sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Piauí

O Piauí é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a noroeste da região Nordeste e tem como limites o oceano Atlântico (N), Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins (SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 251 529 km²[6] (maior que o Reino Unido) e tem 3 032 421 habitantes. Sua capital é a cidade de Teresina. As cidades mais populosas são Teresina (822 363 hab), Parnaíba (146 059 hab), Picos (73 021 hab), Piripiri (62 107 hab), Floriano (57 968 hab), Campo Maior (46 068 hab), Barras (44 913 hab), União (43 135 hab), Altos (39 735 hab) e Esperantina (38 049 hab). Considerando apenas a população urbana, os maiores aglomerados do Piauí são: Teresina (767.777 moradores urbanos), Parnaíba (137.507 moradores urbanos), Picos (58.295 moradores urbanos), Floriano (49.978 moradores urbanos), Piripiri (44.539 moradores urbanos), Campo Maior (33.524 moradores urbanos), Altos (27.391 moradores urbanos), Esperantina (23.156 moradores urbanos), Pedro II ( 22.671 moradores urbanos), Barras (22.126 moradores urbanos), Oeiras (22.001 moradores urbanos), José de Freitas (21.604 moradores urbanos), São Raimundo Nonato ( 21.276 moradores urbanos), União (20.969 moradores urbanos). O relevo é moderado e a topografia regular, com mais de 53 por cento abaixo dos trezentos metros. Parnaíba, Poti, Canindé, Piauí e Gurgueia são os rios principais. O topônimo "Piauí" vem da língua tupi, na qual significa "rio das piabas". Pré-História Pintura rupestre símbolo do Parque Nacional da Serra da Capivara. No Piauí, há vestígios da presença do homem americano que datam em até 50 000 anos atrás. Estes estão presentes no Parque Nacional da Serra da Capivara, na Serra das Confusões e em Sete Cidades. O Parque Nacional da Serra da Capivara é, sem dúvida, o mais importante. Lá, foram encontrados a cerâmica mais velha das Américas, um bloco de tinta de 10 000 anos, fósseis humanos e animais, pinturas rupestres e outros artefatos antigos. A Serra da Capivara foi descoberta por caçadores nas proximidades da cidade-sede: São Raimundo Nonato, os quais, sem saber de que se tratavam as pinturas rupestres, chamaram o prefeito que, surpreso, tirou fotos. Seis anos depois, em uma conferência em São Paulo, o mesmo prefeito, coincidentemente encontrou Niède Guidon. Ele mostrou as fotos à pesquisadora, que tanto se interessou, o que levou a se mudar para a Serra, onde ainda reside, fazendo pesquisas. [editar]Economia do Piauí antes da Independência Antes da independência do Piauí de Portugal, a sua economia se baseava na criação de gado, no cultivo do algodão, que era considerado o melhor do brasil, na cana-de-açúcar, no fumo, entre outros. [editar]Independência de Portugal Monumento do Jenipapo, símbolo de bravura do povo piauiense. Lá, ocorreu uma das principais guerras em prol da Independência do Brasil. Com a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, algumas províncias continuaram como colônias portuguesas, dentre elas, o Piauí. Com medo de perder a província do Piauí, a coroa portuguesa mandou a Oeiras, que era a capital da província, o brigadeiro João José da Cunha Fidié, que comandava uma tropa militar, a fim de manter o Piauí como colônia portuguesa. Em 19 de outubro de 1822, a Câmara Provincial de Parnaíba declarou a independência de Parnaíba. Para conter os revoltosos, Fidié e sua tropa militar foram a Parnaíba, onde ficaram por quase dois meses e depois voltaram a Oeiras. Na volta para a capital, ao passar por Piracuruca, viram que a cidade estava deserta. Isso serviu de sinal para o que aconteceu mais adiante: em Campo Maior, nas proximidades do Riacho do Jenipapo, houve um confronto entre portugueses e piauienses, onde os portugueses possuíam armas avançadas, munição e alimento garantido, mas os piauienses tinham apenas equipamentos rudimentares. Essa batalha foi chamada de Batalha do Jenipapo. Com o fim desta, os piauienses que sobreviveram roubaram toda a munição e alimento dos portugueses que, desesperados, foram para União e, de lá para Caxias, no Maranhão, onde foram presos por Manoel de Sousa Martins. Fidié ficou preso em Oeiras por três meses. De lá, foi mandado ao Rio de Janeiro e, depois, a Lisboa. Imagem de 1758 de Oeiras, primeira capital do estado. No começo do século XVII, fazendeiros da região do rio São Francisco procuravam