sábado, 3 de novembro de 2012

Paraná

Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[5] e tem como limites os estados do Mato Grosso do Sul (noroeste), São Paulo (a norte e leste) e Santa Catarina (sul), além da Argentina (sudoeste), do Paraguai (oeste) e do oceano Atlântico (leste).[6] Está situado na região Sul do país[5]. Ocupa uma área de 199 880 km²,[7] pouco menor que a Romênia, país com formato semelhante.[8] Sua capital é Curitiba[9]. Possui 399 municípios, organizados em 39 microrregiões e 10 mesorregiões.[10] Suas cidades mais populosas são Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Toledo, Apucarana, Arapongas e Umuarama.[2] O Paraná, cujo território abrange toda a extensão da antiga República do Guairá à época do Império Espanhol, era a província mais nova do Império do Brasil, desmembrada da de São Paulo em 1853,[11] tendo como primeiro presidente o senhor Zacarias de Góis e Vasconcelos.[11] Foi criada como punição pela participação dos paulistas na Revolta Liberal de 1842.[11] É também o mais novo estado da Região Sul do Brasil,[11] logo depois do Rio Grande do Sul (1807) e Santa Catarina (1738). O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais espalhados pela porção sul planáltica,[nota 1] onde o clima é subtropical úmido, como nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul[12] enquanto o resto do Brasil é tropical.[12] A espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia.[13] Os ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947.[14] Atualmente, esse ecossistema encontra-se muito destruído devido à ocupação humana.[15] Seu relevo é dos mais expressivos do Brasil: 52% do território ficam acima dos 600 m e apenas 3% abaixo dos 300 m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri são os rios mais importantes. O clima é temperado.[12][16] A economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, tomate, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate).[17] De acordo com o PIB, o Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.[18] O Paraná tem um setor agropecuário bastante diversificado e altamente produtivo, além de um setor industrial crescente.[19][20] É o maior estado produtor nacional de milho e de soja e o segundo de cana-de-açúcar.[21] O nome do estado é derivado do rio que delimita a fronteira oeste de seu território, onde ficava o salto de Sete Quedas (hoje submerso pela represa da Usina Hidrelétrica de Itaipu) na divisa com Mato Grosso do Sul, já na Região Centro-Oeste,[22] e com o Paraguai. O rio Paraná nasce da confluência dos rios Paranaíba e Grande, quase no extremo oeste de Minas Gerais. Etimologia. O nome do estado é derivado do nome indígena dado ao rio em tupi: pa'ra = "mar" mais nã = "semelhante, parecido". Paraná é, portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar"; naturalmente pelo seu tamanho. O potamônimo[nota 2] passou a designar a região, que se tornou província autônoma em 1853 e estado em 1889. A pronúncia Paranã era encontrada até há pouco tempo.[24][25] Os habitantes naturais do Estado do Paraná são denominados paranaenses.[26] Não existe o gentílico no feminino do plural nem do singular, portanto é neutro nas duas flexões gramaticais de gênero e número, por exemplo: "o paranaense e a paranaense; os paranaenses e as paranaenses" História. Capitanias hereditárias (Luís Teixeira. Roteiro de todos os sinais..., c. 1586. Lisboa, Biblioteca da Ajuda Até meados do século XVII, o litoral sul da capitania de São Vicente, hoje pertencente ao estado do Paraná, foi esporadicamente visitado por europeus que buscavam madeiras de lei.[28] No período de domínio espanhol, foi estimulado o contato dos vicentinos com a área do rio da Prata e tornou-se mais frequente o percurso da costa meridional, cuja exploração intermitente também seria motivada pela procura de índios e de riquezas minerais.[28] Do litoral os paulistas adentraram-se para oeste, em busca de indígenas, ao mesmo tempo que, a leste, onde hoje estão Paranaguá e Curitiba, dedicaram-se à mineração.[29] As lendas sobre a existência de grandes jazidas de ouro e prata atraíram à região de Paranaguá numerosos aventureiros.[29] O próprio Salvador Correia de Sá, que em 1613 assumira a superintendência das minas do sul do Brasil, ali esteve durante três meses, enquanto trabalhava com cinco especialistas que fizera vir de Portugal.[28] Não encontrou, porém, nem uma onça de ouro.[28][30] Sob o governo do marquês de Barbacena, foi para lá enviado o espanhol Rodrigo Castelo Blanco, grande conhecedor das jazidas do Peru, que em 1680 escreveu ao rei de Portugal para também desiludi-lo de vez sobre a lenda das minas de prata.[30] No fim do século XVII, abandonados os sonhos de grandes riquezas minerais, prosseguiu a extração do ouro de aluvião, dito "de lavagem", mediante a qual os escassos habitantes do lugar procuravam recursos para a aquisição de produtos de fora.[29] Os índios que escapavam ao extermínio eram postos na lavoura.[30] Os escravos africanos começaram a ser utilizados no século XVIII[30] e já em 1798 o censo revelava que seu número, em termos relativos, superava o dos índios.[30] A vila de Paranaguá, criada por uma carta régia de 1648,[31] formou com o seu sertão - os chamados campos de Curitiba, a quase mil metros de altitude - uma só comunidade.[30] Prevaleceu em Paranaguá o cultivo das terras e, nos campos, a criação de gado.[30] Pouco a pouco, Curitiba, elevada a vila em 1693,[32] transformou-se no principal núcleo da comunidade paranaense,[30] e para isso foi fator decisivo a grande estrada do gado que se estabeleceu entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba. Províncias Imperiais Por alvará de 19 de fevereiro de 1811, foi criada a comarca de Paranaguá e Curitiba, pertencente à capitania de São Paulo. A 6 de julho do mesmo ano a câmara municipal de Paranaguá dirigiu-se ao príncipe regente para pedir a emancipação da comarca e a criação de nova capitania.[34] Dez anos depois, o movimento denominado Conjura Separatista, liderado por Floriano Bento Viana, formulou abertamente sua reivindicação separatista, mas ainda sem obter êxito.[35][36] Apesar da atividade política expressa em sucessivas diligências e petições que tinham em vista a emancipação político-administrativa, e mesmo após a independência, continuaram os então chamados "parnanguaras" submetidos aos comandantes da tropa local, uma vez que o governo provincial estava longe e desinteressado daquelas terras.[30] A importância política e estratégica da região avultava com os anos e evidenciava-se com acontecimentos que repercutiram no plano nacional, como a Revolução Farroupilha (1835-1845) e a Revolução Liberal de 1842.[30] Em 29 de maio de 1843, entra em primeira discussão o projeto de lei que elevava a comarca de Curityba à categoria de província.[37] Durante os debates, destacaram-se os deputados de Minas Gerais e São Paulo.[37] Segundo os deputados paulistas, o verdadeiro motivo da criação da nova província, por desmembramento da Província de São Paulo, seria o de punir esta última por sua participação na Revolta Liberal de 1842. Paralelamente, a economia paranaense, a par do comércio de gado, ganhava incremento com a exportação da erva-mate nativa para os mercados do Prata e do Chile.[30] Eram feitas promessas de emancipação, enquanto prosseguiam as representações e a luta no Parlamento.[30] Finalmente, a 28 de agosto de 1853 foi aprovado o projeto de criação da província do Paraná, que teria como capital provisória (que depois seria confirmada) o município de Curitiba.[38] A 19 de dezembro do mesmo ano chegou à capital Zacarias de Góis e Vasconcelos, primeiro presidente da província, que desde logo se empenhou em tomar medidas destinadas a impulsionar a economia local e conseguir recursos para as ações administrativas que se faziam necessárias.