nações Unidas (Hammarskjold), aquele que morreu no acidente de avião, viajava para Ndola, em 17/09/1961...
Estado Autônomo do Sul de Kasaï
Após a independência congolesa, Albert D. Kalonji proclamou em 9/8/1960, a região sul da atual Província de Kasaï Oriental, como Estado Autônomo do Sul de Kasaï e designou a si próprio como Chefe Supremo do Povo Muluba e Protetor das Tribos Associadas.
A região compreendia em volta da cidade de Bakwanga, atual Mbuji-Mayi (veja mapa abaixo). Em 30/3/1961, o Grande Conselho dos Chefes concedeu a ele o título de “Mulopwe” (rei ou imperador). O Estado autônomo foi abolido em outubro de 1962, pois o governo central reconquistou o controle da região...
O Estado Autônomo do Sul de Kasaï foi razoavelmente prolífero emitindo selos, apesar de sua breve existência... Emitiu seus primeiros selos em 20/06/1961 – selos do Congo Belga remarcados “ETAT AUTONOME DU SUD KASAI” (números: 1/19) e alguns foram sobretaxados, embora esses somente foram vendidos na Agência Central Filatélica de Bruxelas...
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HISTÓRIA DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Até o contato com os portugueses no século XV, a região é habitada por tribos que praticam agricultura itinerante e criação de animais, e pagam tributos ao Reino do Congo. Tornou-se colônia portuguesa depois da exploração em 1482.
Os portugueses fundam cidades como Luanda (1576) e Benguela (1617) que servem de base para o comércio de escravos. O tráfico escravo floresceu causando atrito e guerra no começo do século XVII. Explorando rivalidades tribais, os portugueses expandem seus domínios... Dez mil escravos foram exportados anualmente de Luanda...
Entre os séculos XVI e XIX, cerca de 3 milhões de angolanos são enviados como escravos para o Brasil...
As fronteiras oficiais são estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que define a partilha da África entre potências europeias... Bem depois, Angola tornou-se Província de Portugal em 1951...
A intransigência do colonialismo português na manutenção das províncias ultramarinas desperta, a partir de 1961, conflitos armados organizados pela União dos Povos Angolanos (UPA). A luta anticolonial divide-se em três grupos que refletem diferenças étnicas e ideológicas:
o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), multirracial e marxista pró-URSS, com predomínio da etnia kimbundu;
a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), anticomunista, sustentada pelos EUA e pelo ex-Zaire, com suas bases na etnia bacongo (norte do país);
e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), inicialmente de orientação maoísta, mas que depois se torna anticomunista e recebe o apoio da África do Sul. Tem forte presença da etnia ovimbundus (centro e sul).
A rivalidade entre os três movimentos de libertação transforma-se em confronto armado a partir de abril de 1974, quando o governo instalado em Portugal, após a Revolução dos Cravos, anuncia o plano de descolonização.
O Tratado de Alvor, firmado em janeiro de 1975, entre Lisboa e os três grupos, prevê um governo de transição. O fracasso do acordo resulta em uma sangrenta guerra civil entre as facções, que recebem apoio estrangeiro e transformam o país em cenário da Guerra Fria. A maioria dos 350 mil brancos angolanos emigra para a África do Sul, Portugal e Brasil.
Em outubro de 1975, tropas sul-africanas combatem ao lado da Unita, em um ataque a Luanda. Soldados cubanos auxiliam o MPLA, que mantém o domínio sobre a capital. Em 11/11/1975, Portugal sai formalmente de Angola sem reconhecer nenhum dos grupos como governo.
Agostinho Neto, líder do MPLA, é proclamado Presidente da República Popular de Angola, de regime socialista. O Brasil é o primeiro país a reconhecer o novo Estado independente. Abaixo, o bloco que mostra Agostinho Neto, foi emitido por Angola em 1976, para comemorar o Primeiro Aniversário da Independência (Yvert: B4).
Até 1975, Angola (tal como Moçambique) era governada por um Governador-Geral. Cabo Verde, Guiné Portuguesa, São Tomé e Príncipe, Guiné Portuguesa, Índia Portuguesa (esta apenas até 1961), Macau (até recentemente) e Timor Português eram governados por Governadores.
A FNLA dissolve-se no final dos anos 70, mas a Unita mantém sua guerrilha com o apoio da África do Sul e, agora, dos EUA. Com a morte de Agostinho Neto, em 1979, José Eduardo dos Santos assume a Presidência.
A guerra civil continua e, em novembro de 1988, um acordo entre Angola, Cuba e África do Sul define o início da retirada cubana da região, que se completa em maio de 1991. No mesmo mês, o governo do MPLA e a Unita assinam acordo de paz e convocam eleições, as primeiras, realizadas em setembro de 1992 na presença de observadores internacionais, que reconhecem a vitória legítima do MPLA.
José Eduardo dos Santos é confirmado Presidente. Jonas Savimbi, líder da Unita, não aceita a derrota e recomeça a guerra civil. Os combates devastam o país, destroem estradas e desorganizam a vida nacional. Os EUA reconhecem o governo angolano e retiram o apoio à Unita, que controla parte do território.
Acordo de Lusaka – Em novembro de 1994, o MPLA e a Unita assinam novo acordo de paz, em Lusaka, Zâmbia. Para monitorar a desmobilização de tropas e ajudar na transição, o Conselho de Segurança da ONU aprova a Resolução 976, que cria a 3ª Missão de Observação do Processo de Paz.
A operação conta com 7 mil soldados de seis países, entre eles cerca de 1.200 brasileiros. O mandato da 3ª Missão é renovado em fevereiro e maio de 1996 em virtude do atraso no desarmamento dos soldados da Unita.
Em abril de 1996, o governo chega a um acordo de paz com a Frente para a Liberação de Cabinda (norte), província rica em petróleo.
Em junho, a ONU confirma que 50.165 soldados da Unita (81%) haviam entregado suas armas e que completara a desmobilização da Polícia de Força Rápida, do MPLA. A integração desses soldados a um Exército unificado começaria a partir de 1º de julho.
Ainda em junho tem início as negociações com Savimbi, líder da Unita, sobre seu papel como vice-presidente no governo de unidade nacional. Nessa ocasião permanece indefinida o controle sobre áreas mais lucrativas na exploração de diamantes.
O governo de união nacional toma posse em 11/04/1997, mas Savimbi recusa-se a viajar para Luanda e permanece com seus homens no interior.
Dois militares brasileiros que integram as Forças de Paz da ONU são atingidos em uma emboscada quando escoltavam um comboio de caminhões que transportava civis em 18/05/1997: o cabo-fuzileiro naval Aladarte Cândido dos Santos morre e o cabo do exército Samuel Sobrinho Correia fica ferido.
O Presidente José Eduardo dos Santos pede, em junho, que as companhias médica e de engenharia do Exército brasileiro, que participam da missão da ONU, pemaneçam em Angola depois da retirada das tropas da ONU. O Brasil rejeita a proposta e propõe contribuir com ajuda humanitária...
Em junho, o Exército angolano ataca tropas da Unita na tentativa de desocupar uma região rica em diamantes, no nordeste do país. Em 15 de agosto termina oficialmente a participação das Forças Armadas brasileiras na missão da ONU em Angola.
Mas a recusa da Unita em liberar áreas sob seu controle e integrar o governo de união nacional, conforme acertado no Acordo de Lusaka, põe em risco a paz e leva a ONU a suspender, pelo menos até outubro de 1997, a retirada total de suas forças...
Pedro Reinel foi o primeiro cartógrafo português cujo nome é lembrado. Seu filho, Jorge Reinel, foi também outro cartógrafo. Ambos estiveram envolvidos na produção de atlas.
João Freire foi outro cartógrafo português. Ele pintou um atlas manuscrito em 1546, também um mapa sem data do oeste da África.
Congo Português – atual Província de Cabinda
Em 1955, a República Portuguesa de Angola, então Província de Além Mar, emitiu uma série de 8 valores: “Mapas de Angola”, cujos selos mostram o mesmo desenho de um mapa que inclui o antigo Congo Português – atual Cabinda – um distrito mais ao norte de Angola, encravado na República do Congo (país vizinho).
O Porto Pointe-Noire, na República do Congo, faz fronteira com o norte de Cabinda – região que pertence à República de Angola. Hoje, a Província de Cabinda, cuja capital é a cidade de mesmo nome (localizada a 480 quilômetros de Luanda) tem como municípios: Belize, Buco-Zau, Kakongo, Landana e Tchiowa. Abriga também a Reserva Florestal do Kakonda (ou Floresta do Maiombe) e a Cordilheira ou Serra do Muabi.
Histórico sobre a Capoeira Angola no Brasil, por José Carlos Gonçalves
Ao tentarmos compreender a origem dessa manifestação afro-brasileira, nos deparamos com algumas questões. Primeiramente é importante lembrar que, no Governo de Deodoro da Fonseca, Rui Barbosa, o então ministro da fazenda, ordenou a queima de todos os documentos referentes ao sistema colonial escravagista.
Essa decisão foi adotada sob a alegação de que tais documentos seriam um retrato da vergonha nacional, representado pela escravidão. Em função dessa rarefação documental, não vemos alternativa que seja diferente da busca da contribuição de alguns estudiosos sobre o assunto.
Alguns especialistas acreditam ser a capoeira de origem africana, mais precisamente da Ilha de Lubango, na aldeia dos MUCOPES, localizada no sul de Angola.
A cultura dos povos Mucopes não difere dos outros povos africanos no que se refere à diversidade e beleza. Os Mucopes observaram que na época do acasalamento das zebras, os machos, a fim de ganharem a atenção das fêmeas, travavam violento combate.
Daí os jovens guerreiros mucopes, passaram a imitar alguns passos desse ritual ao que denominaram de N`GOLO. Os habitantes dessa aldeia realizavam uma vez por ano uma grande festa com o nome de EFUNDULA, ocasião em que as meninas que já tinham atingido a puberdade e, estando assim prontas para o casamento, teria como marido aquele guerreiro que tivesse a melhor performance na prática do N`GOLO.
Inclusive, além do coração da virgem, era este guerreiro agraciado com a isenção do pagamento de dote. Com o tráfego de escravos para o Brasil, muitos africanos escravizados conheciam a prática do N`GOLO. Com passar do tempo, eles observaram que os movimentos do N`GOLO poderiam ser utilizados como luta, especificamente contra o sistema escravagista.
Anteriormente ao tráfego de escravos, a sociedade brasileira era formada unicamente por índios, os quais já tinham as suas técnicas de agricultura. Dentre várias cabe destacar a COIVARA e a KAPU`ERA.
Os negros escravizados, trazidos para substituir os índios na monocultura de cana-de-açúcar não dispensaram de todo o conhecimento indígena, aproveitando a técnica da KAPU`ERA, o que consistia em cortar o mato baixo para o posterior replantio diferentemente da COIVARA onde os arbustos eram queimados.
A dificuldade imposta pelos senhores de engenho aos africanos contra a prática das suas manifestações culturais urgiu que os escravos buscassem um espaço escondidos para a prática do N`GOLO sendo eleito o espaço denominado KAPU`ERA. Daí o nome desta manifestação.
Conforme estudos sobre o assunto, chegasse a conclusão de que para todos os lugares da América onde aconteceu a diáspora africana é possível encontrar alguma manifestação com suas raízes no N`GOLO.
Nos dias de hoje existem rituais semelhantes ao N`GOLO na Martinica denominado de LADJA, em Cuba é conhecido como MANI...
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QUAL O SEGREDO DA ILHA DE FREDDIE MERCURY?
Texto de Sérgio Sakall (08/2002)
SERÁ A HISTÓRIA?
Em uma ilha, um pequeno ponto do mapa-múndi, próximo à costa da Tanzânia, chamado Zanzibar (mapa abaixo), num dia quente (5) de setembro de 1946, por entre colunas e arcadas, catedrais e minaretes, residências e palácios de sultões, um bebê com uma voz peculiar nasceu... Jer e Bomi Bulsara deram a ele o nome de Farokh Bomi Bulsara (Frederick). Anos mais tarde o mundo inteiro o conheceu como Freddie Mercury.
Aos oito anos, o menino foi mandado para a St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Bombaim, na Índia, onde começou a ser chamado de Freddie pelos colegas. Foi lá também que formou sua primeira banda: The Hectics. Durante os anos seguintes, ele voltava à sua ilha natal somente para as férias.
Em 1963, no entanto, Zanzibar se tornou independente e, em 1964 estava à beira de uma revolução liderada pelo partido africano... Muitos ingleses e indianos tiveram que abandonar a ilha por razões de segurança, entre eles a família Bulsara, que acabou se instalando em Feltham, Middlesex, um subúrbio de Londres. Freddie tinha então, 17 anos.
Muito antes disso, a ilha de Zanzibar e o litoral da Tanzânia (ex-Tânganica) são centros de comércio árabe entre os séculos VII e XVI, quando caem sob o controle de Portugal. Depois os portugueses foram expulsos pelo Sultão de Omã.
Bem mais tarde, ficou nas mãos de alemães que a transformaram em colônia com o nome de África Oriental Alemã. E, por último, Zanzibar vira protetorado britânico, após a Primeira Guerra Mundial.
Liberto (1964) com o nome de República Unida da Tanzânia, o país que foi ocupado pelos árabes, alemães e ingleses, é famoso e tem como maior destaque as suas atrações naturais: parques e reservas de animais selvagens.
Excetuando-se a região vulcânica do Monte Kilimanjaro (5.895 metros de altitude, o mais alto da África), não é menos famoso por abranger em seu território os três maiores lagos do continente africano: Vitória, Tanganica e Malauí.
A Tanzânia situa-se na costa leste, abrangendo uma área de 939.760 km². Banhada pelo Oceano Índico, ainda traz como “prole” o arquipélago de Zanzibar, formado pelas ilhas de Unguja, Pemba e a paradisíaca ilha de Zanzibar.
SERÁ A FÉ?
Como a ilha foi dominada por diversos povos, de diferentes etnias, credos e culturas, os residentes atuais formam uma miscigenação extraordinária de raças. São africanos, árabes, indianos, entre outros, refletindo a sua importância como centro comercial de outrora. Eles praticam na religião, por exemplo, muito, muito além do Cristianismo. Os adeptos também reúnem o Islamismo, o Hinduísmo e inúmeras crenças tradicionais nativas. A liberdade religiosa da ilha lembra a de nosso país, com uma pequena diferença: o ensino religioso é incentivado nas escolas públicas.
Com tantos muçulmanos circulando pela ilha, a primeira impressão é a de que outras raças jamais colocaram os seus pés ali. Ledo engano, pois caminhando pelas quase infindáveis ruelas estreitas da zona central, conhecida como Cidade de Pedra (Stone Town), encontram-se em meio às antigas arquiteturas e ruínas muitos outros tipos de casas oferecidas a Deus, até aos deuses.
Existem mais de 50 mesquitas, mas apenas quatro delas têm minaretes que, mesmo entre algaravia de vozes e zurros, fazem escutar aos seus chamados de preces vespertinas... Isso é maravilhoso... Há a igreja católica, a protestante e, vários outros templos: hindu, ismaili, pharsee, sunnis.
Ao lado da Mesquita Ibadhi está a igreja católica romana, Catedral de São José, construída no final do século XIX (1897-1900) por membros da missão francesa. Seu edifício foi desenhado pelo mesmo arquiteto da Basílica de Marselha, na França. Naquelas terras, também fotografei a cúpula do Templo Hindu Shakti (casa religiosa oferecida aos diversos deuses indianos)...
A Igreja Anglicana Catedral de Cristo (foto abaixo, lado direito) foi construída em 1873-1879, no mesmo local onde havia o último mercado de escravos... A pedido do Sultão Bargash, sua torre deveria ser mais baixa do que a da Casa dos Sonhos...
AS PARTICULARIDADES?
As muitas ruazinhas estreitas, tortuosas e cheias de pequenas lojas ou bazares da terra de Freddie lembram alguma cidade “secreta” da antiga Europa. Pé ante pé, caminhando-se por essas ruas onde raças, especiarias raras e frutos tropicais se misturam, talvez, entra-se em um universo de segredos das mil e uma noites.
Os vários idiomas ditos às portas do confuso mercado municipal lembram qualquer polo turístico de nosso planeta. Embora as línguas oficiais do país sejam o inglês e o suaíle, também são falados vários dialetos regionais misturados com a língua árabe que é largamente falada em Zanzibar. Uma verdadeira Babilônia!
A língua suaíle (kiswahili ou swahili escrita de outras formas) é chamada de kiunguju, em Zanzibar. Da ilha transmite-se a Rádio que leva o mesmo nome, na frequência de 6015kHz. A emissora pode ser captada no Brasil após a meia-noite. A programação é em suaíle, de bom jornalismo, com vários correspondentes e muitas vozes femininas. Confira!
SERÁ A CULINÁRIA?
Na culinária a diversidade é a mesma. À primeira vista, bastante homogênea com países vizinhos, pois se houver um prato que traz o nome em suaíle, com certeza ele deverá conter entre seus ingredientes coco ou banana. Frequentemente, o leite de coco é utilizado com o curry em diversos tipos de prato, já as bananas são utilizadas em ensopados e, acreditem, no feijão.
Entretanto, por circundar as margens de um oceano, não deve haver quem resista a um exótico prato de frutos do mar. Um deles leva o nome de “seafood salad”, a base de peixe, camarões, mariscos, polvo e folhas de salada, custa cinco mil xelins tanzanianos.
Um outro, o “fat fisherman”, é um prato para se saborear delicadamente um peixe grelhado, com lagostas da pedra e camarões graúdos, tudo servido em um bem “gordo” prato decorado com salada fresca verde; custa sete mil e quinhentos.
Se você estiver por lá, conheça o restaurante Mercury’s Bar. De uma de suas mesas, ouça a seleção de músicas orientais, assim como as melhores interpretações de Freddie. Sinta a música “Love of my life” ao mesmo tempo em que vê ao fantástico pôr do Sol seguido do aparecimento de uma lua oriental, aquela lua que mais lembra uma foice de pirata perdida em céus de quem já viu, jamais esquece.
Daí, você entenderá o que disse o guitarrista Brian May que, mesmo quando Freddie já estava muito doente, “sua voz, miraculosamente, se tornava cada vez melhor”.
SERÁ O VENTO?
O vento, um outro elemento que parece não cessar, machuca até as folhas de coqueirais. Aliás, os coqueiros que margeiam a orla de lá são verdadeiras representações fálicas de imponentes deuses que parecem estar de cabelos desarrumados, sempre, sempre.
Talvez este seja o segredo: o vento. Quando a ilha era próspera, o vento nas velas enriquecia, assim como enriqueceu os seus ancestrais...
As primeiras referências escritas sobre Zanzibar apareceram em “The Periplus of the Erythrean Sea”, escrito em 60 d.C. por um mercador grego que vivia em Alexandria. Em seu guia de geografia, o geógrafo egípcio Ptolomeu também mencionou em seu livro a costa da África Oriental, referindo-se a esta terra como “Zenj”, que significa terra de pretos – nome do qual Zanzibar é derivado, provavelmente.
Os califas Abbassid e Ummayad estabeleceram-se na região. A miscigenação foi fatídica com os povos indígenas africanos de Watunbatu, Wahadimu, Wapemba e pequenas outras tribos. O comércio e a vida de Zanzibar também foram descritos por Al-Masudi no século X, nascido em Bagdá e tendo passado mais de vinte anos no Oceano Índico, ele escreveu sobre ouro e gemas negociadas em Zanzibar.
Sentado na mureta da orla, no pórtico do antigo forte, ou mesmo no restaurante, observe a enseada pontilhada de velas triangulares dos “dhows” – barcos que fazem o transporte de pessoas e mercadorias desde remotos tempos. Talvez esses barcos sejam uma herança islâmica singular que ancoram na ilha e na costa da África Oriental, por séculos a “Meca” dos mercadores árabes e hindus.
Antes, os velhos marujos partiam levando marfim, cocos, cascos de tartaruga e conchas de cauri. Na Arábia compravam tâmaras, óleo de baleia, tapetes e incenso. Na Índia, potes, vidros e tecidos. O comércio era a vida deles... Aliás, aquela época devia ser dura, acima de tudo no mar, onde os homens permaneciam quase um mês de viagem até a Índia.
