quarta-feira, 7 de novembro de 2012
AMAZONAS.
O Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a maior delas em território[5], com uma área de 1.570.745,680 km², constituindo-se na nona maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da Alemanha, França, Reino Unido e Itália somadas. Seria o décimo oitavo maior país do mundo em área territorial, pouco superior à Mongólia, com seus 1,564,116 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²).
Pertencente à Região Norte do Brasil, é o segundo estado mais populoso desta macrorregião, com seus 3,6 milhões de habitantes em 2012, sendo superado apenas pelo Pará[6]. No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com 1,8 milhão de habitantes em 2012 (e efetivamente, a sétima maior do país), que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins,[7][8] com quase 104 mil habitantes. O estado é, ainda, subdividido em 13 microrregiões e 4 mesorregiões, e possui uma região metropolitana.[9] Seus limites são com o estado do Pará (leste); Mato Grosso (sudeste); Rondônia e Acre (sul e sudoeste); Roraima (norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru.[10]
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado brasileiro de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.[11] O Amazonas é ainda o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do PIB da região. Em âmbito nacional, ocupa a 15ª posição. Possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (empatado com o Amapá), o maior PIB per capita, a 4ª menor taxa de mortalidade infantil, além 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados do Norte do Brasil.
Abriga a maior e mais populosa cidade da Amazônia, Manaus, com seus 1 832 423 habitantes.[12] A capital amazonense congratula-se ainda como a maior Região metropolitana da região, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território amazonense.
Etimologia
O nome Amazonas foi originalmente,dado ao rio que banha o estado pelo capitão espanhol Francisco de Orellana, quando o desceu em todo o seu comprimento, em 1541. Afirmando ter encontrado uma tribo de índias guerreiras, com a qual teria lutado, e associando-as às Amazonas da mitologia grega, deu-lhes o mesmo nome.[14] Segundo etimologia alternativa defendida pelo historiador Karl Lokotsch, o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba".[15]
História do Amazonas
A conquista do Amazonas, 1907, Museu Histórico do Pará.
[editar]Primórdios
Pelo Tratado de Tordesilhas (1494), todo o vale amazônico se encontrava nos domínios da Coroa espanhola.[16] A foz do rio Amazonas só foi descoberta por Vicente Yáñez Pinzón, um navegador espanhol que a alcançou em fevereiro de 1500, seguido por seu primo Diego de Lepe, em abril do mesmo ano.[17]
Em 1541, outros espanhóis, Gonzalo Pizarro e Francisco de Orellana, partindo de Quito, no atual Equador, atravessaram a cordilheira dos Andes e exploraram o curso do rio até ao Oceano Atlântico. A viagem, que durou de 1540 a 1542, foi relatada pelo dominicano frei Gaspar de Carvajal, que afirmou que os espanhóis lutaram com mulheres guerreiras, as icamiabas, que, das margens do rio Marañón, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas.[18][19] O mito de mulheres guerreiras às margens do rio difundiu-se nos relatos e livros, sem escopo popular algum,[20] mesmo assim fazendo com que aquelas regiões viessem a receber o nome das guerreiras da mitologia grega, as amazonas - entre eles o maior rio da região, que passou a ser conhecido como rio das Amazonas.[21]
As expedições de Orellana e Pedro Teixeira percorreram todo o rio Amazonas, desde a foz (à direita) até o Equador (à esquerda).
Ainda no século XVI, os espanhóis realizaram outra expedição similar à de Orellana. Pedro de Ursua, vindo do Peru, também navegou o Amazonas, em busca do lendário Eldorado (1559-1561). Ursua foi assassinado a meio caminho, e a expedição prosseguiu comandada por Lopo de Aguirre, que chegou ao oceano em 1561. Como resultado dessa jornada os espanhóis decidiram, cientes das dificuldades de conquistar tão vasto espaço, adiar a tarefa de colonizá-lo.[19][22]
Quase de imediato os ingleses e os holandeses, que disputavam o domínio da América aos ibéricos, entregaram-se à exploração do Amazonas, lançando aí as primeiras bases de implantações coloniais, através do levantamento de feitorias e pequenos fortes, em 1596, chamadas de "drogas do sertão". Ainda assim, a região não possuía uma ocupação efetiva. Até o segundo decênio do século XVII, quando os portugueses começaram a ultrapassar a divisória de Tordesilhas, as companhias de Londres e Flessingen promoviam um ativo comércio de madeiras e pescado, iniciando mesmo plantios de cana, algodão e tabaco. Os próprios governos passaram a estimular abertamente a empresa. Robert Harcourt obteve carta-patente de Jaime I da Inglaterra para explorar o território do Amazonas com seus sócios (1612). Somente durante a Dinastia Filipina (1580-1640) a Coroa hispano-portuguesa se interessou pela região, com a fundação de Santa Maria das Graças de Belém do Grão-Pará (atual Belém em 1616), sendo dignas de registro a expedição do Capitão-mor da Capitania do Grão-Pará e Cabo, Pedro Teixeira, que percorreu o grande rio do Oceano Atlântico até Quito, com 70 soldados e 1.200 indígenas, em quarenta e sete canoas grandes (1637-1639),[23] e logo em seguida a de Antônio Raposo Tavares, cuja bandeira, saindo da capitania de São Vicente, atingiu os Andes, retornando pelo rio Amazonas até Belém, percorrendo um total de cerca de 12.000 quilômetros, entre 1648 e 1651.[22][24]
[editar]Presença dos missionários
A ocupação do Amazonas se deu em povoamento esparso, por causa da floresta densa.