[38] Procurou encaminhar para outras atividades, mormente de lavoura, parte da mão-de-obra e dos capitais que se empregavam no preparo e comércio da erva-mate. O mais lucrativo negócio da província continuava a ser, no entanto, a invernada e a venda de muares para São Paulo. Essa atividade chegou ao ponto mais alto na década de 1860 e só entrou em declínio no final do século. Durante o período provincial, o governo do Paraná não alcançou a necessária continuidade administrativa, já que a presidência da província, de livre escolha do poder central, teve nada menos de 55 ocupantes em 36 anos.[40] Os liberais paranaenses organizaram-se sob a liderança de Jesuíno Marcondes e seu cunhado Manuel Alves de Araújo, pertencentes à família dos barões de Tibagi e Campos Gerais, na época a mais poderosa oligarquia na região.[39] Os conservadores eram chefiados por Manuel Antônio Guimarães e Manuel Francisco Correia Júnior, de famílias que controlavam o comércio do litoral. República Revolução Federalista, Cerco da Lapa e Guerra do Contestado Desde o manifesto de 1870 ocorreram no Paraná manifestações esporádicas, e sem organicidade, de simpatia pela república.[39] Mesmo depois da fundação dos jornais Livre Paraná, em Paranaguá, e A República, em Curitiba, e da criação de clubes republicanos nos dois municípios, o movimento não chegou a se aprofundar. Alguns paranaenses se destacaram na campanha republicana, mas fora da província.[39][41] Na Assembleia Provincial, contavam os republicanos com um só deputado, Vicente Machado da Silva Lima, eleito pelo Partido Liberal, e que foi figura de projeção nos primeiros anos do novo regime. O estado sofreu as consequências das várias crises políticas que marcaram os primeiros tempos da república[41] e somente em abril de 1892 viu promulgada sua constituição estadual, que vigorou até a vitória do movimento revolucionário de 1930.[41] Durante a revolução federalista, o Paraná foi palco de renhidos combates, já que em seu território se deu o encontro de tropas federalistas e legalistas. Abandonado o estado pelos federalistas, fez-se o acerto de contas.[43] Os "picapaus" assumiram então o poder e desencadearam a rep ressão contra os "maragatos".[41] Apesar de eventuais conciliações, tal divisão durou até 1930.[43] A província do Paraná deveria ter os mesmos limites da antiga comarca, em consequência do que se prolongou até a segunda década do século XX uma complicada questão de fronteiras com Santa Catarina, surgida desde a descoberta e ocupação dos campos de Palmas.[44] Com base na carta régia de 1749, Santa Catarina considerava seu o "sertão" que correspondia à costa, enquanto o Paraná se apoiava no princípio do uti possidetis.[41] Com a república, ambos os estados exerceriam sua competência de distribuir terras num mesmo território.[41] Por três vezes Santa Catarina obteve ganho de causa no Supremo Tribunal Federal, mas o Paraná embargou as decisões. Nessa área é que se iria travar a campanha do Contestado.[41] Finalmente, em 1916, por decisão arbitral do presidente da república, fez-se a partilha da região em litígio, com o que ficou encerrada a questão.[45] Geografia Mapa físico do Paraná. O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a norte da região Sul, tendo como limites fazendo fronteiras com os estados de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e dois países: Paraguai e Argentina.[46] A área do estado é de 199 314,850 km²[47] (algumas fontes indicam 199 709,1 km²), equivalente a 2,34% do território brasileiro, onde 1 603,770 km² estão em perímetro urbano.[48] Cerca de 52% do território do Paraná encontram-se acima de 600m e 89% acima de 300 m; somente três por cento ficam abaixo de 200 m. O quadro morfológico é dominado por superfícies planas dispostas a grande altitude, compondo planaltos que formam as serras do Mar e Geral. Cinco unidades de relevo sucedem-se de leste para oeste, na seguinte ordem: baixada litorânea, serra do Mar, planalto cristalino, planalto paleozóico e planalto basáltico.[49] Solos 40% do território, no norte paranaense, está coberto pela terra roxa, o solo mais fértil do Brasil. Ela foi a responsável pela expansão da cultura do café, no estado, a partir de 1920. Tanto os solos das matas como os dos campos são pobres. Nestes últimos, entretanto, estão sendo usadas técnicas modernas para seu melhor aproveitamento.[50] Clima Mapa climático do Paraná. Três tipos climáticos caracterizam o estado do Paraná: os climas Cfa, Cfb e Cwa da classificação de Köppen.[51] O clima Cfa, subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano[52] e verões quentes,[53][54] ocorre em duas partes distintas do estado, na planície litorânea e nas porções mais baixas do planalto, isto é, em sua porção ocidental.[51] Registra temperaturas médias anuais de 19 °C e pluviosidade de 1.500mm anuais,[55][56] algo mais elevada na costa que no interior.[51] A capital do Paraná é a mais fria do Brasil, a mínima média em julho é 8,4°C, a máxima média é 26,2°C em fevereiro. A média anual é 16,5°C. O clima Cfb, subtropical com chuvas bem distribuídas durante o ano[57] e verões amenos,[58] ocorre na porção mais elevada do estado e envolve o planalto cristalino, o planalto paleozóico e a parte oriental do planalto basáltico.[51] As temperaturas médias anuais oscilam em torno de 17 °C[59] e a pluviosidade alcança cerca de 1.200mm anuais.[60] O clima Cwa, subtropical com verões quentes[61] e invernos secos, ocorre no extremo noroeste do estado.[51] É o chamado clima tropical de altitude, pois ao contrário dos climas Cfa e Cfb que registram chuvas bem distribuídas no decorrer do ano, este apresenta pluviosidade típica dos regimes tropicais com invernos secos e verões chuvosos,[nota 3] porém, no Paraná, esse período de seca só se registra por dois meses no máximo. A temperatura anual varia em torno de 20°C e a pluviosidade alcança 1.300mm anuais.[62] Quase todo o estado está sujeito a mais de cinco dias de geada por ano, mas na porção meridional e nas partes mais elevadas dos planaltos registram-se mais de dez dias.[62] A neve aparece esporadicamente na área de Curitiba[63] e, com mais frequência, na região de Palmas. Vegetação As florestas de araucárias são típicas da região Sul do Brasil e principalmente do Paraná. Dois tipos de vegetação ocorrem no Paraná: florestas e campos. As florestas subdividem-se em tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados. A floresta tropical é parte da mata atlântica, que recobria toda a fachada oriental do país com suas formações latifoliadas. No Paraná, ocupava primitivamente uma área equivalente a 46% do estado, aí incluídas as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do Mar, vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte setentrional do estado).[65] A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista ou mata dos pinheiros recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior parte do planalto cristalino, a porção mais oriental do planalto basáltico e pequena parte do planalto paleozóico. Essa formação ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atualmente, das florestas do país é a que sofre maior exploração econômica, por ser a única que apresenta grande número de indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em agrupamentos suficientemente densos (embora não puros) para permitir fácil extração.[65] Os campos limpos ocorrem sob a forma de manchas esparsas através dos planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas é a dos chamados campos gerais, que recobrem toda a porção oriental do planalto paleozóico e descrevem imensa meia-lua no mapa de vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e outras, menores, no planalto basáltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove por cento do território paranaense. Os campos cerrados têm pouca expressão no Paraná, onde ocupam área muito reduzida — menos de um por cento da superfície estadual. Formam pequenas manchas no planalto paleozóico e no planalto basáltico.