sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pernambuco

Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98 311 km² (pouco menor que a Coreia do Sul). Também fazem parte do seu território os arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo. Sua capital é a cidade do Recife e a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas. O atual governador é Eduardo Campos (PSB).[7][8][9][10] O maior aglomerado urbano de Pernambuco é a Região Metropolitana do Recife (RMR), um dos principais polos industriais do Brasil. Os municípios mais populosos da metrópole pernambucana são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho.[11] No interior do estado, as cidades mais importantes de acordo com os níveis de centralidade são, respectivamente, Caruaru, Petrolina, Garanhuns, Serra Talhada, Arcoverde, Palmares, Vitória de Santo Antão, Araripina, Afogados da Ingazeira, Goiana, Carpina, Belo Jardim, Salgueiro, Pesqueira e Ouricuri.[12] Uma das primeiras regiões do Brasil a ser ocupada pelos portugueses, Pernambuco foi também o mais importante núcleo econômico e um dos principais núcleos políticos do período colonial.[13] O estado teve ativa participação em diversos episódios da história brasileira: foi palco das Batalhas dos Guararapes, decisivas na Insurreição Pernambucana e consideradas a origem do Exército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como a Guerra dos Mascates, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Revolta Praieira.[14] Pernambuco é atualmente o décimo estado mais rico do Brasil; e Recife a cidade com o maior PIB per capita entre as capitais da Região Nordeste.[15] O estado abriga o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital, localizado no bairro do Recife Antigo na capital pernambucana; e o maior estaleiro do Hemisfério Sul, o Estaleiro Atlântico Sul, situado no Complexo Industrial de Suape, Região Metropolitana do Recife. Em Pernambuco nasceram nomes de destaque da indústria brasileira, como Norberto Odebrecht, José Ermírio de Morais, Edson Mororó Moura, Antônio de Queiroz Galvão, entre outros. O nível de desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém o melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro segundo o IBGE, e apresenta a terceira melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste segundo a FIRJAN.[16][17][17] Conhecido por sua ativa e rica cultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como o frevo e o maracatu, bem como detentor de um vasto patrimônio histórico, artístico e arquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. Na década de 1990, surgiu em Pernambuco o manguebeat, amálgama do rock, do pop, do rap e do funk com os ritmos locais. Nasceram no estado nomes de peso no cenário internacional: Paulo Freire, um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial e brasileiro mais homenageado de todos os tempos; Gilberto Freyre, um dos maiores sociólogos do século XX; Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República Federativa do Brasil; entre outros. O estado também deu origem a grandes literatos brasileiros, como Manuel Bandeira, Nelson Rodrigues, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Nabuco, entre muitos outros,[10] bem como a nomes de destaque das artes visuais e design, como Cícero Dias, Romero Britto, Abelardo da Hora e Andree Guittcis. Pernambuco deu origem ainda a grandes nomes das ciências exatas e biológicas, como Mário Schenberg, Leopoldo Nachbin, Paulo Ribenboim, Correia Picanço, entre outros tantos. O estado é representado na bandeira do Brasil pela estrela Mµ de Escorpião. A origem do nome Pernambuco é controversa. Alguns estudiosos afirmam que vem do nome tupi: pa'ra'nã = "mar" mais buka = ("furo de mar"), referência dada aos índios no canal de Santa Cruz que cerca a toda a Ilha de Itamaracá.[19] Segundo outros afirmam, era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil. Pode se originar, ainda, da palavra tupi paranãbuku, que significa "mar comprido", através da junção dos termos paranã ("mar") e puku ("comprido, alto"). Os habitantes naturais do estado do Pernambuco são denominados pernambucanos.[21] Quanto à pronúncia do gentílico per.nam.bu.ca.no (top. Pernambuco mais ano – que significa pessoa nascida ou que vive em Pernambuco), as pronúncias aceitas, de acordo com as flexões gramaticais, seguem os exemplos: "o pernambucano e a pernambucana; os pernambucanos e as pernambucanas". O Nordeste brasileiro concentra alguns dos mais antigos sítios arqueológicos conhecidos do país, com datação superior a 40 000 anos antes do presente.