segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

http://www.lsbvideo.com.br/product_info.php?products_id=52

Nelson Pimenta de Castro, 1963-
Primeiro ator surdo a se profissionalizar no Brasil, estudou no NTD (National Theatre of the Deaf) de Nova Iorque, é pesquisador de Língua de Sinais e mestrando em Estudos da Tradução na Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Graduado em Letras-LIBRAS pela UFSC e em Cinema pela UNESA - Universidade Estácio de Sá, em 1999 criou a empresa de educação LSB Vídeo com o professor Luiz Carlos Freitas, onde dirige as ações educacionais e artísticas. Possui certificação PROLIBRAS-MEC como professor de nível superior, é professor de LIBRAS e autor de três jogos educativos, co-autor de doze vídeos-DVD educativos, autor dos oito livros didáticos, co-autor de dois livros+DV e co-autor de seis livros didáticos em LIBRAS.

Egito

http://parana-online.com.br/editoria/economia/news/508475/?noticia=EMPRES

Empresas estrangeiras suspendem operações no Egito

Empresas internacionais estão interrompendo as operações no Egito, enquanto uma revolta contra o governo local entra no sétimo dia, depois de deixar ao menos 125 mortos. A cervejaria Heineken, a empresa do setor químico AkzoNobel, a companhia de produtos de consumo Unilever e as montadoras Nissan Motor e General Motors (GM) estão entre as empresas que suspenderam a produção no país.

A Heineken informou que interrompeu as operações, retirou 25 funcionários estrangeiros em aviões particulares e pediu que os empregados egípcios fiquem em casa. A cervejaria emprega 2.040 pessoas no país e, segundo o analista da SNS Securities Richard Withagen, o Egito é o mercado mais importante da Heineken no norte da África, com vendas estimadas em mais de 160 milhões de euros.

A Akzonobel vai suspender as atividades relacionadas a revestimento em pó hoje e amanhã. Tim van der Zander, porta-voz da companhia, disse que a fábrica localizada próxima ao Cairo emprega menos de 50 egípcios.

As operações da japonesa Nissan foram suspensas ontem e deverão ficar fechadas até pelo menos quinta-feira. A fábrica da montadora no Egito produz cerca de 10 mil veículos por ano, uma fração das 3,28 milhões de unidades fabricadas pela Nissan em todo o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2010. A companhia vendeu cerca de 12 mil carros no Egito naquele ano fiscal, em comparação com as vendas globais de 3,5 milhões de unidades.

A GM interrompeu por dois ou três dias a produção em uma fábrica também próxima ao Cairo, que produz caminhonetes leves e médias, ônibus, carros de passageiros e veículos esportivos utilitários (SUVs). Um porta-voz da Unilever informou que as operações da companhia no Egito estão suspensas desde quinta-feira. Segundo ele, a empresa pretende retirar dois funcionários e 12 consultores estrangeiros do país assim que possível.

As notícias surgem enquanto vários governos - incluindo EUA, Turquia e Arábia Saudita - começam a retirar seus cidadãos do Egito e outras nações alertam para o risco de viagens ao país. Grupos de oposição ao governo do Egito estão se organizando com ajuda do Nobel da Paz Mohamed ElBaradei para depor o presidente Hosni Mubarak. O exército do país se uniu ao governo, mas está permitindo que manifestações sejam realizadas. As informações são da Dow Jones.

Egito.

A invasão do museu do Cairo no Egito.
Eu estou indignada! Como pode um povo ter a riqueza a preciosidade dos tesouro que tem em seu país e ter a coragem de invadir e destruir. Estou falando do país Egito, riqueza o museu do Cairo, que essa semana eu assisti os manifestantes invadindo o museu. Podem lutar pelos seus direito, mudança de governo, e tantas outras coisas,mas não destruam o que vocês tem de histórico no seu país, lutem para permanecerem com ele e não destruir para chamar atenção do governo não vale a pena. Como se sabe e é histórico, a luta de muitos no Egito para terem de volta muitas relíquias como múmias, imagens, bustos de fáraos e rainhas, documentos, por anos de luta e burocracia para que tudo isso retornasse para seu país. Agora acontecer isso!!! Indignado também deve estar a autoridade que é também um grande egiptólogo que cuida desse museu magnífico, que é meu sonho conhecer um dia. Realmente é muito triste.Deixo aqui o meu protesto e minha indignação. Professora Rosí - Historiadora.

