
| Americanos na Arábia Saudita | 
A América, o Novo Inimigo  | 
 |  | 
| A destruição da embaixada americana em Nairóbi (Quênia) e em Dar el Salaam (Tanzânia) | 
| 
| Depois da aplastante derrota de Saddam Hussein em 1991, bin Laden trocou de inimigo. Desagradou-lhe a parcialidade dos ocidentais no trato com os iraquianos. Bagdá - a Medina Bagdá - a cidade planejada pelos sucessores do Profeta para dar início à conquista da Índia, viu-se destruída pelas bombas e sitiada por um severo bloqueio econômico e alimentar. Afinal, perguntava ele, quando os ocidentais vão embora? Além do mais Bin Laden enxergou no americano um odioso símbolo do materialismo moderno. Aqueles novos semideuses tecnológicos, com seus jatos, com seus mísseis, com sua comida ligeira, com o seu rock estavam destruindo o mundo de bin Laden. Para ele a cultura americana, agora que a viu mais de perto, em seu próprio país, era uma aliança demoníaca entre o consumismo e o despudor. De anti-soviético ele converteu-se em antiamericano.
No Sudão Fracassado na sua conspiração contra o rei Fahd, bin Laden retirou-se para o Sudão, onde pôs-se a construir uma estrada de 1.200 quilômetros de Kartum a Port Sudam. Foi em Kartum, supõe-se, que ele teria planejado os dois violentos atentados aos quartéis americanos, um em Riad e o outro na Khobar Tower, em 1995-6. A esta altura ele passou a tercerizar as operações, utilizando como instrumento sua lança, a Jihad islâmica egípcia, a seita que executou o sensacional atentado que matou Anuar el-Saddat em 1981. Os norte-americanos colocaram a sua cabeça a prêmio: o Departamento de Estado ofereceu U$ 5 milhões para quem oferecer "informações" a respeito dele.
De volta ao Afeganistão Refugiou-se então em 1996 no Afeganistão, bem mais seguro, buscando abrigo junto aos seus amigos talibãs (que recentemente deram mais uma manifestação de absurda intolerância ao mandarem destruir os Budas gigantes dos tempos pré-islâmicos). É lá que este Quixote árabe sem humor e sem nenhum lirismo se sente em casa. Na aspereza das Montanhas Zazi, convivendo entre a pobreza e o ascetismo, protegido pelo fantástico Elmo de Mambrino que a cobertura dos talibãs lhe oferece, ele teria ordenado a destruição de duas embaixadas norte-americanas, uma em Nairóbi, no Quênia (utilizada como QG da CIA), e outra em Dar-es-Salaam, na Tanzânia (com 223 mortos), em agosto de 1998. Este estranho homem medieval, um dos últimos zelotes do mundo árabe, trava uma incrível guerra solitária contra ao maior império do mundo. Esse trabalho também,é do Voltaire Schilling. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário