POESIA DAS CAPITAIS
De Luiz de Miranda.
ARACAJU.
Sete mil gaivotas brancas
Beijam o mar de Aracaju,
E se despedem do concreto dos edifícios,
O amor morre na areia.
Os livros estão quietos
Na biblioteca de mogno.
Estive aqui em mil
Novecentos e sessenta e sete.
Meus olhos lêem os livros
E guardam os poemas,
Para agora cantar-te.
Vejo a vigília dos teus sonhos
Que amanhecem todos
Os dias nos bancos
De tuas praças.
O verdadeiro é lua de prata
Que te incendeia as ruas
E nos põe um gosto de despedida.
O melhor da minha vida
Deixo escondido onde drobra o sol
E a noite se levanta.
Coberta de luzes e estrelas.
Ah, Aracaju, como não amar-te
Sempre
E a velha toalha do tempo de tecê-la.
BELÉM
Dim –dom, bate o sino de Belém.
Todo o Pará se envolve e estremece,
Em todas as almas batem também,
Em forma de uma longa prece,
As nossas extraviadas esperanças.
Um homem com o infinito adiante
Caminha e espalha seu semblante
Por tuas ruas e por tuas praças,
É Jesus de novo quem nos abraça.
Daqui a mil anos, estaremos frente
A este rio caudaloso,puro espelho,
Frágeis,iluminados,sós ou carentes.
Todos em pé nestes aluviões de cidade.
Depois caminharemos o mundo,
Até que nosso rosto vire saudade.
BELO HORIZONTE
Murilo Rubião bebe vinho tinto comigo,
Num belo horizonte,
É um escritor e um amigo,
Que recria novas estrelas,
Que serão para nós
Mais que uma ponte.
Wander Piroli dirige um caminhão
Com a força louca de sua palavra.
Por estradas,lavra a dura lavra,
O pó de todos os caminhos,
Num belo horizonte,
Que estará além de uma ponte.
Affonso Romano de Sant’Anna,
Que das Gerais é dos que mais te ama,
O verso emergente caminha no fronte,
Belo,
Reto,
Eterno,
Só para ti belo horizonte.
De longe te canto, de perto te amo,
Cidade de mistérios e beleza,
Conclamo o melhor verso
Para deixar em ti pousado,
Entre versos azuis para ti tombados,
A cavalo chego,com meu cão do lado.
BOA VISTA
Boa Vista,
É de longe que se avista
O sonho que em ti dorme.
As nuvens do teu céu disformes
Desenham a palavra amor
E toda a dor
Que vem
Quando ele nos abandona.
Quem ama vive em ti,
Como um velho relógio,
Deixado escondido
Em tuas ruas e tuas praças.
Passa em luz,
Ó cidade,
Sobre nossos olhos,
Quase cegos
De tanta paz
Que irradias.
Assim inventas
As noites e os dias.
És a reinvenção
De tudo o que bate no coração.
BRASILIA
A mão de Oscar Niemeyer
Pousa encantada no planalto.
Ave de mil vôos,de mil ternuras
Levanta do chão o edifício alto.
Distorce
Genialmente
O concreto
Alvura da pedra.
A cidade é criada do seu olho mágico,
Já nasce amada.
O poder mora ao lado,
Ás vezes isolado
Nos caminhos dos partidos.
Todos tão velhos,
Idos para o fim da história.
E a Pátria espera dos seus filhos
O amor mais gentil
Para que nasça um País
Para todos,
Um novo Brasil.
Brasília é especial,
Talvez para naves de outro planeta,
Que vejam nela seu hábitat natural.
Ar seco,
Céu de nuvens
E cometa
Fazem-na magnífica e eterna,
Que Deus abençoe quem nos governa.
CAMPO GRANDE
Salve, salve, Campo Grande,
Que em tudo se expande
E cresce a árvore pequena
E a gigante,
Em torno de tuas
Longas avenidas,
Que dão à vida
Um tino de eternidade.
Salve, salve, cidade
De todos os amores,
Coberta de flores
E de frutas,
Que passam à tua mesa.
