quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Goiás

Goiás é uma das 27 unidades federativas da República Federativa do Brasil. Situa-se a leste da Região Centro-Oeste, no Planalto Central brasileiro. O seu território é de 340.086 km², sendo delimitado pelos estados do Tocantins (norte), Bahia (nordeste), Mato Grosso (oeste), Mato Grosso do Sul (sudoeste), Minas Gerais (leste e sul) e pelo Distrito Federal. Tem uma área aproximada do território da Alemanha. A capital e maior cidade de Goiás é Goiânia, sede da Região Metropolitana de Goiânia (RMG). Outras cidades importantes quanto a aspectos econômicos, fora da região metropolitana de Goiânia, são: Anápolis, Rio Verde, Itumbiara, Catalão, Luziânia, Formosa, Jataí, Porangatu, Caldas Novas, Goianésia, Mineiros, Cristalina, Quirinópolis e Niquelândia, que também são as maiores cidades em população do interior do estado, além das cidades que compõem o Entorno do Distrito Federal. Ao todo são 246 municípios [7]. Com 6 004 045 habitantes[3] é o estado mais populoso do Centro-Oeste e o nono mais rico do país. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, em junho de 2011 registram-se em Goiás 4.061.613 eleitores [8]. O topônimo Goiás (anteriormente, Goyaz) tem origem na denominação de uma comunidade indígena. O termo original parece ter sido Guaiá, forma composta de Gua e iá, a qual significa "indivíduo igual", "pessoas de mesma origem". O nome Goiás, quando utilizado no meio de uma frase, dispensa o emprego de artigo, similarmente ao que acontece na designação dos estados de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais. História. Os colonizadores portugueses chegaram pela primeira vez à região hoje conhecida como estado de Goiás quase um século após o descobrimento do Brasil. A ocupação do território goiano teve início com Catarina Silva e as expedições de aventureiros (bandeirantes) provenientes da Capitania de São Paulo. Dentre esses, destacou-se Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que no final do século XVII percorreu o território goiano em busca de jazidas de metais preciosos. De acordo com a tradição, Bartolomeu Bueno da Silva - diante da recusa dos índios em lhe informar acerca da localização das jazidas auríferas de onde retiravam material para as peças de ouro com as quais se enfeitavam - despejou aguardente num prato, ateando-lhe fogo , e ameaçando fazer o mesmo com as águas dos rios. Apavorados, os índios levaram-no imediatamente às jazidas, chamando-o "Anhanguera" (Diabo Velho ou Feiticeiro). Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1750, em Pirenópolis. Essa é, obviamente, apenas uma lenda cujo conteúdo factual escapa à possibilidade de verificação. De qualquer modo, após a bandeira comandada pelo "Anhanguera", diversas outras expedições partiram em direção a Goiás, em busca de riquezas do subsolo da região. Em 1726, o filho de Bartolomeu Bueno (Bartolomeu Bueno Filho) fundou o primeiro vilarejo goiano, o qual foi denominado Arraial da Barra. Subsequentemente, povoados passaram a multiplicar-se. A exploração do ouro atingiu o seu auge na segunda metade do século XVIII. A colonização de Goiás deve–se também à migração de pecuaristas que partiram de São Paulo, no século XVI, em busca de melhores terras de gado. Dessa origem ainda hoje deriva vocação do estado para a pecuária. No período em que o Brasil foi colônia de Portugal, o estado de Goiás pertencia à capitania de São Paulo. Essa situação durou até 1744, quando foi criada a Capitania Geral de Goiás. [editar]Império Cartaz publicitário anunciando a venda de lotes em Goiânia, à época da construção da cidade. A partir de 1860, a lavoura e a pecuária tornaram–se as atividades principais da região, ao mesmo tempo em que a mineração do ouro entrou em decadência devido ao esgotamento das minas. A navegação a vapor e a abertura de estradas no final do século XIX, possibilitou o escoamento dos produtos cultivados no estado, permitindo o desenvolvimento da região. [editar]República Em 1889, com a proclamação da república, a província passou a ser o estado de Goiás. No século XX, a construção da nova capital, Goiânia, foi muito importante para a economia do estado, que deu sinais de um novo surto de desenvolvimento com a criação de Brasília, a nova capital do Brasil, inaugurada em 1960. Em 1988, o estado de Goiás foi dividido e sua porção norte passou a constituir o estado do Tocantins. O objetivo principal dessa divisão foi estimular o desenvolvimento da Região Norte, onde estão concentradas as maiores carências sociais e também onde ocorreram com maior frequência disputas pela posse de terras, provocadas pela concentração fundiária. [editar]Geografia Vale do Rio Preto, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. [editar]Relevo O estado de Goiás está localizado no Planalto central brasileiro, entre chapadas, planaltos, depressões e vales. Há bastante variação de relevo