Memória do bairro água verde

http://parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/5

Memórias do bairro Água Verde em imagens


Com o intuito de manter viva a história do bairro, o hipermercado Condor Água Verde (Avenida Água Verde, 860) realiza até o dia 20 de fevereiro uma exposição fotográfica com imagens das famílias pioneiras que contribuíram para o crescimento econômico, cultural e social da região. Fruto de uma parceria do Condor Super Center com Eliane Andretta e Elzira Stofella Binder, a ação foi idealizada com o objetivo de não deixar cair no esquecimento a luta dessas famílias para a construção e progresso do bairro. Para os jovens, é a oportunidade de conhecer a história e a importância que seus antepassados. Para as antigas gerações, é uma grande oportunidade de reviver as memórias do passado e reencontrar parentes e amigos nas fotos.

Desculpe! Mas eu tenho que ajudar a divulgar esse evento, afinal eu moro na Água Verde e nós temos que prestigiar o que é nosso. E agradeço também a minha filha que mandou essa mensagem. Beijocas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

RELIGIÃO

Basílica de Aparecida

Cerca de 25 milhões de tijolos foram usadas na obra

Em outubro de 1917,três pescadores em uma canoa nas

margens do rio Paraíba, no interior de São Paulo, tentavam

achar peixes, lançando suas redes, quando viram uma imagem

de madeira sem a parte de cima.

Em seguida, Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe

Pedroso encontraram ali uma cabeça,que, unida ao corpo,

deu forma a imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição,

então padroeira de Portugal e de seus domínios além –mar.

O achado foi seguido de uma pesca abundante – logo

entendida como um milagre. A novidade se espalhou e

a imagem começou a atrair peregrinos. Até 1732, a

veneração era feita na casa dos próprios pescadores.

Depois, para uma capelinha do porto Itaguaçu. Em 1745,

ano em que recebeu de um padre o titulo de Nossa Senhora

Aparecida uma capela foi transferida para o morro dos

coqueiros, onde foi construída, entre 1859 e 1888, uma

matriz em estilo barroco, chamada hoje de Basílica Velha.

Com os milagres atribuídos a imagem e a peregrinação

de fiéis só cresciam, uma Basílica Nova foi erguida a cerca

de 3 km de onde foi achada a imagem. A estrutura principal,

com 25 milhões de tijolos e área equivalente a quase três campos

do Maracanã, foi empreendida entre 1952 e 1980. O projeto,

em linha neorromantica, foi desenvolvido pelo engenheiro

italiano Júlio Fabro e pelo arquiteto brasileiro Benedito

Calixto de Jesus Neto. Hoje,quase 10 milhões de devotos

visitam a cidade de Aparecida todos os anos.

OUTUBRO NA HISTÓRIA.

Por Camila Stãhelin.

Livros queimados na Bélgica.

Dia 08 de Outubro de 1520 livros de Martinho Lutero são

queimados publicamente na Universidade de Louvain,cidade

do filósofo Erasmo de Roterdâ. Houve uma tentativa de

relacionar os dois pensadores. Erasmo discordava da Igreja

Católica, mas também de algumas questões da Reforma de Lutero.

Liberdade Religiosa.

Nos Estados Unidos.

Dia 06 de Outubro de 1683, os menonitas, integrantes de uma

corrente protestante surgida na Europa na época da Reforma,

chegam a Pensilvânia, nos EUA, atrás da liberdade religiosa.

Eles fundam Germantown, colonização alemã pioneira na

América,parte da cidade da cidade da Filadélfia. O principal

ponto de discórdia entre os menonitas e seus perseguidores era

o batismo infantil, que, para o primeiro grupo, deveria ser voluntário.

De Imperador a Monge.

No Japão.

Dia 22 de 1335, o ex- imperador Hanazono torna-se

aos 37 anos, monge zen-budista. Ele tinha assumido o

trono aos 10 anos, posto no qual ficou de 1308 a 1318.

Ao deixar o império, Hanazono escolhe Daitokuji de

Rinzai para se dedicar a vida religiosa. O complexo,

a noroeste de Quioto, é formado por 24 subtemplos.

Daitokuji é considereado um dos melhores lugares

para a experiência zen no Japão.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Napolão.