expandir suas criações de gado. Os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos e passaram a ocupar as terras ao lado do rio Gurgueia. Em 1718, o território, até então sob a jurisdição da Bahia, passou para a do Maranhão. O capitão Domingos Afonso Mafrense, ou capitão Domingos Sertão, como era conhecido, foi um dos sesmeiros que ocuparam essas terras; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região, doando suas fazendas - após sua morte - aos padres jesuítas da Companhia de Jesus. A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvolvimento da pecuária, que, em meados do século XVIII, atingiu seu auge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abastecidas pelos rebanhos originários do Piauí até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fazendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização, esta se deu do interior para o litoral. Em 1811, o Piauí tornou-se uma capitania independente. Após a independência do Brasil em 1822, algumas províncias continuaram sobre o poder de Portugal (entre essas, o Piauí). Portugal, com medo de perder essa província, mandou, de Oeiras à cidade de Parnaíba, tropas portuguesas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por ocasião da Batalha do Jenipapo, onde piauienses lutaram contra os portugueses com armas brancas em Campo Maior. A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecida e este acabou por ser preso em Caxias, no Maranhão. Alguns anos depois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balaiada, atingiram também o Piauí. Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da proclamação da república brasileira (1889), o estado apresentou tranquilidade no terreno político, mas grandes dificuldades na área econômico-social. A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Síria que durou mais de cem anos, de modo que essa etnia se faz assaz presente naquela cidade. Em 1880, em troca do município de Crateús, a então Província do Ceará cedeu ao Piauí a cidade de Parnaíba, possibilitando ao estado a tão almejada saída para o mar. A ideia da transferência da capital do Piauí de Oeiras remonta aos períodos coloniais. Já no século XVIII, quando a capitania do Piauí adquiriu a sua independência do Maranhão, Fernando Antônio de Noronha, então governador da capitania do Piauí, propôs ao rei de Portugal a transferência da capital, alegando que Oeiras era uma terra seca e estéril, imprópria para a agricultura e de difícil comunicação com as outras partes da colônia. Durante anos, sempre foram citadas as povoações de Parnaíba, vila ao litoral de intenso comércio e a vila do Poti, às margens do rio Parnaíba, que convivia problemas com as cheias dos rios, mas que, por localizar-se no interior, poderia integrar o estado através da navegação pelo rio Parnaíba. No governo de José Idelfonso de Sousa Ramos, foi votada e sancionada a lei nº174, de 27 de agosto de 1844, que autorizava a mudança da capital, não para a vila de Parnaíba ou para a vila do Poti, localidades sempre lembradas, mas para a margem do rio Parnaíba na foz do rio Mulato, devendo a nova cidade receber o nome de Regeneração. Quando, em 23 de julho de 1850, José Antônio Saraiva, fundador de Teresina, fora nomeado governador da Província do Piauí, o assunto da transferência da capital estava em plena efervescência. Logo após assumir, Saraiva recebeu uma delegação das vilas de Parnaíba, Piracuruca e Campo Maior com um grande número de assinaturas reivindicando a mudança da capital para Parnaíba. Diante dessa situação, o novo governador procurou estudar o assunto com profundidade. Nas suas pesquisas, constatou que muitas eram as sugestões para se edificar uma nova capital às margens do rio Parnaíba. Em manobra audaciosa, Antônio Saraiva, em 1852, decidiu pela transferência para a vila do Poti com a condição de que uma nova sede fosse construída em local a salvo das enchentes que assolavam a vila. Graças ao empenho da população local, o projeto pôde se concretizar e, em 16 de agosto de 1852, foi instituída a nova capital da Província do Piauí, com o nome de Teresina em homenagem à imperatriz Teresa Cristina de Bourbon. Rapidamente, todo o império foi informado da nova capital. Uma das curiosidades que envolvem a transferência da capital é que, além da mudança de cidade, havia o projeto de navegabilidade do rio Parnaíba, em que buscava-se dinamizar a economia do estado, que ainda encontrava-se em sistema semelhante ao feudal. Outro ponto que merece destaque é que a capital só começou a se desenvolver quando, no Piauí, começou a se desenvolver o extrativismo, principalmente do babaçu e da carnaúba. Foi em 1926 a passagem pelo Piauí do movimento político-militar de origem tenentista chamado Coluna Prestes. A Coluna foi uma marcha pelo interior do Brasil em defesa de reformas políticas e sociais e contra a conjuntura desigual da República Velha. Cerca de 1 200 homens, chefiados por Juarez Távora, Miguel Costa e Luís Carlos Prestes, percorreram, durante 29 meses, 25 000 quilômetros nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Ao final de 1926, com mais da metade dos combatentes atacados pelo cólera e sem poder continuar a luta, a Coluna procurou asilo na Bolívia. A invencibilidade da Coluna Prestes contribuiu para o prestígio político do tenentismo e reforçou as críticas às oligarquias. Sua atuação ajudou a abalar os alicerces da República Velha, a preparar a Revolução de 1930 e a afirmar a liderança nacional de Luís Carlos Prestes. A Coluna Prestes esteve presente duas vezes no estado, sendo recepcionada de diferentes maneiras. Em Floriano, o movimento foi recebido com festa pelos comerciantes descendentes de árabes e com pavor pela população local. Segundos relatos, a cidade praticamente ficou deserta e houve saques inclusive aos cofres da prefeitura. Na capital, Teresina, a passagem da Coluna Prestes deixou rastro de pavor e o pânico tomou conta da população. Segundo historiadores, o então governador tentou, sem sucesso, impedir a entrada na capital através da construção de um canal ligando os rios Poti e Parnaíba. Dentre os fatos mais importantes da passagem do movimento pela capital, vale destacar a prisão de Juarez Távora. Relevo O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte do estado. Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul, encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de novecentos metros de altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o estado, como, por exemplo, o Gurgueia, o Fidalgo, o Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da áreas erosivas das águas. Enquanto quase todos os estados do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o rio São Francisco, com aproximadamente 1 800 quilômetros dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio Parnaíba e com alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurgueia, que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2 600 km de extensão. O estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento de água na região. A perenidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios. O estado encontra-se com 82,5% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Vegetação Predominam quatro classes vegetacionais: caatinga, cerrado, floresta estacional semidecidual e a floresta de cocais. Caatinga: tem sua ocorrência em ambientes de clima tropical semi-árido. Os vegetais da caatinga apresentam adaptações a esse ambiente. Têm folhas grossas e pequenas, muitas delas com forma de espinhos, que perdem pouca água pela transpiração. Registrada principalmente no sul e sudeste do estado; é composta por cactáceas, bromélias, arbustos e árvores de pequeno até grande porte em áreas brejosas. cerrado: estende-se nas porções sudoeste e norte do estado; apresenta arbustos, árvores e galhos retorcidas, folhas grandes, casca grossa, raízes profundas e algumas gramíneas, cactos, bromélias e ervas cobrindo o solo. Encontra-se no sul, sudoeste e da região central ao leste. Floresta estacional semidecidual: ocorre da foz do rio canindé no médio Parnaíba até o baixo parnaíba, além de outra extensão no vale do rio gurguéia, é mista com a floresta de palmáceas principalmente acompanhado o rio parnaíba; espécies ocorrentes carnaúba, babaçu, buriti, macaúba, tucum, pati e outras. Essas palmeiras podem ser encontradas no cerrado. Quanto aos vegetais lenhosos a variedade é impressionante desde pequenas ervas e arbustos de alguns centímetros á árvores de grande porte com mais de 20 a 30 metros, no período seco algumas plantas perdem as folhas e outras se mantém verdes o ano todo; espécies ocorrentes angico branco, jatobá, cedro, ipê-roxo, pau-d'arco-amarelo, ipê-amarelo, tamboril, gonçalo