Na virada do século XVII, balizava-se na Amazônia o domínio português, devido ao posto avançado de Franciscana, a oeste, e por fortificações em Guaporé, ao norte da região. Os franceses, instalados em Caiena, tinham como objetivo descer o litoral para alcançar o Amazonas, instigando surtidas constantes de sacerdotes, pescadores e predadores de índios. Assim, as expedições lusas de reconhecimento enfrentavam grandes dificuldades na atual região do Amazonas: no rio Negro, os manaós, tidos como índios valentes e resistentes, coligaram-se com tribos vizinhas, e os torás, na bacia do Madeira, entregavam-se a guerra de morte contra sertanistas e coletores de especiarias. Na zona do rio Solimões, a penetração portuguesa acabou por se defrontar com missões castelhanas, dirigidas pelo jesuíta Samuel Fritz. Por ordens vindas de Lisboa, as forças militares invadiram o território das missões espanholas, expulsando os padres e soldados que as amparavam. Como efeito, entre 1691 e 1697, Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca apossaram-se do Solimões, enquanto Francisco de Melo Palheta garantia o domínio lusitano no alto Madeira e Belchior Mendes de Morais invadia a bacia do Napo. O imenso espaço conquistado tornou-se produtivo. A coroa portuguesa, necessitando assim consolidar sua posição, solicitou o trabalho missionário na área.[22]
Com o objetivo de catequizar os indígenas, vários leigos e religiosos jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território amazonense. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência do extrativismo e da silvicultura, foram os locais de origem dos primeiros mestiços da região. Sofreram posteriormente seguidas invasões de outros indígenas inconformados com a invasão ao seu território e de conquistadores brancos. Brancos, acompanhados por nativos, aprisionavam índios rivais para vendê-los como escravos. A destruição das missões espalhou o desmatamento pelo território.[25]
Foram os carmelitas, juntamente com os inacianos e mercedários, que mais aprofundaram a colonização nos antigos domínios espanhóis, ocupando a área atual do estado do Amazonas. Espalhava-se as missões jesuíticas pelo vale contíguo do Tapajós e, mais a oeste, pelo Madeira, enquanto os mercedários se estabeleceram próximo à divisa com o Pará, nos cursos do Urubu e do Uatumã. Os carmelitas disseminaram seus aldeamentos ao longo do Solimões, do Negro e, ao norte, do Branco, no atual estado de Roraima.[22] Objetivando converter os gentios à fé católica e de ampliar o comércio de especiarias, os religiosos transferiam suas missões de um ponto a outro com freqüência, seguindo sempre a margem dos rios. Da multiplicidade desses aldeamentos, surgiram dezenas de povoados, a exemplo de Cametá, no deságüe do Tocantins; Airão (hoje Velho Airão, uma cidade fantasma); Carvoeiro, Moura e Barcelos, no rio Negro; Santarém, na foz do Tapajós; Faro, no rio Nhamundã; Borba, no rio Madeira; Tefé, São Paulo de Olivença e Coari, no Solimões; e em continuação, no curso do Amazonas, Itacoatiara e Silves.[22]
A partir do século XVIII, o Amazonas passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Amazonas. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios. A região do alto rio Amazonas foi considerada estratégica tanto para a diplomacia espanhola - por representar via de acesso ao Vice-reino do Peru -, quanto para a diplomacia portuguesa, especialmente a partir da descoberta de ouro nos sertões de Mato Grosso e de Goiás, escoado com rapidez pela bacia do rio Amazonas. É nesse contexto que se inserem as instruções secretas passadas por Sua Majestade ao Governador e Capitão General da Capitania do Grão-Pará, João Pereira Caldas, para que fossem fundadas sete feitorias pelo curso dos rios amazônicos, de Belém até Vila Bela do Mato Grosso e à capital da Capitania do rio Negro, para apoiar o comércio (contrabando), com as províncias espanholas do Orinoco (Venezuela), de Quito (Equador), e do Peru, comércio esse que antes se fazia com a Colônia do Sacramento (Instrução Secretíssima, c. 1773. Museu Conde de Linhares, Rio de Janeiro). A assinatura do Tratado de Madrid (1750) ratificou essa visão, tendo a Coroa portuguesa feito valer também na região o princípio do "uti possidetis", apoiado por uma linha de posições defensivas que, mesmo virtualmente abandonadas após o Consulado Pombalino (1750-1777) e durante o século XIX, legariam à diplomacia da nascente República brasileira os seus atuais contornos fronteiriços.[26]
Dentro do projeto de ocupação do sertão amazônico, constituiu-se a Capitania Real de São José do Rio Negro pela Carta-régia de 3 de março de 1755, com sede na aldeia de Mariuá, elevada a vila de Barcelos em 1790. No início do século XIX, a sede do governo da Capitania foi transferida para a povoação da barra do Rio Negro, elevada a Vila da Barra do Rio Negro para esse fim, em 29 de março de 1808.[27] À época da Independência do Brasil em 1822, os moradores da vila proclamaram-se independentes, estabelecendo um Governo Provisório. A região foi incorporada ao Império do Brasil, na Província do Pará, como Comarca do Alto Amazonas em 1824.[28]
Ganhou a condição de Província do Amazonas pela Lei n° 582, de 5 de setembro de 1850, sendo a Vila da Barra do Rio Negro elevada a cidade com o nome de Manaus pela Lei Provincial de 24 de outubro de 1848 e capital em 5 de janeiro de 1851.[28] A partir do século XIX, o território começou a receber migrantes nordestinos que buscavam melhores condições de vida na maior província brasileira. Atraídos pelo ciclo da borracha, os nordestinos se instalaram em importantes cidades amazonenses, como Manaus, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara e Barcelos, a primeira capital do Amazonas.[28]
[editar]Capitania junto com Grão-Pará
Províncias imperiais do Brasil em 1822.
O que hoje é reconhecido como Amazônia, nos primeiros anos do século XVII era denominado Estado do Maranhão e a única cidade existente era a de São Luís, que concentrava todo o poder do Estado. As regiões central e oeste foram ocupadas apenas por ordens religiosas que subdividiram em áreas de missões e aldeamentos de atuação de Jesuítas, Carmelitas, Dominicanos e Franciscanos, o que variou ao longo do tempo, particularmente, desde o fim da Companhia de Jesus, em meados do século XVIII. Ao tempo em que as Ordens Religiosas dominavam o interior do vale Amazônico, o Governo do Estado do Maranhão promovia a distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias. Nesse contexto, capitanias de duas naturezas diferentes foram fundadas: As Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares.[29]
O Estado do Maranhão virou "Grão-Pará e Maranhão" em 1737 e sua sede foi transferida de São Luís para Belém do Pará. O tratado de Madri de 1750 confirmou a posse portuguesa sobre a área. Para estudar e demarcar os limites, o governador do Estado, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, instituiu uma comissão com base em Mariuá em 1754. Em 1755 foi criada a Capitania de São José do Rio Negro, no atual Amazonas, subordinada ao Grão-Pará. As fronteiras, então, eram bem diferentes das linhas retas atuais: o Amazonas incluía Roraima, parte do Acre e se expandia para sul com parte do que hoje é o Mato Grosso. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem se dispusesse a emigrar para a região, como isenção de impostos por 16 anos seguidos. No mesmo ano, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão para estimular a economia local. Em 1757 tomou posse o primeiro governador da capitania, Joaquim de Melo e Póvoas, e recebeu do Marquês de Pombal a determinação de expulsar à força todos os jesuítas (acusados de voltar os índios contra a metrópole e não lhes ensinar a língua portuguesa).[29]
Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas. Os governadores que mais trabalharam pelo desenvolvimento até então foram Manuel da Gama Lobo d'Almada e João Pereira Caldas. Em 1821, Grão Pará e Rio Negro viraram a província unificada do Grão-Pará. No ano seguinte, o Brasil proclamou a Independência.[29]
Em meados do século XIX foram fundados os primeiros núcleos que deram origem às atuais cidades de Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro e Moura. A capital foi situada em Mariuá (entre 1755-1791 e 1799-1808), e em São José da Barra do Rio Negro (1791-1799 e 1808-1821). Uma revolta em 1832 exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os amazonenses conseguiram enviar um representante à Corte Imperial, Frei José dos Santos Inocentes, que obteve no máximo a criação da Comarca do Alto Amazonas. Com a Cabanagem, em 1835-1840, o Amazonas manteve-se fiel ao governo imperial e não aderiu à revolta. Como espécie de recompensa, o Amazonas se tornou uma província autônoma em 1850, separando-se definitivamente do Pará. Com a autonomia, a capital voltou para esta última, renomeada como "Manaus" em 1856.[29]
[editar]Ciclo da Borracha
Ver artigo principal: Ciclo da borracha
A partir de 1890, Manaus, que já se ostentava como capital do estado administrativo, experimentou um grandíssimo avanço populacional e econômico, resultante principalmente da exportação de matéria prima oriunda e até então, exclusiva da Amazônia. Com as riquezas geradas pela produção e exportação da borracha natural (Hevea brasiliensis), a capital amazonense recebeu grandes obras como o Porto de Manaus, o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Reservatório do Mocó, a primeira rede de energia elétrica e os serviços de transporte coletivo em bondes.[30]
Tida como uma referência internacional, Manaus tornou-se símbolo de prosperidade e civilização, sendo palco de importantes acontecimentos artísticos e culturais. Floresceu então, o comércio de produtos luxuosos e supérfluos, com homens e mulheres de todo o mundo desfilando por suas ruas e avenidas, na sede da compra do "Ouro Negro", como era chamada a borracha natural, para revenderem com grandes lucros nas principais capitais da Europa e nos Estados Unidos.[30] A partir de 1910, tempos difíceis iniciam-se para a cidade, devido à forte concorrência da borracha natural plantada nos seringais da Malásia, que chega aos mercados europeu e americano com vantagens superiores, o que acaba por decretar a falência da economia amazonense.[30]
[editar]Era Zona Franca de Manaus
A Zona Franca de Manaus (também chamada de Polo Industrial de Manaus ou Polo Industrial da Amazônia Brasileira) foi um projeto de desenvolvimento sócio-econômico implantado através da Lei Nº 3.173 de 6 de junho de 1957, que reformulava, ampliava e estabelecia incentivos fiscais para implantação de um pólo industrial, comercial e agropecuário numa área física de 10 mil km², tendo como sede a cidade de Manaus. Apesar da aprovação em 1957, tal projeto só foi de fato, implantado, pelo Decreto-Lei Nº 288, de 28 de fevereiro de 1967.[30]
O projeto foi implantado pelo Regime militar brasileiro. A princípio, os benefícios desse projeto se estendiam à Amazônia Ocidental, formada pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Em 20 de agosto de 2008, foi criada a Área de Livre Comércio de Macapá, que foi incluída no Conselho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e assim, o Amapá recebeu o mesmo benefício destinado aos estados.[31]
A criação da Zona Franca de Manaus visava promover a ocupação populacional dessa região e elevar o nível de segurança para manutenção da sua integridade, além de refrear o desmatamento na região e garantir a preservação e sustentabilidade da biodiversidade presente.[32] Em seus 44 anos de existência, a história do modelo da Zona Franca de Manaus é dividida em quatro fases: A primeira, de 1967 a 1975, caracterizava a política industrial de referência no país pelo estímulo à substituição de importações de bens finais e formação de mercado interno; a segunda, de 1975 a 1990, caracterizou-se pela adoção de medidas que fomentassem a indústria nacional de insumos, sobretudo no estado de São Paulo; a terceira, de 1991 e 1996, entrou em vigor a Nova Política Industrial e de Comércio Exterior, marcada pela abertura da economia brasileira, redução do Imposto de Importação para o restante do país e ênfase na qualidade e produtividade, com a implantação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBPQ) e Programa de Competitividade Industrial; e a quarta e última, de 1996 a 2002, marca sua adaptação aos cenários de uma economia globalizada e pelos ajustes demandados pelos efeitos do Plano Real, como o movimento de privatizações e desregulamentação.[32]
[editar]História recente
Ao longo da década de 1990, o Amazonas destacou-se por ser um dos estados brasileiros de maior crescimento populacional e econômico. Manaus, capital do estado, figura como uma das cinco capitais brasileiras com maior crescimento populacional, com 2,51% de crescimento anual. Em dez anos, o estado registrou 23,84% de crescimento populacional, passando de 2,8 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010.[33] No campo econômico, o estado registra atualmente 13,8% de crescimento anual, acima da média nacional.[34]
Em 2005, o estado foi afetado por uma forte estiagem, sobretudo na região sudoeste, na divisa com o Acre. A estiagem caracterizou-se por possuir o menor índice pluviométrico dos últimos 40 anos, ultrapassando períodos como as secas de 1925-1926, 1968-1969 e 1997-1998, até então consideradas as mais intensas. Neste período, o transporte hidroviário foi dificultado, populações ribeirinhas foram isoladas e houve um surto de cólera, vitimando cerca de 159 pessoas, além de prejuízos econômicos.[35]
Em abril de 2008, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou a nova delimitação da fronteira do Amazonas com o Acre. Assim, o território amazonense reduziu-se em 11.583,87 km². A área perdida corresponde a mais da metade de todo o território do estado de Sergipe, cerca de 7,5% do território do Acre e pouco mais de 0,7% da área do Amazonas. Com a mudança, sete municípios amazonenses - Atalaia do Norte, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna e Pauini - perderam território e parte da população.[36]
Atualmente, o Amazonas se divide em 62 municípios. O atual governador é Omar Aziz (PSD) que exerce o cargo desde 1° de janeiro de 2011.[37]
[editar]Geografia
Ver artigos principais: Geografia do Amazonas e Anexo:Lista de municípios do Amazonas por área territorial
Pico da Neblina, o ponto mais elevado do país, localizado em Santa Isabel do Rio Negro.
O estado do Amazonas caracteriza-se por ser a mais extensa das unidades federativas do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km².[38] Grande parte dele é ocupado por reserva florística e pela água.[39] O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C.[39] O menor clima já registrado no estado foi de 17°C. Apenas o inverno e o verão são bem definidos e a umidade relativa do ar fica em torno de 80%, tendo em vista que a região é cortada pela linha do equador, ao norte.[39] Seu fuso horário é de menos quatro horas (-4) em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da Região Norte, fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul; Pará a leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.[38]
[editar]Relevo
Apresenta um relevo relativamente baixo, já que 85% de sua superfície está abaixo de cem metros de altitude. Tem ao mesmo tempo as terras mais altas, como o pico da Neblina, seu ponto mais alto, com 3.014 metros, e o pico 31 de Março, com 2.992 metros de altitude, ambos situados no município de Santa Isabel do Rio Negro. Há uma grande porcentagem de terras baixas, comparando aos outros estados do Brasil.[40]
Amazonas, Negro, Solimões, Purus, Madeira, Juruá, Içá, Uaupés e Japurá são seus rios principais.