[23] Na região que hoje corresponde ao estado de Pernambuco, foram identificados vestígios seguros de ocupação humana superiores a 11 000 anos, nas regiões de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus. Nesta última região, foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, de onde foram resgatados 83 esqueletos humanos em bom estado de conservação. Dentre os grupos indígenas que habitaram o estado, identificou-se a tradição cultural Itaparica, responsável pela confecção de artefatos líticos lascados há mais de 6 000 anos. No Agreste pernambucano, conservam-se pinturas rupestres com data aproximada de 2 000 anos antes do presente, atribuídas à subtradição denominada Cariris velhos.[28] Na época da colonização portuguesa, habitavam o litoral pernambucano os Tabajaras e os Caetés, já desaparecidos. Nos brejos interioranos do estado ainda é possível encontrar grupos indígenas remanescentes das antigas tradições, como os Pankararu (em Tacaratu) e os Atikum (em Floresta). Em 1501, ano seguinte ao da chegada dos portugueses ao Brasil, o território de Pernambuco, definido pelo Tratado de Tordesilhas como região pertencente à América portuguesa, é explorado pela expedição de Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia, incluindo, possivelmente na atual localidade de Igarassu, cuja defesa seria futuramente confiada a Cristóvão Jacques. O povoamento efetivo de Pernambuco, entretanto, inicia-se em 1534, quando a colônia portuguesa é dividida em capitanias hereditárias. O território do atual estado de Pernambuco equivale à quase totalidade da capitania de Pernambuco, doada a Duarte Coelho, e parte da capitania de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Sousa. Estendia-se por 60 léguas entre o rio Igaraçu e o rio São Francisco A Capitania de Pernambuco abrangia os atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e a porção ocidental da Bahia. Pernambuco foi a capitania mais rica do Brasil Colônia. Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da capitania, a princípio batizada de "Nova Lusitânia", mas que pouco tempo depois recebeu a denominação que mantém até hoje. Em 1537, os povoados de Igarassu e Olinda, estabelecidos em 1535, junto com chegada do donatário, foram elevados a vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa e seu porto, habitado por pescadores, daria origem à cidade de Recife. As vilas de Igarassu e Olinda, entre os primeiros núcleos de povoamento do Brasil, serviram de ponto de partida de expedições desbravadoras do interior da capitania. Uma dessas expedições, chefiada pelo filho do donatário, Jorge de Albuquerque, penetrou o sertão até o rio São Francisco, assegurando o domínio e expansão do interior do território e combatendo os índios hostis. Duarte Coelho, por sua vez, tratou de instalar em Pernambuco os primeiros engenhos de açúcar da colônia, incentivando também o plantio do algodão. Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais. Por ocasião da União Ibérica (1580 a 1640) a então chamada República Holandesa, antes dominados pela Espanha tendo depois conseguido sua independência através da força, veem em Pernambuco a oportunidade para impor um duro golpe na Espanha, ao mesmo tempo em que tirariam o prejuízo do fracasso na Bahia, uma vez que Pernambuco era o principal centro produtivo da colônia. Em 26 de dezembro de 1629 partia de São Vicente, Cabo Verde, uma esquadra com 66 embarcações e 7.280 homens em direção a Pernambuco. Os holandeses, desembarcando na praia de Pau Amarelo, conquistam a capitania de Pernambuco em fevereiro de 1630 e estabelecem a colônia Nova Holanda. A frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades. O conde Maurício de Nassau desembarcou na Nieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção de Mauritsstad (atual Recife), que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como o palácio de Freeburg, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, e do prédio do observatório astronômico, tido como o primeiro do Novo Mundo. Em 28 de fevereiro de 1644 o Recife (atualmente o Bairro do Recife) foi ligado à Cidade Maurícia com a construção da primeira ponte da América Latina. Durante o governo de Nassau, Recife foi considerada a mais próspera e urbanizada cidade das Américas, e tinha a maior comunidade judaica de todo o continente, que construiu, à época, a primeira sinagoga do Novo Mundo, a Kahal Zur Israel, bem como a segunda, a Maguen Abraham. Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominado Insurreição Pernambucana. Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segunda Batalha dos Guararapes. Foi nesta ocasião que se diz ter nascido o Exército brasileiro. Com a colônia holandesa tomada pelos portugueses, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira da Inquisição, quase todos venderam o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de Pernambuco fugiu para Amsterdã, e outra parte se estabeleceu em Nova York. Através deste último grupo a Ilha de Manhattan, atual centro financeiro dos Estados Unidos, conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas, aliado de George Washington na Guerra de Independência dos Estados Unidos; seu filho Benjamin Mendes Seixas, fundador da Bolsa de Valores de Nova York; Benjamin Cardozo, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ligado a Franklin Roosevelt; entre outros.[33][34] Após a expulsão holandesa, o estado passou a declinar junto com restante do Nordeste, devido à transferência do centro político-econômico para o Sudeste, o que resultou em conflitos como a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador, movimentos separatistas pernambucanos. A qualidade do açúcar refinado holandês, agora produzido nas Antilhas, superior ao mascavo brasileiro, também ajudou a acelerar a decadência do estado, que era baseado nos latifúndios de cultivo de cana-de-açúcar. Buscando novos meios de renda, aumenta o comércio no estado gradativamente. Este efeito foi estopim de revoltas como a Guerra dos Mascates. Pernambuco é um dos menores estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas: serras, planaltos, brejos, semi-aridez no sertão e diversificadas praias na costa. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão. As planícies litorâneas têm altitude de até 200m, apresentando relevo peneplano (mamelonar), e alguns pontos do planalto da Borborema ultrapassam os 1.000m de altitude. Na margem oeste da mesorregião Agreste, há a Depressão Sertaneja, uma depressão relativa com altitude média de 400m que se estende até a margem oriental da Chapada do Araripe. Faz divisa com Paraíba e Ceará ao norte, Alagoas e Bahia ao sul, Piauí ao oeste e o oceano Atlântico ao leste. Tem 187 km de costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha. Mais da metade do estado é localizado no Sertão, exclusivamente no oeste e região central do estado. É um lugar onde há escassez de chuvas, e o clima é semi-desértico (semi-árido), devido à retenção de parte das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África. Está no domínio da caatinga, com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses do ano, sendo que em anos periódicos as chuvas podem ficar abaixo da média ou até mesmo acima da média. As médias de precipitações pluviométricas variam entre 600 mm e 800 mm sendo que em trechos da região, podem ser menor que 500 mm, mas também podem se aproximar de 1.000 mm, como em áreas do alto pajeú e chapada do arapipe. No Agreste as precipitações são entre 600 mm e 900 mm, principalmente em áreas consideradas como Brejos de Altitude. A Zona da Mata do estado tem precipitações médias entre 1.500 e 2.000 mm anuais. O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. É formado basicamente por três tipos: (Baixada litorânea), (Planalto da Borborema) e (Depressão Sertaneja). O litoral é uma grande planície sedimentar (Baixadas Litorâneas do Nordeste), quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar, nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A baixada litorânea no litoral trata-se de uma grande planície costeira de origem sedimentar e altitude que oscila entre 0 a 10 metros, apresenta feiçoes onde sobressaem praias e restingas. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa, junto a Zona da Mata tem como traço característico de sua paisagem um relevo marcado pela predominância de morros e colinas. A Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, características denominadas pelo geógrafo francês Pierre Deffontaines e consagrada pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab'Saber, como domínio de "Mares-de-Morros", expressão para designar o relevo das colinas. O Planalto da Borborema é a principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, tem altitude média de 600m, . Há picos com 1000 m de altitude, e os planaltos tem cerca de 800 m de altitude, com destaque para o maciço dômico de Garanhuns, com altitude média de 800m. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao município de Triunfo, localiza-se o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite com o sudoeste da Paraíba. O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos). No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. A Chapada do Araripe tem altitude média de 800m. agradecimento. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco

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