alves, violeta, sapucaia, sapucarana, louro-pardo, aroeira, cajazeira, guaianã, oiti, caneleiro, burra-leiteira, chichá, açoita cavalos, moreira, azeitona, genipapo, algodão bravo, podoí, pau de rato, juazeiro, tuturubá, mutambá, goiaba, quabiraba entre outras. floresta de cocais: vegetação predominante entre a Amazônia e a caatinga, onde predominam as palmeiras ora mescladas pela floresta estacional semidecidual ora em agrupamentos quase puros, ocorrem preferencialmente em baixadas onde o lençol freático e mais raso , mantem-se sempre verdes todo o ano e produzem muitos frutos tanto para o extrativismo das populações locais como para fauna silvestre. predomina nos estados do Maranhão, Piauí, ceará e norte do Tocantins. No Piauí, predominam as palmeiras babaçu, carnaúba, buriti, tucum, macaúba, patizeiro além de muitas outras. Vegetação e Fauna A vegetação resulta da inter-relação entre o clima, as rochas, o relevo e os solos de um determinado espaço. E bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, que possuem certo nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico chamado biótopo. No espaço piauiense encontram-se partes de três dos grandes biomas brasileiros: costeiro, cerrado e caatinga. Estes ocorrem intercalados pelas áreas de transição ou ecótonos: o cerrado-caatinga e o cerrado-amazônia. Bioma costeiro É composto pelas formações vegetais litorâneas ou costeiras que acompanham toda a costa brasileira, formando conjuntos florísticos bastante diversificados, pois a vegetação é diferente e litoral rochoso, arenoso ou de mangue. Na faixa litorânea ocorre a vegetação de mangues nas áreas do delta do Parnaíba e tam-bém nas áreas das planícies flúvio-marinhas dos rios Portinho, Camurupim e Ubatuba, princi-palmente. Dentre as espécies destes ecossistemas encontram-se o Mangue vermelho, sapateiro ou verdadeiro. Apresenta grandes raízes aéreas que ficam expostas durante a maré baixa. Outras espécies vegetais arbóreas e arbustivas que ocorrem nesta área são o Mangue-preto ou siriúba ou canoé; Mangue-manso, rajadinho ou branco; Mangue-botão ou de bolota; Aninga; Sambaíba-de-mangue; Algodão-de-mangue; dentre outras. A Carnaúba ocorre no interior das ilhas do delta e também nos vales dos rios, entre o mangue e a caatinga litorânea, em grande concentração. Destaque-se a presença de Salgados ou Apicuns, que são manchas que se apresentam destituídas de vegetação arbustiva e arbórea, ora como um ambiente de transição entre o mangue e as áreas arenosas de praias e dunas, ora entremeando os manguezais. No litoral as algas marinhas também são encontradas com certa abundância, desde os tipos que podem ser utilizadas para fins farmacêuticos, de alimentação e de adubação. Dentre os animais mais abundantes das áreas do delta e planícies flúvio-marinhas, estão os crustáceos. Entre as aves estão maçarico, guará, lavandeiras etc. Entre os mamíferos destacam-se o macaco-prego e o peixe-boi-marinho. Ocorre também nas águas do delta e proximidades uma grande quantidade de peixes, como bagre, voador, agulha, pargo, arraia, camurupim, cioba, pescada etc. Nas praias, principalmente onde afloram recife de arenito e conchas durante as marés baixas, encontram-se pequenos animais como a estrela-do-mar, búzios e tatuís. Na faixa pós-praia e campos de dunas encontra-se a vegetação pioneira como a salsa-da-praia e o pinheiro-da-praia. Nas dunas e areias já fixadas, mais distante da praia, encontram-se o bredo-da-praia, tiririca e vassourinha-de-botão. Dentre as espécies arbóreo-arbustivas estão murici, cajuí, coqueiro da praia, caatingueira etc. A fauna dessas áreas de solos arenosos corresponde principalmente aos répteis, aves e mamíferos. Alguns exemplos são a cobra jiboia, garça azul, sabiá-da-praia, raposa, preá, etc. . Bioma cerrado Constituído por formações vegetais que apresentam, geralmente, três estratos: herbáceo, arbustivo e arbóreo. Conforme variações ambientais regionais e locais, formam-se diversos ecossistemas, com sub-tipos ora arbóreo, ora arbustivo e herbáceo. Assim, sob o ponto de vista fisionômico, são classificados como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado e campo limpo de cerrado. São características marcantes do cerrado os seus troncos tortuosos, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Estas resultam da adaptação às condições de solo que, mesmo dispondo de umidade suficiente, apresentam teores elevados de