És beleza que ressuscita
E ninguém te imita,
Rosa bendita,
Solitária,
No alto de uma igreja.
Tens os mantos
Dos homens santos.
Tens a mata
Em torno do teu seio.
Morres de amor
E renasces para a paixão.
CUIABÁ
Cuiabá,cidade de mata,
Mata eterna,de índios velhos,
Como as tuas casas,
Já desbotadas, e os mil anjos
Que te suspendem, ó cidade,
Levada aos céus
Pelo milagre da fé.
Os teus filhos te conhecem bem,
E vão mais além,
Ás pilastras de Deus,
E deixam depositada
Uma rosa púrpura,
Para que todos possam
Voltar um dia a ti,
Plena luz e alegria.
Bater ás tuas portas mais queridas.
Assim te reconhecemos, plena de vida.
CURITIBA
O vampiro de Curitiba
Marca em luz o céu da cidade.
Dalton Trevisan baixa a cabeça e escreve,
Sabe que a vida é sábia mas é breve.
A rua vinte e quatro horas
Chega todo dia ao raiar da aurora.
Felicidade é sonhar no linho da noite,
Quando todos dormem,
E ser o adivinho das mensagens celestes,
Que ao meio- dia somem,
No torvelinho dos carros e das pessoas.
Uma ave branca ainda voa
No linho da manhã,
Estanca o olhar da febre terçã,
Que desperta nossa alma
Na pedreira Leminski.
Cidade livre,cidade aberta,
Que voa para o futuro,
Que tem pressa
E não está mais aqui,
Repleta de um coração maduro,
Estará sem mais ali, brilhando.
FLORIANÓPOLIS
Paraíso à beira – mar plantado,
Ilha de todos os amores santos,
Só tens amanhã,
Não tens ontem,
Nem passado.
Divina beleza envolta em manto,
Todo bordado de estrelas raras.
Do escuro, em ti,tudo se aclara.
Tabajara Ruas escreve na Lagoa
O que voa antes e depois da aurora.
Salim Miguel vive escondido,
Talvez debaixo do teu vestido.
O sol beija tuas praias:
Joaquina,Canavieiras,Jurerê,
O que se vê é beleza,
Que declina todos os nomes
Que fazem o homem feliz,
Um amor que funda um país.
Ilha dourada,Ilha dourada,
És mulher da minha vida,
Tão perdida, mas ainda amada.
Te canto alto ao som da lua,
Ao tom das marés,eterniza o vento,
És imortal, fora do tempo.
FORTALEZA
Caminhos as fortalezas da paixão,
Onde dormem minhas esperanças
Mais antigas,
Depois visitam teus mares
De azuis sempiternos.
Te canto, ó Fortaleza,
És o santo dos milagres sagrados
E a beleza que anuncia sempre
No portal do dia.
Por tuas praias,Iracema traz
José de Alencar a contar
O que é vasto e eternidade.
De ti, tudo vira saudade,
Animal selvagem
Guardando em nossa alma.
A vida espalma mais vida,
Ruas bordadas de árvores
E sem despedidas.
Voltarei sempre a tuas praças serenas,
A teus casarões e á igreja
Que bate o sino,
Chamando cada um pelo nome,
Chamando cada um pelo nome,
Para rezarem e cantarem os hinos
Que louvam a Deus
E ganham novo destino.
Fortaleza,teus olhos são de princesa,
Que liberta o teu reino
A todos os navegadores e peregrinos.
Fortaleza, de noite ou de dia,
A certeza de que és
A cidade dos amores perenes,
E o umbral da vida se deixa sereno
Aberto ás estrelas que guardam teus céus.
Em ti a felicidade sempre nos dá seu aceno.
GOIÂNIA
Cora Coralina
Dobra todas as esquinas
Das ruas de Goiânia.
O céu luminoso escaneia
O verbo encarnado
Da esperança.
Os anjos povoam
Os santuários de suas Igrejas,
E em tudo
O que de ti se veja
Brilha
Um povo de eternidade.
