terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A história dos exércitos.

Conhecimento – História.

Exército: Todos os povos conheceram algum tipo de organização militar.

Na antiguidade, uma força coesa era tudo o que as nações possuíam para

manter-se livres Mas o exército como instituição nacional surgiu

apenas na Idade Moderna, quando se estabeleceu o recrutamento obrigatório e

sistemático, e o Estado passou a dispor de um vultoso aparato bélico.

Do martelo de pedra proto – histórico a lealdade aos chefes da antiguidade,

dos mercenários do fim da Idade Média até as sofisticadas formas da

guerra moderna, todo um caminho semeado de mortes e destruição.

A organização da Guerra.

Quando os interesses de dois grupos humanos entram em conflito,

o impasse pode ser resolvido pela diplomacia. Entretanto, se a questão

for complexa demais para permitir um acordo entre as partes; se nenhum

dos grupos tiver superioridade de força suficiente para impor a solução que

lhe convém; se o interesse em jogo forem grandes demais para que um

lado acabe cedendo então esses grupos recorrerão a guerra. Essa tem

sido a história da humanidade.

Já no Paleolítico, grupos de caçadores ou coletores entravam

em choque na disputa pela exploração dos recursos naturais.

Era um combate de grupo contra grupo, do qual participavam

todos os indivíduos aptos. Quando os agrupamentos humanos

foram abandonando o nomadismo e se tornando sedentários,

as guerras visaram a disputar as terras mais férteis para o cultivo.

A principio, o governante era o próprio chefe militar, e todos os

homens eram chamados a luta.

Com o tempo, as sociedades foram tornando-se mais complexa,

aumentou a divisão do trabalho. Surgiu o Estado, destinado a manter

unidade de um determinado agrupamento de indivíduos.

No Estado a violência se centralizou. Era ele o detentor da força,

que deveria aplicá-la seja para defender o povo de um inimigo,

seja para fazer cumprir suas leis. Para usar essa violência,

o Estado especializou homens em lutar. Nasceu o exército.

Egípcios, assírios e persas.

Na luta contra os invasores hicsos,que dominaram o Egito entre 1788 e 1580 a. C.,

o poder faraônico constituiu pela primeira vez um exército regular.

Anteriormente havia milícias regionais, comandadas por autoridades civis,e que

só eram convocadas em caso de necessidade. Após a expulsão dos hicsos

o exército passou a ter caráter permanente. Os guerreiros vieram a se constituir

na segunda das sete castas em que estava dividida a sociedade. Além da infantaria

armada com lanças e escudos e apoiada por arqueiros e lançadores de fundas

os egípcios possuíam também uma espécie de cavalaria, composta de pequenos

carros puxados por cavalos, que levavam um guerreiro armado de lança.

Apenas nas ocasiões em que o inimigo fosse reconhecidamente poderoso

é que esse exército admitia a participação de combatentes não profissionais.

Na Mesopotâmia, onde as poucas terras férteis entre o Tigre e o Eufrates eram

aguerridamente disputadas, os assírios organizaram –se em uma nação de guerreiros.

O Estado confundia-se com o exército, e seus comandantes formavam a classe

mais poderosa. Entre 1300 e 612 a. C,. Mantiveram uma numerosa força militar

permanente, que tinha por base a cavalaria, apoiada pela infantaria, pelos sapadores

e pelos arqueiros.

Desenvolveram armas como a espada de ferro,arcos pesados,longas

lanças,aríetes,fortaleza sobre rodas e para se defender usaram couraças,escudos e

capacetes metálicos. Além da superioridade em homens e equipamentos, contavam

com outra eficaz arma de combate: o terror. Como advertência aos inimigos,

costumavam exibir em gaiolas os adversários capturados, aos quais amputavam orelhas, nariz ou outros órgãos,depois do que os empalavam ou esfolavam vivos.

No Império persa,embora os guerreiros constituíssem uma das camadas da

nobreza, o exército regular compunha-se apenas de um pequeno núcleo de infantaria,

apoiada pela cavalaria de arqueiros. No entanto,em caso de guerra era feito um

recrutamento geral, e disso resultava a formação de um gigantesco exército,

o maior da antiguidade. Pela falta de treinamento,contudo, esse enorme exército

se apresentava como, como uma massa desorganizada, o que lhe custou ser

batido várias vezes pelos gregos, numericamente inferiores,

nas guerras Médicas (de 493 a 479 a. C.), e mais tarde pelas

tropas de Alexandre da Macedônia.

O advento dos gênios militares.

A organização política grega, em cidade –estado, impediu a existência

de um exército fixo de numerosos contingente na península helênica. Esparta ,

a cidade grega que mais se preocupou coma organização de um exército,

jamais possuiu um efetivo de homens em armas que fosse numericamente

significativo. Os gregos tampouco valorizaram a cavalaria, e as forças

das cidades-estados compunham-se basicamente de infantes.

Essas deficiências eram compensadas por couraças e elmos

(tipo de capacete da época) que propiciavam eficiente proteção

aos combatentes, bem como o armamento de lanças e espadas leves,

que asseguravam mobilidade á tropa. Mas sobretudo, os generais gregos

sobressaíram na estratégia militar, planejando antecipadamente suas batalhas.

Assim, os 11 mil soldados de Milcíades derrotaram, na batalha de

maratona, forças persas doze vezes superiores. O planejamento valeu

também a outro ateniense, Temístocles, a vitória naval de Salamina sobre

os mesmos invasores. Leônidas resistiu nas Termópilas a tropa cem

vezes superiores. E, finalmente, o espartano Pausânias e o ateniense

Aristides eliminaram a ameaça persa, quando em Platéia bateram tropas

três a quatro vezes mais numerosas.

Mas o gênio militar da antiguidade atingiu seu ápice com Alexandre

da Macedônia. Seu exército possuía uma unidade central, a falange que

se compunha de dezesseis compactas fileiras de soldados armados com

uma lança de 7 metros de comprimento, a sarissa. Essa tropa blindada

era reservada para os ataques frontais ao inimigo, pois a despeito de

sua ação mortífera possuía pouca mobilidade.

O fustigamento do adversário, os ataques pelos flancos e as manobras

de envolvimento eram deixados a cavalaria e aos “psiloi”, infantaria de

armamento mais leve. A falange era protegida por unidades de atiradores

de fundas e arqueiros. Além disso, Alexandre foi o precursor da artilharia,

introduzindo a catapulta e a balestra como armas de guerra. Foi também

o primeiro a agregar físicos ao exército, que se destinavam a prestar socorros

aos combatentes feridos.

Durante a campanha da Ásia Menor, o exército de Alexandre não tinha

mais de 30. 000 ou 40. 000 homens. Mas essa organização, aliada a seu gênio

militar, fez com que jamais sofresse uma só derrota.

As Legiões de Roma

Os romanos notabilizaram –se não só pela organização militar, mas também

pelas formações táticas que imprimiam as suas tropas. A princípio, a vida

militar era privilégio dos cidadãos de Roma e os estrangeiros escravos não

participavam da luta. Mesmo porque os combatentes deveriam possuir suas

próprias armas, o que implicava uma seleção financeira na composição das

tropas.

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