O estado está situado sobre uma ampla depressão, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. Isso faz do estado o maior em relação à terras baixas no Brasil. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície, as cinco unidades morfológicas do estado.[40]
[editar]Geologia
Em 30 de maio de 2006 foi lançado o primeiro Mapa Geológico do Amazonas, que teve por finalidade principal estudar as potencialidades do solo do estado. De acordo com esse estudo, de um modo geral, os solos amazonenses são relativamente pobres. Entretanto verifica-se, principalmente no interior do estado, uma região propícia a exploração de minerais, como o nióbio, caulim e silvanita. Ainda de acordo com o estudo, no estado econtra-se as três grandes reservas minerais inexploradas do mundo.[41]
O solo amazonense detém mais de 450 milhões de toneladas de silvanita, principal minério existente no estado, o que faz do Amazonas o maior produtor nacional. Outras riquezas minerais apontadas pelo estudo são a cassiterita, com uma reserva superior à 400 mil toneladas - nos municípios de Presidente Figueiredo e Urucará; a bauxita, com aproximadamente 1 milhão de toneladas; e o nióbio, estimada em mais de 700 mil toneladas em São Gabriel da Cachoeira. O potencial do gás natural de Coari, estimado em mais de 62 bilhões de metros cúbicos, também é estudado no mapa geológico.[41]
[editar]Clima
A imagem mostra o complexo da Região Hidrográfica do Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo (clique para ampliar e ver detalhes).
No Brasil, país caracteristicamente tropical, o Amazonas é dominado pelo clima equatorial, predominante também na Amazônia.[42] As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e o clima é caracterizado por elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, decorrente principalmente pela proximidade do estado com a Linha do Equador.[43] Isso também se deve às altas temperaturas, que acabam por provocar uma grande evaporação, transformando-as em chuvas.[43]
A temperatura média no Estado é elevada, atingindo 31,4ºC. A umidade relativa do ar varia de 80% a 90% anualmente, uma das maiores registradas no Brasil.[43]
O regime pluviométrico apresenta índices superiores a 2.000 mm ao ano, sendo bastante elevados.[42] Entre os meses de maio e setembro, há ocorrência de friagens no sul do estado. Quando estas ocorrem, as temperaturas diminuem, podendo chegar a 10º C.[42] Na região leste amazonense, registra-se uma pequena estação seca, com chuvas acentuadas e índices superiores a 2.500 mm ao ano. As temperaturas nesta região chegam a 26°C.[42] Na porção norte do estado, a estação seca ocorre principalmente na primavera.[42]
[editar]Vegetação
A onça-pintada é um mamífero típico da Amazônia brasileira.
Na vegetação do estado, sobressaem matas de terra firme, várzea e igapós. Toda essa vegetação faz parte da extensa e maior floresta tropical úmida do mundo: a Hileia Amazônica, que apresenta uma rica e complexa diversidade na composição da flora do estado e se faz presente em todo o seu território.[43]
Os solos de terra firme situam-se em terras altas, geralmente distantes dos grandes rios. São formadas por árvores alongadas e finas, que possuem, geralmente, grande quantidade de madeira de alto valor ecônomico.[44] Há ainda éspécies como a castanha-do-pará, as palmeiras e o cacauareiro, que também são encontradas em solos de terra firme.[44]Os solos de terra firme são vermelhos, por se tratar de uma região úmida e de alta temperatura, e seus elementos químicos principais são hidróxido de alumínio e ferro, propícios à formação de bauxita e, portanto, pobres para agricultura.[45]
As matas de várzea são próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam maior variedade de espécies. Seus solos são os mais férteis da região.[44] São solos jovens, que periodicamente são enriquecidos de material orgânico e inorgânico, depositados durante a cheia dos rios. A flora do estado apresenta uma grande variedade de vegetais medicinais, dos quais se destacam andiroba, copaíba e aroeira. São inúmeras as frutas regionais e entre as mais consumidas e comercializadas estão: guaraná, açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), camu-camu, pupunha, tucumã, buriti e taperebá.[45]
As matas de igapós estão situadas em áreas baixas, próximas ao leito dos rios. Durante quase o ano todo, permanecem inundadas. São compostas principalmente por árvores altas, que possuem, por sua vez, raízes adaptadas às regiões alagadas.[46]
[editar]Hidrografia
Ver página anexa: Lista de rios do Amazonas
Diferentes densidades e temperaturas criam uma "fronteira" por quilômetros rio Amazonas abaixo.
O Amazonas é banhado pela bacia hidrográfica Amazônica, a maior do mundo, com quase 4 milhões de quilômetros quadrados em extensão.[47] O rio Amazonas - que dá nome ao estado - é o principal de seus rios, com 7.025 quilômetros de extensão desde sua Nascente, na Cordilheira dos Andes, no Peru, até a sua foz no Oceano Atlântico.[47]
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas. O fênomeno acontece nas proximidades do município de Manaus e Careiro da Várzea, sendo uma das principais atrações turísticas do estado.[48]
O encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, visto do espaço.
O rio Negro é o principal afluente do rio Amazonas. Nasce na Colômbia, banha três países da América do Sul e percorre cerca de 1.700 quilômetros. Entra em território brasileiro através do Norte do Amazonas e forma um estuário de cerca de seis quilômetros de largura no encontro com o rio Solimões, sendo chamado de rio Amazonas a partir daí. Apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9 devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da vegetação. Por conta disso, a água mostra-se numa coloração escura.[48]
Além do rios Amazonas, Negro e Solimões, outros principais rios são: Madeira, Purus, Juruá, Uatumã e Japurá. Todos estes são integrantes da Bacia Amazônica.[47]
O rio Madeira, assim como os demais, é pertencente à Bacia do rio Amazonas e banha os estados de Amazonas e Rondônia. Possui extensão de 1.450 quilômetros e é a principal linha divisória entre Brasil e Bolívia;[49]
O rio Purus possui 1.175 quilômetros e nasce no Peru. Está situado no Sul do estado;[50]
O rio Juruá, situado na região Sudoeste do estado, possui 3.350 quilômetros de extensão e banha, além do Amazonas, os estados de Acre e Roraima. Entretanto, a região do Alto Juruá, na divisa entre Amazonas e Roraima, não apresenta condições de navegabilidade;[49]
O rio Uatumã é navegável em apenas 295 quilômetros. Nasce na divisa do estado com Roraima, no planalto das Guianas. É conhecido por não possuir nenhum núcleo populacional ao longo de seu leito e por abrigar a Usina Hidrelétrica de Balbina;[51]
O rio Japurá possui inúmeras ilhas em seu leito. Nasce na Colômbia e possui 730 quilômetros em território brasileiro.[49]
Outros rios notáveis no estado são o Uaupés, Coari, Içá, Javari, Tefé, Nhamundá e Jutaí.[52]
[editar]Ecologia
No estado, até dezembro de 2010, as Unidades de Conservação de Proteção Integral (UCPI) e Unidades de Conservação de Uso Sustentável (UCUS) possuíam, juntas, uma área de 369.788 km², equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul. Essa área correspondia a 23,5% do território do Amazonas.[53] Individualmente, as Unidades de Uso de Proteção Integral representavam 7,8% da área territorial amazonense, e as Unidades de Uso Sustentável representavam 15,8% desse total. Comparando a extensão de Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, o estado possui a segunda maior extensão, superado apenas pelo Pará, com seus 403.155 km². A maior parte delas era administrada pelo governo estadual.