no território goiano, onde ocorrem terrenos cristalinos sedimentares antigos, áreas de planaltos bastante trabalhadas pela erosão, bem como chapadas, apresentando características físicas de contrastes marcantes e beleza singular. As maiores altitudes localizam-se a leste e a norte, na Chapada dos Veadeiros (1.784 metros), na Serra dos Cristais (1.250 metros) e na Serra dos Pireneus (1.395 metros). As altitudes mais baixas ocorrem especialmente no oeste do estado. [editar]Clima O clima é tropical semiúmido. Basicamente, há duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro. A média térmica é de 23 °C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões sudoeste, sul e leste. As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e outubro, e as máximas podem chegar a até 39 °C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas do entre maio e julho, quando as mínimas, dependendo da região , podem chegar a até 4 °C. A tipologia climática tropical se faz presente na maior parte do estado, apresentando invernos secos e verões chuvosos. As temperaturas variam de região para região; no sul giram em torno dos 20ºC aumentando ao norte para 25ºC. O índice de chuvas segue o regime das temperaturas. A oeste do estado o índice atinge 1.800mm anuais diminuindo no sentido leste para 1.500mm/ano. Em parte do estado, mais precisamente no planalto de Anápolis e Goiânia ocorre o clima tropical de altitude com temperaturas médias anuais baixas, porém, a precipitação ocorre da mesma forma que no restante do estado. [editar]Vegetação Ipê-amarelo, em Goiânia. Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical onde existem árvores de grande porte, onde a indústria aproveita como o mogno, jequitibá e peroba, o território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado. Arbustos altos e árvores de galhos retorcidos de folha e casca grossas com raízes profundas formam boa parte da vegetação. Municípios como Goiânia, Anápolis, bem como diversos outros localizados no sul do estado possuem estreitas faixas de floresta Atlântica, as quais, na maioria das vezes, cobre margens de rios e grandes serras. Ao contrário das áreas de caatinga do Nordeste brasileiro, o subsolo do cerrado apresenta água em abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumínio, e pouco fértil. Por esse motivo, na estação seca, parte das árvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a água presente no subsolo. Exemplos de árvores do cerrado são: lobeira, mangabeira, pequizeiro, e de algumas plantas medicinais, como a caroba e a quineira. [editar]Fauna A fauna em Goiás é riquíssima, destacando-se animais de variadas espécies, como capivaras e antas, as margens de rios e riachos. Nas matas: onças, tamanduás, macacos e animais típicos do cerrado, como a ema e a seriema. Pássaros de variadas espécies enriquecem a fauna goiana, além de peixes e anfíbios nos rios e lagos espalhados em todo o estado. Para proteger as florestas, a flora e a fauna, foram criados pelo Governo parques e reservas florestais, onde são proibidas a pesca, a derrubada das árvores e a caça. Os principais parques de proteção ambiental no estado são o Parque Nacional das Emas, situado no município de Mineiros, no sul do estado, e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante. [editar]Hidrografia Ver página anexa: Lista de rios de Goiás Goiás é banhado por três bacias hidrográficas: a Bacia do rio Paraná, a Bacia do Tocantins e a Bacia do São Francisco. Os principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã e Maranhão. Lagos e lagoas Lagoa Feia – Nas cachoeiras do Rio Preto, perto de Formosa. Lagoa Formosa – No município de Planaltina, próximo de Brasília. Lagoa Piratininga – As águas quentes, no município de Caldas Novas. Lagoa dos Tigres – Suas águas vêm do Rio Água Limpa, desaguando no Rio Vermelho, no município de Britânia. Lagoa Santa (Goiás) – Suas águas são consideradas medicinais, com temperatura elevada e de alto teor sulfúrico. Lago do Ribeirão - No município de Caçu, um belo cartão postal da cidade. Lagoa Bonita – Ou Lagoa Mestre D’Armas, perto da cidade de Planaltina. Lago Azul – No município de Três Ranchos. Lago do Acará – No município de Britânia (Goiás), deságua no Rio Araguaia. Lago de Cachoeira Dourada – Formado pelo represamento do Rio Paranaíba para a hidrelétrica Cachoeira Dourada. Lago do Iú – No município de Jussara. Lago de Serra da Mesa - Nos municípios de Niquelândia, Minaçu e Uruaçu, maior lago de Goiás e do Brasil em volume de água. Lago de Cana Brava - Nos municípios de Minaçu e Cavalcante. Lago das Brisas - Nos municípios de Itumbiara e Buriti Alegre, formado pelo represamento da 7ª maior usina hidrelétrica do Brasil, a usina de Itumbiara. Meio ambiente Cachoeira, em Pirenópolis, Goiás. A expansão da agropecuária tem causado graves prejuízos ao cerrado goiano. As matas ciliares estão sendo destruídas e as reservas permanentes sendo