[65] Hidrografia Salto São Francisco, a maior queda de água do sul do Brasil, com 196 metros. A rede de drenagem compreende rios que correm diretamente para o litoral e rios que correm para oeste, tributários do Paraná. Os primeiros têm cursos pouco extensos, pois nascem a pequena distância da costa. Os mais longos são os que se dirigem para o estado de São Paulo, onde vão engrossar as águas do rio Ribeira de Iguape. A maior parte da superfície estadual fica, assim, sob domínio dos tributários do rio Paraná, dos quais os mais extensos são o Paranapanema, que faz o limite com São Paulo, e o Iguaçu, que faz, em parte, o limite com Santa Catarina e Argentina. O rio Paraná assinala os limites ocidentais do estado, a separá-lo de Mato Grosso do Sul e do Paraguai. Mais ao sul, o rio Iguaçu desce também do planalto basáltico em direção à mesma garganta. Forma então os saltos do Iguaçu, que não foram afetados pela construção da barragem, por situar-se Itaipu a montante da confluência dos dois rios. Ecologia. Panorama aérea das cataratas do Iguaçu, fronteira Argentina-Brasil. No Paraná, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade existem 29 unidades de conservação, sendo 5 parques nacionais, 2 estações ecológicas, 3 florestas nacionais, 2 áreas de proteção ambiental, 1 refúgio de vida silvestre e 14 reservas biológicas, além de 14 reservas particulares do patrimônio natural.[67] Quinze das vinte e nove unidades de conservação administradas pelo governo brasileiro, através do IBAMA, órgão vinculado pelo Ministério do Meio Ambiente, são o Parque Nacional do Iguaçu, (em Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia e Céu Azul),[68] o Parque Nacional de Ilha Grande (em Altônia, São Jorge do Patrocínio, Vila Alta e Icaraíma),[69] o Parque Nacional do Superagui (em Guaraqueçaba, Paranaguá e Antonina),[70] o Parque Nacional dos Campos Gerais (em Ponta Grossa, Castro e Carambeí),[71] o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange (em Matinhos, Guaratuba, Paranaguá e Morretes),[72] a Floresta Nacional de Açungui (em Campo Largo),[73] a Floresta Nacional de Irati, (em Teixeira Soares e Fernandes Pinheiro),[74] a Floresta Nacional de Piraí do Sul (em Piraí do Sul),[75] a Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (em Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá),[76] a Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, (em Diamante do Norte, Marilena, Nova Londrina, Porto Rico, Querência do Norte e São Pedro do Paraná),[77] a Estação Ecológica de Guaraqueçaba (em Guaraqueçaba),[78] a Estação Ecológica da Mata Preta (em Clevelândia e Palmas)[79] a Reserva Biológica das Perobas (em Tuneiras do Oeste e Cianorte),[80] a Reserva Biológica das Araucárias (em Imbituva, Ipiranga e Teixeira Soares)[81] e o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas (em Palmas e General Carneiro). Fauna Cyanocorax caeruleus De acordo com o ambiente geográfico distingue-se, na fauna paranaense, animais de vida: Terrestre: Dos animais que vivem nas matas e nos campos destacam-se: anta ou tapir, guará, guaraxaim, caititu, bugio, onça, gato-do-mato, jaguatirica, tatu, paca, veado, quati, cobras (jararaca, cascavel, jararacuçu e urutu), etc. Das aves, umas destacam-se pela beleza de suas plumagens: papagaio, tucano, gralha, pica-pau, bem-te-vi, etc. Outras são conhecidas pelo canto: canário-da-terra, pintassilgo e sabiá. Outras, ainda destacam-se pelo porte: jacu, jacutinga, pomba silvestre, perdiz, codorna, inhambu, curucaca, socó, garça e tantas mais. A gralha-azul, desconhecida por muitos paranaenses, foi declarada ave-símbolo do Paraná, pela Lei Estadual nº 7.957, de 21 de novembro de 1984. Anfíbia: Muitos dos animais vivem tanto em terra como na água, entre os quais: capivara, cágado, tartaruga-marinha, lontra, ariranha e o próprio jacaré, este encontrado no rio Paraná e alguns rios do litoral.[83] Aquática: Da fauna fluvial destacam-se os peixes: jaú, dourado, pintado e o surubim, encontrados no Rio Paraná e seus afluentes. Da fauna marinha temos: pescada, tainha, robalo, linguado e tantos outros peixes, bem como o boto, que é um mamífero.[83] Demografia Demografia do Paraná Lista de municípios do Paraná por população Crescimento populacional Censo Pop. %± 1872 126 722 1890 249 491 96,9% 1900 327 136 31,1% 1920 685 711 109,6% 1940 1 236 276 80,3% 1950 2 115 547 71,1% 1960 4 296 375 103,1% 1970 6 997 682 62,9% 1980 7 749 752 10,7% 1991 8 443 299 8,9% 2000 9 558 454 13,2% 2010 10 444 526 9,3% Fonte IBGE Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o Paraná contava 10 439 601 habitantes, sendo o sexto estado mais populoso do Brasil, representando 5,47% da população brasileira.[2][85] Segundo o mesmo censo, 5 128 503 habitantes eram homens e 5 311 098 habitantes eram mulheres.[2] Ainda segundo o mesmo censo, 8 906 442 habitantes viviam na zona urbana e 1 533 159 na zona rural.[2] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 9,27%.[86] Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 8 443 299,[87] esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 1,4%, inferior a do Brasil como um todo (1,6% para o ano de 2000).[88] Segundo o censo de 2000, o Paraná é o sexto estado mais populoso do Brasil e concentrava 5,63% da população brasileira.[88] Do total da população do estado, 4 826 038 habitantes são mulheres e 4 737 420 habitantes são homens.[89] Para 2000, a estimativa é de 9 558 454 habitantes.[90] Cerca de 85,3% dos habitantes do estado moram nas cidades.[91] Esse crescimento é explicado não só pelo aumento natural da população paranaense, mas também pela entrada de colonos vindos principalmente de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais, atraídos, pelos solos férteis de matas ainda virgens. A densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 52,37 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a décima segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país africano Burkina Faso.[93] A maior parte da população do estado se concentra na Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que corresponde à região leste paranaense, com mais de 30% da população paranaense.[94] Densidade demográfica do Paraná. 0-25 hab/km² 25-50 hab/km² 50-100 hab/km² 100-150 hab/km² 150-200 hab/km² 200-300 hab/km² 300-400 hab/km² 400-500 hab/km² > 500 hab/km² O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,820, sendo o sexto maior do Brasil e o menor da Região Sul.[95] Considerando apenas a educação, o índice é 0,913 (o brasileiro é 0,849); o índice de longevidade é 0,809 (o brasileiro é 0,638) e o índice de renda é 0,739.[95] A renda per capita é de 16 928 reais.[96] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[97] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,778 em 1991 para 0,879 em 2000, e em 2005 o valor passou a ser 0,913.[97] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,678, passando para 0,747 em 2000 e 0,809 em 2005.[95][97] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991 (0,678) e 2000 (0,736),[97] subindo para 0,739 em 2005.[95] Quanto ao IDH-M, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,711 em 1991 para 0,787 em 2000, e em 2005 o valor passou para 0,820, saindo da categoria de médio IDH e atingindo o patamar de Índice de Desenvolvimento Humano elevado.[97][95] O município com o maior IDH é Curitiba, capital do estado, com um valor de 0,856, enquanto Ortigueira, situado na Mesorregião do Centro Oriental Paranaense, tem o menor valor (0,620).[98] O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,47, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[99] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 39,07%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 35,86% o superior é 42,27% e a subjetiva é 25 47%. A população do Paraná é composta basicamente por brancos, pardos, negros e indígenas. No Brasil colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento no território paranaense. Os portugueses e seus descendentes são a maioria da população do Estado. Existe também uma grande e diversificada população de descendentes de imigrantes, tais como italianos, alemães, poloneses, ucranianos, japoneses e árabes. Há também minorias de imigrantes neerlandeses, coreanos, chineses, búlgaros, russos, franceses, austríacos, chilenos, noruegueses, argentinos e muitos outros. De Immigrant (O Imigrante), moinho em estilo holandês na colônia neerlandesa de Castrolanda, em Castro. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), a população paranaense está composta por brancos (77,24%), negros (2,84%), pardos (18,25%), asiáticos (0,92%) e indígenas (0,33%). Atualmente vivem no estado do Paraná 9 015 indígenas, distribuídos em dezenove grupos, que ocupam área de 85 235,030 hectares de extensão. Um total de 17 áreas já se encontram demarcadas definitivamente pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo brasileiro responsável pela questão, e nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes no estado. São os seguintes os grupos indígenas residentes no estado do Paraná e suas respectivas áreas: Apucarana, Ava Guarani, Barão de Antonina, Faxinal, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha, Mangueirinha, Marrecas, Ocal, Palmas, Pescada, Pinhalzinho, Queimadas, Rio Areia, Rio das Cobras, São Jerônimo, Superagüi, Tekoha-Añetetê e Tibagy/Mococa. Religião Catedral de Maringá, o segundo monumento mais alto da América do Sul. Tal qual a variedade cultural verificável no Paraná, são diversas as manifestações religiosas presentes no estado. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos paranaenses declara-se católica —, é possível encontrar atualmente no estado dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras. Religião no Paraná. Religião Porcentagem Catolicismo romano   76,60% Protestantismo   16,63% Sem religião   4,23% Espiritismo   0,64% Outros   1,45% De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Paraná está composta por: católicos (76,60%), protestantes (16,63%), pessoas sem religião (4,23%), espíritas (0,64%), budistas (0,15%), muçulmanos (0,06%), umbandistas (0,05%) e judeus (0,02%). A Igreja Católica divide-se administrativamente em quatro arquidioceses: Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá,[105] e quatorze dioceses:[105] Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Jacarezinho, Palmas-Francisco Beltrão, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo, Umuarama e União da Vitória. A santa padroeira do estado é Nossa Senhora do Rocio, protetora de Paranaguá. Problemas atuais Mapa da violência no Paraná. O desenvolvimento social e econômico do Paraná, a par de transformar o estado em um dos mais ricos do Brasil, acarretou também os seguintes fenômenos: desemprego e violência nas principais cidades do estado e em algumas cidades menos populosas com maior índice de criminalidade; contrabando, tráfico de drogas e armas em alta, via Foz do Iguaçu no Brasil a Ciudad del Este no Paraguai, e Argentina; e crise agrária e influência ativa do MST. No que tange à criminalidade, de acordo com dados do "Mapa da Violência 2010", publicado pelo Instituto Sangari, em 2007, o Paraná é a nona unidade federativa mais violenta do Brasil e lidera o índice de criminalidade da Região Sul do país.[108] A taxa de homicídios é de 29,6.[108] De acordo com dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008", também publicado pelo Instituto Sangari, o município mais violento do Paraná e da Região Sul do Brasil é Foz do Iguaçu, no extremo oeste do estado; é também o quinto mais violento do Brasil (98,7), registrando, em 2006, taxas médias de homicídio superiores apenas às dos municípios de Guaíra, Tunas do Paraná, Rio Bonito do Iguaçu, Palmas e Campina Grande do Sul. O município com a menor taxa média de homicídios é Laranjal, na Mesorregião do Centro-Sul Paranaense, mais precisamente na Microrregião de Pitanga. Política do Paraná O estado do Paraná é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Paraná, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. A atual constituição do estado do Paraná foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais. O poder executivo paranaense está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e pode ser reeleito para mais um mandato.[111] Sua sede é o Palácio Iguaçu, que desde 18 de dezembro de 2010 é novamente a sede do governo paranaense.[112] Quatro anos anteriores à retomada do edifício, o poder executivo fora transferido temporariamente para o Palácio das Araucárias, em 14 de maio de 2007. O Palácio Iguaçu foi inaugurado em 1953, em homenagem às comemorações do centenário da emancipação política do estado.[113] A residência oficial do governador é a Granja do Canguiri. O poder legislativo do Paraná é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Paraná, localizado no Centro Legislativo Presidente Aníbal Khury.[nota 4] Ela é constituída por 54 deputados, que são eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representação paranaense é de 3 senadores e 30 deputados federais. A maior corte do Poder Judiciário paranaense é o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, localizado no Centro Cívico. Compõem o poder judiciário os desembargadores e os juízes de direito. O Paraná está dividido em 399 municípios. O mais populoso deles é a capital, Curitiba, com 1,8 milhão de habitantes,[2] sendo o município mais rico do estado e da Região Sul do Brasil. Sua região metropolitana possui aproximadamente 3,6 milhões de habitantes, com pouco mais de um terço da população do estado. Política do Paraná O Palácio Iguaçu, em Curitiba, foi a sede do governo do Paraná de 1953 a 2007 e desde 18 de dezembro de 2010 voltou a ser novamente o que é hoje. Bandeira do Paraná Brasão do Paraná Os símbolos do estado do Paraná são: a bandeira, o brasão e o hino.[111] A bandeira do Paraná foi desenhada por artista Paulo de Assunção e apresentada em uma seção realizada na Assembleia Legislativa do Paraná em 3 de julho de 1891 e oficializada por força do decreto estadual nº 8, de 9 de janeiro de 1892,[120] e tinha em seu centro o emblema, que foi oficialmente usado até 1905.[121] Aprovada pelo decreto-lei estadual nº 2.457, de 31 de março de 1947, é composta de um retângulo verde cortado por uma faixa diagonal branca, que descende da esquerda para a direita. Sobre a faixa, no centro, aparece em azul, a esfera do Cruzeiro do Sul. Corta a esfera, uma faixa branca com a inscrição "Paraná", em maiúsculas de verde. Circundam a esfera, pelo lado direito, um ramo de pinheiro, e pelo esquerdo, um ramo de erva-mate. O brasão atual, composto por escudo português apresentando um campo vermelho, cor das terras férteis setentrionais do estado, onde a figura de um lavrador cultiva o solo. Acima deste um sol nascente, que simboliza a liberdade, e três picos simbolizando a grandeza, a sabedoria, e a nobreza do povo, bem como, os três planaltos paranaenses: o Oriental ou de Curitiba; o Central ou dos Campos Gerais; o Ocidental ou de Guarapuava. Servindo como suporte para o brasão, estão dois ramos verdes. À direita, o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) e à esquerda, a erva-mate (Ilex paraguariensis).[122] No brasão aparece como timbre a figura de uma harpia (Harpia harpyja) que encontrou no estado condições para se reproduzir naturalmente, estando hoje em via de extinção. O símbolo foi anexado através da Lei n° 904, de 21 de março de 1910 e modificado várias vezes, chegando a ser anexado na bandeira na mesma data da adoção do símbolo (31 de março de 1947) e restabelecido em 27 de maio de 2002, por meio do decreto-lei n° 5 713, após a decisão de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal da Lei Complementar n.º 52, de 24 de setembro de 1990.[122] O Hino do Paraná foi criado no ano de 1903[123] e instituído através do decreto-lei estadual nº 2.457, tendo por autores Domingos Nascimento (letra) e Bento Mossurunga (música). Subdivisões Litígio territorial do Paraná O Paraná é dividido em dez mesorregiões, 39 microrregiões e 399 municípios, segundo o IBGE.[126] Surgiu como unidade administrativa em 1853 com duas cidades, sete vilas, seis freguesias e quatro capelas curadas, sendo o município mais antigo, Paranaguá, fundado em 1648, e o último desse período foi Araucária, criado em 1890.[127] Com a Independência do Brasil as províncias foram organizadas em 1823 e nesse ano o território já pertencia à Capitania de São Paulo.[128] Durante todo o período republicano do Brasil o estado passou de dezenove localidades para 399 municípios que a partir da constituição de 1988 passaram a serem unidades constitutivas da união em patamar igual aos estados.[129] Mesorregiões, microrregiões e municípios Municípios, mesorregiões e microrregiões do Paraná Municípios do Paraná por população, área e IDH Imagem mostrando a divisão do Paraná em mesorregiões, microrregiões e municípios. Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as dez mesorregiões do estado são: Centro Ocidental Paranaense, Centro Oriental Paranaense, Centro-Sul Paranaense, Metropolitana de Curitiba, Noroeste Paranaense, Norte Central Paranaense, Norte Pioneiro Paranaense, Oeste Paranaense, Sudeste Paranaense e Sudoeste Paranaense.[130] Já uma microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual. O Paraná é dividido em 39 microrregiões. Apucarana, Assaí, Astorga, Campo Mourão, Capanema, Cascavel, Cerro Azul, Cianorte, Cornélio Procópio, Curitiba, Faxinal, Floraí, Ibaiti, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guarapuava, Ivaiporã, Irati, Jacarezinho, Jaguariaíva, Lapa, Londrina, Maringá, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Pitanga, Pato Branco, Ponta Grossa, Porecatu, Prudentópolis, Rio Negro, São Mateus do Sul, Telêmaco Borba, Toledo, União da Vitória, Umuarama e Wenceslau Braz.[131] Ao todo, o Paraná é dividido em 399 municípios. Municípios do Paraná Regiões administrativas e metropolitanas Durante a década de 2010, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Paraná.[133] As vinte e duas regiões administrativas do estado são: Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina, Apucarana, Maringá, Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Francisco Beltrão, Pato Branco, Guarapuava, União da Vitória, Irati, Toledo, Ivaiporã, Laranjeiras do Sul, Cianorte e Pitanga.[133] Uma região metropolitana ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central (uma metrópole), e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando uma imensa metrópole, que na qual o centro está localizado na cidade central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana. Oficialmente, existem quatro regiões metropolitanas no Paraná: Curitiba, Londrina, Maringá[134] e Umuarama.[135] Região Metropolitana de Curitiba Região Metropolitana de Londrina Região Metropolitana de Maringá Região Metropolitana de Umuarama Economia Economia do Paraná O Paraná possui o quinto PIB do Brasil, com 179 270 000 bilhões de reais, representando 5,90% do PIB nacional no ano de 2005, contra 6,4% em 2003. Entretanto o crescimento do PIB paranaense vem apresentando sinais de desaquecimento nos últimos dois anos. Em 2003 a variação real foi de 5,2% em relação ao ano anterior. No ano seguinte, 2004, houve variação de 3,2%. Em 2005 a variação estimada pelo IPARDES é de apenas 0,3%. Essa desaceleração pode ser atribuída às crises no campo que vêm atingindo o estado nos últimos anos, e que acabam refletindo no comércio, serviços e até indústria. Cerca de 15% do PIB paranaense provém da agricultura. Outros 40% vem da indústria e os restantes 45% vem do setor terciário. Em 2007 apresenta um crescimento de mais de 7% do PIB, um dos melhores do país naquele ano.[136] Setor primário Plantação de soja em Goioerê. As principais riquezas agrícolas do Paraná são o trigo, o milho e a soja,[137] produtos de que já obteve safras recordistas, na competição com outros estados.[138] A cafeicultura, que se segue entre as riquezas da terra, se não goza do mesmo esplendor do passado (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café de todo o mundo), ainda conserva o Paraná entre os maiores produtores do Brasil.[139] Sua maior densidade cobre a área a oeste de Apucarana.[140] Vêm em seguida as terras da zona de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.[140] No que diz respeito à pecuária, o Paraná conta com grande rebanho de bovinos e está sempre entre os principais criadores brasileiros de suínos, especialmente no centro, sul e leste do estado.[141] Nas últimas décadas, os rebanhos tanto de bois como de porcos expandiram-se bastante.[140] Como nos outros estados da região Sul, são diferentes, no Paraná, os modos como se usa a terra de campo ou floresta.[140] A avicultura é produzida em praticamente todas as regiões acompanhando as áreas onde se produz milho, que é a matéria-prima para a ração das aves.[142] As aves são exportadas para mais de uma dezena de países.[142] A pesca não teve a mesma expansão da pecuária e da agricultura. Em 2007, totalizaram 1914 toneladas de pescado, no valor de R$ 4.075.350 dos quais 1096 era de peixes, 809 t de crustáceos, e 8 t de moluscos.[143] O subsolo paranaense é muito rico em minerais. Ocorrem reservas consideráveis de areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco e mármore, além de outras menores (baritina, cálcio). A bacia carbonífera do estado é a terceira do país, e a de xisto, a segunda. Quanto aos minerais metálicos, foram medidos depósitos de chumbo, cobre e ferro. Setor secundário Centro financeiro de Curitiba. Na segunda metade do século XX, as atividades industriais tomaram impulso considerável na economia paranaense.[144] Foi em decorrência desse impulso que se deu a crescente urbanização, não só na região em torno de Curitiba, como em pólos do interior, a exemplo de Ponta Grossa — maior parque industrial do interior —, Londrina e Cascavel.[140] Os principais gêneros de indústria são os de produtos alimentícios e de madeira.[145] Curitiba é o maior centro industrial e os principais setores de sua indústria são o alimentar e de mobiliário, de madeira, minerais não-metálicos, produtos químicos e bebidas.[140] Na Região Metropolitana de Curitiba, em São José dos Pinhais, encontram-se ainda unidades industriais (montadoras) da Volkswagen-Audi e da Renault, ambas de grande porte.[146] O setor de madeira acha-se disperso no interior, com centros de importância em União da Vitória, Guarapuava e Cascavel.[140] O centro mais significativo dos produtos alimentícios é Londrina,[140] sendo também muito importante a atividade em Ponta Grossa, considerado um dos maiores parques moageiros de milho e soja da América Latina.[140] Ponta Grossa também tem destaque no setor metal-mecânico.[140] A principal unidade industrial do estado é a Companhia Fabricadora de Papel do grupo Klabin, instalada no conjunto da Fazenda Monte Alegre, no município de Telêmaco Borba.[147] Setor terciário Comércio Porto de Paranaguá. O Paraná é um dos estados que mais contribuiu para as exportações brasileiras.[148] Vários órgãos, como o Centro de Exportação do Paraná (CEXPAR) e a Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil (CACEX) vêm estimulando cada vez mais o comércio externo. As exportações paranaenses para o mercado externo são feitas pelo porto de Paranaguá, por Foz do Iguaçu, pelo Aeroporto Internacional Afonso Pena e uma pequena parte pelo município de Barracão no sudoeste do estado.[149] A área comercial do porto de Paranaguá estende-se por todo o Paraná, pela maior parte de Santa Catarina, pelo extremo norte do Rio Grande do Sul, pela parte meridional de Mato Grosso do Sul e pela República do Paraguai. Os principais produtos exportados pelo Paraná são: soja em grão, farelo de soja, milho, algodão, café, erva-mate, produtos refinados de petróleo, caminhões e outros.[148] Os principais produtos importados pelo Paraná são: trigo, petróleo e derivados, fertilizantes, veículos, máquinas, carvão mineral, vidros, eletrodomésticos e outros.[148] O comércio exterior é feito com os seguintes países: Estados Unidos, Alemanha, Itália, Países Baixos, Japão, Bélgica, Noruega, Inglaterra, Canadá, Argentina e outros.[148] O comércio interno se faz com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e outros.[151] Turismo. Turismo no Paraná Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu. O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui.[152] Foz do Iguaçu com 275 quedas-d’águas[153] e 80 metros de altura,[154] é conhecida internacionalmente.