quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Bin Laden, o Solitário do Islã


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Osama bin Laden

A notícia de que os ulemás, os chefes religiosos do Afeganistão, ordenaram a destruição das antiquíssimas estátuas dos Budas gigantes, existentes em várias partes do país, horrorizou o mundo. A todos parece como mais uma prova da intolerância do movimento talibã, que controla a maior parte do Afeganistão, país que abriga o homem mais procurado do mundo pelos norte-americanos, Osama bin Laden.

Dom Quixote e Bin Laden

"Deixem a Arábia Saudita ou morram."

- Osama bin Laden, 1995 -


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Kabul em ruínas

A sua Província de la Mancha estende-se do Deserto Arábico aos Montes Pamir, no extremo oriental do Afeganistão, seu Rocinante é um jumento anônimo de quem ele se serve para se deslocar pelas montanhas e vales afegãos desde os tempos da guerra contra os russos. Como esposas ele tem quatro Dulcinéias (todas elas ex-viúvas), pois como bom muçulmano não se contenta com uma só mulher. Magro e hirto, com a barba profética caindo-lhe pelo peito, ergue-se do fundo da sua caverna nas Montanhas Zazi, na província de Paktia, para com seu dardo vingador atingir os ímpios e as abominações modernas. Empunha a lança islâmica para "desfazer agravos e sem-razões".

Sem Sancho Pança, mas com Livros

Desconhece-se-lhe um Sancho Pança como assessor. Este dom Quixote árabe é Osama bin Laden, o mais espetacular ativista do fundamentalismo islâmico dos dias que correm.


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Manuscritos corânicos

É possível que também "tenham-lhe secado os miolos" como deu-se com dom Quixote em sua obsessiva leitura de livros de cavalaria. Osama bin Laden é um devoto da literatura corânica, cujas obras máximas mantêm em livros de rica encadernação, cuidadosamente guardados numa biblioteca no seu fortim rochoso. Entretanto, se o cavaleiro da triste figura era um fidalgo pobre, bin Laden, o cavaleiro do Islã, é rico. Riquíssimo.

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