desmatadas, para ceder espaço para o gado bovino e as plantações. Na região de nascentes do Rio Araguaia, a implantação de pastagens fez surgir inúmeros focos de erosão provocados pelo desmatamento, causando as voçorocas (valetas profundas causadas pela erosão), praticamente incontroláveis, que atingem o lençol freático. Algumas dessas valas chegam a medir 1,5 km de extensão, por 100 m de largura e 30 m de profundidade. Esse quadro desolador, aliado ao assoreamento dos rios, tem feito com que Goiás enfrente sérios problemas de abastecimento de água, uma situação que se torna grave nos períodos de estiagem prolongada. A vazão das nascentes de águas, em 1999, alcançou os mais baixos níveis desde 1989, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, fazendo com que o governo já pense na possibilidade de adotar racionamento de água para as cidades mais populosas, como é o caso de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Demografia De acordo com o censo de 2010 divulgado pelo IBGE, o estado de Goiás contava com 5.849.105 habitantes[3]. Goiás é, assim, o estado mais populoso do Centro-Oeste brasileiro. O crescimento demográfico no estado acentuou-se após a fundação das cidades de Goiânia, em 1933, e Brasília, em 1960. Atualmente a taxa de crescimento demográfico em Goiás é maior do que a média nacional brasileira. Em 2010 a densidade demográfica era de 17,20 hab/km². O território goiano é marcado tanto por vazios demográficos quanto por regiões de alta concentração populacional. As áreas mais densamente povoadas do estado são a Região Metropolitana de Goiânia, com cerca de 2 milhões de habitantes, Microrregião de Anápolis, com mais de meio milhão de habitantes, e o Entorno de Brasília, com um pouco mais de 1 milhão de habitantes. A população indígena em Goiás ultrapassa 10 mil habitantes. 39.781 hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado - três da quais se encontram demarcadas pela Funai. Tais áreas localizam-se nos seguintes municípios: Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minaçu, Nova América e Rubiataba, sendo que a maioria da população considerada parda, possui ancestrais indígenas. De acordo com estudo genético autossômico de 2008, a composição (ancestralidade) da população de Goiás como um todo encontra-se assim descrita: 83,70% Européia, 13,30% Africana e 3,0% Indígena. Bandeira A Bandeira do Estado de Goiás foi criada em 30 de julho de 1919 através da Lei nº 650, inspirado em desenho de Joaquim Bonifácio de Siqueira. A bandeira compõe-se por oito listras horizontais alternadas nas cores verde e amarelo, onde o verde representa as matas e o amarelo as riquezas, assim como na bandeira nacional. No canto superior esquerdo contém um retângulo azul com cinco estrelas brancas que simbolizam o Cruzeiro do Sul.[12] O Cruzeiro do Sul, constelação que deu ao Brasil seus primitivos nomes - Vera Cruz e Santa cruz - figura no pavilhão goiano. Ostenta no quadrilongo azul, simbolizando a beleza do céu do estado e do Brasil. Brasão Brasão de Goiás. O brasão do Estado de Goiás possui o mesmo formato e significância. O formato em coração, deve-se ao fato de o brasão representar o coração brasileiro, tendo em vista que Goiás é o estado mais centralizado do país e abriga o Distrito Federal, onde está instalada a capital federal, Brasília, representada pela paisagem superior do escudo. Os bovinos representam a principal produção do estado. Assim como os animais, os ramos de café e fumo, e as hastes de arroz e cana-de-açúcar que aparecem no escudo, representam as importantes produções de Goiás. O campo amarelo com o losango vermelho, representa toda a riqueza mineral de Goiás. Ao lado, no parte azul do escudo, vê-se o cometa Biella que representa o Rio Araguaia no ponto de seu curso em que, abrindo os dois braços, forma a Ilha do Bananal. Já os anéis de cor amarela que circundam o coração em sentido vertical e outros da mesma cor com um intermediário escuro no sentido horizontal representam as principais bacias do estado (Tocantins-Araguaia) e os doze principais rios do estado que correm para o sul (São Marcos, Veríssimo, Corumbá, Meia Ponte, dos Bois, Claro, Verdinho, Corrente, Aporé, Sucuri, Verde e Pardo).[12] Na parte inferior do escudo, o prato onde partem as labaredas, significa a descoberta de Goiás, onde Bartolomeu Bueno, ateando fogo em aguardente conteve, segundo a lenda, a sanha guerreira do gentio Goiá. Hino O hino do Estado de Goiás foi criado em 13 de setembro de 2001. Tem como autor José de Mendonça Teles, compondo a letra, e o maestro Joaquim Jayme, responsável pela música.[13] O hino foi oficializado pelo decreto-lei estadual nº 13.907 e sancionado por Marconi Perillo[13] Letra Terra Querida Fruto da vida, Recanto da Paz. Cantemos aos céus, Regência de Deus, Louvor, louvor a Goiás. AGRADECIMENTOS. http://pt.wikipedia.org/wiki/Goiás.

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