[155] A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.[156] Além das visitas às atrações naturais, é um passeio bastante cotado conhecer a hidroelétrica de Itaipú.[157] Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade.[158] Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre,[159] a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas)[160] e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.[162] Crescente visitação tem ocorrido na região do Cânion Guartelá, (6° maior do mundo e o maior do Brasil) em Tibagi.[163] As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais frequentadas do Paraná.[164] São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto. Curitiba é hoje um importante destino turístico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam à cidade por via terrestre.[166] Um importante aumento no "turismo de negócios" tem também se verificado nas últimas décadas.[167] Seja por razões de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1 800 000 pessoas, ou seja, maior que o número de habitantes da cidade. Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a Munchen Fest de Ponta Grossa,[169] a Oktoberfest de Rolândia,[170] Carnaval de Rua de Tibagi,[171] o Festival Internacional de Londrina,[172] Festival de Teatro de Curitiba (o principal do país),[173] Festival Folclórico e de Etnias do Paraná,[174] e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).[175] Atraem ainda considerável interesse as feiras agropecuárias de grande porte, em especial a Expo Londrina.[176] Infraestrutura Saúde Mortalidade infantil 20,0 por mil nascimentos (2005)[177] Médicos 16,9 por 10 mil hab. (2005)[177] Leitos hospitalares 2,3 por mil hab. (2005)[177] Hospital Evangélico de Curitiba, um dos mais modernos e bem equipados do Paraná. São consideradas boas as condições sanitárias do estado, o que reflete a elevação do nível econômico da população. Em 2005, existiam em funcionamento 4 780 estabelecimentos hospitalares,[178] que dispunham de 28 340 leitos[178] e eram assistidos, em 2007, por 40 187 médicos,[179] 5 832 enfermeiros[179] e 19 229 auxiliares de enfermagem.[179] Em 2005, da população, 86,1% dos paranaenses têm acesso à rede de água,[180] enquanto 68,5% se beneficiam da rede de esgoto sanitário. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 77,0% da população paranaense avalia sua saúde como boa ou muito boa; 67,4% da população realiza consulta médica periodicamente; 48,1% dos habitantes consultam o dentista regularmente e 8,3% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses. 33,4% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 27,0% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 52,2% dos habitantes declararem necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família - PUSF.[181] Na questão da saúde feminina, 40,4% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses; 53,0% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos; e 78,7% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos. Em 2009, estavam matriculados 1 677 128 alunos, nas 6119 escolas de ensino fundamental do Estado, das quais 769 073 eram municipais, 744 913 estaduais, 162 621 particulares e 521 federais.[185] Quanto ao corpo docente era o mesmo constituído de 82 217 professores, sendo que 11 923 eram particulares.[185] O ensino médio, em 2009, era ministrado em 1713 estabelecimentos, com a matrícula de 74 114 alunos e 34 457 professores.[185] Dos 474 114 discentes, 3560 estavam na escola pública federal, 418 117 na escola pública estadual, e 52 437 na escola particular.[185] Quanto ao ensino superior, em 2009, o Estado possuía 183 estabelecimentos, onde foram matriculados 109 592 alunos, sendo 35 494 discentes em escolas públicas federais, 71 419 em escolas públicas estaduais, 2679 em escolas públicas municipais e 177 291 em escolas particulares. Universidade Federal do Paraná. De acordo com o PNUD do ano 2000 o melhor IDH-Educação do Paraná é 0,913, o oitavo melhor índice entre os estados brasileiros, perdendo para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dentro da Região Sul do Brasil.[187] É também o último dos estados com IDH com índice superior a 0,900.[187] Dentre os municípios do estado, o melhor resultado foi de Curitiba com 0,946 e o pior foi Ortigueira com 0,687.[188] Ainda de acordo com a pesquisa, o índice de analfabetismo no estado em adultos acima de 25 anos era 11,7%,[189] sendo o menor índice 3,4%, registrado em Quatro Pontes,[190] e o maior 43,6% no município de Tunas do Paraná, localizado no Vale do Ribeira, notadamente a região mais pobre do estado.[191] A cidade de Palotina, no oeste do estado, possui o menor índice de desistência escolar do Brasil.[192] A cada 100 alunos apenas 1 não conclui o ensino fundamental.[192] Em 1912 é fundada a Universidade Federal do Paraná, a segunda universidade do Brasil e a primeira da Região Sul do país.[193] Além da UFPR, o Paraná tem universidades espalhadas pelo estado nas principais cidades de cada região.[194] Ainda em Curitiba, encontra-se a sede da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR[195] e do Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA), entidade sucessora da Faculdade de Direito de Curitiba criada em 1950. Em Ponta Grossa a universidade estadual é a UEPG, em Londrina é a UEL, Maringá conta com a UEM, Guarapuava é sede da UNICENTRO, Cascavel é a cidade-base da UNIOESTE, que ainda conta com campus espalhados por vários outros municípios, Cornélio Procópio é a cidade-base da UENP. O estado conta ainda a UNESPAR, Universidade Estadual do Paraná, em processo de implantação, a qual é composta por sete centros universitários, nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Curitiba, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória.[194] Transportes do Paraná Rodovias do Paraná Aeroporto Internacional Afonso Pena. No estado existem quatro aeroportos, dois internacionais e dois domésticos, administrados pela Infraero, o Aeroporto Governador José Richa (Londrina), o Aeroporto Internacional Afonso Pena (Curitiba), o Aeroporto do Bacacheri (Curitiba) e o Aeroporto Internacional Cataratas (Foz do Iguaçu),[197] importante ligação com os países do Mercosul. A rede de rodovias pavimentadas compreende duas estradas de penetração, no sentido leste-oeste: a ligação Ourinhos SP-Londrina-Apucarana-Maringá-Paranavaí (BR-369/BR-376) e a ligação Paranaguá-Curitiba-Ponta Grossa-Guarapuava-Cascavel-Foz do Iguaçu (BR-277). Em sentido transversal, figuram as ligações Apucarana-Ponta Grossa (BR-376), Sorocaba-Curitiba e São Paulo-Curitiba-Rio Negro. Esta última prolonga-se até o extremo sul do Rio Grande do Sul e é parte da BR-116. Rodovia BR-277, próximo ao município de Matelândia, no extremo oeste do estado. O sistema ferroviário paranaense desfruta de notável participação na vida econômica do estado. No setor meridional, o estado é servido pelas linhas da Ferroeste (Antiga Ferropar), a ferrovia da soja, que passou a ser operada pela iniciativa privada em 1997 e retomada pelo Governo no começo de 2007, no trecho entre Guarapuava e Cascavel, com uma extensão (em projeto) até Guaíra e Foz do Iguaçu. Uma outra estrada de ferro faz as ligações de entre o Porto de Paranaguá com Curitiba, Guarapuava, Londrina, Ponta Grossa e Maringá. No sentido norte-sul, encontram-se as linhas da ALL - América Latina Logística (ex-ferrovia Sul-Atlântico), correspondente à malha sul da antiga Rede Ferroviária Federal, também privatizada na década de 1990, que faz a ligação do Paraná com os estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Paraná liga-se ao Brasil e ao exterior pelos portos de Paranaguá e Antonina.[200] Serviços de barcos servem os habitantes das vilas e povoados que se encontram nas ilhas e às margens da baía de Paranaguá.[200] Uns partem para a Ilha do Mel, outros para Guaraqueçaba, outros ainda para Cananéia e Iguape no estado de São Paulo, utilizando-se do canal do Varadouro.