acidez pela presença do alumínio e ferro, o que dificulta o desenvolvimento das plantas e lhes dá essa fisionomia. Destaque-se que em muitos vales ocorre a formação de brejos, que são locais onde afloram os olhos d’água que geralmente formam nascentes de riachos que vão alimentar grandes rios. Nesses locais de solos úmidos destaca-se o buriti que, muitas vezes, acompanha o leito dos rios, como indicador de que o lençol freático se encontra próximo à superfície do solo. O fruto desta palmeira é muito utilizado para a fabricação de doces e sucos, além do óleo que tem uso medicinal. Dentre as espécies mais frequentes no cerrado piauiense encontram-se faveira, fava-danta, jatobá, pau-de-terra, sambaíba ou lixeira, piqui, amargoso, cachamorra, pau-pombo, chapada, barba-timão etc. Os animais encontrados neste bioma com maior frequência são: veado-campeiro, ema, lobo-guará, perdiz, raposa, macacos, tatu-canastra, cobras, araras, papagaios, periquitos, gaviões, carcará, capivara, paca, ratos, e muitos outros. . Bioma caatinga É considerada o único bioma exclusivamente brasileiro. Considerando os aspectos fisio-nômicos, a caatinga apresenta-se em sub-tipos, conforme as variações nas condições locais de umidade de clima e dos solos. Assim, forma ecossistemas classificados como: caatinga arbustiva aberta, abustivo-arbórea e caatinga densa. Em alguns locais mais úmidos como serras e chapadas, por exemplo, desenvolve-se a fisionomia arbórea ou de floresta. Aí ocorrem espécies que podem alcançar grande altura, como angico, aroeira e braúna. Nas áreas mais secas, ocorre a caatinga arbustiva aberta, com a presença do marmeleiro, jurema-preta, unha-de-gato e favela. Destaque-se que é frequente a ocorrência de carnaubeira, em algumas áreas mais úmidas dos vales, onde formam manchas significativas, embora não seja exclusiva da caatinga, pois no Piauí ela ocorre também nos biomas costeiro e cerrado. A característica mais marcante da caatinga é xerofismo ou xeromorfismo das espécies vegetais. Ele traduz a adaptação da vegetação às condições climáticas sob regime de baixos índices pluviométricos e elevadas temperaturas do ar e do solo. Assim, muitas espécies vegetais perdem as folhas no período seco (caducifólias), como forma de se protegerem contra a perda de água e se manterem vivas durante o período seco, quando adquirem aspecto seco, como se estivessem mortas. Outras espécies da caatinga também desenvolveram mecanismos diferentes de adaptação às condições secas do ambiente semi-árido, como o juazeiro, que produz cerosidade que forma uma película nas suas folhas, e os cactos e bromélias que, no seu processo de evolução/adaptação, substituíram as folhas por espinhos. A fauna do bioma caatinga é representada por animais como: sapo-cururu, asa-branca, andorinha, acauã, canário-da-terra, galo-campina, corrupião, rolinha, beija-flor, bicudo, chico-preto, azulão, cancan, cotia, gambá, preá, veado-caatingueiro, onça pintada, onça vermelha ou parda, seriema, tatu-peba, tatu-bola, macaco-prego, tamanduá-manbira, tamanduá-bandeira, etc. Clima Duas tipologias climáticas ocorrem no estado. A primeira, classificada por Köppen como tropical quente e úmido (Aw); domina a maior parte do território variando entre 25 e 27 °C. As chuvas na área de ocorrência deste clima também são variáveis. Ao sul, indicam cerca de 700mm anuais, mais ao norte a pluviosidade aumenta, atingindo índices próximos a 1.200mm/ano. O segundo tipo de clima predomina na porção sudeste do estado, sendo classificado como semiárido quente (Bsh). As chuvas ocorrem durante o verão, distribuindo-se irregularmente, alcançando índices de 600mm/ano; pela baixa pluviosidade, a estação seca é prolongada (oito meses mais ou menos) sendo mais drástica no centro da Serra da Ibiapaba. As temperaturas giram na casa dos 24 a 40 °C, tendo seus invernos secos. Subdivisões O Piauí é dividido em quatro mesorregiões e quinze microrregiões. Mesorregiões Centro-Norte Piauiense Norte Piauiense Sudeste Piauiense Sudoeste Piauiense Microrregiões Alto Médio Canindé Alto Médio Gurgueia Alto Parnaíba Piauiense Baixo Parnaíba Piauiense Bertolínia Campo Maior Chapadas do Extremo Sul Piauiense Floriano Litoral Piauiense Médio Parnaíba Piauiense Picos Pio IX São Raimundo Nonato Teresina Valença do Piauí AGRADECIMENTO. http://pt.wikipedia.org/wiki/Piaui

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