Napoleão e a Egiptologia


O Iluminismo europeu decifrando a Esfinge do Egito

"Acreditam que o Império do Oriente e talvez a sujeição de toda a Ásia não valem uma bombacha e um turbante?" - Napoleão Bonaparte - 1798

Os preparativos para a expedição

M.me. Monge exasperou-se. Não podia imaginar o seu Gaspard metido nos areais do Egito, assolado pelo frio noturno e pela incandescência diurna do Sol do deserto. Mas o jovem general Bonaparte insistia. Gaspard devia acompanhá-lo. Monge era um matemático celebérrimo e Napoleão não podia dispensá-lo da aventura que planejara. Convencida, Cathérine Huart, a esposa de Monge, concordou por fim que ele partisse. Assim como Monge, outros 166 sábios foram arrebatados pelo entusiasmo do comandante, entre eles o químico Berthollet, o geólogo Dolomieu, o físico Fourier, Mechain, um técnico em lunetas, e o grande naturalista Geoffrey de Saint-Hilaire. Até um aeróstata, Nicolas Conté, e um poeta chamado Parceval de Grandmaison embalaram-se. Contagiou Napoleão inclusive a École Polytechnique - a hoje celebrada Poly - inteira.

O governo do Diretório levantou as mãos aos céus por se ver livre daquele general de 29 anos com a ambição de um César. O jovem titã desembarcou da sua nau capitania, o L'Orient, em Alexandria, no Egito, no dia 1º de julho de 1798 - 40 dias após a sua partida do sul da França. Supõe-se que o lugar do desembarque dos regimentos de Bonaparte não distou muito do das legiões de Pompeu, das de César e, depois, das de Otávio, que, quase 2 mil anos antes do conquistador francês haviam levado para aquele grande país as desavenças políticas da Roma Republicana.

A expedição militar francesa compunha-se de 300 navios e 35 mil soldados, além, naturalmente, do seu departamento de sábios. Devido à atenção que os cientistas mereciam da parte de Napoleão, não demorou muito para que os oficiais do Exército, ciumentos, apelidassem a corte dos sábios de "a amante favorita do general". Daí entender-se a preocupação que Bonaparte teve para com eles, para com os cientistas, quando, na sua marcha para o Cairo, deu a cômica mais necessária ordem: les bêtes et les savants au demí!(os burros e os sábios no meio!), dita um pouco antes de ele deparar com as tropas inimigas na Planície de Guizé.

A estratégia de Napoleão ao atacar o Egito era atrair a Inglaterra para fora das Ilhas Britânicas, bloqueando-lhe o contato com seu império indiano. Azucriná-la bem longe de casa era sua meta. Evidentemente que o jovem general imaginava-se um outro Alexandre, tão moço e tão audacioso como ele. Napoleão - tal como o conquistador macedônico (que levara, em 334 a.C., um conjunto de especialistas e de filósofos gregos para estudar o Oriente) - queria somar à conquista militar os ganhos científicos que iria revelar ao mundo. Ao abrir o Egito aos olhos da Razão, esmiuçando-o com as lentes cartesianas, a ciência européia iria afastar as milenares teias de aranha e o pó sagrado que envolviam o passado daquele magnífico país, classificando os achados e recompondo-os pelo crivo crítico das Luzes.

Na época do Renascimento, muitos pensadores e filósofos, como Marcílio Ficino e Giordano Bruno, sentiam-se atraídos pelo seu mistério, pela escrita hermética que se acreditava provir de lá e pelos seus indecifráveis hieróglifos (tidos por muito como alfabeto de Deus). Nada disso desejava Napoleão. Nem mistérios, nem catar almas danadas vagando pelas tumbas ilustres, nem tentar desvendar segredos insolúveis. Isso era coisa para hierofantes e para místicos. Orientou seus sábios para que tudo o que fosse encontrado nas areias e nas tumbas do Egito fosse arrolado, estudado e classificado segundo os últimos recursos da ciência. Fugia-se da superstição e do ocultismo. Acreditavam os cientistas que aquilo que não se sabia no momento seguramente seria revelado no futuro. A Razão é paciente e perseverante.


Napoleão contemplando a múmia do faraó (Planície de Guizé, 1798)

A inspiração da expedição

A inspiração direta para a expedição ao Oriente Médio viera-lhe de uma obra que o impressionara: a "Voyage en Égypte et en Syrie", do conde de Volney, editada em dois volumes em 1787. Na época, Napoleão era um tenente pobre mas visionário. Não seguiu Volney, no entanto, na sua indisposição anti-islâmica. Ao chegar ao Egito, na Proclamação aos Muçulmanos, afirmou: "nous sommes les vrais musulmans!" (nós somos os verdadeiros muçulmanos!)