A criação de Unidades de Conservação (UC) nos estados da Amazônia deu-se a partir da década de 2000. Até então, a criação e demarcação de tais locais dava-se apenas em áreas remotas dos estados. Grande parte destes foram criados com o intuito de auxiliar a regularização fundiária e desincentivar o avanço do desmatamento em áreas de grande concentração populacional.[53] Das Unidades de Conservação criadas a partir de 2003 no estado, 58% delas eram de uso sustentável, e 33% foram criadas em regiões de grande avanço populacional.[53] Em dezembro de 2010, apenas 24 % das UCs possuiam plano de manejo aprovados por seus conselhos gestores, enquanto 50% destas não possuiam tal plano. Há ainda de se destacar que o número de conselho gestores nestas unidades é baixo: 48 % delas possuiam conselhos gestores, deliberativos ou consultivos, enquanto outras 45% não possuiam e eram administradas unicamente pelo orgão estadual ou federal.[53]
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.[53] A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a maior unidade de conservação em área alagada do país, localiza-se no estado. Foi criada em 1996 e está situada nos municípios de Fonte Boa, Maraã e Uarini.[54]
Parques nacionais
Cachoeira de Salto Augusto, localizada no Parque Nacional do Juruena.
Ao menos três dos principais parques nacionais brasileiros estão no Amazonas.[53] O principal deles é o Parque Nacional do Jaú. O Parque Nacional do Jaú foi criado em 1980, através do Decreto Lei nº 85.200. Possui 2.272.000 hectares e está situado nos municípios de Novo Airão e Barcelos.[55] É o maior parque nacional do Brasil e o maior de floresta tropical úmida no mundo. A temperatura média no parque é de 27º C. É administrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).[55]
Também são notáveis os parques da Amazônia e do Pico da Neblina. O Parque Nacional da Amazônia foi criado pelo Decreto Lei nº 73.683 em 19 de fevereiro de 1974 e está situado entre o Amazonas e Pará.[56] O Parque Nacional do Pico da Neblina criou-se em 1979, pelo Decreto Lei nº 83.550. Sua área é de 2.200.000 de hectares e está situado no município de São Gabriel da Cachoeira.[57] Abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 metros.[58]
Parques estaduais
Há diversos parques estaduais no estado, quase todos administrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).[59] Os principais parques estaduais no Amazonas são o Parque Estadual Nhamundá, o primeiro parque de caráter estadual no estado, instituído pelo Decreto Lei nº 12.836 em 1990, com uma área de 195.900 hectares. Situa-se no município de Nhamundá e possui ecossistemas de várzea e campos naturais, além de florestas de terra firme, com planícies e serras. Seu acesso é feito por via fluvial;[60] Parque Estadual Serra do Aracá, criado em 1990, através do Decreto Lei nº 12.836, situado em Barcelos e ocupando uma área de 1.818.700 hectares - 15 % da área do município; Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, localizado em Novo Airão e com área de 178.620 hectares. Foi estabelecido pelo Decreto Lei nº 16.497 de 2 de abril de 1995 e engloba 5 % da área do município. Abriga as ruínas da cidade fantasma de Velho Airão e sítios arqueológicos;[61] Parque Estadual Rio Negro Setor Sul, situado entre Manaus e Novo Airão e criado através do Decreto Lei nº 16.497 de 2 de abril de 1995. Ocupa uma área de 257.422 hectares, ocupando cerca de 4% da área do município de Manaus. É usado para o ecoturismo e habitado por comunidades tradicionais, como caboclos e ribeirinhos;[61]
Destacam-se ainda os parques de Sumaúma, a única Unidade de Conservação estadual em área urbana no Amazonas, situada em Manaus, no bairro Cidade Nova e instituída em 2003;[61][62] Sucunduri, com 808.312,179 hectares, criada em 2005 em Apuí;[63] Cuieiras, com 55.800 hectares;[64] Guariba, possuindo 72.296,331 hectares e criado em 2005 em Manicoré, no sul do estado;[65] e Matupiti, também no sul do estado.[66]
[editar]Demografia
De acordo com o Censo brasileiro de 2010, o Amazonas era habitado por 3 483 985 habitantes, sendo que haviam 2 755 490 habitantes em área urbana e 728 495 habitantes em área rural. Quanto à questão de gênero, haviam 1 753 179 homens e 1 730 806 mulheres. Foram identificados 902 780 domicílios, sendo que apenas 801 640 deles eram ocupados, gerando um déficit habitacional de 101 140 domicílios. A média de habitantes por domicílio era de 4,24 pessoas.[67] A capital, Manaus, é a maior cidade da região Norte, com cerca de 1,8 milhão de habitantes,[12].