Zanzibar é conhecida através dos séculos como uma das mais exóticas ilhas, onde sultões governavam de palácios e navegantes árabes vinham da Arábia, Pérsia e Índia comprar frutas tropicais e especiarias: cravo-da-índia, gengibre, pimenta, noz moscada e canela. Diz a lenda que Sinbad, o marinheiro das Mil e Uma Noites, atracou o seu navio por lá... Será este o segredo da ilha?
SERÃO OS HÁBITOS?
No Jardim Jamituri (praça da cidade) grupos de homens (a maioria traja a túnica “kanzu” e o quepe bordado chamado “kofia”) conversam sentados no chão, em suas bicicletas ou no coreto central, talvez relembrando seus antepassados.
Datado de 1935, o Jardim Jamhuri (Forodhani ou People’s Gardens) foi construído em comemoração ao jubileu de prata do Rei George V, em frente à Casa dos Sonhos e do Antigo Forte. Muito agradável à noite, tem numerosas barracas de comidas típicas.
As mulheres muçulmanas andam apressadas pelas vielas, algumas cobertas dos pés à cabeça, com tecidos negros que só deixam entrever os seus olhos.
A moda que é duradoura, acompanha as crianças de Zanzibar que vão para a escola vestindo versões juvenis de traje próprio suaíle. As garotas usam lenços de cabeça, mais saia e blusa cortadas para escondê-las. Conforme ficam mais velhas, a discrição islâmica irá exigir que se cubram da cabeça aos tornozelos com um “bui-bui”, ou casaco preto. Suaíles com roupas que revelem um pouco mais são olhadas de baixo para cima.
Significativa representação do lugar também é a arte “wanja”, uma forma de pintura decorativa (um tipo de “tattoo”) que, geralmente, as mulheres indianas trazem à pele. Talvez, tudo na ilha pode ser considerado por nós de sabor “exotique”. O saudoso e extravagante Freddie Mercury que o diga...
Uma verdadeira ilha tropical, com bancos de coral e coqueiros na orla. Ela reúne palácios, ricas casas de mercadores decoradas com portas de madeira entalhadas, galerias de arte e lojas de artesãos em plena atividade nos mais diversos artesanatos que podem ser encontrados por toda cidade, além das singelas mesquitas.
A Cidade de Pedra foi declarada área de proteção pela UNESCO e muitos planos de restauração estão em andamento para preservar as características desta cidade única. Tudo isso, enriquece um cenário que torna Zanzibar imperdível e um dos sítios mais exóticos do mundo!
AS CRUELDADES?
Mas nem tudo é ou foi maravilha. A visão romântica de ilha paradisíaca já atuou, no passado recente, como entreposto de comércio escravista entre a África e a Ásia.
Na Cidade de Pedra, homens, mulheres e crianças eram espremidos em lugares fechados e deixados durante dias sem água ou comida. Durante a primeira metade do século XIX, 50.000 africanos eram vendidos no famoso mercado de escravos de Zanzibar a cada ano.
Muitos foram cativos de Tippu Tib, um notório mercador árabe de escravos e de marfim. Ele liderou enormes expedições, algumas de 4.000 homens, pelo interior da África, onde os chefes vendiam-lhe as suas aldeias por praticamente nada.
A escravidão persistiu em Zanzibar até 1897, quando foi finalmente abolida em parte pela missão cristã britânica, graças aos apelos do explorador inglês David Livingstone. Atualmente, há um marco que nos faz lembrar deste episódio, construído bem ao lado da igreja Anglicana (cobra entrada).
O Segredo de Zanzibar, talvez esteja no início do século XX, época em que montanhas de marfim valiam uma fortuna (cada dente custava entre 50 e 100 dólares). Quando se arruinou a escravatura, o marfim substituiu os escravos como produto principal de exportação.
Todavia, o declínio das reservas de marfim obrigou a ilha a adotar o cravo-da-índia como principal bem transacionado, de forma a manter o estatuto comercial do território. Esta especiaria que, a pedido do Sultão Said Burgash, era trazida das Molucas em navios holandeses, tornou-se o principal produto de exportação de Zanzibar.
Há pouco mais de quatro anos atrás, exatamente no dia 7 de agosto de 1998, um carro-bomba explodiu na Embaixada dos Estados Unidos, em Dar-es-Salaam, antiga capital da Tanzânia localizada no continente, em frente a ilha de Zanzibar (a atual capital é Dodoma).
Explosão quase simultânea ocorre em Nairóbi, capital do país vizinho Quênia. Os dois atentados deixam cerca de 250 mortos...
Recentemente, em agosto de 2000, a Ministra da Saúde declara a AIDS um desastre nacional. Estima-se que haja quase 2 milhões de tanzanianos portadores do vírus HIV que, aliás, é um gravíssimo problema de saúde pública na maioria dos países africanos...
AS CONTRADIÇÕES?
Outro cuidado é o de levar em conta que se trata de uma ilha pequena e não esperar de sua viagem uma cidade limpa e conservada, pelo contrário. Como o país é um dos mais pobres do mundo, os planejamentos de restaurações para Zanzibar permanecem estacionados, o que é uma pena.
Existem poucas placas de ruas para os turistas se orientarem, entretanto possui diversos lugares de interesse e os monumentos principais são bem conhecidos, além de se destacarem. Lá, vive somente a gente do lugar que são pessoas modestas e reservadas.
Alguns nomes de ruas são: Kenyatta Road, Gizenga Street, Hurumzi Street, a qual vai até o Bazar Changa (the main bazaar running up towards the market area at Darajani).
Mas é um povo bastante cordial com o turista, então fica fácil não se perder por entre as ruazinhas da Cidade de Pedra. Vale a pena conferir a sua arquitetura que é de predominância árabe. Também os prédios públicos, construídos no começo do século XX, por J. H. Sinclair – Cônsul da Inglaterra.
Por todo litoral do país, pode-se encontrar boas praias do Oceano Índico, pouco visitadas pelos turistas. Mas é, sobretudo, nas praias da Ilha de Zanzibar que o pôr do Sol é um dos mais lindos do mundo! Praias magníficas, de cores únicas.
Não deixe de conhecer Jambiani, a praia mais nativa. Para quem gosta de mergulho prefira a costa leste de Zanzibar e veja como os nativos cultivam autênticos jardins de algas no mar. Ou se você é do tipo que prefere viver a natureza, embora pequena a ilha tem um enorme vale ecológico, com numerosas espécies peculiares, reservas protegidas e uma fascinante tradição agrícola.
Pode-se percorrer a ilha de carro, táxi, ônibus público ou bicicleta. Não se esqueça de navegar de dhow. Aprenda algumas palavras em suaíle e, depois de sua viagem, escreva para a revista nos respondendo sobre o título desta matéria.
Também, acompanhado de champanhe, escolha ao acaso um prato típico indiano – uma das comidas e a bebida favorita de Freddie Mercury. Com certeza, você irá adorar!
Porque em qualquer tempo, Freddie será lembrado como um espírito livre, criativo, cheio de energia e, por suas inesquecíveis músicas, é claro: Bohemian Rhapsody, March of the Black Queen, We are the Champions, Crazy Little Thing Called Love, Barcelona e muito, muito mais...
Lugares de interesse
Beit-el-Ajaib – Casa dos Sonhos – House of Wonders
Construída entre 1870-88, pelo sultão Seyyid Barghash era dito ser o prédio mais alto da África Oriental. Foi usada como salão de festas para antigos sultões e governantes. Os canhões portugueses de sua frente foram construídos no século XVI. Conhecida como Beit-el-Ajaib, It was commissioned by Sultan Barghash as a ceremonial and administrative Royal Palace and built on the site of the 17th century palace of native ruler Queen Fatima, the Mwinyi Mkuu. The fact that it was designed by a British marine engineer offers some explanation to this unusual building, with its steel superstructure and wide, ship-like balustraded 'decks'. Originally there was a 'pharos' lighthouse in front of the building, but this was seriously damaged during the bombardment of 1896 and was rebuilt in its present position on the roof.
The Old Fort (1698-1728) – O Velho Forte – Forte Omani
Construído pelos árabes omanis, em 1710, no lugar de uma capela portuguesa, foi usado como hospedaria de exército. É o edifício mais velho da cidade e, atualmente, as ruínas desse antigo forte árabe (pois só existe sua fachada) serve como cenário para concertos ao ar livre...
The fort has been used for many purposes, being a prison for many years until around 1906 it was converted for use as a customs house and railway shunting, with the Bububu railway running directly into the courtyard through the main front entrance. In 1949 it was converted into a ladies' tennis club. These days it houses an open air theatre, a cafe and several craft shops.
Abaixo, o cartão-postal mostra o Clube Panjeebhoy e a Estrada de Ferro Bububu. Do lado direito, selo da série “Cenários de Zanzibar”...
Museu Palácio do Povo (People’s Palace Museum). Oferece uma interessante coleção da época colonial e lembranças das viagens realizadas pelo sultão, construído na segunda metade do século XIX. Há ao lado um antigo cemitério islâmico onde se encontram os restos mortais de Seyyid Said e seus filhos.
Vale a pena conhecer também a antiga casa de banhos turca, “Hammamni”, onde um guia explica, detalhadamente, toda sua história... A Casa de Freddie Mercury e o antigo “Africa House Hotel” (o ex-Clube Inglês), lugar interessante para se informar sobre viagens e excursões... Aberto em 1888 (the oldest such club in East Africa) it provided British residents with a centre for social activities. As well as a bar and restaurant, there was a library, billiard room, lodgings and committee room. It should be pointed out that it was usual at this time to have such secular clubs, there being similar organisations for other communities, including Hindu, Goan, Ismailee and Ithnaashery.
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Territórios Estrangeiros Atuais:
Territórios de Portugal
São regiões autônomas de República Portuguesa o Arquipélago dos Açores (Azores) e a Ilha da Madeira. Tanto Açores, como Madeira utilizaram e utilizam o sistema monetário de Portugal: primeiramente réis, depois escudo português e, hoje, o euro.
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
Localizado a 1.300 quilômetros da costa portuguesa, o Arquipélago tem 9 ilhas de clima ameno...
Região Autônoma dos Açores está dividida em 19 concelhos: Angra do Heroismo, Calheta, Corvo, Horta, Lagoa, Lajes das Flores, Lajes do Pico, Madalena, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, São Roque do Pico, Velas, Vila do Porto, Vila Franca do Campo, Vila Praia da Vitória.
Em 1431, os portugueses desembarcam nos Açores. O ponto mais elevado é a Ponta do Pico, com 2.345 metros de altitude. E o Farol de Albernaz está localizado na Ilha das Flores...
A zona central da Cidade de Angra do Heroísmo, no Arquipélago dos Açores, foi tombada pela UNESCO e declarada como Patrimônio da Humanidade.
ILHA DA MADEIRA
Em 1419, os portugueses chegam ao arquipélago da Madeira... Madeira é um arquipélago de Portugal, no Oceâno Atlântico, ao lado de Marrocos. Sua capital é Funchal.
Tem 55 por 22 quilômetros de extensão e está localizada cerca de 480 quilômetros da costa portuguesa. Possui vegetação luxuriante e escarpas...
A Região Autônoma da Madeira está dividida em 11 concelhos: Calheta, Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Ponta do Sol, Porto Moniz, Porto Santo, Ribeira Brava, Santa Cruz, Santana, São Vicente.
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Territórios da República Francesa
Localização: Sul da África, ilha no sul do Canal de Moçambique, about one-half of the way from Madagascar to Moçambique.
Coordenadas geográficas: 21 30 S, 39 50 E.
População: uninhabited (julho 2000).
Localização: Sul da África, grupo de ilhas no Oceâno Índico, a noroeste de Madagáscar
Coordenadas geográficas: 11 30 S, 47 20 E
Nota: includes Ile Glorieuse, Ile du Lys, Verte Rocks, Wreck Rock, and South Rock.
População: 163.366 (julho 2001 est.)
Religião: Cristianismo (maioria católica).
Idioma: Mahorian (um dialeto do suaíle), Francês (oficial) falada por 35% da população.
Terreno: generally undulating, with deep ravines and ancient volcanic peaks.
Elevações extremas: Ocêano Índico 0 m e Benara 660 metros de altura.
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SANTA HELENA E DEPENDÊNCIAS
Território do Reino Unido – UK
Santa Helena, Ascenção e Tristão da Cunha
Saint Helena – St. Helena
Capital – Jamestown, James Town ou Cidade de James.
Idioma – Inglês.
Situação – Sainta Helena faz parte das ilhas do Oceâno Atlântico Sul, no meio do caminho entre a América do Sul e a África. Situada no sudoeste da África, no oceano Atlântico.
Terreno de Santa Helena – rústico, vulcânico, com pequenos platôs e planícies dispersas. As outras ilhas do grupo são de origem vulcânica.
População – 7.266 (estimado, julho 2001).
Grupos étnicos – descendentes de africanos 50%, brancos 25%, chineses 25%.
Religião – Cristianismo Anglicana (maioria), Batista, Adventista do Sétimo Dia, Católica.
Moeda (numismática) – Santa Helena e Ascenção utilizam o sistema monetário da Inglaterra, libra esterlina (pound).
Um bloco de 6 valores emitido por St. Helena mostra plantas endêmicas do Diana’s Peak National Park, todos com valor facial de 25p, os selos mostram seis espécies: Blk. Cabbage Tree (Melanodrendon integrifolium), Whitewood (Petrobium arboreum), Tree Fern (Dicksonia arborescens), Dwarf Jellico (Sium burchellii), Lobelia (Trimeris scaevolifolia) e Dogwood (Nesohedyotis arborea).
A ilha Santa Helena tem como dependências Ascensão e Tristão da Cunha. Abaixo, o selo de Santa Helena mostra seu mapa, a capital Jamestown com suas coordenadas geográficas 15º55’ S e 5º45 W e a efígie da Rainha Elizabete II (Scott: 148).
História
Famosa por servir de exílio para Napoleão Bonaparte, entre 1815 e 1821 (quando morreu), a ilha foi descoberta pelo navegador português, João da Nova, a serviço da Coroa Portuguesa quando voltava das Índias.
Dizem que foi em 21/05/1502 e que ele nomeou a ilha em homenagem ao dia de Santa Helena de Constantinopla. Entretanto, existem três datas para a festa litúrgica de Santa Helena: 19/05 (Igreja Luterana), 21/05 (Igreja Ortodoxa) e 18/08 (Igreja Católica). Portanto, João da Nova, provavelmente católico, deve ter descoberto a ilha no dia 18/08/1502...
Santa Helena foi anexada em 1633, pela Holanda. Em 1673, passa a ser governada pela Companhia Holandesas das Índias Ocidentais. O controle da ilha é assumido pela Coroa britânica em 1834. Serviu como um importante porto antes da abertura do Canal de Suez, em 1869.
Em 1967, a administração passa para o Conselho da Ordem e Instruções Reais. Em 1981 uma comissão começa a revisar a Constituição. Uma nova versão entra em vigor em 1989. Em 1996, o desemprego atinge 18% e a qualidade de vida cai. Em abril de 1997, ocorrem distúrbios em Jamestown, quando o governo recusa a indicação de um adversário para a direção do Departamento do Bem-Estar Social.
A ilha atrai naturalistas pelo exotismo da fauna e da flora, que tem cerca de 40 espécies vegetais exclusivas. O auxílio britânico é essencial para sua economia, baseada na pesca, na criação de gado e no artesanato. Muitos de seus habitantes têm migrado em busca de trabalho para Ascensão, que possui um centro regional de comunicações e uma base de mísseis dos EUA. Tristão da Cunha depende da pesca e da industrialização de crayfish (um tipo de lagosta) e da venda de selos postais.
Ascensão
Ascensão é uma ilha inglesa, situada no Atlântico Sul descoberta em 1501 por João da Nova, no Dia da Ascensão de Jesus, o Cristo. Tem 82 km² de superfície e cerca de 180 habitantes... Em 1922, Ascenção foi anexado à Colônia da Coroa Britânica de Santa Helena. Selos foram emitidos por Ascenção desde 1922.
Tristão da Cunha
Com 41 quilômetros quadrados de superfície e 34 quilômetros de costa, Tristão da Cunha é a maior das ilhas de um arquipélago minúsculo, que fica a meio caminho entre a África e a América, em pleno Atlântico Sul.
Na verdade, porém, não é bem uma ilha e sim a parte emersa de um vulcão, cuja cratera se abre a mais de 2 mil metros acima do nível do mar. O ponto mais alto é o Pico da Rainha Maria, parece que tem 2.060 metros de altitude.
Tristão da Cunha consiste em um grupo de ilhas: Tristan da Cunha Island, Gough Island (tem uma estação metereológica), Inaccessible Island e three Nightingale Islands.
Seus habitantes vivem na faixa de terreno plano que se estende na costa ocidental da ilha, nas encostas do vulcão. Com clima temperado e marinho, nesta ilha tende a ser mais frio do que em Santa Helena...
O povoado assim constituído – casas construídas de pedra vulcânica e cobertas de sapé, cada qual com o seu jardim, pois os ilhéus gostam de flores na falta de árvores – chama-se Edimburgo.
Isso desde 1897, quando o veleiro da marinha de guerra “H.M.S. Galatea”, comandado pelo Príncipe Alfredo, Duque de Edimburgo, aportou na ilha.
Naquela ocasião, a ilha viveu sua maior festa – até 1957, quando o Príncipe Philip, esposo da Rainha Elizabeth, ao dar a volta ao mundo no iate real “Britania”, esteve na ilha...
A população dedica-se principalmente à lavoura, adubando suas roças com o guano (estêrco de aves) trazido das duas outras ilhas do arquipélago, chamadas respectivamente Nightingale – o que em inglês significa rouxinol – e Inacessível.
A mais próxima terra habitada é a ilha de Santa Helena, localizada a 2.500 quilômetros de distância de Tristão da Cunha.
Descoberta em 1506? ou 1509 pelo navegador português Tristão d’Acunha, em seu caminho do Brasil ao Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, a ilha foi assinalada nas cartas marítimas, mas Portugal não quis ficar com ela... andava em busca de terras mais ricas...
O primeiro mapa foi feito em 1767. Foram feitas medições e o mapeamento da costa. A presença de água na grande queda de “Big Watron” e um lago na costa norte foram descobertos.
Os resultados do mapeamento foram publicados pelo primeiro hidrógrafo da Marinha Real, Alexander Dalrymple, em 17/03/1781.
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ILHA DE SANTA HELENA.
História
Famosa por servir de exílio para Napoleão Bonaparte, entre 1815 e 1821 (quando morreu), a ilha foi descoberta pelo navegador português, João da Nova, a serviço da Coroa Portuguesa quando voltava das Índias.
Dizem que foi em 21/05/1502 e que ele nomeou a ilha em homenagem ao dia de Santa Helena de Constantinopla. Entretanto, existem três datas para a festa litúrgica de Santa Helena: 19/05 (Igreja Luterana), 21/05 (Igreja Ortodoxa) e 18/08 (Igreja Católica). Portanto, João da Nova, provavelmente católico, deve ter descoberto a ilha no dia 18/08/1502...
Santa Helena foi anexada em 1633, pela Holanda. Em 1673, passa a ser governada pela Companhia Holandesas das Índias Ocidentais. O controle da ilha é assumido pela Coroa britânica em 1834. Serviu como um importante porto antes da abertura do Canal de Suez, em 1869.
Em 1967, a administração passa para o Conselho da Ordem e Instruções Reais. Em 1981 uma comissão começa a revisar a Constituição. Uma nova versão entra em vigor em 1989. Em 1996, o desemprego atinge 18% e a qualidade de vida cai. Em abril de 1997, ocorrem distúrbios em Jamestown, quando o governo recusa a indicação de um adversário para a direção do Departamento do Bem-Estar Social.
A ilha atrai naturalistas pelo exotismo da fauna e da flora, que tem cerca de 40 espécies vegetais exclusivas. O auxílio britânico é essencial para sua economia, baseada na pesca, na criação de gado e no artesanato. Muitos de seus habitantes têm migrado em busca de trabalho para Ascensão, que possui um centro regional de comunicações e uma base de mísseis dos EUA. Tristão da Cunha depende da pesca e da industrialização de crayfish (um tipo de lagosta) e da venda de selos postais.
