Não Faça Cerimônia, Senhor
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Não faça cerimônia, Senhor.
Sente-se ao redor da fogueira para cear conosco,
pois aqui temos os peixes que pescamos,
os frutos que colhemos, o pão que repartimos, e podemos saborear
o delicioso vinho de nossas vinhas, portanto, fique conosco.
Não faça cerimônia, Senhor.
Venha caminhar conosco pela areia da praia
para contemplarmos as ondas do mar e o vôo mágico das gaivotas.
Vamos assistir juntos ao belo espetáculo do entardecer,
quando o sol mergulha no oceano.
Não faça cerimônia, Senhor.
Conte-nos uma parábola, entoe um cântico novo de alegria,
ensine-nos a dançar o balé da esperança,
declame um poema ao som do violão,
fale-nos das maravilhas do seu reino para fortalecermos
a nossa crença porque a vida não tem sentido sem sua presença.
Seja bem-vindo, Senhor.
Aproxime-se, tire as sandálias, fique à vontade
e espalhe sua energia em nosso meio,
abrace-nos com sua magnífica ternura.
Queremos contemplar o seu olhar e o seu sorriso,
ouvir a sua voz, segurar na sua mão
e festejar esse nosso encontro de paz.
Ainda que nos atrevamos a pensar ou dizer
que esteja triste porque esse mundo não lhe é fiel;
ainda que ousemos indagar ou supor que esteja com receio
de manifestar-se no trovão, na fotossíntese de uma planta,
na abelha que zumbe, no peixe que borbulha,
no sábio silêncio de uma anciã, no orvalho da manhã,
ainda assim, não faça cerimônia, Senhor.
Manifeste-se como, onde e quando quiser.
Continue sempre presente envolvendo-nos
com seu infinito amor.
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