Ano Habitantes[68]
1872 57.610
1890 147.915
1900 249.756
1920 363.166
1940 438.008
1950 514.099
1960 708.459
1970 955.235
1980 1.430.089
1991 2.103.243
1996 2.389.279
2000 2.813.085
2006 3.311.026
2007 3.221.940
2008 3.341.096
2009 3.393.369
2010 3.480.937
2011 3.538.359
2012 3.590.985
Em 2012, de acordo com estimativas da mesma instituição, a população do estado atingiu 3 590 985 habitantes.[69] No estado, quase 30 000 habitantes não são naturais da unidade federativa.[70]
Na questão de alfabetização, habitantes do estado com mais de 5 anos de idade alfabetizados totalizavam 2 670 173 pessoas.[71] Pelo menos 791 162 habitantes afirmaram serem portadores de algum tipo de deficiência permanente, destacando-se a deficiência motora, com 38 509 deficientes declarados. 2 728 pessoas afirmaram serem brasileiros naturalizados e 6 964 afirmaram serem estrangeiros. Haviam ainda, 883 278 pessoas não-naturais do estado do Amazonas, sendo que destas 219 085 afirmaram viver no estado há mais de 10 anos. Destacando a questão do estado civil, haviam 1 948 604 pessoas com mais de 10 anos de idade solteiras, 640 437 pessoas com mais de 10 anos de idade casadas, 74 287 pessoas viúvas, 41 698 divorciadas e 23 116 pessoas desquitadas ou separadas judicialmente. Há de se destacar que 699 439 pessoas declararam viver em união consensual.[72]
Ainda de acordo com o censo de 2010, 791 162 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência.[73] A deficiência mental ou intelectual apresentou-se em 38 509 habitantes, enquanto outros 149 796 habitantes declararam possuir alguma deficiência motora. 124 737 habitantes declararam possuir algum tipo de deficiência auditiva, enquanto outros 530 296 habitantes possuem deficiência visual. Os habitantes que declararam não possuir nenhum tipo de deficiência somam-se 2 692 764 habitantes.[73]
O estado alcançou um grandíssimo crescimento populacional no início do século XX, devido ao período da áurea da borracha, e após a instalação do Polo Industrial de Manaus, na década de 1960.[74] O estado ainda mantém taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, o Amazonas cresceu 2,7% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%. O censo demográfico de 2010 do IBGE, apontou que o estado cresceu 23,84% em população entre 2000 e 2010 e que o mesmo mantém um aumento populacional de 2,16% ao ano.[75]
De acordo com o censo de 2000, dos 3,3 milhões de habitantes do estado 78,4% vivem em cidades, enquanto 17,3% da população vivem no campo. A composição da população amazonense por sexo mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens; esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens. Porém, o fluxo migratório para o estado é de maioria masculina.[76]
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, no estado vivem 2 030 549 eleitores, colocando o Amazonas como o segundo maior colégio eleitoral na região Norte.[77] O estado possui ainda, a maior população estrangeira na Região Norte. São 6 964 habitantes no estado que possuem alguma nacionalidade que não seja a brasileira. O Pará responde pela segunda maior população estrangeira no Norte do país (3 679 imigrantes), seguido de Rondônia, com 2 856 imigrantes.[73]
Durante cem anos, de 1810 a 1910, um relevante número de migrantes e imigrantes espalharam-se por diversas cidades e povoados da Amazônia, principalmente entre Belém e Manaus. Eram em grande parte, atraídos pelo ciclo da borracha. Entre os migrantes, destacou-se principalmente os nordestinos, e entre os imigrantes, destacavam-se os árabes[78] e japoneses. Os japoneses entretanto, chegaram ao Amazonas somente a partir de 1923. Com o fim do ciclo da borracha, o Governo do Amazonas cedeu 1,030 milhão de hectares a serem divididos entre os imigrantes japoneses que desejassem fazer cultivo do solo da região, como forma de movimentar a economia do estado em crise.[79] Os primeiros imigrantes dirigiram-se a cidades como Maués, Parintins, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Manaus.[80] Até então, Maués era a cidade com o maior fluxo de imigração japonesa e onde eles iniciaram o cultivo do guaraná. Porém, em 1941, houve uma epidemia de malária matando várias famílias.[80] Outras famílias destinaram-se a Parintins, onde dividiram vários hectares de terra com os "koutakusseis", jovens europeus estudantes de agronomia, provenientes de famílias de classe alta que imigraram para o Amazonas no intuito de se fixarem para sempre.[80] Estima-se que existam no Amazonas 5 000 descendentes de imigrantes japoneses.[81]
[editar]Etnias
A população do Amazonas é composta basicamente por pardos, brancos e indígenas. A forte imigração no final do século XIX e início do século XX trouxe ao estado pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixaram no estado do Amazonas. Existe também uma grande e diversificada população de descendentes de imigrantes, tais como portugueses, italianos, espanhóis e japoneses. Há também uma notável comunidade afrodescendente, em especial haitianos.
Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2006, a população amazonense está composta por pardos (74,3%), brancos (21%), indígenas (4,4%), pretos (3,4%) e amarelos (0,4%). Nenhum outro estado no Brasil tem mais indígenas do que o Amazonas, divididos em 65 etnias.[82][83]
Entre os que se autodeclaram pardos, o mais característico é o caboclo. Inicialmente nascido da mestiçagem entre indígenas e europeus, a partir do século XIX, também miscigenou-se com nordestinos. Os imigrantes sulistas, predominantemente brancos, que chegaram ao estado no final do século XX, têm sido também mestiçados com a população cabocla. O Dia do Mestiço (27 de junho) e o Dia do Caboclo (24 de junho) são datas oficiais no estado.
Tal qual a variedade cultural verificável no Amazonas, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos amazonenses se declara católica - é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes.
O estado possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja Batista, Igreja Luterana, Igreja Adventista, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Metodista, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Igreja Episcopal Anglicana. Além dessas, grande parte declara-se seguidores de outras religiões, tais como os Santos dos Últimos Dias ou mórmons; as Testemunhas de Jeová; os messiânicos; os judeus; os esotéricos; os muçulmanos e os espiritualistas. No estado há um templo mórmon, o Templo de Manaus, sendo o sexto operado no Brasil.[86]
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Amazonas está composta por: católicos (61,2%), protestantes (32,1%) pessoas sem religião (6,2%), espíritas (0,4%) e outras religiões (0,1%).[87]
[editar]Habitação e condições de vida
Em 2010 foram identificados 902 780 domicílios no estado, dos quais 801 640 deles eram ocupados e 101 140 não eram ocupados.[67] Em relação ao tipo de material dos domicílios particulares permanentes, 415 884 domicílios eram feitos de alvenaria com revestimento, 75 426 feitos de alvenaria sem revestimento, 256 467 domicílios feitos de madeira aparelhada, 9 265 domicílios construídos em palha, 2 519 domicílios em taipa revestida e 3 368 domicílios construídos com outro tipo de material. A maior parte dos domicílios possuiam cinco cômodos.[72]
Em relação ao abastecimento de água canalizada, 637 314 domicílios eram atendidos pelo sistema, um percentual de 83,05%.[72][88] Os bens duráveis populares (geladeira, rádio, televisão e máquina de lavar) estavam presentes em 799 314 domicílios. Microcomputadores com acesso à internet existiam em 211 872 destes domicílios e 618 065 possuiam o uso de telefones fixo ou celular.[72] Foram identificados 715 623 casas, 53 529 apartamentos, 19 539 casas de condomínio, 7 741 cortiços ou casas de vila e 3 197 ocas ou malocas.
Economia.
O PIB do Amazonas é o 15º maior do país, destacando-se na área industrial. De acordo com dados relativos a 2009, o PIB amazonense era de 49 614 mil, enquanto o PIB per capita era de 14 620 reais.[89]
O estado possui uma economia baseada na indústria e no extrativismo. Destaca-se as indústrias de eletroeletrônicos, petróleo e gás natural e automobilístico; os setores de serviços e financeiro; e a mineração e pesca, que formam a base de uma economia que responde por cerca de 70 % da economia nortista, juntamente com o estado vizinho do Pará. O estado oferece ainda a segunda melhor infraestrutura do país para investimentos em novos empreendimentos ficando atrás apenas do Distrito Federal.[90] Foi ainda, o estado que mais cresceu econômicamente no primeiro trimestre de 2010.[91] Atualmente, o Amazonas lidera o crescimento e a alta industrial no Brasil.[92]
Ao lado do Pará, é o estado que mais influencia na economia da Região Norte brasileira. Entretanto, alcançou em 2009 seu pior desempenho econômico, sendo influenciado pelo baixo desempenho da indústria de transformação, registrando -0,3% de crescimento anual, o mesmo patamar da média brasileira à época. Apenas o Pará registrou índice pior em âmbito regional (-3,2%), enquanto os outros estados da região registraram crescimento econômico acima da média nacional.[93]
Dados do Censo brasileiro de 2010 indicaram a existência de 1 466 464 pessoas economicamente ativas no estado, sendo que destas, 1 323 402 exerciam alguma ocupação no período em que ocorreu o censo e 143 058 encontravam-se desocupadas. Em contrapartida, 1 261 576 pessoas declararam não serem economicamente ativas.[72] Entre os habitantes que declararam serem economicamente ativos, o maior número está na faixa etária dos 25 a 29 anos, onde 226 703 habitantes são ativos na economia, em um total de 323 533 que vivem no estado. O menor número registrado foi na faixa etária entre 50 a 54 anos, onde 87 960 habitantes dos 125 349 que vivem no estado são ativos na economia. É notável ainda, o número de crianças e adolescentes que exercem alguma atividade profissional e movimentam a economia: 43 233 em um total de 400 422 habitantes entre 10 e 14 anos. O número de habitantes com mais de 70 anos que declarou estar em idade ativa na economia também é notório: 16 338 em um total de 88 949 habitantes nesta faixa etária que vivem no estado.[72]
Em 2010, aproximadamente 774 357 habitantes exerciam a função de empregados no setor público ou privado. Destes, 419 804 empregados exerciam atividades profissionais com carteira de trabalho assinada e 259 972 profissionais não possuiam carteira de trabalho assinada.[72] 374 116 habitantes eram autônomos e 94 582 habitantes eram funcionários públicos estatutários ou militares. Destaca-se também, o número de pessoas que trabalhavam na produção para o próprio consumo, cerca de 128 130 pessoas e 33 141 que declararam não receber remuneração por suas atividades profissionais.[72] Na questão salarial, 444 398 pessoas declararam receber até um salário mínimo, 360 494 pessoas declararam receber entre 1 e 2 salários mínimos, 86,546 pessoas declararam receber entre 3 a 5 salários mínimos e 7 928 declararam receber mais de 20 salários mínimos.[72]
O estado também possui a menor porcentagem de trabalhadores que exercem seu trabalho fora de seu município de origem. Apenas 1,4% dos habitantes trabalhadores do Amazonas exercem sua atividade profissional em outro município que não seja o seu domiciliar.[94]
[editar]Setor primário
De todos, o setor primário é o menos relevante para a economia do estado. Representava em 2008, apenas 3,6 % da economia amazonense.[88] Segundo o IBGE, em 2010 o estado possuía um rebanho de 1 360 800 bovinos, 12 803 equinos, 63 322 bubalinos, 633 asininos, 895 muares, 99 676 suínos, 18 649 caprinos, 56 285 ovinos, 17 709 codornas, 1 388 coelhos e 4 076 184 aves, entre estas 2 801 449 galinhas e 1 274 735 galos, frangos e pintinhos.[95] No mesmo ano, o estado produziu 47 203 mil litros de leite de vacas. Foram produzidos 67 017 dúzias de ovos de galinha e 45 449 quilos de mel-de-abelha.[95] Na lavoura temporária são produzidos abacaxi, arroz, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, juta, malva, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo.[96] Já na lavoura permanente produzem-se abacate, banana, borracha natural (látex), cacau, café, coco, dendê, goiaba, guaraná, laranja, limão, mamão, manga, maracujá, palmito, pimenta-do-reino, tangerina e urucum.[96]
Em relação à indústria madeireira, produzem-se carvão vegetal, lenha e madeira em tora.[96] Na silvicultura, destaca-se produtos alimentícios como o açaí e castanha-do-pará, além de látex coagulado e produtos oleaginosos.
Setor secundário
É o setor que tem mais relevância no papel econômico do estado, respondendo por 69,9 % das riquezas produzidas, de acordo com dados de 2004.[88] Destaca-se a capital, Manaus, onde estão instaladas a maior parte das indústrias e fábricas da unidade federativa, em razão da mesma sediar o Polo Industrial de Manaus, o segundo maior centro de indústria do Brasil, atrás apenas do ABC paulista.[97] Além de Manaus, outras cidades com notáveis indústrias são Itacoatiara, Coari e Manacapuru, onde originam-se indústrias madeireiras. O orgão responsável pelas indústrias amazonenses ou sediadas no estado é a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas.[88]
O setor secundário cresceu gradativamente no Amazonas. A participação relativa do setor industrial no PIB do estado, que era de 14,7 % em 1970, passou para 19,00% em 1975 e 37,2% em 1980, o que fez com que a variação percentual do crescimento real do produto industrial regional tenha alcançado 826,28 % na década de 1970. Em sua história recente, o Amazonas possui participação majoritária no produto industrial da Região Norte, detendo 48 % entre os sete estados.
A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é o principal centro financeiro da Região Norte brasileira e o segundo do Brasil. Foi implantado pelo governo brasileiro com o objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo melhor integração produtiva e social dessa região ao país e garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras[99] É um dos mais modernos da América Latina.[100] A mais bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá[101]) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações. Responsável pela arrecadação de 34,2 bilhões em 2011, suas indústrias baseiam-se principalmente no setor de eletroeletrônicos e pólo de duas rodas.
[editar]Setor terciário
Segundo setor a render riquezas no estado, o setor terciário representava em 2004 cerca de 26,5 % da economia amazonense.[88] Existiam no estado, em 2009, aproximadamente 4 530 empresas, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) promovida pelo IBGE,[102] sendo que destas, 241 eram empresas locais.
Turismo
O Festival Folclórico de Parintins é um exemplo de turismo cultural. É um dos principais atrativos turísticos da região norte brasileira.[104]
O Amazonas recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.[105] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.[106]
A capital do estado, Manaus é o maior destino de turistas da Amazônia, oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados.[8] Conta também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[8] Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra mais significativa da época áurea da borracha.
O Amazonas possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas localizadas principalmente na Região Metropolitana de Manaus e em outras cidades de médio porte. A educação do Amazonas é considerada a quarta melhor do país, comparado à dos demais estados brasileiros. Na lista de estados brasileiros por IDH em educação, com dados de 2005, o Amazonas aparece em quarto lugar, com 0,925 de índice, um aumento de mais de 14% em relação à 2000, quando o estado atingia 0,813. É superado apenas pelo Distrito Federal (0,962), Rio de Janeiro (0,945) e Santa Catarina (0,934). Em relação ao analfabetismo, na lista de estados brasileiros por taxa de alfabetismo, o Amazonas aparece em nono lugar, com 7,0% de sua população considerada analfabeta.[111] O estado superou-se significativamente nesse ranking na última década. Em 2001, aparecia em décimo quinto lugar, com 15,5% de sua população tida como analfabeta.[112]
O estado possui a maior porcentagem, entre os estados brasileiros, de pessoas entre 7 e 14 que não frequentam unidades escolares. De acordo com dados do censo de 2010, 8,2% dos habitantes do Amazonas nesta faixa etária encontram-se nesta situação.[113] Entre a população na faixa etária de 15 a 17 anos, 19,6% destes não frequentam unidades de ensino, de acordo com o censo de 2010, colocando o estado na 23ª posição nacional. Apenas os estados de Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Acre estão em situação semelhante ou pior.[113] A população do Amazonas em idade escolar alcançava 1 088 463 habitantes em 2010, um total de 31,2%.
Ensino básico
A nota média do Amazonas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é de 35,55 na prova objetiva e 57,77 na prova de redação, sendo a maior nota entre os estados das regiões Norte e Nordeste. Em relação ao número de estudantes, 7 463 participaram do ENEM em 2010, sendo que destes, 2 404 eram concluintes do ensino médio e 4 493 egressos. 85,52 % do total de estudantes eram oriundos de escola pública.[115] Do total de estudantes do ensino médio em 2010, 44,4% estudavam em período noturno.[114]
O Enem de 2008 identificou que o estado possuia o pior ensino médio público do país, com uma pontuação de apenas 33,48 pontos.[116] A Escola Estadual Indígena Cacique Manuel Florentino Mecuracu, no município de Benjamim Constant, foi identificada pelo Ministério da Educação como a terceira pior escola pública do país. No ano seguinte, 2009, a educação do estado foi identificada novamente como uma das piores no Brasil. A Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, foi identificada como a pior escola pública no país, com 249,25 pontos no Enem, muito abaixo da média nacional de 500 pontos definida pelo Inep. Neste mesmo ano, das 20 melhores escolas do estado, 16 eram particulares e 4 federais, com destaque para o Centro Educacional Lato Sensu e Fundação Nokia, em Manaus, e o Colégio Nossa Senhora do Rosário e Instituto Adventista Agro Industrial, em Itacoatiara e Rio Preto da Eva, respectivamente.
Ensino superior
Há demasiadas instituições de ensino superior no estado. Quatro delas são de caráter público: Universidade Federal do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Instituto Federal do Amazonas e Universidade dos Servidores de Manaus.
Entre as principais instituições de ensino superior de caráter privado, no Amazonas, destacam-se o Centro Universitário do Norte (Uninorte), Universidade Nilton Lins, Universidade Paulista (UNIP), Faculdade Metropolitana de Manaus (FAMETRO), Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas (CIESA), Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Fundação Getúlio Vargas e Faculdade Batista Ida Nelson.
Subdivisões.
O Amazonas possui em sua divisão política sessenta e dois municípios, agrupados geograficamente pelo IBGE em seis mesorregiões e treze microrregiões. O Governo do Amazonas divide o estado economicamente em seis regiões: Região Metropolitana de Manaus, Baixo Amazonas, Alto Solimões, Alto Rio Negro, Calha do Juruá e Purus.Os municípios,são os seguintes:
Mapa do Amazonas com subdivisões oficiais.
Os municípios do Amazonas são as subdivisões oficiais do estado brasileiro do Amazonas, localizado na região Norte do país. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães.[124] O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com seus 3,4 milhões de habitantes, sendo superado pelo Pará.[6] No entanto, apenas duas de suas cidades possuem acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital, e Parintins.[7][8] O estado é oficialmente subdividido ainda em 13 microrregiões, além de 6 mesorregiões.[9] Faz fronteiras com o Pará (Leste); Rondônia e Mato Grosso (Sul); Acre (Sudoeste); Roraima (Norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru.[10]
Possui uma área de 1.570.745 km², sendo a mais extensa do país.[5] Se constitui na 9ª maior subdivisão mundial – é maior que as áreas somadas de França (547.030,0 km²), Espanha (504.782,0 km²), Suécia (357.021,0 km²) e Grécia (131.940,0 km²); seria o 18º maior país do mundo em área territorial, pouco maior que a Mongólia, com seus 1,564,116 km²; é maior que a área da região Nordeste brasileira, com seus nove estados; e equivale a 2,25 vezes a área do Texas (696.200,0 km²), segundo maior estado americano. O município com a maior área é Barcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão[125] sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA).[125] O menor é Iranduba, com 2.215 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus.[126] Grande parte dos municípios do Amazonas possuem grandes àreas territoriais. Em média, um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o equivalente a àrea do estado de Sergipe.[127]
Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela. Ainda neste município está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. São Gabriel da Cachoeira também é o único município brasileiro a possuir mais de um idioma oficial: Além do português, as línguas tucano, nhengatu e baníua são reconhecidas como idiomas oficiais do município[nota 1] São Gabriel da Cachoeira também se destaca por sua população: 99 % dos habitantes do município são indígenas, representando 9 % da população ameríndia do Brasil.
Cultura.
Artes
O Teatro Amazonas, mandado construir pelo governador Eduardo Ribeiro, cafuzo natural do Maranhão, é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. Manaus e Parintins possuem fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
[editar]Artesanato
O artesanato do Amazonas é variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral usam-se elementos da floresta como contas, sementes e cipós. Atualmente o artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo incorporados a jóias, as chamadas biojóias.
[editar]Saúde
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM), quase 90 % dos médicos que trabalham no estado residem em Manaus.[129]
[editar]Culinária
Tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo.
A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus.
Outros pratos típicos amazonenses são:
pato no tucupi
tacacá
peixe moqueado
pirarucu de sol
açaí
piquiá
pupunha
Calderada de Tambaqui
Matrinxã na Brasa
[editar]Frutas
O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do mundo.[carece de fontes] O Araçá-boi, fruta nativa do Amazonas e da Amazônia Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional, servindo para se transformar em um alimento probiótico chamado de Streptococcus salivares subsp. Thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus.[130]
A seguir, algumas das frutas nativas:
Açaí
Cupuaçu
Araçá-boi
Graviola
Pupunha
Taperebá
Piquiá
Tucumã
Bacaba
patauá
maracujá do mato
biribá
bacuri
murici
marimari
ingá de macaco
AGRADECIMENTO
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas
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Oi Professora Aqui e Welynton do 8°A e Estou Passando So Pra Olhar Enquanto Nao Tem o Meu Estado de Piaui e Estou Criando um Blog Legal Se Quiser Da Uma Olhada Passa La!!
ResponderExcluirhttp://eliasajuda.blogspot.com.br/