Ascensão
Ascensão é uma ilha inglesa, situada no Atlântico Sul descoberta em 1501 por João da Nova, no Dia da Ascensão de Jesus, o Cristo. Tem 82 km² de superfície e cerca de 180 habitantes... Em 1922, Ascenção foi anexado à Colônia da Coroa Britânica de Santa Helena.
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Antigos Territórios e ex-Colônias:
ex-Colônias Alemãs Africanas
A maioria dos primeiros selos mostram o iate Hohenzollern, pertencente ao Kaiser Wilhelm II, da Alemanha...
Marco (100 Pfennig = 1 Mark) = “Mark” deriva do velho inglês “Marc” – unidade de peso de metais preciosos, talvez originado das marcas nas barras de metal...
Xelim (Shilling) foi o nome de uma moeda inglesa que era equivalente a 12 Pence, hoje extinta... Grã-Bretanha (Libra esterlina).
Pêni (penny), cuja abreviação é “d”, significa centavo e a palavra pence ou “pennies” é o plural de pêni... pêni no velho inglês era Penig o qual derivou de “Pfenning”.
As palavras “Pfennig ou Pfennigs” derivam de “Pfenning” que significa moeda no alemão antigo.
Anos Selo Nº 1 Antigos Protetorados Países Atuais
1893 Deutsh-Ostafrika Burundi, Ruanda e Tanzânia
1897 Südwest-Afrika República da Namíbia
1897 Kamerun República de Camarões
1897 Togo República Togolesa
África Oriental Alemã (German East Africa)
Veja história das cédulas da Tanzânia!
A África Oriental Alemã incluia as atuais República de Burundi, República Ruandesa e República Unida da Tanzânia, as quais têm seus primeiros selos em comum...
Localizada na costa leste da África central, margeando o Oceâno Índico, entre a África Oriental Britânica (“British East Africa”, atuais Repúblicas do Quênia e de Uganda) e a África Oriental Portuguesa (“Portuguese East Africa” – atual República de Moçambique).
A África Oriental Alemã existiu durante os anos de 1880 e foi tomada pelos britânicos durante a Primeira Guerra Mundial. Sua população tinha cerca de 3 milhões de pessoas e a capital era Dar-es-Salaam.
Já em 1858, as correspondências eram transportadas através de caravanas árabes... Em 1876, a Igreja e a Sociedade Missionária de Londres mantinham mensageiros regulares na região...
Em 1887, a Companhia da África Oriental Alemã (German East Africa Co.) recebeu o mapa da área. Em 1891, a região foi nomeada pelos alemães como “German East Africa”.
África do Sudoeste Alemão ou África Ocidental Alemã
Camarões Alemão
Em 1884, os alemães estabelecem um protetorado, legitimado pela Conferência de Berlim... Selos foram emitidos por German Kamerun entre 1897 a 1915.
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ÁFRICA DO SUDOESTE
(ocupação da África do Sul)
atual República da Namíbia
Em 1923, foi renomeado África do Sudoeste e, sob este nome, selos foram emitidos identificados pela sigla “SWA” (South West Africa) até 1990, quando obteve a independência da África do Sul, tornando-se a República da Namíbia (nome adotado já em 1968).
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História Postal do Cabo da Boa Esperança – Cape of Good Hope
Para os viajantes do século XVI, o Cabo era uma marca no caminho rumo às Índias... Uma cidade foi fundada pelo holandês Jan van Riebeeck, em 1652. Mais tarde, fazendeiros bôeres expulsaram os nativos da região... Quando a França ocupou a Holanda em 1795, britânicos tomoram a colônia holandesa sob sua proteção.
Tornou-se República Batavian em 1803, entretanto foi reocupado em 1806, quando ingleses tomam a Cidade do Cabo e lutam contra negros e bôeres. O Cabo foi dado aos britânicos no Tratado de Paris (1814), em consequência, vários britânicos estabeleceram-se nas terras em 1820. Posteriormente, o inglês foi adotado como idioma oficial.
Os choques levam os bôeres a emigrar maciçamente para o nordeste (a Grande Jornada, de 1836), onde fundam duas repúblicas independentes, Transvaal e Estado Livre de Orange. A Colônia do Cabo desenvolveu instituições inglesas com responsabilidade governamental.
História Postal da Colônia de Natal
Um assentamento britânico foi fundado em 1824 e, por volta de 1835, sua pequena cidade foi chamada de D'Urban – mais tarde Durban. Foram os zulus que deram este nome, o qual significa “onde a terra encontra com o oceano”. Piet Retief brecou a Grande Jornada trazendo os bôeres para Natal, em 1837. Depois de vários massacres, incluindo do rio Blood, o assentamento foi reclamado pelos britânicos, bôeres e zulus, sendo anexado por fim à Colônia do Cabo, em 1844.
A população bôer migrou para o Transvaal, em 1848. Natal tornou-se uma Colônia separada em 1856. Zululândia foi incorporada em 1897, a Nova República e os territórios do rio Blood, em 1902. Natal tem sido um Estado da África do Sul desde a União, em 1910.
O primeiro selo emitido pela Colônia de Natal é parecido com a imagem mostrada no interior do selo abaixo – datado de 1990 emitido pela África do Sul (SG: 707), o qual mostra o selo de Natal SG: 7. Do lado direito da tela, cartão-postal ilustrado com os Correios de Natal.
História Postal do Estado Livre de Orange – Orange Free State
Um assentamento de bôeres ao norte do rio Orange, fundado em 1828, o qual cresceu como resultado da Grande Jornada, foi reconhecido como um país independente em 1854. Apesar das relações amigáveis com a Colônia do Cabo, juntou-se com Transvaal na Segunda Guerra dos Bôeres. Anexado pelo Império Britânico em 24/05/1900, depois que Lord Roberts tinha ocupado Bloemfontein, seu nome foi mudado temporariamente para Colônia do Rio Orange.
No século XIX muitas obliterações foram feitas por números ou letras do alfabeto, todas foram reconhecidas e listadas. Em 1868-74, correspondências entre o Estado Livre de Orange e a Colônia do Cabo (e correspondências via Colônia do Cabo para o exterior) necessitavam de selos postais de ambos os países, com combinação de valores. O Estado Livre tornou-se uma Colônia Britânica como Colônia do Rio Orange, em 1900.
História Postal da Colônia de Transvaal
Quatro repúblicas bôeres foram fundadas por Voortrekkers que cruzou o rio Vaal em 1836. Os bôeres derrotaram os zulus no rio Blood, em 1838. Os bôeres e os zulus dirigiram Matabele, próximo ao rio Limpopo. A independência das repúblicas foi reconhecida em 1852 e elas se uniram como Zuid – Afrikaansche Republiek ou ZAR (República Africana do Sul), em 1858.
Fundada pelos boêres, foi ocupada e anexada pelos britânicos em 1877 e o nome do país foi trocado por Transvaal. Em 12/1880 aconteceu a Primeira Guerra Bôer. Britânicos foram derrotados em batalha e forçados a restaurar a independência de ZAR (“Segunda República”). A república foi restaurada em 1884 e Transvaal emitiu selos também como Nova República (New Republic).
O país tornou-se dividido entre as regras dos bôeres calvinistas e o rico unrepresented taxpaying “Uitlanders” da nova descoberta do Distrito de Ouro (Gold District – Rand). A Segunda Guerra Bôer acabou em 12/10/1899, Transvaal foi reocupada em 1900 pelos britânicos (Colônia de Transvaal) e, novamente anexada em 31/05/1902.
Griqualand West – Território muito disputado, com uma longa história de conflito entre Griquas, Bôeres, a Sociedade Missionária de Londres e explorados de diamantes, Griqualand West foi anexado em outubro de 1871 e administrado como uma Colônia da Coroa Britânica até sua incorporação à Colônia do Cabo, em 1880.
Selos do Cabo remarcados “G” foram emitidos em março de 1877. Em outubro de 1880, o selos postais remanescentes remarcados “G” foram redesenhados por Kimberley e reemitidos para POs em uso na Colônia do Cabo.
História Postal de Zululândia (Zululand) – Pátria do Povo Zulu
Em 09/05/1887, Zululândia foi declarada britânica e, em 31/12/1897, foi anexada à Natal. Um serviço postal foi iniciado em 01/05/1888, Zululândia foi incluída com Natal na UPU, nesta data.
Uma agência postal já tinha sido estabelecida em Eshowe, em 1887. Existiam 21 agências postais abertas durante o período de separação de selos postais. O uso foi encerrado em 30/06/1898, depois selos postais de Natal foram utilizados.
Selos foram emitidos por Zululand entre 1888 a 1896. O selo abaixo (lado esquerdo), foi emitido em 01/05/1888 (Scott: 1, SG: 1), com valor facial de ½ pêni (vermelho), ele foi remarcado com a sobrecarga “ZULULAND” em um selo de Bechuanalândia Inglesa (Scott: 10. SG: 9).
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A Companhia do Niassa foi uma companhia majestática da colônia portuguesa de Moçambique, possuía a concessão das terras que abrangem as atuais províncias de Cabo Delgado e Niassa...
Nyassa
Datas 1897 – 1924
Capital: A capital da Companhia do Niassa, não era Nampula (fundada cerca de 1911), nem Porto Amélia (povoação datada de 1898, hoje, Pemba, em Cabo Delgado, assim chamada em homenagem à Rainha D. Amélia, esposa do Rei D. Carlos), mas sim Vila Cabral, hoje Lichinga.
Moeda Corrente:
1897 – 1000 reis = 1 milreis
1913 – 100 centavos = 1 escudo
Companhia Majestática
As companhias majestáticas foram companhias privadas às quais os governos coloniais concederam grandes porções de território para serem administradas e exploradas em seu nome.
Importantes companhias majestáticas foram as companhias holandesas das Índias Orientais e das Índias Ocidentais, a primeira das quais controlou a colônia das Índias Orientais Holandesas, atual Indonésia, e a maior parte do comércio entre aquela região e à Europa. A segunda foi a principal rival da companhia francesa, a “Compagnie des Îles de l’Amérique” e dos britânicos que disputavam o domínio da América...
Como Portugal tinha sido obrigado a ilegalizar o comércio de escravos em 1842 (apesar de fechar os olhos ao comércio clandestino) nas suas colônias e não tinha condições para administrar todo o território daquelas, deu a algumas companhias poderes para instituir e cobrar impostos.
Em Moçambique, em finais do século XIX, Portugal concedeu grandes fatias de terra à empresas privadas, como a Companhia de Moçambique e a Companhia do Niassa.
Foi nessa altura que foi introduzido o “imposto de palhota”, ou seja, a obrigatoriedade de cada família pagar um imposto em dinheiro; como a população nativa não estava habituada às trocas por dinheiro (para além de produzir para a própria sobrevivência), eram obrigados a trabalhar sob prisão – o trabalho forçado, chamado em Moçambique “chibalo”, por vezes na construção de estradas, outras vezes na agricultura.
Mais tarde, as famílias nativas foram obrigadas a cultivar produtos de rendimento, como algodão ou tabaco, que eram comercializados por aquelas companhias...
Depois dos primeiros selos do Niassa (1898), o primeiro selo postal do mundo sobre girafa foi emitido pelo antigo distrito português de Niassa, que compreende, atualmente, o norte de Moçambique.
História da Eritreia e História Postal
A Eritreia fez parte do antigo reino etíope de Aksum... Foi ocupada pela Itália em 1882. O território atual é formado a partir de possessões italianas, unificadas em uma colônia em 01/01/1890. A Itália usa a Eritreia como base para invadir a Etiópia em 1896 e 1935...
Colônia Italiana, Eritreia foi incorporado a África Oriental Italiana (Africa Orientale Italiana ou em inglês Italian East Africa), em 1936.
Os italianos foram banidos a força da Eritreia e da Etiópia, pelos aliados, em 1941. A Eritreia foi assimilada pela Etiópia... permanece sob domínio etíope... O país é ocupado por tropas britânicas em 1941, na II Guerra Mundial...
A expectativa de independência após a derrota da Itália na guerra é frustrada pelos planos do imperador etíope, Haile Selassie, de incorporar a Eritreia à Etiópia. O governo norte-americano, aliado de Selassie e interessado na estratégica ex-colônia italiana, apoia a anexação.
Por pressão dos EUA, a ONU promove a união da Eritreia com a Etiópia em uma federação sob soberania da Coroa etíope (Eritreia Etíope). A federação entra em vigor em 1952, mas a Etiópia não concede autonomia à Eritreia.
Surgem vários grupos guerrilheiros de libertação, comandados por líderes muçulmanos. A federação é abolida por Selassie em 1962. Um ano antes, em setembro de 1961, a Frente de Libertação da Eritreia (ELF) deflagra uma rebelião armada contra a Etiópia e, mais tarde, integra-se à Frente Popular de Libertação da Eritreia (EPLF), de orientação marxista, fundada em 1970.
Incapaz de derrotar a guerrilha eritreia, Selassie perde o poder na Etiópia em 1974... Seus sucessores intensificam os combates contra a EPLF, chegando a mobilizar 250 mil soldados, sem sucesso...
Tigrinas 50%, tigres e cunamas 30%, afars 4%, sahos 3%, outros 13% (1996), compõem a população (3,4 milhões, 1997) de nacionalidade eritreia. Os idiomas falados pelo povo eritreu são: tigrinia, afar (danaquil), tigre, inglês, árabe, saho, edareb, cunama, nara, bilieno, amárico, outras línguas Cushitic...
A Eritreia é um país multilinguístico e multicultural com duas religiões dominantes (Islamismo e Cristianismo) e nove grupos étnicos. Embora não reconheça uma língua oficial, o país conta com três línguas de trabalho: tigrínia, árabe e inglês...
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REPÚBLICA FEDERAL DEMOCRÁTICA DA ETIÓPIA
ex-Abissínia (Abyssinia)
Animal-símbolo: Leão-abissínio, também conhecido como leão-de-judá
Flor Nacional: Copo-de-leite do gênero Zantedeschia Spreng., 1826 / Calla lily, Lily of the Nile, Giant white arum lily ou Common arum lily (Zantedeschia aethiopica)
Bandeira Nacional da Etiópia: É composta por três cores fixadas horizontalmente em igual dimensão: a cor verde na parte superior representa a vegetação da África (simboliza ainda fertilidade, trabalho e desenvolvimento), a cor amarela no meio representa a riqueza que o Continente Africano tem a oferecer (significa também a justiça e a igualdade) e a cor vermelha na parte inferior representa o sangue dos mártires (o sacrifício à liberdade). No centro da bandeira encontra-se o Brasão de Armas (imagem ampliada abaixo), adotado em 1996 – um círculo de cor azul que representa a paz, cujo centro mostra uma estrela amarela ou pentagrama com raios amarelos nos vértices, que vêm de todas as direções, e representa a unidade das nações, das nacionalidades e dos povos da Etiópia.
Notas: As cores verde, amarelo e vermelho são representantativas também do movimento Rastafari... As cores populares pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) são utilizadas também nas Bandeiras Nacionais de outros países como: Benin, Burquina Fasso, Camarões, Congo, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Ruanda (antiga bandeira), São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo.
30/12/2008 – Série de 3 valores alusiva ao Aniversário de Sessenta Anos das Relações Diplomáticas entre a Índia e a Etiópia, “60th Anniversary of Diplomatic Relation of India and Ethiopia”. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, em conjunto com a Embaixada da Índia, organizou um Simpósio no Hotel Sheraton já em 29/04/2008, marcando os 60 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre as duas Nações, assim como o milênio etíope. Os selos retratam flores nacionais..., monumentos e cores das bandeiras dos dois países. Medidas: 40 mm × 30 mm. Picotagem: 14,5 × 14,5. Impressão: Joh Enschedé Security Printers. Os selos mostram:
0,30 centavos de birr etíopes – Flor amarela... ? (Etiópia) e lótus – flor nacional da Índia.
0,70 centavos de birr etíopes – Igrejas Escavadas na Rocha de Lalibela (Etiópia) e Taj Mahal (Índia), ambos monumentos declarados Patrimônio Cultural da Humanidade.
3,00 birr etíopes – Ashok Chakra (Índia) e Brasão de Armas da Etiópia.
Ethiopia – Ethiopie – Äthiopien – Federal Democratic Republic of Ethiopia – Ityjopya
Capital – Addis-Abeba (fundada por Menelik II, em 1887). ex-Entotto.
Data Nacional – 28 de maio (Queda do Regime Derg)...
Moeda (numismática) – “birr etíope” (Birr Ethiopien) ETB, palavra que em amárico significa “ser branco”... (Birr também é uma comuna da Suíça).
Religião – O país tem laços históricos próximos com as três maiores religiões abraâmicas do mundo, também é famoso pelas suas igrejas talhadas em pedras... A Etiópia foi um dos primeiros países cristãos no mundo, pois o Cristianismo é introduzido pelos coptas, vindos do Egito, e torna-se religião predominante no século IV. O país ainda tem uma maioria cristã: 45% catolicismo ortodoxo etíope ou cristãos ortodoxos etíopes, outros cristãos 5%, como protestantes, por exemplo. Parece que de 40 a 45% da população é muçulmana, sunitas muçulmanos (Islamismo). A Etiópia é o sítio do primeiro Hégira na história islâmica e da mais antiga população muçulmana na África, em Negash. A nação também é o berço espiritual da religião Rastafari (religiões tradicionais 9%, outras 0,2%). Até os anos 1980, uma população significativa de judeus etíopes residiram na Etiópia. Além disso, o país tem, ao todo, cerca de 80 grupos étnicos diferentes hoje em dia, com o maior sendo o Oromo, seguido pelos Amhara, ambos falam línguas afro-asiáticas.
A Etiópia, anteriormente chamada de Abissínia (referência bíblica), é um dos países mais antigos do mundo. Segundo a tradição, a Monarquia etíope é fundada no ano 1000 antes de Cristo por ?, filho do Rei Salomão e da Rainha de Sabá (Sheba).
O nome do país tem origem na palavra grega “aethiops” que significa “rosto queimado” e que designa a África Negra. Já o antigo nome Abissínia, em árabe, significa “comunidade reunida”, por referência ao reinado da Abissínia que compreendeu a Etiópia atual, a Eritreia, a Somália e se estendia até a Núbia, no atual Sudão.
A Etiópia é um dos sítios de existência humana mais antigos conhecidos pelos cientistas atuais que estudam os traços da humanidade, podendo potencialmente ser o lugar em que o Homo sapiens se originou... Parece que a Etiópia tem o maior número de Patrimônios Mundiais da UNESCO na África.
A importância da Etiópia no contexto da África cresce em razão de sua capital constituir a sede da União Africana, organismo regional que sucedeu, em 2001, à Organização da Unidade Africana, igualmente instalada em Addis Abeba. Na capital etíope, também se encontra a Comissão Econômica para a África e estão instaladas mais de 70 representações diplomáticas de países de todos os continentes. A Etiópia integra o COMESA – Mercado Comum da África Austral e Oriental, bem como a IGAD – Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento.
Secas periódicas assolam o país, mas dois terços das terras são férteis e a região tem muitos lagos. Cereais e café são as culturas predominantes (veja história do café – oriundo dessas terras). Em julho de 1977, a Etiópia é invadida pela Somália, que defende o separatismo de comunidades somalis no Deserto de Ogaden ou Ogadén. Veja mais em História da Etiópia!
Na década de 80, o país é assolado por uma grande fome, provocada pela seca e pela guerrilha da província separatista da Eritreia (ex-província etíope), que conquista sua independência nos anos 90, fechando o acesso da Etiópia ao Mar Vermelho.
História Postal da Etiópia
Um Correio etíope iniciou como uma concessão privada quando, em 1893, o Rei Menelik II concedeu aos conselheiros europeus, Leon Chefneux e Alfred Ilg, o direito de operar um serviço postal. Em 1894, eles mandaram uma série de 7 selos para o ateliê de fabricação de selos postais (Timbre-Postes), em Paris. Então, a primeira série de selos postais regulares da Etiópia foi emitida em 29/01/1895, na cidade murada de Harar, e compreende sete valores “Rei Menelik II e Leão de Judá”.
Os quatro valores mais baixos (¼, ½, 1 e 2 guerches) mostram Menelik II e os três valores mais elevados (4, 8 e 16 guerches) mostram o heráldico Leão de Judá. Os selos foram gravados por Eugène Mouchon. Picotagem: 14 × 13½. A numeração de todos os catálogos é a mesma (Scott, Yvert, Stanly Gibbons e Michel): 1/7.
Mais de 2.800.000 selos foram impressos, mas Chefneux trouxe apenas 135 mil séries para a Etiópia, onde foram utilizadas para postagem. Os selos restantes foram deixados com negociantes em Paris, onde Maury tinha uma concessão exclusiva para vender a colecionadores. Muitos selos foram vendidos abaixo do valor de face na Exposição Universal de Paris, em 1900, para promover a Etiópia.
Oromos (Oromo), amarás (Amhara), tigrinas (Tigre), sidamos (Sidamo), chanquelas, somalis, gurage, wolaita, afar e outros grupos étnicos compõem a população (69 milhões, 1997) de nacionalidade etíope. O idioma oficial é o amárico ou etiópico, mas também são falados o árabe e o inglês. Principais idiomas: tigrinia, oromigna, guaragigna, somali e outras línguas locais.
O nome “anabula”, citado por Albertus Magnus, provavelmente teve sua origem entre os etíopes que chamavam a girafa de “nabin” ou “nabu”... Bem próxima dessa região, a girafa foi chamada na língua da antiga Somaliland (atual norte da Somália – onde se fala o somali) de “girin”...
Será que o Pré-humano de Hadar, um esqueleto feminino com 3,5 milhões de anos que foi chamado de “Lucy” (Australopithecus afarensis), conviveu com o Paleotragus...?
Um “S” claramente identificado é achado sobre um Mapa Mundo Genovês, de 1457, nos lagos onde o Nilo tem seu recurso. Existe claramente identificado uma girafa e um elefante presentes no mapa da Etiópia...
No final de seu reinado, Sua Majestade, o Imperador Menelik II, enviou de presente uma girafa ao presidente da República Francesa, a qual chegou no Zoológico de Paris, em 1918. A girafa ficou conhecida como “La Girafe Ménélik”...
1919
Em 1917, o Príncipe Lidj Yassou abdicou do trono da Etiópia sob pressão de crenças muçulmanas... A coroação da Imperatriz Zauditu e do Príncipe Ras Tafari (Haile Selassie) foi comemorada filatelicamente pelo primeiro e rudimentar selo feito à mão e pelo segundo remarcado na emissão regular de 1909.
OS primeiro uso são desconhecidos, geralmente, devido os arquivos postais serem queimados durante a invasão italiana em Addis Abeba.
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REPÚBLICA GABONESA (17/08/1960)
ex-África Equatorial Francesa (U.F.)
Lema: “UNION – TRAVAIL – JUSTICE” (“União – Trabalho – Justiça”, em francês), que aparece em um listel azul sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 15/07/1963. Um segundo listel aparece por debaixo dos ramos da árvore Aucoumea (que simboliza o comércio de madeira) no topo do escudo, com outro lema: “UNITI PROGREDIEMUR” (“Avancemos Unidos”, em latim). O Brasão é incomum devido a ter dois listéis com lemas em duas línguas diferentes. Os suportes do Escudo são duas panteras-negras que simbolizam vigilância e coragem do Presidente que protege a Nação. Os três bezantes na parte superior do Escudo simbolizam a riqueza mineral do país. O navio na parte inferior representa o Gabão avançando para um futuro brilhante. Foi desenhado pelo heraldista e vexilologista suíço Louis Mühlemann, um dos fundadores da FIAV e também o desenhista do antigo Brasão de Armas do Congo.
Gabonese Republic – Gabon
Nome oficial – République Gabonaise.
Capital – Libreville (1848).
Religião – Cristianismo 84% (católicos 65,2%, protestantes 18,8%), seitas africanas 12,1%, crenças tradicionais 2,9%, Islamismo 0,8%, outras 0,2% (1993).
Moeda (numismática) – franco CFA.
Ex-colônia francesa, o país mantém forte vínculo com a França. Situado no sudoeste da África, Gabão é um dos países mais ricos e urbanizados do continente. Tem seu território dominado por florestas tropicais virgens, e a extração de petróleo é a mais importante atividade econômica. Possui reservas de urânio, manganês e ferro.
A França ocupa a região em 1838 e, depois de dez anos, cria a capital Libreville... A região utilizou selos das antigas Colônias Francesas da África antes de 1886... Em 1890, é anexado à colônia do Congo Francês...
Em antigos selos também aparece a inscrição “Afrique Equatoriale Gabon” (1910-1922); os quais foram remarcados mais tarde com “Afrique Equatoriale Française”... Até 1936, foram emitidos selos especiais, também utilizou selos emitidos pelo Congo Francês... Depois, o país compreendeu um dos 4 territórios da África Equatorial Francesa, entre 1936 a 1958 – quando se tornou autônoma na Comunidade Francesa.
O país é povoado por diversos grupos étnicos – os fangues são maioria, representando 35,5% da população –, ainda mepongues 15,1%, mebedes 14,2%, bapunus 11,5%, outros 23,7% (1983), compõem a população (1,1 milhões, 1997) de nacionalidade gabonense ou gabonês, gabonesa.
O idioma oficial é o francês, mas também são falados fangue (Fang) ao norte e banto ao sul, ainda Myene, Bapounou/Eschira, Bandjabi... A população é composta por membros de várias tribos Bantu, como Bateke, Obamba, Shake e Bakota...
Nota: entre os séculos XII a XIV, materiais de diversas naturezas passam a ser utilizados em conjunto, como por exemplo as obras entalhadas em madeira e recobertas com latão da tribo Bakota.
Localização do país – margeia o Oceâno Atlântico (Linha do Equador), entre a República do Congo e a Guiné Equatorial.
Características – planície costeira de arenito e aluvião alargando-se na direção norte; litoral com lagoas (N) e estuários (S); planaltos irregulares (maior parte). Rios: Oguê e Nguniê.
Divisão administrativa – 9 províncias, as quais estão subdivididas em departamentos. Abaixo, os departamentos da província com as respectivas capitais entre parênteses:
1. ESTUAIRE – Libreville é a capital e a maior cidade do Gabão, é também a capital da Província de Estuaire. Departamentos: Komo (Kango), Komo-Mondah (Ntoum) e Noya (Cocobeach). Atrações: La Forêt de la Mondah e La Réserve National Wonga-Wongué, située sur la côte nord-ouest entre Libreville et Port-Gentil, la réserve présidentielle de Wonga-Wongué est exceptionnelle pour son intérêt paysager et faunistique. Elle couvre une superficie de 500.000 ha.
2. HAUT-OGOOUÉ – Província cuja capital é a cidade de Franceville (fondée dès 1880 par Savorgnan de Brazza). Departamentos: Djoue (Onga), Djouori-Aguilli (Bongoville), Lemboumbi-Leyou (Moanda), Lékabi-Léwolo (Ngouoni), Lekoko (Bakoumba), Lékoni-Lékori (Akiéni), Ogooué-Letili (Boumango), Mpassa (Franceville), Plateaux (Lekoni) e Sébé-Brikolo (Okondja).
Por iniciativa do Presidente da República, El Hadj Omar Bongo Ondimba, a criação de 13 Parques Nacionais foi anunciada em 04/09/2002...
PARC NATIONAL D’AKANDA – Superficie: 540 km². Localisation: Province de l’Estuaire, au nord-Est, proche de Libreville. Particularité: les plus grandes concentrations d’oiseaux migrateurs du Gabon. Bordé par les baies de la Mondah et de Corisco, ce parc présente un paysage de mangrove, riche en espèces aquatiques, d’amphibiens et d’oiseaux. C’est le site le plus important du Gabon pour les oiseaux migrateurs. Des tortues marines fréquentent aussi les eaux du parc. Les associations de protection de l’environnement s’inquiètent de l’augmentation de la pression anthropique dans le parc d’Akanda. En raison de la proximité de la capitale gabonaise, un nombre croissant de pêcheurs et de bûcherons viennent y exercer leur activité pour revendre ensuite en ville poisson fumé, planches et bois de chauffage. C’est un des rares endroits au Gabon où le nombre des hommes commence à poser problème...
PARC NATIONAL DES MONTS BIROUGOU (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 690 km². Localisation: située au sud du Gabon, dans les provinces de la Ngounié et de l’Ogooué-Lolo, à la frontière du Congo-Brazzaville. Particularité: Paysages de montagne, refuge forestier d’une grande richesse biologique. Situé au cœur du Massif du Chaillu (site dénommé d’après le Mont Bigourou; 975 mètres), source de nombreuses rivières, le parc est constitué de collines accidentées de 800 à 900 mètres d’altitude. Il comprend un grand nombre d’espèces animales et végétales dont certaines sont endémiques. On y trouve, par exemple, le singe à queue de soleil (cercopithecus solatus).
PARC NATIONAL D’IVINDO (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 3.000 km². Criado em 30/08/2002. Localisation: Province de l’Ogooué-Ivindo. Situé entre l’Ogooué et l’Ivindo, en aval de Makokou. Sur les plateaux de l’est du Gabon. Il est situé entre 300 et 760 m d’altitude, traversé par la rivière Ivindo, un des principaux affluents de l’Ogooué, et la Djidji. Sur tout son parcours dans le parc, l’Ivindo est brisé par une succession de rapides et de chutes. Avec les chutes de la Djidji, celles de Kongou, larges de 2 km, figurent parmi les plus spectaculaire d’Afrique centrale. Particularité: Impressionnants éléphants, gorilles, chutes d’eau des forêts d’Afrique. Le parc abrite par ailleurs des gorilles, des chimpanzés et une des dernières populations intactes d’éléphant de forêt. La partie nord du parc national de l’Ivindo englobe la réserve intégrale d’Ipassa (Makokou) où est installée la station de recherche de l’Institut de Recherche en Ecologie Tropicale (IRET) active depuis la fin des années 1960. Cette Réserve est inscrite dans le réseau mondial des Réserves de Biosphère (MAB) depuis 1983.
PARC NATIONAL DE LOANGO – Superficie: 1.550 km². Localisation: Province de l’Ogooué-Maritime. Situé entre les lagunes Nkomi et Ndogo. Particularité: Loango est le bijou naturel de toute la Côte Ouest-Africaine. Eléphants sur la plage, hippopotames surfant sur les vagues et, en mer ballet des baleines à bosse.
RÉSERVE NATIONAL DE LA LOPÉ (Reserva Nacional Lopé-Okanda) – Superficie: 4.970 km². Localisation: Le long du fleuve Ogooué, situé à la jonction de l’Ogooé-Ivindo, de l’Ogooué-Lolo et du Moyen-Ogooué. Particularité: Paysage de mosaïque de forêt et de savane. Les plus grandes concentrations de mandrills, des traces de l’homme datant de plus de 400.000 ans. Classée depuis 1962 et protégée depuis les années 80, la réserve est aujourd’hui, grâce au projet ECOFAC, un des plus hauts lieux touristiques du Gabon. D’un accès facile, elle possède des structures d’accueil confortables. C’est 500.000 hectares de paysages inattendus, de la savane à la forêt, en passant par la beauté de l’Ogooué ou la tranquillité du Mont Brazza. C’est aussi l’histoire d’un pays, depuis l’âge de la pierre taillée (6000 ans av. J.-C.) et le refuge de nombreuses espèces de mammifères et d’oiseaux. C’est en août-septembre que l’on voit éléphants, buffles, antilopes, singes ou gorilles en plus grand nombre. Les animaux sortent de la forêt pâturer la savane après les brûlis de juillet.
PARC NATIONAL DE MAYUMBA (www.mayumbanationalpark.com) – Superficie: 80 km². Localisation: Sud de la Nyanga. C’est une fine bande sable située à l’extrémité méridionale du pays, entre Mayumba et la frontière avec le Congo. Particularité: Premier site du monde pour la ponte des tortues-luths. Créé en 2002 dans le but de protéger la biodiversité marine située à la pointe sud-ouest du Gabon. Le PNM abrite 60 km de plages de végétation cotière servant de lieu de reproduction aux tortues luth, et s’étend sur 15 km vers la mer, protégeant un important habitat marin pour dauphins, requins et autres baleines à bosse. Sitatunga (Tragelaphus spekei), buffles de forêt (Syncerus caffer nanus), hippopotame (Hippopotamus amphibious), mandrill (Mandrillus sphinx), gorille de plaine (Gorilla gorilla gorilla), chimpanzé (Pan troglodytes troglodytes) etc.
PARC NATIONAL DE MINKÉBÉ (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 7.560 km². Localisation: Située dans le nord-est du Gabon, dans la province du Woleu-Ntem, dans un massif forestier inhabité. Particularité: Dômes rocheux surplombant la forêt, le plus grand bloc forestier inhabité du Gabon. Massif forestier parsemé d’inselbergs et de clairières marécageuses, le parc recouvre un territoire où la présence humaine est peu marquée. Seuls quelques chasseurs fangs ou pygmées s’y déplacent quelquefois. Pourtant, une étude à montré une forte diminution du nombre de grands singes (gorilles et chimpanzés) dans la région vers 1994-1996. Il semblerait que la cause en soit une épidémie de fièvre Ebola qui a également frappé le village de Mayibout, sur l’Ivindo. Quoi qu’il en soit, Minkébé conserve un grand nombre d’espèces animales et végétales.
PARC NATIONAL DES MONTS DE CRISTAL – Superficie: 1.200 km². Localisation: Limite de l’Estuaire et du Woleu-Ntem. Situé à 3 heures de Libreville. Situé dans la chaîne de montagnes renommée, entre la Guinée Equatoriale et l’Ogooué. Particularité: Zone de forêt la plus riche en espèce de plantes en Afrique.
PARC NATIONAL DE MOUKALABA-DOUDOU (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 4.500 km². Localisation: Province de la Nyanga. Situé dans le sud-ouest du pays, couvrant une partie des savanes de la Nyanga et le massif forestier des Monts Doudou. Particularité: Dernières populations da la faune, avec le cobe defassa et le chacal.
PARC NATIONAL DE MWAGE – Superficie: 1.160 km². Localisation: Province de l’Ogooué-Ivindo. Situé à l’Est de Makokou, entre les rivières Lodié et Louyaé, jusqu'à la frontière du Congo. Particularité: Le plus grand bai (clairière) du Gabon, où abondent gorilles et éléphants.
PARC NATIONAL DES PLATEAUX BATÉKÉ (tombado pela Unesco em 20/10/2005) – Superficie: 2.050 km². Localisation: Situé dans le sud-est du Haut-Ogooué et trois de ses quatre faces sont adjacentes au Congo; au sud des savanes des plateaux Batéké, dans leur partie inhabitée. Particularité: Gorilles habitués à la présence humaine, une avifaune exceptionnellement diverse. Dernier refuge des grands mammifères sur les plateaux. De nombreuses espèces animales d’Afrique du Sud et de Namibie ont été importées dans ces réserves dans le but d’attirer les touristes et les chasseurs. Concernant les mammifères, c’est dans les savanes (est de la province) qu’on trouve quelques espèces rares au Gabon, notamment le Céphalophe de Grimm (Sylvicapra grimmia), célèbre au Gabon sous le nom de Ntsa, le Chacal à flancs rayés (Canis adustus), la Mangouste (Herpestes ichneumon) et l’oryctérope (Orycteropus afer). Le Serval (Felis serval) est connu des Batéké et aurait occupé l’Est de la province. Le lion (Panthera leo) a longtemps vécu dans les Plateaux Batéké mais semblait avoir disparu depuis 1994, jusqu’à ce que des empreintes aient été observées en octobre 2004 dans l’Ouest du PNPB. L’ouest de la province est recouvert de forêts, où l’on retrouve les mammifères plus habituels au Gabon: éléphants (Loxodonta africana cyclotis), buffles (Syncerus caffer nanus), potamochères (Potamochoerus porcus), 6 espèces de primates dont les deux anthropoïdes et le Cercopithèque de Brazza (Cercopithecus neglectus), 2 espèces de prosimiens, 7 espèces de céphalophes (autres que le Ntsa) et 3 autres espèces d’antilopes, 3 espèces de Pangolins et enfin, 12 espèces de petits et grands carnivores (autres que le serval et le lion) (Downer 1996, Henschell 2003, Bout 2004, Maisels 2005).
PARC NATIONAL DE PONGARA – Superficie: 870 km². Localisation: Province de l’Estuaire. Situé sur la rive gauche de l’Estuaire du Komo, en face de Libreville et sur la façade Atlantique. Particularité: Belles plages et Mangroves en face de Libreville, site de loisirs pour les citadins.
PARC NATIONAL DE WAKA – Superficie: 1.070 km². Localisation: Situé dans le massif du Chaillu, entre le Fougamou et la Lopé. Particularité: Faille profonde de 100 km de long en forêt au cœur du pays. Partie très montagneuse. Au cœur du pays Mitsogho, âme d’antan d’une culture uniquement gabonaise.
Unesco (http://whc.unesco.org/en/tentativelists/state=ga)
Ecosystème et paysage culturel pygmée du massif de Minkébé (18/04/2003)
Grottes de Lastourville (20/10/2005)
Ancien Hôpital Albert Schweitzer de Lambaréné (27/01/2009)
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REPÚBLICA DA GÂMBIA (18/02/1965)
Lema: “PROGRESS – PEACE – PROSPERITY” (“Progresso – Paz – Prosperidade”, em inglês), que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 18/11/1964. Os dois leões representam a história colonial da Gâmbia como parte do Império Britânico. O machado e a enxada cruzados representam a importância da agricultura para a Nação; também se considera representarem os dois maiores grupos étnicos do país: mandingo e fulas. A palma sobre a crista heráldica parece ser a árvore nacional...
The Gambia – Gambia – Republic of the Gambia
Capital – Banjul (ex-Bathurst) – Declaração de Banjul (1977).
Religião – Islamismo 90%, Cristianismo 9%, crenças indígenas 1%.
Moeda (numismática) – Dalasi – nome nativo gambiano (Gambian)...
A região da Gâmbia foi visitada pelos portugueses em 1455 e assentada pelos ingleses no século XVII... Tornou-se Colônia da Coroa Britânica em 1843, membro independente da Comunidade Britânica em 1965 e república em 1970. Já em 1858, os britânicos introduziram o serviço postal internacional no país... Os primeiros selos postais, chamados “Cameos”, foram emitidos pela então Colônia em 1869.
Grande parte da população (1,1 milhões; 1997) do país compõe grupos tribais como Mandinka, Fula e Wolof... O idioma oficial é o inglês, mas também são falados Mandinka, Fula, Wolof e outras línguas indígenas vernaculars...
Situação do país – Costa oeste da África. Parte da África Ocidental, margeia o norte do Oceâno Atlântico e o Senegal; aliás, a Gâmbia está localizada praticamente dentro do Senegal.
A divisão administrativa da Gâmbia é feita em 5 divisões e a cidade-capital Banjul. As quais se dividem em distritos. A administração postal também deve ser dividida em 6...
Banjul / Greater Banjul Area (capital da Nação) – Distritos (2): Banjul e Kanifing.
1. Lower River ou South Bank / Lower River Division (Mansa Konko) – Distritos (6): Jarra Central, Jarra East, Jarra West, Kiang Central, Kiang East e Kiang West.
2. Central River / Central River Division (Janjanbureh) – Distritos (10): Fulladu West, Janjanbureh, Lower Saloum, Niamina Dankunku, Niamina East, Niamina West, Niani, Nianija, Sami e Upper Saloum.
3. North Bank / North Bank Division (Kerewan) – Distritos (6): Central Baddibu, Jokadu, Lower Baddibu, Lower Niumi, Upper Baddibu e Upper Niumi.
4. Upper River / Upper River Division (Basse Santa Su) – Distritos (4): Fulladu East, Kantora, Sandu e Wuli.
5. Western / Western Division (Brikama) – Distritos (9): Foni Bintang-Karenai, Foni Bondali, Foni Brefet, Foni Jarrol, Foni Kansala, Kombo Central, Kombo East, Kombo North/Saint Mary e Kombo South.
Outras cidades – Bakau, Barra, Diabugu, Faralenni, Georgetown, Gunjur, Kalagi, Kass Wollof, Salikene, Sara Job Kunda, Serekunda (cidade mais populosa), Sukuta...
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REPÚBLICA DE GANA (06/03/1957)
ex-Costa do Ouro
Lema: “FREEDOM AND JUSTICE” (“Liberdade e Justiça”, em inglês), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas adotado desde 04/03/1957 (tendo sofrido pequenas diferenças). A terceira parte do Escudo mostra uma árvore de cacau, que representa a riqueza agrícola da Nação. Imagem do sítio oficial do Governo de Gana (www.ghana.gov.gh).
Ghana – Republic of Ghana
Capital – Accra (Acra).
Datas Nacionais – 06/03: Independence Day, 01/07: Republic Day.
Moeda (numismática) – cedi novo, Banco de Gana (www.bog.gov.gh). A palavra “cedi” em Akan (uma língua nativa de Gana) significa uma “pequena concha”. “Pesewa” (para moedas) deriva de “pésewabo” que em Akan é uma semente de planta, formalmente usada como um “pequeno peso de ouro”...
Brief History of The Ghana Currency – Prior to independence, the issue of currency was the responsibility of the West African Currency Board (WACB). The West African pounds, shillings and pence, constituted currency issued by the Board and was in circulation in Ghana until July 1958.
First Issue Of National Currency – After Independence, the new monetary authority, the Bank Of Ghana, issued its own currency in the form of Ghana pounds, shillings and pence on 14/07/1958. With that issue, the Bank Of Ghana formally took over the issue of currency notes and coins from the WACB.
The Birth Of The Cedi – The second issue of currency was in early 1965, when Ghana decided to leave the British colonial monetary system and adopt the widely accepted decimal system. Accordingly, Cedi notes and Pesewa coins were introduced on the 19/07/1965 to replace the Ghana pounds, shillings and pence. The cedi was equivalent to eight shillings and four pence (8s 4d) and bore the portrait of the then President, Dr. Kwame Nkrumah. The name “cedi” was derived from the word “sedie” meaning cowrie, a shell money which gained popularity and wider circulation in the later part of the 19th Century. The “Pesewa” represented the smallest denomination (quantity) of the gold-dust currency regime. The name was chosen to replace the British Colonial penny.
The New Cedi – After the overthrow of the CPP government, the military government decided to replace the existing currency, which bore Nkrumah’s portrait, with one without his portrait. The New Cedi (N¢), as it was called, was introduced on 17/02/1967 to replace the 1965 cedi at a rate of ¢ 1.20=N¢ 1.00. The N¢ notes remained in circulation until March 1973 when it became simply known as the cedi.
Currency Demonetisation – On 09/03/1979, the Government announced the introduction of new cedi notes to replace the old ones at a discount of 30% for amounts up to ¢5,000 and 50% for amounts in excess of ¢5,000. The old cedis were therefore, demonetized. New denominations issued included ¢1, ¢2, ¢5, ¢10, ¢20 and ¢50.
Currency Denomination – From 1965 to present, various cedi and pesewa denominations, ranging from ¢1 to ¢5,000 for notes and ½ P to ¢500 for coins, were put into circulation. Currency issued in 1965 comprised ¢1, ¢5, ¢10, ¢50, ¢100, ¢1,000, 5P, 10P, and 20P. Between 1972 and 1994, additional seven different note denominations and eight coin denominations were introduced. These ranged between ¢2 to ¢5,000 for notes and ¢100p to 50,000p (¢500) for coins (see attached table). Since 2002, two more notes ¢10000 and ¢20000 have been added to notes in circulation.
Primeiramente, foi visitado pelos europeus no século XV. Tornou-se um território da Grã-Bretanha como Costa do Ouro (Côte de l’Or, Gold Coast) e colônia britânica em 1874. Foi a primeira nação negra a obter a independência da Grã-Bretanha!
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REPÚBLICA DA GUINÉ (02/10/1958)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.), ex-Guiné Francesa
Lema: “TRAVAIL – JUSTICE – SOLIDARITÉ” (“Trabalho – Justiça – Solidariedade”, em francês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 12/1993, na forma atual. Desde 1984 apresenta uma pomba com um ramo de oliveira no bico; que anteriormente aparecia sob uma espada e um fuzil cruzados.
Bandeira Nacional da República da Guiné: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha).
Republic of Guinea – Guinée Conakry
Nome oficial – République de Guinée.
Capital – Conacri (Conakry / Konacri).
Religião – Islamismo 86,9%, religiões tribais 4,6%, Cristianismo 4,3%, outras 4,2% (1983).
Moeda (numismática) – franco guineano (GNF).
Chamada também de Guiné-Conacri para a distinguir da vizinha Guiné-Bissau, a Guiné é conhecida pelas belezas naturais da região de Fouta Djallon, com altas planícies cortadas por rios e cachoeiras. Colônia francesa até 1958, este país da costa oeste africana é o segundo maior produtor mundial de bauxita. Possui reservas de ouro, ferro e diamante. Seu território é fértil, há pecuária e produção de café, mas suas florestas vêm sendo devastadas.
Apesar dos recursos naturais e de ser auto-suficiente em alimentos, a Nação ainda é pobre e dependente da ajuda externa. A primeira eleição presidencial é realizada em 1993, após mais de três décadas de ditadura...
História
Guiné tornou-se um Protetorado Francês em 1849. It was governed with Senegal as Rivieres du Sud. It became a separate colony in 1893. It became a constituent territory within French West Africa, 1904, an overseas territory in 1946 and an independent republic in 1958...
Colônia Francesa desde 1890, selos foram emitidos pela Guiné Francesa entre 1892 a 1941. Do lado direito da tela, o primeiro selo postal “GUINÉE FRANÇAISE”, emitido em 1892 com valor facial de 1 centime (Scott: 1).
Fulanis 35%, malinques 30%, sussus 20%, outros 15% (1996), compõem a população (7,6 milhões, 1997) de nacionalidade guineana. O idioma oficial é o francês, entretanto apenas 15 a 20% dos guineanos o praticam.
São 8 línguas nacionais, as mais importantes: Soussou ou em português sussu (região marítima), Peulh (central), Maninka ou em português manicá (norte), Kissi, Toma e Guerze (florestal)...
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REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU
Independência de Portugal: 24/09/1973 (Declarada), 10/09/1974 (Reconhecida)
ex-Guiné Portuguesa (Portuguese Guinea)
Lema: “UNIDADE – LUTA – PROGRESSO” (português), que aparece na faixa do Brasão de Armas adotado em 1973. Bandeira Nacional da República da Guiné-Bissau: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e a estrela de 5 pontas preta que simboliza a África. Seu desenho foi fortemente influenciado pela bandeira de Gana, cujas cores detêm o mesmo significado: o vermelho simboliza o sangue dos mártires, o verde as florestas e o dourado a riqueza mineral.
Republic of Guinea Bissau – République de Guinée Bissau
Capital – Bissau.
Religião – A religião predominante é o Animismo, cuja prática é o culto antepassado, das forças físicas e dos feitiços. A religião muçulmana abrange metade da população, existindo ainda um reduzido número de cristãos católicos. Além das crenças tribais, o Islamismo desponta entre as religiões do país. Muçulmana (50%), religiões naturais (40%) e Cristianismo (10%).
Moeda (numismática) – Franco CFA (Communaute Financiere Africaine Franc). Franco CFA da África Ocidental (XOF). 1 Dollar = 445,653 francos CFA.
Guiné-Bissau é um país pobre e depende da ajuda externa. A maioria dos guineenses vive da agricultura de subsistência, enfrentando secas e doenças infecto-contagiosas. O país possui um conflito com o vizinho Senegal sobre a posse da região fronteiriça de Casamansa, rica em petróleo e em aves...
Balantas (Balanta) 30%, fulanis (Fula) 20%, maniacas (Manjaca) 14%, malinques (Mandinga) 13%, papeles (Papel) 7%, outros 16% (1996), compõem a população (1,1 milhões, 1997) de nacionalidade guineense, guineana ou guinéu.
A Guiné-Bissau tem cerca de 1,6 milhões de habitantes, distribuídos pelos diversos grupos étnicos: Biafada, Bidjogo, Fulbe, Malinké, Manjacos, Mancanha, Pepel, Balantas... A população é formada por diferentes grupos étnicos... Mas o idioma oficial é o português, embora seja largamente falado o crioulo da Guiné-Bissau (reconhecido mas não oficial), mandjaco, mandinga, entre outros dialetos regionais.
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REPÚBLICA DA GUINÉ EQUATORIAL (12/10/1968)
ex-Rio Muni e Guiné Espanhola
Lema: “UNIDAD – PAZ – JUSTICIA” (“União – Paz – Justiça”, em espanhol) adotado em 1968, que aparece em um listel branco sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 21/08/1979. No centro do campo prateado do Escudo aparece uma paineira (árvore de algodão de seda), do gênero Bombax spp. (Silk Cotton Tree), também chamada de árvore-deus (God Tree), da família Bombacaceae, sob a qual se assinou o primeiro tratado entre a Espanha e o governante local. As 6 estrelas de seis pontas representam o território continental (Rio Muni) e as cinco ilhas da Nação (Annobón ou Ano Bom, Bioko ou ex-Fernando Pó, Corisco, Elobey Grande e Elobey Chico).
Bandeira Nacional da República da Guiné Equatorial: Tremulou no dia da Independência da Nação. Apresenta listras tricolor: verde, branca e vermelha (respectivamente, as cores simbolizam a vegetação do país, a paz e a independência), e um triângulo azul (cor que simboliza o mar e conecta as ilhas ao continente) do lado da tralha. No centro aparece o Brasão de Armas, cujo Escudo é branco e não cinza como no Brasão. No entanto, durante a ditadura de Francisco Macías Nguema (1924-1979), regime que durou de 1973 até a sua morte, o Brasão de Armas foi mudado... O Brasão original foi restaurado em 21/08/1979, que trouxe ao poder Teodoro Obiang Nguema...
Republic of Equatorial Guinea – Guinee Equatoriale – République de Guinée Equatoriale
Nome oficial – República de Guinea Ecuatorial.
Capital – Malabo (ilha Bioko). Quando Guiné Espanhola, a capital foi a cidade de Bata.
Religião – Cristianismo 88,8% (maioria católica), religiões tribais 4,6%, Islamismo 0,5%, ateísmo 5,9%, outras 0,2% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – franco CFA. Anteriormente, ekuele e peseta (sistema monetário da Espanha). A palavra peseta é diminutivo de peso. Tal sistema foi utilizado também nos Territórios Espanhóis na África, como as Ilhas Canárias. Peso guineense (1 peso = 100c), o sistema monetário “peso” é utilizado em muitos países que falam o espanhol, no Continente Americano...
Nação pobre, sua parte continental é coberta por florestas e apresenta pouca atividade econômica. Os principais produtos são o café e o cacau. Possui reservas inexploradas de gás natural e petróleo.
O país é formado pelo território de Rio Muni, no continente, e por cinco ilhas, das quais a principal é Bioko, onde está a capital, Malabo. A província insular Bioko era chamada de Fernando Pó ou Fernando Poo na época da colônia.
Os portugueses ocupam a ilha de Fernando Pó (atual ilha Bioko) no século XV. Nos séculos seguintes, o local serve de base a espanhóis e ingleses. Em 1856, a Espanha funda Rio Muni, a parte continental da Guiné Espanhola...
Em 1964, a Espanha faz um acordo dando autonomia. A independência da colônia é obtida em 1968, quando se forma um governo presidido por Francisco Macías Nguema, que, em fevereiro de 1970, se autoproclama presidente vitalício.
Em 1959, a colônia foi dividida em duas províncias espanholas: Fernando Pó e Rio Muni.
Fangs 80%, bubis 15%, outros 5% (1996), compõem a população (meio milhão de pessoas, 1997) de nacionalidade guinéu-equatoriana. A ex-colônia da Espanha é o único país da África cujo idioma oficial é o espanhol. Também são falados fang, combe, balenque, bujeba, bubi, ibo...
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REINO DE LESOTO (04/10/1966)
ex-Basutolândia (Basutoland)
Animal-símbolo: Íbis-calvo / Southern Bald Ibis (Geronticus calvus)
Lema: “KHOTSO – PULA – NALA” (“Paz – Chuva – Prosperidade”, em sessoto), que aparece em um listel marrom na base do Brasão de Armas adotado no Dia da Independência. Em 2006 foi aprovado um novo Brasão, que sofreu apenas pequenas mudanças nas cores originais; e foi colocado no centro do Estandarte Real. No centro aparece um crocodilo sobre um Escudo Basotho – símbolo da dinastia do Lesoto, a maior etnia, o Sotho. Por detrás do Escudo há duas armas cruzadas do século XIX. À esquerda e à direita são apoiantes dois cavalos Basuthos como suportes.
Bandeira Nacional do Reino de Lesoto: A atual bandeira data de 04/10/2006, possui as cores azul, branca e verde divididas horizontalmente, com o chapéu negro do partido Basotho no centro. O design, introduzido em honra ao 40º aniversário da Independência, apresenta-se intencionando a refletir a orientação pacifista do país.
Nome oficial – Kingdom of Lesotho – Muso oa Lesotho – Lesotho (Royaume du)
Capital – Maseru.
Religião – Cristianismo 93% (católicos 42,8%, protestantes 29,1%, outros cristãos 21,1%), outras 7% (maioria adepta de religiões tribais).
Chefe de Estado – Rei Letsie III (desde junho de 1998). Dinastia – Moshoesh.
Moeda (numismática) – Loti ÷ Senti (singular) = Maloti ÷ Lisenti (plural). Loti em sesoto é a forma singular da palavra Maloti (ou em francês Maluti) – nome de uma cadeia de montanhas onde se encontra o pico mais alto na África do Sul. Lisenti é o plural de Sente o qual é derivado de “cent”. Cédulas: 200 Two Hundred Maloti, 100 Hundred Maloti e 10 Ten Maloti... Central Bank of Lesotho (www.centralbank.org.ls).
Incrustado na África do Sul, sem saída para o mar, Lesoto (o antigo Reino da Basutolândia) é um dos países etnicamente mais homogêneos da África. Sua população tem 99% da etnia basoto. Parece que Lesoto significa “reino no céu”...
O país vive da agricultura e da criação de ovelhas nos montes Drakensberg, que dominam a maior parte do território e atingem mais de 3.000 metros de altitude. É bastante dependente da África do Sul. O dinheiro enviado por lesotos empregados nas minas e fábricas sul-africanas representa 26% do PIB.
História
Bantos chegam na região no século XVI e uma Nação Basoto foi estabelecida. Foi incorporado pelo Estado Livre de Orange (África do Sul), em 1854.
No século XIX, os habitantes da Basutolândia travam diversas guerras e litígios com os africâneres (brancos sul-africanos de origem holandesa). Em 1868, o chefe tribal basoto pede proteção ao Reino Unido para o território, que se torna Colônia Britânica no ano seguinte.
Basutolândia foi anexado à Colônia do Cabo, em 1871, e durante 10 anos esteve sucumbido às regras dos britânicos da Colônia do Cabo...
Um dos poucos exemplos de africanos que venceram um conflito com os brancos no século XIX, foi a Guerra Gun (1880-1881), que terminou com os 10 anos de regras sobre Basutolândia...
Os magistrados do Cabo tinham interferido com as leis tradicionais e autoridades do povo Sotho. Os magistrados tentaram fortalecer o Ato de Desarmamento, mas os Sotho recusaram a ser desarmados.
O engajamento decisivo foi em Qalabani, em outubro de 1880. Os magistrados não puderam manter o controle e o governo britânico, em Londres, tomou posse em 1883...
A independência ocorre em 1966, quando o país adota o regime monárquico constitucional e passa a se chamar Reino de Lesoto. O chefe tribal basoto Moshoeshoe II é coroado rei. Como primeiro-ministro, assume o chefe Leabua Jonathan.
A partir dos anos 70, seu governo torna-se crítico do apartheid (política de segregação racial) e dá abrigo a exilados políticos da África do Sul. Em 1982, tropas do país vizinho entram ilegalmente em Lesoto e matam mais de 40 oposicionistas sul-africanos refugiados em Maseru, a capital.
O Rei Moshoeshoe II é deposto em 1990, em golpe militar orquestrado por seu filho, o príncipe Letsie, que a seguir dissolve o Parlamento. Países vizinhos como África do Sul (sob governo de transição pós-apartheid), Botsuana e Zimbábue protestam e exigem o retorno do monarca e do primeiro-ministro deposto, Ntsu Mokhehle.
Em janeiro de 1995, Letsie renuncia em favor de seu pai. Moshoeshoe II reassume, mas morre um ano depois, em janeiro de 1996, em um acidente de automóvel. Isso reconduz o filho ao trono como Rei Letsie III...
Em fevereiro de 1997, o quartel-general da polícia em Maseru é ocupado por cem homens da Polícia Montada Real. Eles exigem o fim dos processos judiciais contra oito de seus membros, acusados de assassinato político.
O motim se generaliza pelo país e atinge dois terços da polícia. É debelado nove dias depois, sob fogo pesado e prisão dos amotinados.
Em abril de 1997, o Parlamento aprova uma comissão eleitoral independente para organizar as próximas eleições gerais, marcadas para janeiro de 1998. Elas irão decidir a sucessão do primeiro-ministro Ntsu Mokhehle...
Basotos 99%, outros 1% (1996), compõem a população (2,3 milhões, 1997) de nacionalidade lesota ou lesotiano. O inglês e o sessoto são os idiomas oficiais. O sessoto (Sesotho) também é conhecido como Soto do Sul (Southern Sotho). Basoto é o nome de seu povo e sessoto sua língua. Também é falado o Zulu e o Xhosa.
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REPÚBLICA DA LIBÉRIA (1847)
ex-Costa da Pimenta
Primeira República da África, teve também a primeira mulher chefe de um Estado africano!
Animal-símbolo: “Pimentinha” / Pepperbird ou Common Bulbul (Pycnonotus barbatus)
Lema: “THE LOVE OF LIBERTY BROUGHT US HERE” (“O amor à liberdade trouxe-nos aqui”, em inglês), que aparece em um listel no topo do Brasão de Armas adotado em 1847 (versão modificada)... A imagem do navio simboliza os navios que trouxeram os escravos livres dos Estados Unidos para a Libéria. Sob o Escudo está outro listel com o nome oficial da Nação. A Bandeira Nacional da República da Libéria teve seu desenho baseado na bandeira norte-americana.
Republic of Liberia
Capital – Monróvia (1822).
Religião – Cristianismo 67,7% (maioria), Islamismo 13,8%, crenças tradicionais e outras 18,5% (1984).
Moeda (numismática e moeda) – dólar liberiano.
O país foi criado como resultado de atividades de várias sociedades filantrópicas dos Estados Unidos que desejavam estabelecer terras para os primeiros escravos...
Possui reservas de ferro, diamante, ouro e manganês. Formalmente é o país com a maior Marinha Mercante do mundo, pois um regime fiscal vantajoso faz com que armadores de diversas nacionalidades registrem seus navios como liberianos...
FILATELIA
Grupos étnicos autóctones 72% (principais: capeles 19%, bassas 15%), árabes libaneses 25%, américo-liberianos 3% (1996), compõem a população (2,5 milhões, 1997) de nacionalidade liberiana.
Fundada por ex-escravos africanos dos Estados Unidos, seus descendentes formam, hoje, 3% da população e são considerados a elite desse país da costa oeste africana.
O idioma oficial é o inglês, mas línguas regionais também são faladas. São mais de 20 grupos de linguagens étnicas, das quais poucas podem ser escritas em correspondência... Entre elas “Bassa”...
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REPÚBLICA ARÁBICA DA LÍBIA (24/12/1951)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Lema: Não tem, mas às vezes aparece “Liberdade – Socialismo – Unidade”, em árabe.
Brasão de Armas: Apesar de algumas mudanças permanece semelhante ao usado enquanto o país fez parte da Federação das Repúblicas Árabes. O atual Brasão foi adotado após a sua saída da Federação em 1977. Tal como a Bandeira, a cor verde predomina, estabelecendo ligação com o manto verde do profeta Maomé, bem como à Revolução Verde de Muammar al-Gaddafi. A ave de rapina que compõe o Brasão é o “Falcão de Qureish”, emblema da tribo do profeta Maomé. Finalmente, a frase “União das Repúblicas Árabes” (ou Federação das Repúblicas Árabes), escrita no listel seguro nas garras do falcão...
Libia – Libya – Libye – Libyen
Nome oficial – Jamhiriya – República Socialista Popular Árabe da Líbia.
Capital – Trípoli.
Religião – 97% Islamismo (sunitas – sunni Muslim); 3% outras.
Moeda (numismática) – dinar líbio (LYD) (sistema monetário “dinar”).
A paisagem típica da Líbia mostra grandes extensões de areia, com pontos montanhosos que surgem ocasionalmente. Na árida região de Fezã, as dunas atingem centenas de metros de altura. O pico mais alto, o Bete (2.286 m), encontra-se ao sul, nos montes Tibesti.
Suas terras integram o Deserto do Saara, exceto na zona costeira, onde se diferenciam claramente duas regiões: Tripolitânia e Cirenaica, respectivamente a oeste e a leste do golfo da Grande Sirte, que são as únicas áreas férteis do país além de alguns oásis.
Resumindo, Fatos Históricos e História Postal – Líbia Italiana (Cirenaica e Tripolitânia, 1912 a 1943); Líbia Inglesa (Cirenaica e Tripolitânia, 1943 a 1950), Líbia Francesa (Fezzan e Ghademes, 1943 a 1950)... Selos são emitidos pela Líbia desde 1951... Reino da Líbia (Rei Idris I, de 1951 até 1969); Ditadura Militar Socialista, regime atual desde 1970 (Muammar al-Kadhafi); por breve período compreendeu a Confederação Egito e Líbia (1972-1979)...
Os líbios são predominantemente berberes e a maior parte deles adotou a cultura árabe. Outras minorias étnicas são as de negros, judeus e grupos reduzidos de italianos e gregos, cujo número decresceu a partir do fim da década de 1960.
Nos oásis do sudoeste habitam pequenos grupos de tuaregues que deixaram para trás sua tradicional vida nômade. O idioma oficial é a árabe, entretanto alguns grupos minoritários conservam a língua berbere; também se fala italiano e inglês (população de 5,8 milhões, 1997)...
Situação do país – Norte da África, margeia o Mar Mediterrâneo, entre Egito e Tunísia. Fronteiras: É limitada a oeste pela Tunísia e Argéria, a leste pelo Egito, a Sul pelo Sahara, Níger, Chade e Sudão. A sua costa com o Mediterrâneo estende-se ao longo de quase 2.000 quilômetros, with a low plain extending from the Tunisian border to the Jebel Akhdar (Green Mountain), área no leste.
Divisão administrativa – 3 províncias, 10 governadorias e 1.500 comunas. O país é dividido em 22 distritos (2007)...
Principais cidades – Surt, Misratah (Misrâtah), Tobruk (Tubruq) e Bengazi (Banghazi) que também sedia importantes funções administrativas.
Outras cidades – Adîrî, Ajdâbiyâ, Al Baydâ (LY), Al Jaghbûb, Al Jawf, Al Khums, Al Marj, Al Qaryah ash Sharqiyah, Al Qatrûn, As Sidrah, Awbâri, Az Zâwiyah, Bani Walid, Bardiyah, Birâk, Darnah, Ghât, Ghadâmis, Gharyân, Hûn, Jâlû, Marsa al Burayqah, Mizdah, Murzûq, Nâlût, Qamînis, Sûsah, Sabhâ, Tâzirbû, Tarhûnah, Waddân, Yafran, Zawilah, Zlîtan, Zuwârah.
Patrimônio da Humanidade – Sítios arqueológicos de Leptis Magna e Sabratha, cidades do Império Romano.
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REPÚBLICA DO MALAUÍ (1964)
ex-África Central Britânica; ex-Protetorado de Niassalândia; ex-Federação da Rodésia e Niassalândia
Animal-símbolo: Niala (Tragelaphus angasii) assim como do Zimbábue – SAPOA
Ave Nacional: Trogon à queue barrée ou Bar-tailed Trogon (Apaloderma vittatum)?
Lema: “UNITY AND FREEDOM” (“Unidade e Liberdade”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 06/07/1964. Baseia-se no Brasão de Niassalândia... O Escudo é suportado por um leão à direita e um leopardo à esquerda. Na parte inferior, as rochas simbolizam o Maciço Mulanje. O nome do país, no idioma nativo chichewa, significa nascer do Sol – imagem presente na Bandeira Nacional da República de Malauí...
O governo de Malauí decidiu alterar a Bandeira Nacional. O gabinete decidiu que o vermelho, o verde e o preto e o Sol nascente estavam muito próximos ao velho emblema do partido de oposição do Congresso de Malauí. “Nós desejamos uma bandeira neutra para que o povo não a confunda com nenhum partido”, disse o secretário de gabinete do presidente, Alfred Upindi, em 30/12/1998. A nova Bandeira foi adotada em 29/07/2010. Em comparação à bandeira anterior, as listas verde, vermelha e preta que se tocam (similar a do Quênia) foram alteradas de lugar, além do Sol nascente vermelho ter sido substituído por um Sol branco, representando o progresso econômico do Malawi desde sua Independência.
Republic of Malawi – Malavi
Nome oficial – Mfukola Malawi.
Capital – Lilongüe (Lilongwe). Quando território da Grã-Bretanha, a capital de Niassalândia era Zomba.
Religião – Cristianismo 64,5% (católicos 27,5%, protestantes 33,7%, outros cristãos 3,3%), crenças tradicionais 19%, Islamismo 16,2%, outras 0,3% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – kwacha malauiana. O sistema monetário “Kwacha”, também é utilizado na Zâmbia. Tambala? (moedas) em chewa significa “frango”...
O país sofreu com a guerra civil no vizinho Moçambique... Mas sua economia vem se recuperando desde o acordo de paz (1992), quando a ferrovia que liga Malauí ao oceano Índico (via Moçambique) foi reativada...
Localizado no sudeste da África, o país tem 20% de seu território ocupado pelo Lago Niassa (atual Lago Malauí) – terceiro maior do Continente Africano, desempenha papel importante na agricultura e no turismo. Quase 90% da população é rural e mais da metade, analfabeta. Agrícola, a economia de Malauí produz milho, chá e açúcar, mas o tabaco é a principal fonte de receita externa (76%).
Malawi, é pronunciado Malavi por uns, Malaví e ainda Malauí por outros. O nome do país deriva de seus primeiros habitantes, os maraui, povo banto que se instala na região no século XIII...
Foi visitado pelos portugueses no século XVII. Malauí é incorporado ao domínio britânico em 1859, com a chegada do explorador escocês David Livingstone.
O território britânico era chamado de África Central Britânica (selos acima) até 1907, quando se torna Protetorado de Niassalândia (selo abaixo) – por causa do lago Niassa.
Em 1953 integra uma federação com as colônias britânicas da Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e Rodésia do Sul (atual Zimbábue), formando a Federação da Rodésia e Niassalândia, sob tutela britânica, também chamada de Federação da África Central (Central African Federation). Selos foram emitidos entre 1953 a 1963.
Maraves 58,3% (inclui nianjas, cheuas, tongas e timbucas), lomues 18,4%, iaos 13,2%, engonis 6,7%, outros 3,4% (1983), compõem a população (12,5 milhões, 1997) de nacionalidade malauiana. O idioma oficial é o inglês, mas também são falados chicheua, chewa (uma língua banto) e outras línguas de importância regionais...
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REPÚBLICA DE MALI (22/09/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.), ex-Sudão Francês
Lema: “UN PEUPLE – UN BUT – UNE FOI” (“Um Povo – Uma Meta – Uma Fé”, em francês), que aparece na base do Brasão de Armas adotado em 20/10/1973. Em formato circular, com fundo de cor azul céu, no centro aparece a mesquita de Djenné, de barro cinza, acima o lendário urubu voando, abaixo o sol nascente em amarelo ouro, dois arcos dispostos com setas opostas. Fonte: Présidence de la République (www.koulouba.pr.ml).
O selo postal “Mali” (WNS nº. UN211.07) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Geneva) em 03/05/2007 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”. Bandeira Nacional da República de Mali: Usa as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha).
Republic of Mali – République du Mali
Capital – Bamaco (Bamako).
Religião – Islamismo 90%, crenças tradicionais 9%, Cristianismo 1% (1983).
Moeda (numismática) – franco CFA.
País de colonização francesa é um dos mais pobres da África. Quase 70% da população é analfabeta e 80% dela vive no campo. A economia baseia-se na pecuária e na lavoura, principalmente de algodão.
Embora pequena, a República de Mali apresenta uma diversidade geográfica muito grande. A região norte, na fronteira com a Argélia, é totalmente árida e compreende o Deserto do Saara (habitado por nômades tuaregues), enquanto que o sul, verde, fértil e populoso, é banhado por duas bacias hidrográficas: a do Rio Níger e a do Rio Senegal (onde se concentra a maior parte da população).
O Mali é sucessor do Império Songhai, que nos séculos XV e XVI foi um dos principais centros de difusão da cultura islâmica e do Islamismo. Hoje, 90% da população ainda professa a fé muçulmana.
Dominada pela França no final do século XIX, entre 1881 a 1895, a área tornou-se colônia francesa em 1904, passando a denominar-se Sudão Francês, em 1920. O primeiro selo postal do Sudão Francês data de 1894 (Scott: 1), com valor facial de 15 cêntimos sobre 75c (vermelho), remarcado em um selo das Colônias Francesas (imagem não disponível). Do lado direito da tela, um exemplo do mesmo ano, de 1894, com valor facial de 1 cêntimo, remarcado com a sobrecarga “SOUDAN FRANÇAIS” (Scott: 3, SG: 3). Do lado esquerdo, o primeiro selo emitido especificamente para o Sudão Francês, data de 1931, com valor facial de 1 cêntimo (Scott: 61, SG: 135).
Em 1892, Kayes tornou-se a capital do Sudão Francês, hoje, é uma cidade no oeste do Mali, localizada cerca de 500 km a noroeste da capital Bamako; que por sua vez a substituiu como capital, primeiro do Alto Senegal e Niger, em 17/10/1899, então como a capital de todo Sudão Francês em 1908. Bandiagara está localizada na região de Dagon – Terra dos Dogons ou País Dogón – povo de mesmo nome que habita o Mali e o Burkina Faso.
O território do Sudão Francês fez parte da África Ocidental Francesa entre 1944 até 1959. Sob o nome de República Sudanesa, une-se ao Senegal, tornando-se seu parceiro por um curto período de tempo, na Federação de Mali.
Entretanto, em 20/08/1960, o Senegal abandona a Federação e, no dia 22 do mês seguinte, a República Sudanesa muda seu nome para República de Mali. Scott: 5...
Mandes 50%, fulanis 17%, voltas 12%, chongais 6%, bambaras, tuaregues, dogões, peules, bozos e outros 15% (1996), compõem a população (11,5 milhões, 1997) de nacionalidade malinesa.
O idioma oficial é o francês, mas a maioria da população fala línguas regionais como o bambara e o fulani. Línguas principais: bambara 80%, fulani, sonrai, tamacheque, soninquê e dogão. Parece que o árabe também é falado.
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REINO DE MARROCOS (02/03/1956)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Animal-símbolo: leão-do-atlas ou leão-barbário, leão-berbere / Barbary lion, Atlas lion, Nubian lion (Panthera leo leo)
Lema: “ALLAH – AL WATAN – AL MALIK” [الله، الوطن، الملك] (“Deus – a Nação – o Rei”, em árabe)
Brasão de Armas: Introduzido em 14/08/1957, foi desenvolvido pelos artistas gráficos Gauthier e Hainaut. Mostra um pentagrama verde (cor tradicional do Islã) em um fundo vermelho (que também aparece na Bandeira Nacional), perante a Cordilheira do Atlas e um sol nascente com a coroa real no topo. Os suportes são dois leões e na tira embaixo aparece a inscrição em árabe: “Se acudires a Deus, Ele acudir-te-á” (Alcorão, Verso 7, Sura 47).
Marruecos – Marocco – Maroc – Marokko – Kingdom of Morocco – Tangier
Nome oficial – Al-Mamlaka al-Maghribiya.
Capital – Rabá (Lugares Turísticos).
Religião – Islamismo 98,7% (maioria sunita), Cristianismo 1,1%, outras 0,2% (1993).
Soberano – Rei Muhammed VI (desde 1999). Dinastia – Filali (História de Marrocos).
Moeda (numismática) – dirrã marroquino, dividido em “fils”. A palavra “dirham” origina do latim “drachma”, a qual veio do grego “drakhm” (do velho grego “drakhme”). Parece que em latim “drachma” significa “uma mancheia”, punhado (uma antiga unidade de peso semelhante a 60 granulados). “Fils” (para moedas) – no árabe a palavra “fals” ou “fils” é derivada do latim “follis” que significa “peça de dinheiro”. Este sistema monetário foi usado na Grécia (antes do euro) e, ainda hoje, é utilizado também nos Emirados Árabes Unidos...
Localizado no extremo ocidente do mundo árabe, o Marrocos apresenta contrastes físicos marcantes entre as áreas úmidas do litoral norte e a porção sul, ocupada por desertos. Na costa mediterrânea fica o estreito de Gibraltar, onde África e Europa quase se tocam...
Situam-se ainda na região as cidades espanholas de Ceuta e Melilla. Esses territórios, encravados em solo marroquino, recebem imigrantes de várias partes da África que esperam obter transferência para a Espanha.
O país é grande exportador de fosfato, concentrando importantes jazidas mundiais desse mineral também na região do Saara Ocidental, anexada pelo governo marroquino sem o reconhecimento da ONU..
Árabes marroquinos 70% e berberes 30% (1996), compõem a população de nacionalidade marroquina. O idioma oficial é o árabe, mas também é falado o berbere. Na maioria das cidades fala-se normalmente francês e, em algumas do norte, o espanhol...
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REPÚBLICA ISLÂMICA DA MAURITÂNIA (28/11/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Animal-símbolo: Camelo?
Lema: “ شرف إخاء عدل ” (“Honra – Fraternidade – Justiça”, em árabe). O Brasão de Armas, adotado em 01/04/1959, baseia-se na Bandeira Nacional da República Islâmica de Mauritânia. O verde simboliza o Islã e o ouro simboliza as areias do Deserto do Saara. O crescente e a estrela também são símbolos do Islã, a religião principal do país, que são adornados com uma palmeira e uma espiga de milho ou milheto. Nas bordas está inscrito o nome da Nação em árabe e francês.
Islamic Republic of Mauritania – République Islamique de Mauritanie
Nome oficial – Al-Jumhuriya al-Islamiya al-Muritaniya.
Capital – Nuakchott (Nomakahot).
Religião – Islamismo 99,5% (sunitas), Cristianismo 0,2% (católicos), outras 0,3% (1994).
Moeda (numismática) – ugüia ou ouguiya (UM). “Ouguiya” é uma palavra nativa da Mauritânia. O sistema monetário ouguiya não é decimal, ele é dividido em 5 “khoums”, cuja palavra árabe significa “quinto”.
Este país do noroeste da África é o único controlado por povos tradicionalmente nômades. Habitando uma área de transição entre o Deserto (de clima árido tropical na região Norte) e a Floresta Equatorial (de clima tropical de altitude na região Sul), a população da Mauritânia exprime duas realidades culturais africanas: o norte é habitado por maioria árabe, enquanto no sul os povos negros são majoritários, que vivem em atrito com o poder central.
O Deserto do Saara ocupa quase todo o território do país, cujo clima geral é quente e seco. A única área fértil está no sul, às margens do rio Senegal, usada para o cultivo de cereais e tâmaras, onde o nível de precipitação é maior, com uma época de chuvas que vai de julho a setembro. Fortes secas nos últimos anos prejudicaram a produção agrícola. A Extração de ferro e a pesca marítima são as principais fontes de renda.
História
A área onde fica a Mauritânia ou “Terra dos Mouros” (em latim) é povoada desde a Antiguidade. A utilização do camelo, nos primeiros séculos da Era Cristã, possibilita aos povos do norte atravessar o Saara e chegar à África negra. Os berberes nômades do sul do Marrocos migram então para o sul, impondo-se aos pastores e agricultores negros da região. A invasão árabe, no século VII, introduz a religião islâmica entre os berberes.
No século XI surge entre os berberes a Dinastia dos Almorávidas, que conquistam Gana, Marrocos e Espanha. Foi explorada pelos portugueses no século XV... Tribos árabes derrotam os almorávidas no final do século XVII, introduzindo um sistema de castas cujos traços ainda se conservam na estrutura social do país. A casta dos hassanes (guerreiros) impõe aos berberes o exercício de atividades pacíficas (comércio e ensino). Abaixo deles na escala social ficam os haratans (pastores negros ou mestiços) e os párias (ferreiros e músicos).
A Mauritânia teve sua área organizada como território pelos franceses, em 1903-1904, tornando-se um Protetorado Francês... A crescente dependência dos emires hassanes em relação aos comerciantes europeus, aos quais vendem goma-arábica, leva à desagregação de seu poder. A França inicia a conquista da região em meados do século XIX e, em 1908, a Mauritânia se torna uma Colônia Francesa.
O país conquista a Independência em 1960. Moktar Ould Dadah elege-se presidente, sendo sucessivamente reeleito até 1978, quando é deposto por um golpe militar...
O país foi reconhecido pela ONU, em 1961, sob os protestos do Marrocos que reclamava como seu o território... Em 1975-1976, após acordo com Espanha e Marrocos, a Mauritânia anexa a parte sul do Saara Ocidental (antigo Saara Espanhol), ficando a porção norte sob o domínio do Marrocos. Um movimento revolucionário, liderado pela Frente Polisário, ganha força entre a população saarauí e passa a combater a ocupação. Os gastos militares para manter o controle da área provocam uma crise econômica no país. Em 1979, a Mauritânia assina um tratado de paz com a Frente Polisário e se retira da região.
Aproveitando o recuo mauritano, o Marrocos anexa prontamente todo o Saara Ocidental... Vários golpes militares marcam a vida política do país até 1984, quando Maawya Ould Sid’Ahmed Taya assume o poder e forma um governo estável, porém marcado pelo recrudescimento das tensões étnicas... Taya reprime ativistas de grupos negros que reivindicavam o fim da supremacia branca (árabe) e da opressão aos negros...
Com população de 2,4 milhões (1997), árabes berberes 75%, sapinques, pulares, tuculeres, peules e ulofes 25% (1996), compõem a população (2,4 milhões, 1997) de nacionalidade mauritana.
O idioma oficial é o árabe, mas também são falados o francês e línguas regionais. As principais são: fulani, ulof, soninquê ou soninké (Soninke), hassniya (Hasaniya) e Pular...
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (25/06/1975)
ex-Colônia de Portugal
Animal-símbolo: Cudu
Lema: “UM NOVO COMEÇO” (português) [Fonte: www.lusoafrica.net].
Brasão de Armas: Mostra diversos elementos: o livro aberto branco faz lembrar a educação por um país melhor; a arma AK-47 simboliza a luta armada e a defesa do país; a enxada simboliza a agricultura e o campesinato; o sol nascente simboliza a nova vida em construção; a roda dentada simboliza a indústria e o operariado; as plantas (cana-de-açúcar e milho) simbolizam a riqueza agrícola; e a estrela representa a solidariedade entre os povos.
Bandeira Nacional da República de Moçambique: Composta por três faixas horizontais com as cores verde (que significa a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação Nacional e a defesa da soberania), preta (que representa o Continente Africano) e amarela (simboliza a riqueza do solo), separadas por estreitas faixas brancas. Sobreposto às faixas, junto à tralha, encontra-se um triângulo isósceles de cor vermelha, dentro do qual há uma estrela de cinco pontas dourada, transpassada por uma arma AK-47 e uma enxada que se cruzam sobre o livro aberto.
Republic of Mozambique
Capital – Maputo (1976), ex-Lourenço Marques, como era chamada a capital do território quando administrado por Portugal (1907).
Religião – Indígena 50%, Cristã 30% e Muçulmana 20%.
Moeda (numismática e moeda) – metical moçambicano. O escudo foi a moeda corrente desde 1914 até 16/06/1980 (data do Massacre de Mueda), e era dividido em 100 centavos. Depois foi adotado o metical moçambicano, o qual sofreu severas inflações durante mais de 20 anos...
1º Metical – o metical (MZM), dividido em 100 centavos, sofreu severas inflações durante mais de 20 anos... O antigo metical (MT) foi a moeda que substituiu a colonial, o escudo moçambicano, moeda corrente de Moçambique desde 1914 até 16/06/1980 (data do Massacre de Mueda). Seu nome tem origem em uma antiga moeda usada no período pré-colonial, formada por ráquis de penas de aves cheias de ouro em pó...
2º Metical – em 01/07/2006, o metical da nova família entrou em circulação. O governo de Moçambique insistiu muito em dizer que não se tratava de uma nova moeda... apenas renomeou o metical tirando 3 zeros (1000:1). O novo código ISO 4217 é MZN, abreviado localmente como MTn. Na linguagem comum, os moçambicanos chamam a nova moeda de: “metical novo” ou “novo metical”. É fato, porém, que tanto nas cédulas como nas moedas não há nenhuma diferença na denominação e continua identificada apenas como “metical”. Durante o período de transição, ambas as moedas (o antigo metical e o novo metical) foram usadas até 31/12/2006, quando se tornaram obsoletas. Antigos meticais serão trocados pelo Banco de Moçambique por um período de seis anos, até 31/12/2012.
Moçambique foi parte da África Portuguesa desde 1751, colônia portuguesa até 1951 e, a partir daí, tornou-se “província portuguesa do além mar”, ou Província Ultramarina. Proclamada a independência em 25/06/1975, como República Socialista de Moçambique, no ano seguinte, a cidade de Lourenço Marques, foi renomeada Maputo – atual capital da Nação, localizada no sul do país.
Grupos tribais indígenas 99,66% – manyika, shangaan, chokwe, makua ou macua (mulheres que pintam o rosto), sena e outros, compõem a população (18,3 milhões, 1997) de nacionalidade moçambicana. Mais de 15 milhões de habitantes são membros de várias tribos de etnia bantu.
O idioma oficial é o português. Línguas Nacionais: cicopi, cinyanja, cinyungwe, cisenga, cishona, ciyao, echuwabo, ekoti, elomwe (elómwé), gitonga, maconde (ou shimakonde), kimwani, macua (ou emakhuwa), memane, suaíli (ou kiswahili), suazi (ou swazi), xichanga, xironga, xitswa (ou xitsua) e zulu. Fonte: Portal do Governo de Moçambique (www.portaldogoverno.gov.mz).
O inglês é falado assim como diferentes línguas tribais e vários dialetos indígenas nas 10 Províncias de Moçambique...
Línguas faladas nas Províncias do Norte: Niassa (Ciyao, Cinyanja, Elómwé, Emakhuwa), Cabo Delgado (Emakhuwa, Kimwani, Shimakonde, Ximangoni), Nampula
Línguas faladas Províncias do Centro: Zambézia, Tete (dialeto Nyungué), Manica (dialeto Ndau, falado na zona sul), Sófala
Línguas faladas Províncias do Sul (ambos dialetos Changana e Xitsonga): Inhambane (Xitswa), Gaza, Maputo
Nota: “Chicuembo” é uma palavra em Changana que significa algo como “espírito do antepassado” ou “espírito” em geral. O “chicuembo” te protege, mas também pode estar zangado contigo...
Moçambique – Província de Além Mar (1951-1975)
Alfredo da Conceição, muito jovem, chegou a trabalhar como serralheiro mecânico e depois litógrafo; mas a sua vocação, desde os tempos da escola primária, era a pintura, pois só a pintar se sentia verdadeiramente feliz, como sempre afirmava. Aos 23 anos foi para Moçambique, empregando-se como desenhador nos Serviços de Geologia e Minas; vivendo longos períodos de solidão, no mato remoto, África tornou-se a sua grande paixão, sensibilizando-se para os problemas que afectam o ambiente e a Natureza. Sobre ele foi escrito uma vez: “Exprimindo-se na pintura a óleo, pastel, aguarela, gouache, carvão e tinta da China, Alfredo da Conceição sempre revelou uma versalidade artística invulgar, ao conciliar no conjunto da sua obra o rigor e minúcia do desenho biológico, com a forma criativa de tendências impressionistas”.
O artista desenhou selos de grande beleza sobre a vida animal, demonstrando minúcia e rigor científico, para Moçambique, Angola, Portugal e Portugal/Madeira. Apenas como exemplo de sua obra, destacamos algumas emissões: “FAUNA DE MOÇAMBIQUE” e “COLEÓPTEROS” Longicórnios (Moçambique), “AVES DE ANGOLA” (Angola), “AVES DO ESTUÁRIO DO TEJO” (Portugal) e “ESPÉCIES MARINHAS DA MADEIRA” (Madeira).
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REPÚBLICA DA NAMÍBIA (21/03/1990)
ex-África do Sudoeste
Animal-símbolo: Órix-gazela / Gemsbok or gemsbuck (Oryx gazella) | Ave Nacional (Namíbia, Sudão do Sul e Zâmbia): Águia-pescadora-africana / African Fish Eagle (Haliaeetus vocifer)
Lema: “UNITY – LIBERTY – JUSTICE” (“Unidade – Liberdade – Justiça”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas adotado em 1990. Nota: Similar ao de Serra Leoa. Repleto de símbolos nacionais, o Escudo reproduz a Bandeira, dois órix representam coragem, elegância e orgulho; no topo a ave nacional e na base um exemplo da flora do deserto local, a Welwitschia (Welwitschia mirabilis), símbolo da sobrevivência e força nacional
Namibia – Namibie – Republic of Namibia
Capital – Windhoek (História). Quando África do Sudoeste, período de administração da União Sul-Africana (atual África do Sul), a capital era Windhurst...
Religião – Cristianismo 82,1% (luteranos 51,2%, católicos 19,8%, calvinistas 6,1%, anglicanos 5%), outras 17,9% (1981).
Moeda (numismática) – dólar namibiano. Anteriormente, rande sul-africano e sistema monetário da África do Sudoeste Alemã. Currency Information: The Namibian Dollar (NAD; symbol N$) is in note denominations of N$200, 100, 50, 20 and 10. Coins are in denominations of N$5, N$1, 50 cents, 10 cents and 5 cents. It is linked to the South African Rand (R) on a 1:1 basis (South African Rand = 100 cents). The South African Rand is also legal tender in Namibia, although the N$ cannot be used in South Africa. Bank of Namibia (www.bon.com.na).
A proteção à vida selvagem e a exploração racional dos recursos naturais são garantidas pela Constituição desde a independência, em 1990. O país tem reservas de diamante e urânio e é o segundo produtor mundial de chumbo.
Localizado no sudoeste da África, sua faixa costeira é tomada pelo Deserto da Namíbia e o interior pelo Deserto de Kalahari. Apenas 7% da população é composta por brancos.
O país carrega a herança do Apartheid imposto durante décadas pela África do Sul. O analfabetismo é elevado entre negros e os salários pagos aos brancos são em média 20 vezes mais altos...
Ovambos 49%, cavangos 9%, damaras 8%, hereros 7%, europeus (ingleses e alemães) e sul-africanos 7%, eurafricanos 20% (1996), compõem a população (1,6 milhões, 1997) de nacionalidade namibiana. População: Baster, Bushman (ou San), Caprivi, Caucasian, Coloured, Damara, Herero, Himba, Kavango, Nama, Owambo e Tswana...
O idioma oficial é o inglês, o africâner é comum na maioria da população, mas também são falados alemão e línguas regionais como oshivambo, herero, nama...
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REPÚBLICA DO NÍGER (03/08/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
Lema: “FRATERNITÉ – TRAVAIL – PROGRÈS” (“Fraternidade – Trabalho – Progresso”, em francês). O Brasão de Armas foi adotado em 1959 e, assim como Madagascar, também mostra a cabeça de um zebu...
Bandeira Nacional da República do Níger: Tricolor, com três faixas retangulares iguais dispostas de cima para baixo na seguinte ordem: laranja (corresponde ao Deserto do Saara ou zona saariana, que se situa na fronteira norte do país), branca (zona sahélienne; representa a esperança), verde (parte sudanesa, representa a erva das planícies, no sul e oeste, que flui através do rio Níger). No centro da bandeira, em sua parte branca, há um pequeno disco laranja que simboliza o sol.
Republic of Niger
Nome oficial – République du Niger.
Capital – Niamei (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Islamismo 90% (sunitas), o restante: Cristianismo, Animismo, crenças tradicionais, outras.
Moeda (numismática) – franco CFA (1 $ US = 550 XOF).
Haussás, djermas, zarma-songhai, peuls, fulanis, tuaregues, berberes, outros: kanouri, toubou, árabes, compõem a população (9,8 milhões, 1997) de nacionalidade nigerina. O idioma oficial é o francês, mas também são falados: árabe, haussá, djerma, fulani, sanghai, tuaregue (Boudouma, Fulfuldé, Gulmancemen, Kanouri, Sonraï, Tamacheck, Toubou).
A maior parte da população é muçulmana e pertence à etnia haussá. Uma importante minoria (10%) é constituída de tuaregues – povo nômade do deserto que reivindica o norte de Níger.
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REPÚBLICA FEDERAL DA NIGÉRIA (01/10/1960)
Animal-símbolo: Grou-coroado-preto (Balearica pavonina); às vezes a águia / Eagle?
Lema: “UNITY AND FAITH – PEACE AND PROGRESS” (“Unidade e Fé – Paz e Progresso”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas, adotado em 01/10/1960. O Escudo preto central representa a terra fértil da Nação. Duas listras brancas onduladas que se juntam, formam a letra 'Y' do alfabeto, e representam os dois rios que atravessam o país: o rio Benue e o rio Níger. Os dois cavalos como suportes representam a dignidade, enquanto a águia significa força. Na base, o chão ervado é coalhado por uma flor selvagem amarela, encontrada em diferentes partes do país, a crocus (Costus spectabilis) – Flor Nacional da Nigéria.
Federal Republic of Nigeria
Capital – Em 1991, a capital do país muda de Lagos para Abuja.
Religião – Islamismo 50%, Cristianismo 40% (protestantes 21,5%, católicos 9,9%, seitas indígenas 8,6%), outras 10% (1980).
Moeda (numismática) – Naira / Kobo (k). Naira é uma alteração da palavra “Nigeria”. Kobo (para moedas) é derivado do inglês “copper” (cobre).
A região onde está localizada a Nigéria abrigou, na Antiguidade, uma das mais avançadas civilizações da África Ocidental, a cultura nok (500 a 200 antes de Cristo). O norte torna-se islâmico a partir do ano 1000 d.C., com a civilização kanem, cujos sucessores controlam as rotas comerciais do norte da África...
Os britânicos, em luta com os portugueses pelo controle do tráfico de escravos, obtêm o domínio do litoral no século XVIII. Em 1861, a colônia britânica foi estabelecida em Lagos; como protetorados do norte e do sul da Nigéria em 1900, os quais foram considerados como colônia e protetorado da Nigéria em 1914.
A proibição do comércio escravista, no início do século XIX, não impede sua expansão pela bacia do Rio Níger. Nigéria tornou-se uma Federação em 1954 e independente em 1960.
Além da corrupção generalizada, o país convive com a rivalidade entre o sul, rico e sob influência cristã, dominado pela etnia iorubá, e o norte, muçulmano e com maioria haussá.
Desde 1995, pelo menos 15 mil pessoas morrem vítimas das epidemias de cólera, gastroenterite, meningite e sarampo. O petróleo responde por 90% das exportações. Quarto maior produtor da Opep, a Nigéria também tem estanho, carvão, ferro e gás natural.
Grupos étnicos autóctones 94,5% (haussás, iorubás, ibos, fulanis, tives, ijos, buras) e outros 5,5% (1996), compõem a população de nacionalidade nigeriana. O idioma oficial é o inglês, mas também são faladas várias línguas regionais, sendo as principais: haussá, iorubá, ibo, fulani...
A Nigéria é o país mais populoso da África, com mais de 120 milhões de habitantes (1997). As etnias haussá (norte), iorubá (oeste) e ibo (leste) representam 65%; os 35% restantes são divididos em 245 grupos étnicos.
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REPÚBLICA DO QUÊNIA (12/12/1963)
ex-África Oriental Britânica
Animal-símbolo: Leão?; às vezes, aparece sendo o guepardo e o elefante?
Lema: “HARAMBEE” (“Trabalhemos Unidos”, em suaíle), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. No Escudo de três faixas com as mesmas cores da Bandeira, aparece na faixa central um galo segurando um machado, que de acordo com os costumes locais denota uma vida nova e próspera... No compartimento (entre o escudo e o listel), como decoração aparece a silhueta do Monte Quênia com elementos botânicos como crisântemos brancos e produtos agrícolas: café, sisal, milho, chá e abacaxi.
Bandeira Nacional da República do Quênia: Foi adotada oficialmente no Dia da Independência (similar a de Malauí). As cores significam: preta (o povo e o continente africano), vermelha (a valentia e o sangue derramado na luta pela Independência), verde (as riquezas naturais) e a cor branca, acrescentada mais tarde (paz e harmonia). Traz no centro o tradicional Escudo Maasai cruzado por duas lanças que representam a cultura desse povo guerreiro, etnia de marcante presença no Quênia, assim como simbolizam a defesa de todas as coisas mencionadas.
Republic of Kenya
Nome oficial – Jamuri ya Kenya.
Capital – Nairóbi (Localidades).
Religião – Cristianismo 73% (católicos 27%, protestantes 19%, outros cristãos 27%), religiões tribais 19%, Islamismo 6%, outras 2% (1987).
Feriados Nacionais: 01/06 – Madaraka Day; 10/10 – Moi Day; 20/10 – Kenyatta Day; 12/12 – Jamhuri Day (Dia da Independência).
Moeda (numismática) – xelim queniano / senti (sistema monetário xelim).
O território queniano abrange planície costeira, pântanos no nordeste, o deserto de Chalbi ao norte e planalto elevado no centro-oeste. Os principais produtos de exportação são o café e o chá.
Quicuios 21%, luias 14%, luos 13%, cambas 11%, calenjins 11%, quisis 6%, merus 5%, outros 19% (1996), compõem a população (28,4 milhões, 1997) de nacionalidade queniana. O suaíle e o inglês são os idiomas oficiais, mas também são falados quicuio, luo e outras línguas tribais...
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REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA (13/08/1960)
ex-África Equatorial Francesa (U.F.), ex-Oubangui-Chari
Lema: “UNITÉ – DIGNITÉ – TRAVAIL” (“Unidade – Dignidade – Trabalho”, em francês), que aparece em um listel azul marinho sob o Escudo do Brasão de Armas, adotado em 1963. Adornado com a Bandeira Nacional da República Centro-Africana, uma de cada lado do Escudo, na parte superior há outro listel com os dizeres em sango “ZO KWE ZO” que significa algo como “Um homem é um homem” ou “Todas as pessoas são pessoas”.
Central African Republic – l’Oubangui-Chari
Nome oficial – République Centrafricaine (francês) e Koddorosêse tî Beafrîka (sango). Abreviações: “Centrafrique” ou “Beafrîka”, respectivamente.
Capital – Bangui (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Cristianismo 35% (católicos 20%, protestantes 15%), Islamismo 5%, outras 11% (1996). O restante da população, cerca de 60%, é fiel às religiões africanas tradicionais, religiões tribais como animisme, génies, ancêtres, divinités...
Moeda (numismática) – franco CFA.
Situada no coração da África, sem saída para o mar, a República Centro-Africana é importante via de trânsito regional graças aos rios que cortam o país. O norte é semidesértico. O sul, úmido e coberto por florestas tropicais, concentra 98% da população. Vivem no país 80 diferentes grupos étnicos.
Ex-colônia francesa, a República Centro-Africana é auto-suficiente em alimentos. Exporta café, algodão, minério de cobre e diamante. Tem dependência da ajuda externa que recebe, sobretudo da França, a antiga metrópole.
Baias 34%, bandas 27%, mandiás 21%, sarás 10%, umbuns 4%, umbacas 3%, carês 1% (segundo o Almanaque Abril, 1996), compõem a população (3,4 milhões, 1997) de nacionalidade centro-africana. O francês e a nativa sango são as línguas ou idiomas oficiais.
O árabe se fala na região norte, por exemplo, próxima as fronteiras com o Chade e o Sudão. O sango é uma língua franca que se extendeu pelo país graças ao comércio através dos rios. No país é falado umas 200 línguas, aproximadamente...
Parece que uma minoria também fala suaíle, Banziri, Bouraka, Gbaya, Hunsa, Issongo, Linda, Manja, Mboum, Monzombo, Ngbaka, Nzakara, Pygmées, Yakoma, Yakpa, Zandé... As populações islamisadas como os Haoussa, os Mbororo e os Peulh se fixaram mais tarde...
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REPÚBLICA DE RUANDA (01/07/1962)
ex-Ruanda-Urundi
Animal-símbolo: Leopardo-africano? / Leopard (Panthera pardus)
Lema: “UBUMWE – UMURIMO – GUKUNDA IGIHUGU” (“Unidade – Trabalho – Patriotismo”, em quiniaruanda), que aparece em um listel amarelo sob o Escudo do Brasão de Armas, remodelado em 2001 para combinar com o esquema de cores da nova Bandeira; e na parte superior do Escudo aparece o nome da Nação.
As Armas e a própria Bandeira datavam dos anos de 1960, mas foram mudadas porque ficaram associadas à brutalidade do Genocídio de Ruanda... Anteriormente, a Bandeira usava as cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha). O governo desejou uma nova bandeira para representar a unidade nacional, respeito ao trabalho, heroísmo e confiança no futuro... Uma importante consideração no desenho foi o genocídio de 1994, logo não há a cor vermelha para relembrar o sangue, assim como a cor preta para não simbolizar a escuridão... A nova Bandeira é composta pelas cores: azul claro, amarelo e verde. O azul claro simboliza felicidade e paz. O sol dourado e os seus raios simbolizam a luz que iluminarão o povo – trazendo unidade, transparência e luta contra a ignorância. Amarelo para o desenvolvimento econômico. Verde para a esperança de prosperidade, o agradecimento ao trabalho do povo de Ruanda e o uso sensível dos recursos do país.
Do lado esquerdo, a antiga Bandeira do país e do lado direito a nova Bandeira Nacional da República Ruandesa, adotada em 31/12/2001.
Rwandese Republic – Republic of Rwanda – Republika y’u Rwanda – République Rwandaise
Capital – Kigali.
Religião – Cristianismo 44% (católicos), Islamismo 9%, crenças tradicionais 47% (1996).
Moeda (numismática) – franco ruandês. Código internacional ISO 4217: ? Anteriormente, franco belga / pesa. National Bank of Rwanda (www.bnr.rw).
Ruanda era parte da África Oriental Alemã, depois, em 1916, foi ocupada pela Bélgica. Após a I Grande Guerra, passou a ser administrada pela Bélgica, juntamente com Burundi, através de mandato da Liga das Nações, constituindo a área chamada de Ruanda-Urundi.
Em 1946, foi transformada em território da ONU e, até a independência do Congo Belga, em 1960, foi tratada como parte daquela colônia belga. Tornou-se independente em 1962...
Ruanda é o país africano com maior densidade populacional, quase 300 habitantes por quilômetro quadrado. A existência de clãs e de fortes laços familiares é marcante na sociedade. Cerca de 90% da população é hutu e vive em conflito com a minoria tutsi desde a época colonial. O conflito entre as etnias tutsi e hutu já matou mais de 1 milhão de pessoas na guerra civil que arrasa o país desde 1994.
Em 1994, eclodem os mais graves confrontos entre as duas etnias, e o país é palco de um genocídio que deixa 1 milhão de mortos e 2,3 milhões de ruandeses refugiados em países vizinhos... Os ruandeses vivem da agricultura, desenvolvida em pequenas propriedades, e exportam chá e café.
Os europeus chegam no século XIX e a Alemanha declara seu protetorado sobre o território... África Oriental Alemã
Ocupação Belga 1916
Com a derrota alemã na I Guerra Mundial, os belgas ocupam Ruanda... Selos foram emitidos por Ruanda-Urundi entre 1924 a 1961.
A colônia belga de Ruanda-Urundi tornou-se independente em 1962, como dois novos países: Ruanda e Burundi
Habitante: ruandês... Hutus 90%, tutsis 9%, tvás 1% (1996), compõem a população (5,9 milhões, 1997) de nacionalidade ruandesa. Os idiomas oficiais são francês, inglês e quiniaruanda, mas também é usado o suaíle em centros comerciais...
O kinyarwnada (também chamado de rwanda ou ruanda) é uma língua banta falada principalmente em Ruanda, onde é uma das línguas oficiais junto ao francês. O Kinyarwanda também é falado no sul de Uganda e no leste da República Democrática do Congo. O Kinyarwanda é um idioma inteligível com o kirundi e muito semelhante ao giha...
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REPÚBLICA DEMOCRÁTICA ÁRABE DO SAARA (27/02/1976)
ex-Colônia do Rio de Oro e ex-Saara Espanhol
Dos 11 países que compreendem o Deserto do Saara, atualmente, não existem girafas na: Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental, Tunísia...
Bandeira Nacional da República Democrática Árabe do Saara: Foi desenhada pela Frente Polisario (formada pela população local) e é de natureza invertida... O preto representa a morte, o verde representa a vida, o branco representa a paz...
Western Sahara – Spanish Sahara – Democratic Arab Republic Sahara
République Arabe Sahraouie Démocratique – République Arabe Sahraouie Démocratique
Capital – al-’Ayyūn (árabe), El Aaiún (espanhol), Laâyoune (francês); que significa as fontes ou os mananciais.
Religião – Islamismo.
Situação – Norte da África, margeando o Norte do Oceâno Atlântico, entre Mauritânia e Marrocos.
Coordenadas Geográficas – 24 30 N, 13 00 W.
Elevações extremas – ponto mais baixo – Sebjet Tah 55m; mais alto – unnamed location 463m.
Sistema político – República presidencialista, dirigida pela Frente Popular para a Libertação de Saguia el Hamra e rio do Ouro (Polisario), até à total libertação do país.
Recursos naturais – fosfato e pesca. A mina de fosfatos de Bu-Craa é considerada uma das maiores e de melhor qualidade do mundo. Outros recursos: artesanato, gadocaprino e camelos; ferro e hidrocarbonetos. Potencial turístico pela vizinhança com as ilhas Canárias...
Moeda (numismática) – dirrã marroquino, Dirham Marocain, Moroccan Dirham (MAD), nos territórios ocupados por Marrocos. Peseta Saharaui, Sahrawi Peseta (RASD) / Tala?
Com situação especial, o Saara Ocidental – antigo Marrocos Espanhol –, ocupado pelo Marrocos que se comprometeu a realizar um plebiscito para decidir a incorporação ou não da área ao Marrocos. Tal plebiscito jamais foi realizado...
Saara Espanhol foi de 1905 à 1924 Colônia do Rio de Oro e província espanhola em 1960. Franteira ao norte com o Marrocos do Sul (antiga Cap Juby), a leste e ao sul com a Mauritânia, é banhado pelo Oceano Atlântico. Antiga colônia espanhola, o Saara Ocidental é disputado desde 1975 pelo Marrocos e pela Frente Polisário. Um muro de 1.800 quilômetros de extenção divide as áreas sob controle de cada um...
O Frente Polisário pede um referendo de autodeterminação para que a população local de parte da região assim como os refugiados atualmente exilados no sudoeste da Argélia, Tindouf, possam decidir a respeito do futuro da parte sul da região como parte do Marrocos ou como estado independente, junto com o resto dos territórios que fazem parte do Marrocos...
Três regiões marroquinas sobrepõem o território do Saara Ocidental, cada uma delas compreende as 16 regiões do Marrocos (maiores cidades):
I. Guelmim-Esmara / Guelmim – Es-Semara (inclui territórios marroquinos fora do Saara Ocidental) = A metade sul da região é do Saara Ocidental... Capital: Guelmim (Kulmim, Gulimim, Goulimime, Guelmime, Goulmim, Goulimine ou Kalmīm). População: 462.410 habitantes (2004). Área: 122.825 km². A região é composta de 5 províncias:
1. Provincia de Assa-Zag / Assa-Zag Province (2 municípios e 5 comunas): Assa, Zag; Al Mahbass, Aouint Lahna, Aouint Yghomane, Labouirat, Touizgui.
2. Provincia de Esmara / Es Smara Province (1 município e 5 comunas): Esmara (Es Semara – localizada no Saara); Amgala, Haouza, Jdiriya, Sidi Ahmed Laaroussi, Tifariti.
3. Provincia de Guelmim / Guelmim Province (2 municípios e 16 comunas): Bouizakarne e Guelmim; Abaynou, Aït Boufoulen, Amtdi, Asrir, Echatea El Abied, Fask, Ifrane Atlas Saghir, Labyar, Laqsabi Tagoust, Rass Oumlil, Tagante, Taghjijt, Taliouine Assaka, Targa Wassay, Tiglit, Timoulay.
4. Provincia de Tan-Tan / Tan-Tan Province (2 municípios e 5 comunas): El Ouatia, Tan-Tan; Abteh, Ben Khlil, Chbika, Msied, Tilemzoun.
5. Provincia de Tata / Tata Province (4 municípios e 16 comunas): Akka, Fam El Hisn, Foum Zguid, Tata; Adis, Aguinane, Ait Ouabelli, Akka Ighane, Allougoum, Ibn Yacoub, Issafen, Kasbat Sidi Abdellah Ben M'Barek, Oum El Guerdane, Tagmout, Tamanarte, Tigzmerte, Tissint, Tizaghte, Tizounine, Tlite.
II. El Aaiún – Bojador – Saguia el Hamra / Laâyoune – Boujdour – Sakia El Hamra = Capital: El Aaiún ou Laâyoune em francês. População: 256.152 habitantes (2004). Área: 139.480 km². Devido à disputa sobre o Saara Ocidental, a maior parte da área está em litígio com a Frente Polisário, que reivindica o controle da zona leste da Berm marroquina. A região é composta de 2 províncias:
1. Provincia de Bojador / Boujdour Province (1 município e 3 comunas): Municipio de Bojador ou Boujdour (a cidade do Cabo Bojador está situada na costa norte do Saara Ocidental, a sudeste das ilhas Canárias; 240 km de Las Palmas de Gran Canaria, 180 km ao sul de El Aiún); Comuna rural de Gueltat Zemmour, Commune rurale de Jeraifia ou Jraifia, Comuna rural de Lamssid.
2. Provincia de El Aaiún / Laâyoune Province (3 municípios e 7 comunas): El Marsa, El Aaiún, Tarfaya (Villa Bens, nos tempos do protetorado espanhol, está localizada a 890 km sudoeste de Rabá e a poucos kms ao sul do Cabo Juby); Akhfennir, Boukraa, Daoura, Dcheira, Foum El Oued, Hagunia (próxima à fronteira do Marrocos), Tah.
Laâyoune (localizada no interior do território, a 28 km da costa norte, ao longo do leito seco do rio Saguia el Hamra, na região homônima).
III. Río de Oro – La Güera / Oued Ed-Dahab – Lagouira (www.rodl.ma) = Região localizada ao sul do Saara Ocidental, que se encontra ocupada pelo Morrocos em quase sua totalidade. Capital: Dajla ou ad-Dajla / Dakhla ou ad-Dakhla. População: 99.367 habitantes (2004). Área: 142.865 km². Está situada no território disputado do Sahara Ocidental, considerada pelo Marrocos para ser a parte sul do país. A Frente Polisário e outros sarauis que buscam a independência consideram que é uma parte da República Democrática Árabe Saharaui (Sahrawi Arab Democratic Republic). As Nações Unidas e a maioria dos países não reconhecem a soberania marroquina, quer sobre a área, ou a auto-declarada República Saharaui... A região é composta de 2 divisões, uma prefeitura e uma província:
1. Prefectura de Auserd / Prefecture of Aousserd (1 município e 5 comunas): La Güera (La Agüera ou Lagouira em francês), Aghouinite, Auserd, Bir Gandouz (ou Bir Gandús), Tichla, Zug (Zoug, Sug, Zoûg; controlada pela Frente Polisário).
2. Provincia de Río de Oro – Dajla / Oued Eddahab Province (1 município e 6 comunas): Dajla (anteriormente conhecida como Villa Cisneros, está localizada a 550 km ao sul de El Aaiún, na costa atlântica, sobre a estreita península do Río de Oro), Bir Anzarane, Gleibat El Foula, Mijik, Oum Dreyga, El Argoub, Imlili.
Outras cidades – Bu Craa, Farcia, Guelta Zemmur, Hagunía, Imilili...
Marrocos controla o território a oeste de berm / berma (muro de fronteira), enquanto a Frente Polisário controla o território do leste...
História
A história do Saara Ocidental até ao início da colonização espanhola não pode ser separada da história da zona ocidental da África do norte. Situado na fronteira entre o Magreb e a África Negra, o Saara Ocidental tornou-se o ponto estratégico para as trocas entre essas duas regiões.
Ao mesmo tempo, pela sua posição geográfica, no extremo da expansão árabe e no limite das grandes estradas saarianas, o Saara Ocidental conseguiu conservar uma certa originalidade, apesar de ter participado nos grandes movimentos históricos do conjunto magrebino. Seria em vão, no entanto, procurar na sua história a integridade territorial de uma nação no sentido moderno da palavra.
Devido à natureza social das comunidades nômadas e a uma história marcada pelas correntes migratórias, a entidade territorial deste país, como a de outros países africanos, não foi definida de uma maneira rígida senão pelo império colonialista.
Também seria em vão procurar nesta região a origem de um direito histórico de um qualquer dos países vizinhos. Pelo contrário, em particular a partir do século XIV, uma nítida distinção política separa este região do resto da zona ocidental da África do Norte.
Para todos os efeitos, o que faz com que hoje o Saara Ocidental seja uma “nação”, como no caso de muitos outros países, africanos ou não, não é a referência às fronteiras do passado pré-colonial mas em primeiro lugar e sobretudo a vontade deste povo conquistar a liberdade.
Nos tempos pré-históricos, o imenso deserto do atual Saara era uma região relativamente favorecida por um clima húmido, povoada por negróides aos quais se misturavam populações berberes vindas da costa mediterrânica através do Magreb.
A transformação do Saara em região seca a partir do terceiro milênio antes de Cristo provoca a ruptura entre as populações negras e as berberes. As primeiras, sedentárias, instalam-se no Sul do Saara, enquanto as segundas, nômadas, ficam no Norte, assegurando assim uma ligação entre o Mediterrâneo e a África Negra.
Esta ligação é bem posta em evidência pela estrada das caravanas (traçada de acordo com as gravuras rupestres) que, desde o sul de Orão e o sul de Marrocos, chegava ao anel do Níger passando pelo Rio de Ouro e pela Mauritânia.
O Saara Ocidental está pendente da celebração de um referendo para a autodeterminação ou para se juntar ao Marrocos, que ocupa o território desde 27/02/1976. Ingressou na OUA em fevereiro de 1982...
A 14/11/1975, firmaram-se os Acordos de Madri pelos quais a Espanha cedia a soberania do Saara a Marrocos e Mauritânia. Em 05/08/1979, a Mauritânia retirou-se e grande parte do território foi ocupado por Marrocos. Em 1990, o Conselho de Segurança da ONU propôs um plano de paz. Em 1991, formou-se um acordo de cessar-fogo entre Marrocos e a Polisário, depois de 15 anos de guerra...
A população é de nacionalidade saariana, saharaui, saarauí ou sarauita? Parece que não tem idioma oficial, mas as línguas regionais são o árabe (de fato), espanhol e francês (amplamente usadas), berbere (Berber) e Hassaniya são falados localmente... Hassaniya Arabic, Moroccan Arabic...?
Distribuição da população – urbana (15% nas zonas urbanas costeiras), rural (85%, em zonas livres e acampamentos de refugiados a oeste de Mahbes até Tinduf). Mauritânia retirou-se e grande parte do território foi ocupado por Marrocos. 120 mil vivem na zona ocupada por Marrocos e 187 mil nos acampamentos de refugiados... Não se incluem os mais de 200 mil marroquinos instalados pelo Governo de Marrocos...
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REPÚBLICA DO SENEGAL (20/06/1960)
ex-África Ocidental Francesa (U.F.)
O baobá é o emblema nacional do Senegal; também a árvore nacional de Madagascar.
Lema: “UN PEUPLE – UN BUT – UNE FOI” (“Um povo – Uma Meta – Uma Fé”, em francês), que aparece na faixa do Brasão de Armas adotado nos anos 60... Assim como a Bandeira Nacional da República do Senegal é portador das cores pan-africanas da Etiópia (amarela, verde e vermelha) e a estrela de 5 pontas verde. Seu escudo mostra um leão (à esquerda) e a árvore baobá (à direita).
Republic of Senegal – République du Sénégal
Nome oficial – République du Sénégal.
Capital – Dacar (Dakar); (Primeiras Emissões e História do País).
Religião – Islamismo 94% (sunitas), Cristianismo 4,9%, religiões tribais e outras 1,1% (1988). Também Bahaísmo.
Moeda (numismática) – franco CFA.
Situado na costa oeste da África, o Senegal tem como capital um dos mais importantes portos do continente. O país fica numa planície semi-árida, irrigada por três grandes rios: Senegal, Gâmbia e Casamance. O recurso natural mais explorado é o fosfato. As reservas de petróleo estão quase intocadas por falta de infra-estrutura.
Emitido em 2000, com valor facial de 300f, o selo (abaixo) compreende uma série de 4 e mostra o Memorial de Gorée.
Habitantes: senegalense, senegalês... Sete grandes grupos étnicos compõem a população (9,8 milhões, 1997) de nacionalidade senegalesa: ulofe (ulofes 44%), fulani (fulanis 23%), serer (sereres 15%), diola (6%), malinque ou malinke (malinqueses 5%), outros 7% (1996); além de pequenos grupos menores, como somica.
Os grupos maiores vivem na região de Sahel e nas savanas que, no passado, sustentaram os antigos impérios do Sudão, como Gana e Mali. O idioma oficial é o francês. Línguas regionais principais: fulani, serere, bambará, saracolê. Parece que a língua árabe também é falada...
A língua ulofe ou wolof, também chamado jalofo, é uma língua falada no Senegal, na Gâmbia e na Mauritânia. É a língua nativa da etnia wolof, falada por três milhões de pessoas, a mais falada no Senegal. Em Casamança e no oeste de Senegal, utiliza-se o wolof junto com o mandinga e o diola.
Wendou Nody é uma vila com cerca de 1.000 pessoas, no norte do Senegal . As pessoas são da tribo tukulor ou em francês “toucouleur” e a sua língua nativa é chamada de Pulaar.
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REPÚBLICA DA SERRA LEOA (27/04/1961)
Animal-símbolo – Leão? (Brasão de Armas)
Lema: “UNITY – FREEDOM – JUSTICE” (“Unidade – Liberdade – Justiça”, em inglês), que aparece em um listel sob o Escudo do Brasão de Armas. Nota: Similar ao da Namíbia. Juntamente com a Bandeira o Brasão foi concebido pelo College of Arms e concedido em 1960. O Escudo mostra um leão sob uma linha em ziguezague, que representa a Serra Leoa, da qual deriva o nome do país. Também se pode ver três tochas que pretendem simbolizar educação e progresso. Na base linhas onduladas azuis e brancas representam o mar. Os suportes do escudo são 2 leões, semelhantes aos do emblema colonial.
O selo postal “Sierra Leone” (WNS nº. UN306.07) foi emitido pela Organização das Nações Unidas (Post United Nations Vienna) em 3/05/2007 e compreende uma série de oito valores sobre “Coins and Flags”, cuja imagem mostra a Bandeira Nacional da República da Serra Leoa. Hasteada oficialmente a 27/04/1961, a Bandeira é tricolor: verde, branco e azul. O verde representa a agricultura, as montanhas e os recursos naturais. O branco representa unidade e justiça. O azul é o símbolo da esperança de que o Porto de Freetown venha contribuir para a paz no mundo.
Nome oficial – Republic of Sierra Leone.
Capital – Cidade Livre (Freetown) fundada em 1786.
Religião – Islamismo 60% (sunitas), crenças tradicionais 30%, cristianismo 10% (1993).
Moeda (numismática e moeda) – Leone é uma palavra derivada do nome do país.
“Terra do Ferro e Diamantes” (primeiro selo autoadesivo), Serra Leoa é o país com o mais baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo! A expectativa de vida é de apenas 41,5 anos.
Densa floresta tropical mantém o país isolado durante séculos. Sua principal riqueza atual é a extração de diamante, em grande parte contrabandeado para o exterior...
Uma breve experiência democrática é encerrada, em 1997, em um golpe militar que volta a instalar uma ditadura que sofre pressões internacionais... Veja mais na História do País!
Mendes 34,6%, temnes 31,7%, limbas 8,4%, conos 5,2%, bulones 3,7%, peules 3,7%, corancos 3,5%, ialuncas 3,5%, quisis 2,3%, outros 3,4% (1983), compõem a população (4,4 milhões, 1997) de nacionalidade leonesa [serra-leonês(esa), serra-leonino(a)]. O idioma oficial é o inglês, mas também são falados crioulo, mende (sul), limba, temne (norte)...
Serra Leoa tem uma população de quase 4,5 milhões de habitantes, dos quais a etnia temne (sobretudo no norte) e a mende (no sul) contam com 30% cada uma. Além de outros grupos étnicos africanos menores, há também minorias de europeus e libaneses. Os krios somam 2% da população e concentram-se quase todos em Freetown. Os Mendes, Temnes e outros grupos têm um sistema de sociedades secretas que encarregou-se através dos séculos de transmitir a cultura das diferentes tribos...
Krio (English-based Creole, spoken by the descendants of freed Jamaican slaves who were settled in the Freetown area, a lingua franca and a first language for 10% of the population but understood by 95%).
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REPÚBLICA DA SOMÁLIA (26/06/1960)
ex-Benadir (Somália Italiana) e e ex-Somalilândia Inglesa
Animal-símbolo: Leopardo-africano / Leopard (Panthera pardus), que aparece no Brasão de Armas adotado em 10/10/1956. Os leopardos que suportam o Escudo e a estrela branca em fundo azul, que igualmente aparece na Bandeira Nacional da República da Somália, também faziam parte do Brasão usado durante a administração italiana. Anteriormente, as armas da Somália desde 08/06/1919 eram compostas por um escudo dividido horizontalmente por uma linha ondulada. A parte superior do escudo era azul com um leopardo em cores naturais sobreposto por uma estrela branca de cinco pontas...
Jam. Dim. Soomaaliyeed – J. Soomaaliya – Somalia – Somali Republic – Somali Democratic Republic – Somalie
Capital – Mogadíscio (Mogadishu).
Religião – Islamismo 99,8% (sunitas), Cristianismo 0,1%, outras 0,1% (1980).
Moeda (numismática e moeda) – xelim somali / Sh. So. (sistema monetário xelim). Anteriormente: Xelim / pêni (1943), Rupia / anna (Inglaterra, 1903), Besa (Itália, 1903).
País semidesértico situado no chamado Chifre da África, no leste do continente. O norte montanhoso fica às margens do Golfo de Áden. O sul é uma planície que acompanha o Oceano Índico, com savanas e fauna diversificada.
A população somali está na região há milênios e constitui-se, na maioria, de pastores nômades de rebanhos bovinos, caprinos e ovinos. Conflitos internos levam o país a ficar sob intervenção de tropas da Organização das Nações Unidas de 1992 a 1995...
Somalis 98,3%, árabes 1,2%, bantos 0,4% (1983), compõem a população (10,2 milhões, 1997) de nacionalidade somali ou somaliano. Os idiomas oficiais são somali, árabe e italiano, também se fala inglês.
Nota: Somália era o único país africano em que toda a população fala apenas uma língua, o somali, embora existam mais de mil línguas por toda a África... O ramo cuchítico (grupo de língua da família Afro-asiática) está localizado na Etiópia, Somália, costa do Mar Vermelho e inclui o orominga e o somali...
Curiosidade: A girafa foi chamada na língua da antiga Somalilândia (atual norte da Somália – onde se fala o somali, atualmente) de “girin”... Penso que isso ocorreu no século XV, aproximadamente...
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OBRIGADA AO SITE: http://www.girafamania.com.br/africano/entrada.africana.html
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