Napoleão entendia que era uma rematada loucura indispor-se com a imensa população local por motivos de fé. Havia que respeitá-los. Surpreendeu seus próximos quando, no Cairo, trajando-se como se fora um xeque, um chefe do divã, de turbante e tudo, enfiou-se em longas conferências com os líderes religiosos islâmicos, orientando os imãs, os muftis e os ulemás para que interpretassem o Corão a seu favor. Proclamou-se cheik El Beled, o grande xeque do Egito, e émir Hagi, o encarregado e protetor dos peregrinos, cuidando para que todos os seus decretos fossem traduzidos para a língua árabe.


Napoleão reunido com os líderes muçulmanos (Cairo, 1798)

Depois de ter dado sovas na cavalaria mameluca, espantando-a a canhonadas - na célebre Batalha das Pirâmides - ele mesmo não resistiu em participar de algumas expedições. Em dezembro de 1798, na companhia dos sábios, Napoleãp rumou para o Sinai, atrás do antigo Canal dos Faraós. Curiosamente, o relatório que o engenheiro-chefe J.-M Père fez naquela época sobre os vestígios da desaparecida artéria também caiu nas mãos dos ingleses. Décadas depois, o diplomata Ferdinand de Lesseps, quando era cônsul da França na cidade de Alexandria, em 1832, inspirou-se naquela exposição feita pelo seu compatriota para construir o Canal de Suez (inaugurado em 1869). Desde que vira a planta feita por J-M.Père, Lesseps fora possuído pela idéia de reconstruir aquela artificial passagem soterrada nas areias do Sinai.

O início da Egiptologia

Em um só ano, a equipe dos sábios franceses tinha levantado enorme material. A tal ponto que Napoleão decidiu-se por fundar lá mesmo, em agosto de 1799, o Institut d'Egypte. Dividido em quatro seções, a função da instituição seria a publicação dos achados e tudo o mais que lhe dissessem respeito. Para tanto, escolheu como sede o mais belo palácio do Cairo, o Hassan Cachef, que se tornou o berço da moderna egiptologia. O próprio Napoleão inscreveu-se como membro do Departamento de Matemática.

Uma das maiores contribuições da expedição à ciência, entretanto, só iria revelar-se bem mais tarde, quando o próprio império napoleônico já tinha desaparecido. Em 1799, um soldado francês, deambulando perto da aldeia de Rosetta, encontrara uma estranha pedra. Descobriu-se que era um decreto de Ptolomeu V Epifanes (210-180 a.C.) e que estava calcado em três línguas: o hieróglifo, o demótico e o grego. Mas ninguém, naquele momento, conseguiu decifrá-lo. Os ingleses se apoderam da pedra quando os franceses capitularam em 1801, levando-a para o Museu Britânico.

Coube a Jean-François Champollion, de apenas 32 anos, traduzi-la em 1822. Ele, um gênio da filologia, dominava seis antigos idiomas orientais, fora o grego e o latim. Dois anos depois, em 1824, ele concluiu o seu "Précís du système hiéroglyphique des anciens égyptiens", que tornou-se a chave da revelação de todas as inscrições encontradas desde então nos templos, nas pirâmides, e nas tumbas reais do Egito.

Desde então, um novo continente do conhecimento se abriu e, gradativamente, uma das mais antigas civilizações da Terra pôde, ainda que aos poucos, desvelar-se perante a curiosidade do homem moderno. A decifração dos hieróglifos feitas por Champollion foi um dos mais extraordinários legados do Iluminismo, enquanto a expedição de Napoleão ao Egito, apesar de só ter durando três anos e três meses, revelou-se, sob o prisma científico, uma das mais profícuas de todos os tempos.

Todos os artigos colocados no meu blog,tem a página de onde veio(revista,site,blog,livros etc...Caso não tenha a identificação e alguém sabe que é seu por favor se identifique que será colocado os seus créditos, se não tiver porque não achei o nome,esqueci ou é meu, ou de algum aluno que o criou. Obrigada. Professora Rosí.

Bin Laden 2

Objetivos da Irmandade


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Janela muçulmana

No sentido mais amplo, a Irmandade Muçulmana se propõe a construir:

  • um indivíduo muçulmano, forte de corpo e com boa formação cultural, educado e consciente
  • a família muçulmana, mantendo as crianças dentro da formação educacional islâmica
  • a sociedade muçulmana, formada por indivíduos e famílias que atuem dentro da realidade em que vivem
  • o Estado muçulmano
  • Khilafa, a unidade de todos os Estados muçulmanos
  • assenhorar-se do mundo para o Islã

    Contra os Soviéticos

    Diplomado e de volta a Riad, a capital da Arábia Saudita, onde poderia passar o resto dos seus dias deliciando-se com a vida de herdeiro rico, bin Laden porém inclinou-se pelas coisas da fé. Quando as tropas soviéticas adentraram no Afeganistão para apoiar o regime socialista de Kabul, ameaçado por uma revolta fundamentalista, ele foi acometido por um furor de indignação. As botas ímpias de russos ateus estavam a profanar o solo islâmico.


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    Guerrilheiros afegãos

    Apoiado na sua enorme fortuna (estimam-na entre U$ 200 e 400 milhões) e nos seus conhecimentos técnicos, bin Laden tratou de dotar os mujadhins, os guerrilheiros islâmicos, de infra-estrutura para resistir à presença daquela infâmia. Guerreiros imbatíveis nas montanhas do Afeganistão, eles fizeram os soviéticos recuar. Dez anos depois, em 1989, bin Laden voltava à casa onde receberam-no como herói.

    O Convívio com os Talibãs


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    Talibãs em Kabul

    O convívio com os talibãs (palavra persa que significa "estudante"), os jovens soldados-seminaristas pudicos e sóbrios do Afeganistão, alterou-lhe porém as perspectivas. A corte de Riad, com o rei Fahd esbanjando dinheiro e imerso na luxúria, pareceu-lhe agora um ninho da devassidão. Vindo da guerra e das imensas privações por que passavam os afegãos, repugnaram-no os excessos que ele viu no meio dos ricaços sauditas. Tomou-se do mesmo sentimento de indignação que acometeu o padre Savonarola com as extravagâncias dos ricos de Florença no século XVI.

    Saddam Hussein surpreende


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    Americanos na Arábia Saudita
    A América, o Novo Inimigo


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    A destruição da embaixada americana em Nairóbi (Quênia) e em Dar el Salaam (Tanzânia)

    Depois da aplastante derrota de Saddam Hussein em 1991, bin Laden trocou de inimigo. Desagradou-lhe a parcialidade dos ocidentais no trato com os iraquianos. Bagdá - a Medina Bagdá - a cidade planejada pelos sucessores do Profeta para dar início à conquista da Índia, viu-se destruída pelas bombas e sitiada por um severo bloqueio econômico e alimentar. Afinal, perguntava ele, quando os ocidentais vão embora? Além do mais Bin Laden enxergou no americano um odioso símbolo do materialismo moderno. Aqueles novos semideuses tecnológicos, com seus jatos, com seus mísseis, com sua comida ligeira, com o seu rock estavam destruindo o mundo de bin Laden. Para ele a cultura americana, agora que a viu mais de perto, em seu próprio país, era uma aliança demoníaca entre o consumismo e o despudor. De anti-soviético ele converteu-se em antiamericano.

    No Sudão


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    O rei Fahd

    Fracassado na sua conspiração contra o rei Fahd, bin Laden retirou-se para o Sudão, onde pôs-se a construir uma estrada de 1.200 quilômetros de Kartum a Port Sudam. Foi em Kartum, supõe-se, que ele teria planejado os dois violentos atentados aos quartéis americanos, um em Riad e o outro na Khobar Tower, em 1995-6. A esta altura ele passou a tercerizar as operações, utilizando como instrumento sua lança, a Jihad islâmica egípcia, a seita que executou o sensacional atentado que matou Anuar el-Saddat em 1981. Os norte-americanos colocaram a sua cabeça a prêmio: o Departamento de Estado ofereceu U$ 5 milhões para quem oferecer "informações" a respeito dele.

    De volta ao Afeganistão

    Refugiou-se então em 1996 no Afeganistão, bem mais seguro, buscando abrigo junto aos seus amigos talibãs (que recentemente deram mais uma manifestação de absurda intolerância ao mandarem destruir os Budas gigantes dos tempos pré-islâmicos). É lá que este Quixote árabe sem humor e sem nenhum lirismo se sente em casa. Na aspereza das Montanhas Zazi, convivendo entre a pobreza e o ascetismo, protegido pelo fantástico Elmo de Mambrino que a cobertura dos talibãs lhe oferece, ele teria ordenado a destruição de duas embaixadas norte-americanas, uma em Nairóbi, no Quênia (utilizada como QG da CIA), e outra em Dar-es-Salaam, na Tanzânia (com 223 mortos), em agosto de 1998. Este estranho homem medieval, um dos últimos zelotes do mundo árabe, trava uma incrível guerra solitária contra ao maior império do mundo.


    reprodução


    Esse trabalho também,é do Voltaire Schilling.

    Urgia, pensou ele, trocar o regime. Porque não derrubar aquela monarquia de sibaritas e fundar no seu lugar uma República islâmica? Ela seria uma variante sunita da República xiita do Irã. As estrepolias que Saddam Hussein cometeu no Kuwait em 1990-1 atrapalharam-lhe os planos. Para afastar os iraquianos de cima dos riquíssimos lençóis de petróleo, milhares de soldados norte-americanos e aliados desembarcaram na península arábica, adonando-se em pouco tempo da região inteira.

  • Bin Laden

    A Geração dos Desencantados


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    Xeque El-Banna, fundador da Irmandade Muçulmana

    Ao contrário da geração dos jovens árabes endinheirados ou talentosos que graduavam-se no exterior nos anos 50 e 60 e que voltavam empolgados com o socialismo, o secularismo e a modernização, a geração de Osama bin Laden pertenceu à safra dos desencantados. O seu círculo de amizades na Inglaterra, onde diplomou-se nos finais dos anos 70, era o dos estudantes fundamentalistas da Al-Ikhwan (a Irmandade Muçulmana), organização fundada em 1928 pelo xeque egípcio Hassan El-Banna. A grande onda de entusiasmo pela descolonização e independência que sacudira o mundo árabe nos anos 50 e 60 já havia passado. Conscientes da inexpressividade dos seus governos secularizados, impotentes e humilhados pelas sucessivas vitórias de Israel e pela superioridade avassaladora da tecnologia ocidental, eles voltaram-se para trás, para os tempos remotos do Islã.

    Idealizando o passado

    "Alá é o nosso objetivo/ A mensagem é o nosso líder/O Corão é a nossa lei/ A Guerra Santa o nosso caminho/ Morrer no caminho de Alá é a nossa maior esperança."

    Tema da Irmandade Muçulmana


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    Um batistério islâmico

    Em suas fantasias regressistas, os integrantes da Irmandade idealizaram o passado grandioso da Jihad - a guerra santa maometana dos séculos 7º e 8º - a idade de ouro do Islã. Época em que o mundo assistiu com assombro o expansionismo do crescente. Tempos em que a bandeira verde do profeta tremulava simultaneamente nos pirineus espanhóis e nas margens do Gujarat no Oceano Índico, milhares de quilômetros distantes uma da outra. Portanto, a salvação do Islã estava em recuperar a bravura e a moralidade daquelas épocas primeiras, quando o mundo árabe ainda não havido sido profanado pela imoralidade e pelo materialismo ocidental. Tendo como objetivo a revivência disso é que emergiu a Irmandade Muçulmana (Al-Ikhwan Al-Moslemoon).

    A Irmandade Muçulmana

    O credo e o estado/ O livro e a espada/ o modo de viver

    - Os princípios da Irmandade -


    reprodução

    Símbolo da Irmandade (o livro e a espada)

    A Al-Ikhwan surgiu nos anos vinte, no Egito, com irradiações posteriores para outros países árabes, em razão da continuidade do processo de colonização do Oriente Médio encetado pelas potência imperais européias: a Grã-Bretanha e a França depois da Iª Guerra Mundial, vencido o Império otomano, dividiram as nações árabes entre si. Sentido a presença do colonialismo cristão como um agente dissolvente da cultura islâmica, algumas lideranças laicas e religiosas uniram-se para estabelecer uma estratégia de ação que recuperasse a auto-estima do povo árabe retomando os valores abençoados do Corão, lançando-se no estudo, na obediência à Sunna (a lei sagrada), praticando a ascese, a política ativista, cuidando da saúde e do vigor do corpo. Além de intensificar o estudo científico e encontrar um suporte econômico para a irmandade afim de manter os laços fraternos entre os membros da sociedade islâmica.