[200] Serviços de ferry-boat são feitos na baía de Guaratuba, ligando a cidade do mesmo nome (Porto Damião de Souza) à Caiobá (Porto da Passagem). O transporte fluvial é feito em maior escala no rio Paraná, ligando a cidade de Guaíra com o estado de São Paulo e, através de ferry-boat, com Mato Grosso do Sul.A navegação fluvial também existe em Foz do Iguaçu, na ligação Brasil e Argentina. Energia Vista aérea da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo. Além das hidrelétricas de Capivari-Cachoeira, no rio Capivari, a nordeste de Curitiba, e de Júlio Mesquita Filho, no rio Chopim, no sudoeste do estado,[202] funciona no Paraná a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo (depois da Hidrelétrica de Três Gargantas, na China), na fronteira com o Paraguai,[203] e construída em conjunto com esse país.[204] Concluída em 1991, só então passou toda a sua capacidade, de 12 000 MW, o que fez do Paraná o maior produtor de energia do Brasil.[205] Mas o Paraná também é rico em energia gerada pelas usinas de açúcar e álcool, que produzem eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. Serviços e comunicações Lista de rádios do Paraná, Lista de emissoras de televisão no Paraná e Lista de jornais do Paraná O estado conta com outros serviços básicos. No Paraná, existem várias empresas responsáveis pelo abastecimento de água. Em 345 dos 399 municípios paranaense, a empresa responsável por água e saneamento básico (esgoto) é a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).[207] Outros municípios são abastecidos por outras empresas ou por empresas do próprio município - um exemplo ocorre em Antonina, na região do Litoral Paranaense, cuja empresa responsável pelo abastecimento de água é o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE).[208] DDDs[209] Cidade DDD Curitiba 41 Ponta Grossa 42 Londrina 43 Maringá 44 Foz do Iguaçu 45 Pato Branco 46 Em relação à energia elétrica, existem uma empresa no estado, a Companhia Paranaense de Energia.[210] Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. O serviço de telefonia fixa é oferecido por algumas operadoras, como a Brasil Telecom e a Sercomtel.[211] O código de área (DDD) do estado varia, desde 041 até 046.[212] No dia 2 de fevereiro de 2009, as regiões oeste e sudoeste passaram a serem servidas pela portabilidade, juntamente com outras cidades de DDDs 45 e 46, 19 (São Paulo), 93 e 04 (Pará). Sede da TV Iguaçu de Curitiba, afiliada à Rede Massa em março de 2008 e ao Sistema Brasileiro de Televisão desde 1981. A secretaria responsável pelas comunicações em todo o Paraná é a Secretaria da Comunicação Social, que atua tanto na assessoria da imprensa, quanto no marketing e na Internet.[214] Existem diversos jornais presentes em vários municípios do estado, como por exemplo, Tribuna do Norte (em Apucarana), Tribuna do Interior (em Campo Mourão), Diário Popular (em Curitiba), Gazeta do Iguaçu (em Foz do Iguaçu), Diário dos Campos (em Ponta Grossa), Jornal do Oeste (Toledo), A Tribuna do Povo (Umuarama), entre outros.[215] Dois dos mais influentes jornais do país,[216] Gazeta do Povo e O Estado do Paraná, são paranaenses e mantém suas sedes na capital do estado. O Paraná também concentra um grande número de editoras que produzem algumas das principais publicações do estado. Entre elas destaca-se a Imprensa da Universidade Federal do Paraná, que publica livros didáticos, técnicos e científicos, teses, revistas e periódicos, à encadernação de brochuras e à confecção de impressos de qualquer natureza, que interessem aos setores, cursos, departamentos e unidades aos membros do corpo docente da UFPR.[217] No campo da televisão, o estado foi pioneiro com a criação da primeira emissora do estado, a atual RPC TV Paranaense, pelo advogado e empresário Nagib Chede, em 29 de outubro de 1960.[218] Com o passar do tempo, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção nacional e regional, como foi o caso da Central Nacional de Televisão,[219] a Rede Massa[220] e a Rede Mercosul, todas com sede na região metropolitana de Curitiba. Além disso, há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High Frequency (UHF). O Paraná é sede de alguns canais/emissoras de televisão, como a RIC TV Cornélio Procópio, a RPC TV Cataratas, a TV Educativa de Ponta Grossa, a TV Carajás (em Campo Mourão e a TV Beltrão (em Francisco Beltrão). Segurança pública As principais unidades das Forças Armadas no Paraná são: no Exército Brasileiro, o Paraná integra o Comando Militar do Sul (juntamente com o estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina), que tem sede em Porto Alegre, fazendo parte da 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército (com o estado de Santa Catarina);[227] destacam-se no estado o 13º Batalhão de Infantaria Blindado (Ponta Grossa)[228] e o 20º Batalhão de Infantaria Blindado (Curitiba);[229] na Marinha do Brasil, o Paraná faz parte do 5º Distrito Naval, que tem sede em Rio Grande;[230] e na Força Aérea Brasileira, o Paraná integra o V Comando Aéreo Regional (com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina), cujo quartel-general está em Canoas (Rio Grande do Sul),[231] destacando-se no estado o Cindacta II, com sede em Curitiba, que é responsável pelo radar na Região Sul, todo o Mato Grosso do Sul e parte sul de São Paulo.[232] Corporações paramilitares do Paraná A Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado do Paraná. Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil.[233] Seus integrantes são denominados Militares dos Estados,[234] assim como os membros do Corpo de Bombeiros do Paraná.[233] O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná é um Comando Intermediário da PMPR, cuja missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndio, buscas, salvamentos e socorros públicos, no âmbito do Estado do Paraná.[235] A corporação é força auxiliar e tropa reserva do Exército Brasileiro, e integra o sistema de segurança pública e defesa social do Brasil. Seus integrantes são denominados militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os demais membros da Polícia Militar do Paraná.[236] A Polícia Civil do Estado do Paraná é uma das polícias do estado brasileiro do Paraná, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[237] As principais instituições penitenciárias do estado são a Penitenciária Central do Estado[238] e a Colônia Penal Agrícola.[239] Críticas severas tem sido feitas a falta de efetivos tanto da polícia civil quanto da polícia militar e se mostrado uma preocupação dos paranaenses, os efetivos são os mesmos da década de 80 para quase o dobro de população[240].[241][242] O Museu Paranaense, em Curitiba. A Universidade Federal do Paraná foi fundada em 1912,[243] e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em 1959.[244] Dos museus existentes no estado, o mais importante é o Museu Paranaense, em Curitiba, fundado em 1876 pelo historiador Agostinho Ermelino de Leão, com coleções históricas, etnográficas e arqueológicas, além de biblioteca.[245] Outra instituição importante é o Museu Coronel Davi Antônio da Silva Carneiro, também na capital.[246] Suas coleções, como as do Paranaense, foram tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[247] Seu acervo possui peças arqueológicas, etnográficas e numismáticas.[246] Em Paranaguá, dois museus atraem os visitantes: o Museu de Arqueologia e Artes Populares, mantido pela Universidade Federal do Paraná e que funciona no antigo Colégio dos Jesuítas, e o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.[248] O Patrimônio Histórico também tombou, no estado, diversos monumentos de valor arquitetônico e histórico, como a igreja matriz de São Luís, em Guaratuba,[249] a igreja matriz de Santo Antônio, a casa histórica da praça Coronel Lacerda, a casa onde morreu o general Carneiro, na rua Francisco Cunha, o pavimento superior da Casa da Cadeia, em Lapa,[250] a antiga residência jesuítica, na rua Quinze de Novembro, e a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres (ou da Barra), na ilha do Mel, em Paranaguá. A Biblioteca Pública do Paraná é a maior biblioteca pública do Estado e da Região Sul do Brasil em número de acervo bibliográfico. As mais completas bibliotecas estão em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná,[251] a Biblioteca do Museu Paranaense,[252] as bibliotecas dos setores de Ciências Jurídicas e Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná[253] e a Biblioteca Central do Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba.[254] Há também bibliotecas especializadas, como a do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, que possui um grande acervo relacionado com tecnologias agrícolas,[255] e a do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, especializada em assuntos relacionados com o cooperativismo.[256] Entre as festas religiosas, são especialmente representativas a de Nossa Senhora da Luz, em Curitiba,[257] e a de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, acompanhada de grande procissão.[258] Entre as festas populares, sobressai a Congada da Lapa, de origem africana e em homenagem a São Benedito, na cidade de Lapa.[259] Várias danças populares subsistem em localidades do interior: o curitibano, dança de roda aos pares, o quebra-mana, dança sapateada, a valsada, e o nhô-chico, no litoral.[260] As várias comunidades de origem europeia conservam danças, cantos e trajes de seus países, sobretudo as de origem alemã.[250] A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá no caminho entre Curitiba e Morretes. Cortado de boas estradas e pontilhado de bons restaurantes, o Paraná é um estado muito atraente para o turismo.[250][261] Merecem a atenção do visitante a capital, com seus museus, jardins e universidades, o teatro Guaíra, o Passeio Público (com o jardim zoológico),[262] os monumentos históricos de Guaratuba, Lapa e Paranaguá, e principalmente a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, uma das obras mais notáveis da engenharia brasileira. Dos trens que a atravessam, descortina-se magnífico panorama que envolve ao mesmo tempo paisagens da serra e do litoral.[261] A ferrovia foi projetada, no segundo reinado, por Antônio Rebouças, irmão (prematuramente falecido) do engenheiro, monarquista e abolicionista André Rebouças. Contra a opinião de especialistas estrangeiros que o governo convidara a opinar, a estrada, aberta ao tráfego em 1885,[264] foi construída num traçado em linha de simples aderência.[261] Tem 111 km de extensão, 41 pontes e treze túneis,[264] doze dos quais escavados na rocha viva, além do arrojado viaduto Vicente de Carvalho, com 84m de extensão.[264] Muitas dessas obras de arte, concebidas para vencer as passagens mais difíceis, ainda são consideradas de grande audácia, para a topografia da região. São numerosos os acidentes naturais de interesse turístico no Paraná, como as formações rochosas de arenito vermelho de Vila Velha, que parecem dólmens, nos arredores de Ponta Grossa; as grutas calcárias de Campinhos, em Tunas do Paraná, gruta da Lancinha (maior em biodiversidade do sul do Brasil em Rio Branco do Sul, e do Monge, em Lapa; as cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu; o Parque Nacional do Iguaçu, com sua reserva florestal; a ilha do Mel, com sua bela praia, o farol, a gruta e a fortaleza histórica da Barra, em Paranaguá; os balneários de Pontal do Sul, Praia de Leste, Matinhos, Caiobá e Guaratuba.[261] No setor esportivo, a secretaria responsável por atuar nessa área é a Secretaria do Esporte,[265] que tem como secretário Evandro Rogério Roman,[266] gaúcho de Erval Grande e formado em educação física.[267] O estado é sede de diversos clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o Clube Atlético Paranaense, o Coritiba Foot Ball Club e o Paraná Clube.[268] O Campeonato Paranaense de Futebol é organizado pela Federação Paranaense de Futebol e realizado ininterruptamente desde 1915, sendo um dos mais antigos torneios de futebol organizados no Brasil.[269] O estado possui diversos estádios de futebol, como o Joaquim Américo Guimarães, o Couto Pereira e o Durival Britto e Silva (todos em Curitiba), o do Café (em Londrina), o Germano Krüger (em Ponta Grossa), o Willie Davids (em Maringá), o Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto (em Cascavel), entre muitos outros.[270] Curitiba é uma das doze capitais brasileiras que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.[271] Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o estado aparece na quinta colocação no ranking nacional das federações estaduais. Atualmente, o Paraná é sede de eventos esportivos, seja de importância nacional e/ou internacional. Exemplos são a a Fórmula Truck, a Stock Car Brasil, e o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, eventos que são realizados no Autódromo Internacional de Curitiba. Outros esportes também têm popularidade no estado. No vôlei, o órgão responsável pela atuação no esporte é a Federação Paranaense de Voleibol, que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que envolvam as equipes do estado.[276] No basquete, a federação responsável é a Federação Paranaense de Basketball.[277] Todos os anos, o estado realiza os Jogos Escolares do Paraná, evento da secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades esportivas.[278] A cozinha paranaense testemunha as diversidades da origem de sua população.[279] O prato mais típico do estado é o barreado, apreciado em toda a região litorânea e feito à base de carne cozida, por muito tempo, em panela de barro, até desmanchar-se.[280][279] O churrasco é, como em todo o sul, um dos pratos mais característicos do interior, juntamente com os das comunidades de tradição alemã, polonesa e italiana.[279] [editar]Personalidades Ver também as categorias: Paranaenses e Naturais do Paraná Entre os principais paranaenses ilustres podemos destacar: David Carneiro, um dos mais renomados historiadores brasileiros[281] e pai do historiador David Carneiro Júnior;[282] Moysés Paciornik, médico curitibano;[283] Michel Teló, medianeirense, ex-integrante do Grupo Tradição;[284] Tony Ramos, araponguense, ator da Rede Globo;[285] Dalton Trevisan, escritor curitibano e autor de O Vampiro de Curitiba;[286] Sônia Braga, maringaense, atriz da Rede Globo;[287] a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, astorguense;[288] Jaime Lerner, político, arquiteto e urbanista curitibano, autor da ideia do Ligeirinho;[289] Anízio Alves da Silva, inventor do supletivo (atualmente conhecido como Educação de Jovens e Adultos);[290] Deivid Willian da Silva, londrinense, jogador do Clube Atlético Paranaense;[291] Dirceu José Guimarães, jogador da Confederação Brasileira de Futebol entre as décadas de 1970 e 1980;[292] Fábio Campana, iguaçuense, jornalista;[293] Aramis Millarch, curitibano, editor do jornal O Estado do Paraná;[294] os ex-governadores Roberto Requião de Mello e Silva[295] e Moysés Lupion;[296] Laurentino Gomes, maringaense, escritor, jornalista e autor dos livros 1808 e 1822;[297] Grazi Massafera, atriz e modelo;[298], Maria Fernanda Cândido, atriz e modelo;[299] dentre vários outros de menor expressão. No Paraná só há um feriado estadual que é o Dia da Emancipação Política, no dia 19 de dezembro, em comemoração ao nascimento da Província do Paraná, desmembrada da Província de São Paulo.[300] As repartições particulares, incluindo a Ocepar, não têm direito a férias, por isso trabalham no feriado.[301] Ponto facultativo em Curitiba. América do Sul América Latina Bandeira do Paraná Brasil Curitiba Paranaenses Naturais do Paraná Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil Região Sul do Brasil Xisto betuminoso Notas ↑ No final do século XIX, a Mata de Araucárias ocupava 44% do território paranaense e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. ↑ Potamônimo ou potamónimo é um vocábulo que define um topónimo que tem origem num nome de um rio ↑ No noroeste do Paraná chove muito no verão, causando fortes prejuízos à produção de energia elétrica e ao funcionamento da Internet na região ↑ O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao ex-deputado estadual do Paraná e catarinense de nascimento, falecido em 30 de agosto de 1999. http://pt.wikipedia.org/wiki/Paraná

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