JOÃO PESSOA
O tiro que matou João Pessoa
Continua vivo
No grito das avenidas.
A vida muda em estações
E o passado está morto.
Tu és porto
Para as esperanças
Mais lindas do mundo.
O eterno se faz presente,
No teu céu de estanho e de luz
Onde brilha sempre
A estrela primeira
Que lava de brilhos
Os dias bravos e os quietos.
Teus bares são repletos
De peixe,pão e cerveja.
Até onde se possa andar
É para que te veja,
Coberta de bromélias
E de árvores de eternas sombras,
Sobre nossos corpos cansados,
Mas repletos de liberdade.
Cidade cuidada,és criança
E a mais longa ciranda,
Onde alcança vive e dança.
MACAPÁ
Macapá estás tão longe,
No lado oposto, ao final do norte,
E eu que vivo ao sul.
Santifico o teu nome
No altar sagrado
Da casa de Deus
Helicôneas e musáceas
Enfeitam teus jardins
E nos revelam
Um mar
De amor sem fim,
Que bate um sino no mar.
Bate por ti,cidade esbelta.
Bate por mim, o teu poeta.
MACEIÓ
De ti verdejam
Os versos de Lêdo Ivo,
E nós te cantamos
Em uníssono
Flor espalmada no mar,
Santa e amada,
Cidade do verbo amar.
Nunca mais quero deixar-te,
Ainda que em mim
A poesia lateje outros instrumentos.
É na estrela do momento
Que brilha fugaz o firmamento,
É no peito dos mortais
Que a luz se apaga
Para nunca mais.
Mas há pra ti um canto contido,
De tudo o que tenha vivido,
Que tu sabes que o amor
Mora no mar,
Em tuas praias,
Cobertas de azul.
Depois partimos,
Levando-te para sempre
Naquilo que mais sentimos.
MANAUS
Milhões de águas
Passam por esta cidade,
E isto é a eternidade.
É rio doce que te faz
Feliz,
Traduzindo o maior rio
Do País.
Barcos como se fossem
ao mar,
passam por aqui,
e amores,
como se fossem a felicidade.
De todos os lados
Que se chega
É o rio que permanece
Em nossa memória,
Memória líquida e amazônica,
Que é tão vasta
E pouco econômica,
Que está no mapa do mundo,
Um rio sem fim e sem fundo.
NATAL
Em Natal, nasce Jesus,
O Nazareno.
Santo entre os homens,
Meigo e ameno,
Como as ruas desta cidade.
O povo caminha para a solidão e o mar.
Doce mar da cidade de Natal,
Porto da vida inaugural.
Doce mar da cidade de Natal,
Cantigas de dormir diante do abismal.
Doce mar da cidade de Natal,
Luz de lua no seu branco avental.
Doce mar da cidade de Natal,
Onde nada morre,luz virginal.
Doce mar da cidade de Natal,
Marca nosso corpo de cal e sal.
Natal é renascimento sempre,
Entre os que chegam e os que partem,
Levam no peito bem escrito
A luz de Deus, o infinito.
PALMAS
Palmas, és bela
E espalmada no céu,
Como se fosse
Uma estrela.
Pungente e amorosa
Une a gente
Ás pétalas de uma rosa.
És ainda menina,
Mas já iluminas
Os oráculos
Do mapa do Brasil.
És varonil e brava
E recolhes
Em tuas casas
A memória
De um novo lugar.
Mas também
Já és velha
Nos alforjes de Deus,
Onde brilhas
E teu nome
Se espalha,
Longe dos olhos meus.
És a residência de todos,
Inclusive dos que te levam
Em forma de Deus.
PORTO ALEGRE
Cidade
Como tramitar
Sem me perder
Entre as paredes dos anos
E a agulha de cristal do canto
Cidade
Que equilíbrio possuis
Ao sul do dia
Quando a vida ama
Cidade
Deixa eu riscar teu nome
No plano da minha mão
Feito um segredo
Renovado poema
Riscar o tema da paixão
Porto Alegre,Porto Alegre
Eu te canto
Porque em ti vive o melhor de mim
Eu te canto, cidade,
Como minha pátria
Loucura da paixão
Porto Alegre, Porto Alegre
Alegria para nós que precisamos
Vamos, cidades,vamos
Me leva em teus braços de rio
PORTO VELHO
Onde te vejo,
Revejo os longos dias
Da esperança,
Aquilo que alcança
A voz de Deus.
Porto Velho,
Estendidas em minhas veias,
Como estrelas eternizadas.
Em ti, sou amado e é amada,
Conosco vais ao longo da jornada.
O vento nos leva
Nos lençóis de linho
Desta cidade.
És caminho e arminho
Para todos os que passam por ti.
És esmeralda e brilhante,
És o olhar infinito da amante.
RECIFE
Caminho por estas ruas
Plena,
s do azul inominável da poesia.
Carlos Penna Filho vai á frente,
Bem perto do amorável coração,
Vão também Manuel Bandeira
E João Cabral de Melo Neto,
É nessa esteira de luz
Que Deus te criou entre rios e mar,
Caminhos para a santidade do verbo amar.
Teus recifes são espinhos na água,
Por eles não passam barcos ou homens,
Como passam sob os arcos de tuas pontes.
Cidade de água divina,
De água de pura fonte.
Tenho encontro marcado
Com Alceu Valença
E a praia de Boa Viagem,
Entre vinhos e de amores cuidados,
Fundamos outra paisagem.
Navegação que só o poema pode abrigar,
Cidade de ouro e vasto céu brilhante,
Em qualquer parte do país,és meu lugar.
Eu,coberto de pampa,sou teu escravo e teu amante.
RIO BRANCO
Rio Branco,
A voz de Chico Mendes,
Que ainda a todo atende.
É palavra que corre mundo
E vai em um segundo
Proclamando a justiça
Teu perfume enfeitiça.
Aos que chegam
E aos que partem.
Tens a arte
De mudar os momentos.
És cidade á luz do vento,
E vais longe
Proclamando
O que a floresta fabrica,
És forte e rica,
E assim continuarás sendo
O que os olhos de Deus está vendo.
RIO DE JANEIRO
O avião desce no aeroporto Tom Jobim,
Aqui começa o Rio, uma beleza sem fim.
Montanhas e mar que o ourives do universo
Fez quando descansou no sétimo dia da criação.
Poesia e canção por baías
Que a solidão inventa,
A paixão ilumina e sustenta,
O belo tem a vestimenta mais rara,
E aqui se declara o melhor do mundo.
Olho de Deus,terno e profundo,
Tudo desmaiado aos pés do Cristo Redentor.
Por tuas ruas cresce o amor,
Aquele que renasce beija-flor,
A cada esquina,
Verso que a mão de Drummond ilumina.
Amanhecem as cerejas mais lindas
Para que tua alma se reveja.
Em Copacabana, Gerardo Mello Mourão,
Aos domingos,
Abre sua casa para o almoço.
A Poesia perfila-se á porta
O seu vasto coração.
Da vida,
A que brilha,
É profundo poço.
O verso vibra
E até hoje ouço
O seu latir incessante,
Que por mares vai, puro diamante.
No Rio Comprido,
Bebo cerveja com Ivan Lins,
Tempos idos e vividos.
Piano e canção que não tem fim,
Sob uma lua de prata e porcelana.
Paixão de quem ama
A madrugada alta
Paixão que falta,
Que a amada se distraiu-se
Nas ruas da cidade,
E nos deixa meigos
E ásperos
Como a saudade.
Ivan toca o coração e a chama
Que morde o corpo de quem ama.
Á cidade em beleza,miséria e fome,
Como é que há de um homem
Escrever seu nome nesta paisagem?
Memória dos tristes e abandonados
Que Chico Buarque de Hollanda canta
Mulher e homens amados
Que a cruz de cristal levanta,
Sem presente
Ou passado,
Por noite e noites,
Sonhamos lado a lado.
Eterno mar que a glória quer vê-la
O que será amanhã uma estrela.
Espessa esperança
Que não cansa,
Que avança céu adentro,ao infinito.
Cidade de muitos amores
E uma dor solitária,quase um grito.
Por bares,
Que são nossos lares,
Andamos:
Luna Bar, Degrau e Lamas,
Escritores, poetas e cantores,
É a fala de quem ama.
O resto é mar.
Vastidão e iluminância,
Rente á nossa mão vazia,
Volta ao barco da infância,
Por este Rio, de janeiros
E janeiros,
Que bate em nossa alma
O ano inteiro.
Luz de Deus tão declarada,
Cidade eternamente nossa.
Seguirei sozinho,seguirás amada.
SALVADOR
Bahia de todos os Santos,
Olhai por nós,
Que vagamos entre a terra e o mar,
Procurando na leveza veloz do ar
Um amparo para nos salvar.
Na Praça Castro Alves,
Deus nos salve da agonia
Das despedidas,
E no devir dos dias
Brilhe serena a luz da estrela.
Nas ondas verdes das amaralina,
Com Ruy Espinheira Filho,
Bebo a poesia
Que nunca termina.
Salvador, Bahia,
Cidade da paixão que alucina
E do amor que não se adia.
Querer-te na memória
É dever e glória
Para ficar sempre guardado:
O Rio Vermelho de Jorge Amado,
A mãe menininha, dos Gantois,
E em Caetano Veloso mais canto há.
Onde quer que andemos,
Salvador permanece em nossa retina,
Que faz com que sonhemos,
E o nosso coração dela se ilumina,
E vira noite, tarde e manhã
O mar azul da praia de Itapuã.
SÃO LUIS
Com Gonçalves Dia
Em São Luis.
Morremos antes
Que o amor acabe
E sepultem a rosa
Bendita da felicidade.
Somos o mar sem fim
E tudo o que dele se sabe.
Com Ferreira Gullar,
Em São Luis,
Os ontens e os amanhãs
Amanheceram sobre nossos sonhos,
Sobre nossas camas,
Cobertas de amor
E de cheiro de cigarro
E beijos que nunca terminem.
Palavra ilumina palavra
E São Luis reluz
No relógio das estrelas.
Cidade além do tempo,
Saudade que vai no vento.
SÃO PAULO
A garoa é o que dizem de ti
Os que não te conhecem.
Voa a pomba e o pássaro,
Entre o cimento e o aço.
Os irmãos Campos adentram
Os umbrais da aurora,
E furam o céu cinzento
Com a lâmina de luz de poesia.
O vento é o vento,
Cortando túneis e avenidas,
E a vida brota da vida,
Numa beleza que eterniza.
Cassiano Ricardo
Na rua Haddock Lobo,
Dava aula de poesia,
Todo o santo dia
Mário e Oswald de Andrade
É a história que o mundo invade.
E assim será até o fim dos tempos,
São Paulo é estrela e puro sentimento.
TERESINA
Teresina, Teresina
Que se abre
A quem chega
Como a blusa
De uma menina.
Cidade que ilumina
O coração dos abandonados.
Tuas ruas e tuas praças
Tem o tom suave
Dos amores e da felicidade.
As naves da paixão
Fazem pousadas
E convertem em amadas
A quem passa
E a quem fica.
Em ti se multiplica
O ourives de Deus,
Que trabalha para todos
Em todas as horas
De um relógio encantado.
Em ti somos amados.
VITÓRIA
Vitória do Espírito Santo,
Que se ergue em mar
E terra e glória e mantos,
Bordados na casa de Deus.
Enquanto houver uma avenida,
Que leve ás águas sagradas,
Tu serás eterna e serás amada,
Louvando os alvores da vida.
Ontem,um céu azul –marinho,
Hoje, um céu azul-turquesa,
Que se põe com alinho
Nas toalhas brancas de nossa mesa.
Irás sendo sempre o caminho
Para todos os que amam e se deixem
Em teu solo infinito guardados,
E se sintam os mais amados.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário